Capitulo 74

Luan

Parece que me jogaram um balde de água gelada, eu estava tão traumatizado com que não pensei em nada, simplesmente sai de perto e fiquei longe, dava para ver a preocupação no rosto da Pietra e da Bruna que conversavam entre si.

—Que foi feio, tá todo boladinho porque? - Era o Sorocaba.

—Só dor de cabeça, log passa. - Menti.

—Bebeu demais foi? - Ele riu.

—Que nada. Só pensando na vida.

—Oi meninos, Sorocaba, eu posso roubar o Luan rapidinho? - Pietra tocou meu ombro.

—Claro, vão lá. Tô de olho numa gatinha aqui. - Ele foi para o outro lado da piscina.

—O que você quer?

—Vai me tratar mal só por causa de uma confusão?

—Confusão? Eu entendi bem. Não sou surdo.

—Podemos ir para a sala? Não era para eu sair de lá por nada.

—Também acho!

—Então vamos.

Ela seguiu na frente, tentei não olhar para ela, ela é bonita demais e isso muda todo meu foco quando eu quero ficar com raiva dela.

—Da para falar o que você? - Tentei soar desinteressado com o assunto que ela queria falar comigo mas sooei como eu tô com medo do que você vai falar comigo e estou sendo grosso com você para me sentir melhor.

—Senta. - Ela pediu se sentando também.

Sentei do lado dela mas sem olhar para ela —Você tá aí todo chateado por uma coisa que nem existe, sabia?

—O que não existe?

—Eu grávida.

—Você disse lá que estava. Filho nosso que não seria.

—E nem de ninguém. Já parou para pensar que eu por mais que estivesse grávida, ia chegar no grupo das garotas e contar que eu estava grávida?

—Não tem muito a ver com você.

—Então pronto. Por mais que eu quisesse engravidar, eu não posso mais.

—Por que? - Olhei para ela preocupado.

—Meu médico disse que as chances são mínimas. - Ela abaixou a cabeça.

—Eu queria poder tentar com você. - Virei-me para ela, segurei em seu queixo e ergui seu rosto.

—Não quero magoar ninguém, você ainda tem chances de arranjar uma mulher que te dê filhos. Eu vou carregar isso para sempre.

—Eu não vou procurar outra mulher, a única está aqui e eu enfrentaria qualquer dificuldade para ficar com você.

—Eu não tenho chances de engravidar.

—Mas eu te amo.

Ela me olhou por alguns segundos.

—Eu preciso ir embora. - Ela se levantou rápido e saiu. Fiquei sem reação e quando fui atrás dela apareceu o Dudu bem embriagado.

—Ei cara vamo beber! - Me entregou uma garrafa de cerveja, ele me fez voltar para a festa, eu estava lá mas meu pensamento estava na Pietra.

A festa terminou depois das três da manhã. Bruna estava com o Breno e eu preferi não perturbar ela. Pedi um táxi e fui parar na casa da Pietra.

Toquei a campainha insistidas vezes. Ela abriu a porta e quando me olhou com cara de sono tive dó dela ter acordado no meio da noite para me atender.

—Você tá bêbado? Meu Deus. Entra.

Ela me “carregou” até o sofá.

—Nossa você bebeu demais!

—Só um pouquinho! - Tentei tirar o celular do bolso de trás.

—Vamos subir, você tá fedendo a cigarro. Você fumou?

—Os caras que estavam fumando narguilé.

—Tá. Vamos subir.

Pietra

Foi mais difícil do que eu imaginava subir a escada. Luan tropeçou pelo menos três vezes e quase caímos duas. Para finalmente chegarmos ao corredor. Entramos no meu quarto. Sentei ele na cama e tirei a camisa dele, os sapatos, meias.

—Ou gatinha, para tirar minha calça tem que me beijar primeiro. - Ele segurou minhas mãos com a cara mais sem vergonha.

—Sossega Luan. Você vai tomar banho.

Abri a calça dele e sem ajuda alguma tirei do seu corpo. Puxei ele para levantar, ele era pesado. Fomos pro banheiro, liguei o chuveiro no gelado, ele reclamou mas logo se acostumou, afinal não estava tão fria assim.

Ele tirou a cueca e torceu deixando pendurada no registro. Peguei toalha e um roupão.

Entrei para ele quando ele terminou o banho, evitei ficar próxima a ele, era difícil ver ele sem roupa.

—Desculpa ter vindo para cá. Eu só pensei em vim para cá.

—Tudo bem. Vamos dormir. Amanhã é um dia de ressaca para você. - Sorri de lado.

Ele concordou e se ajeitou na cama. Dormi do lado direito da cama.

—Merda! - Acordei com com um barulho, abri os olhos e vi Luan se levantando o roupão aberto, dando visão ao nudismo dele.

—Bom dia! - Falei me espreguiçando. Ele ficou sem graça amarrando o roupão, escondendo o que eu queria ver mas que eu não ia dizer.

—Bom dia.

—São 8 e quarenta.

—Nossa, isso são horas de acordar? Volta a dormir! - Virei-me para voltar a dormir, senti a cama movimentar, ele deitou de novo e dessa vez colocou a perna sobre meu corpo.

Eu consegui dormir mais não por muito tempo, o peso do Luan me acordou com dores. Me virei e o roupão estava aberto de novo. Dava para ver o peitoral dele, a barriga e até seu pênis, branquinho e duro. Tive que ter muita força de vontade para não cair de boca. Fechei os olhos e lembrei da primeira vez que fiz um boquete nele, ele se surpreendeu com a minha audácia, até eu mesma me surpreendi.

—Tá passando mal? - Ouvi a voz rouca dele e abri os olhos, vi que ele tinha coberto o corpo dele com o edredom.

—Ah uma cólica. - Sorri de lado.

—Você não tinha isso antes. Quer massagem? Bruna sofre disso e me pede massagem sempre.

—Não precisa, já passou.

—Que bom então.

Ele sorriu de um jeito tão fofo que deu vontade de sorrir também.

—Que foi? - Ele perguntou.

—Nada. Você estava todo peladão aí, tem vergonha não?

Ele riu agora.

—Você já viu tudo mesmo. - Deu de ombro. —Quer ver mais? Eu deixo.

—Já vi o suficiente.

—Imagino. Taradona. - Ele me abraçou, consegui sentir a ereção matinal dele.

—Ai para. Desencosta. - Empurrei ele mas ele não saiu de cima de mim.

—Porque não podemos ser amigos colorido? Imagino que você esteja sem sexo por muito tempo e eu também.

—Quem te disse, querido? Transei sábado.

—Me engana que eu gosto e eu finjo que acredito. - Ele riu debochado.

—Que é? Eu transei mesmo. - Dei de ombro.

—Aham. Você estava menstruada que eu sei.

—O que? - Me levantei. —Como sabe? - Olhei espantada para ele, que tentou desviar o foco da minha pergunta.

Pietra pegando o Luanzinho na malandragem hahahaha