30/05/2017

Capitulo 77

Luan


Ela se acomodou no meu peito prestando atenção na série. Eu estava tão feliz por ter me aproximado dela novamente, me sentia em paz, me sentia com o coração mais leve.
—Ai meu Deus! - Ela fechou os olhos escondendo no meu peito.
—Que foi? - Olhei a TV e passava uma mulher debaixo d'água.
—A Meredith caiu! - Ela falou indignada.
Revirei os olhos diante da indignação dela mas não falei nada. Ela voltou assistir mas mudou para um filme de romance muito mais meloso ainda.
Passamos a madrugada assistindo filmes, Pietra estava sem sono e eu só pensava em sexo. Mas tive que ficar na vontade, Pietra não estava afim de tirar os olhos da TV hoje.

Acordei com um calor, acho que estava no inferno e não me contaram. Abri meus olhos e tirei o cabelo da Pietra da minha cara. O edredom também nos esquentava e eu percebi que estava sem energia. Que maravilha. Pietra se mexeu com a maior cara de sono. Se espreguiçou e olhou para o ar condicionado.
—Sem luz?
—Sim. Acho que acabou a energia.
Levantei me ela me segurou.
—Que foi? - Dei um selinho nela que se transformou em um beijo.
—Só vontade de ficar assim com você suado.
—Você gosta de mim suado? - Ri.
—Gosto. Me lembra quando você chegava da academia e corria pro banheiro mas antes me agarrava e me suava! - Rimos.
—Então deixa eu te agarar mais. Precisamos relembrar o que foi gostoso.
Ela deu um gritinho quando eu passei a lingua no seu pescoço.
—Assim não vale.
—Vale sim.
—Me deixa tomar banho, vai. Estou com calor
—Vamos.
—Um de cada vez.
—Você atiça para depois correr? Que sacanagem! - Reclamei com ela desviando de mim.
Ela foi para o banheiro e demorou alguns minutos saindo de lá só de toalha.
—Que delícia hein. Assim você me mata! - Ela riu indo colocar a roupa. Eu fui tomar banho afinal estava um calor de matar. Verão é sempre assim. Tomei banho usando os produtos da Pietra, eram bem cheirosos, eu sabia que esse cheiro bom não vinha dela, vinha das coisas que ela usava, misturado com a essência natural dela. Isso que me viciava.
Sai enrolado na toalha e peguei minha mochila que estava no chão. Peguei uma cueca e uma bermuda me vestindo ali mesmo.
—Que delícia hein. Assim você me mata! - Pietra me imitou e eu gargalhei achando engraçado seu jeito de me imitar.
—Quer provar? - Provoquei-a.
—Quem sabe depois! - Ela piscou sorrindo maliciosa e logo voltou a se olhar no espelho arrumando seu cabelo.
—Sabe que eu te vejo linda de cabelo solto ou amarrado e fica mais linda ainda quando cola do meu lado. - Cantarolei e ela me olhou risonha.
—Bobão.
—Você me ama que eu sei. Por isso que eu posso ser bobão.
—Eu te largo você fica sozinho na pista.
—Nem ligo posso pegar quem eu quiser.
—Então vai atrás dessas que te querem. - Ela fechou a cara e eu abracei minha moreninha.
—Te amo mesmo emburrada.
—Vai atrás das que te querem. - Ela repetiu  me empurrando, revirei os olhos.
—Chata!
—Você que é. Quais são seus dias no Otávio?
—segunda de manhã. - Revirei os olhos.
—Não tá gostando?
—Eu tô gostando mas é de manhã, eu não penso de manhã.
—Você é um preguiçoso.
—Eu sou gostoso! - A corrigi e ela revirou os olhos. —Vai demorar muito aí?
—Terminei! - Ela se virou e foi juntando as coisas espalhadas no chão. Peguei a pequena lixeira que fizemos na noite anterior e enfim descemos.
Pietra foi ver os filhotes, eram lindos mesmo, eu tive que segurar o Lupe que não podia se aproximar muito. Tinha oito filhotes, um mais lindo que o outro e eu escolhi o mais lindo, era um macho mas não me contentei e peguei uma fêmea, ambos muito bonitos. Mas ainda não era a hora de pegar, eles eram muito miudinhos e precisava do leite da mãe que não gostou nada que eu peguei cada um deles.
—Quando você for mãe vai ser muito babona. - Ela ficou quieta na dela. —Não seria?
—Estou sendo uma ótima mãe de cachorros.
—De bebês também.
—Por que você acha que eu vou ser mãe? - Ela se virou para me olhar.
—Porque eu sei que vai ser. Você é dedicada, esforçada, sua educação vem de berço, tem bons princípios. São grande as qualidades, você é o exemplo de mulher perfeita para ser mãe.
—Eu não posso ser mãe. - Ela me olhou como se se culpasse.
—Se for muito difícil a gente adota. Você ainda continuará sendo uma mãezona dedicada e talentosa.
—Obrigada pelo apoio, você é muito especial para mim. - Ela me abraçou e isso foi muito bom ouvir, as vezes eu não acredito que ela é minha outra vez e eu preciso abraçar ela e ouvir o quanto eu sou importante para ela.
—Vamos comer alguma coisa. O que você quer comer?
Ela me olhou limpando as lágrimas.
—O que tem na geladeira?
O preparo do almoço foi muito gostoso, parecia mesmo que éramos uma família com várias ideias legais. Parecia uma família de comercial e eu gostava disso, era tão mágico ter ela aqui comigo, rindo das minhas brincadeiras.
—Tem um telefone tocando. - Falei pensativo.
—Ah é o meu, deixei no sofá.
Ela correu e foi atender, logo voltou.
—Vamos comigo para uma balada sexta?
—Sexta?
—Se não tiver show. - Deu de ombro.
—Eu acho que eu tenho. - Falei chateado. —Quem vai?
—Eu fiz amizades na academia para não malhar sozinha e elas querem sair hoje.
—Amizades é?
—Sim. - Ela deu de ombro colocando os pratos na mesa.
—Bom, eu não vou poder ir mas vai você.
—Tem certeza?
—Claro que não. Não gosto de você sozinha! - Bufei.
Ela riu.
—Relaxa, é só para comemorar o aniversário de uma delas.
—E beijar muito na boca.
—Se tiver uns gatinhos quem sabe. - Ela me provocou.
—Me provoca mesmo, dona Pietra. Você não sabe que um homem apaixonado faz!
—Vou testar para saber. - Ela riu e eu neguei, filha da mãe.

E essa balada hein? 🙊🙊

2 comentários:

  1. Que dona Pietra não apronte nada na balada! Ou quem sabe Luan chega de surpresa haha

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  2. Ela não vai aprontar ela é uma boa menina,verdade o Luan poderia chegar de surpresa lá né continua

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