10/08/2018

Capitulo 167



Pietra


Olhar Liz e os meninos me dava uma paz imensa, saber que eles foram a minha base para ser feliz, junto com Luan. Não saberia viver sem eles. A gestação dos gêmeos foi difícil, a maior parte da minha gestação eu fiquei no hospital e quando não tinha mais espaço dentro de mim, eles nasceram prematuros, no momento do nascimento deles mal pude observar os dois, eles precisavam de cuidados. Sofri durante dois meses a espera da saída dos meninos da neonatal. Aos poucos a minha fé crescia dentro do meu peito e dizia que meus bebês iriam sair dali lindos e saudáveis.
Nesses 10 anos pude ensiná-los a serem gratos a vida que eles têm hoje. Liz também era grata a vida que tinha. A propósito, eu e Luan levamos frequentemente os nossos filhos a igreja. Uma ótima terapia para os nossos corações e a nossa fé em Deus.

—Pietra, não está vendo que vai queimar o arroz? - Minha mãe chamou a minha atenção e eu pude reparar que ela desligou o fogo que esquentava o arroz e saiu resmungando. Luan logo entrou.
—O que deu na sua mãe? - Ele riu abrindo a geladeira e pegando mais uma latinha de cerveja.
—Ela reclama de tudo. - Sorri, secando a lágrima que desceu em meu rosto. —Cadê o Pietro e o Paulo?
—Estão com o Breno, você deixou eles saírem para a praça. - Ele me olhou estranho e eu acabei lembrando.
—Acabei esquecendo.
—Ta com a cabecinha onde hein? - Luan se aproximou de mim e me beijou, saudade dos toques dele.
—Na saudade que eu tô de você. - Confessei colocando a minha mão por dentro de sua camisa e sentindo-o arrepiar.
—Ai que nojo! - Ouvi a voz de Liz e Luan se afastou visivelmente sem graça.
—Ainda bem que cê sente nojo disso. - Eu acabei rindo e vi nossa filha voltar para o jardim com suas primas.
—Queria que você ficasse hoje. - A muito tempo Luan não dormia aqui e hoje eu queria que ele estivesse presente, hoje era o aniversário dele, seus 40 anos e ele estava ausente de nossa família, hoje por um milagre ele estava aqui e não lá no estúdio do Eduardo.
—Prometo que hoje eu fico aqui. - Ele segurou meu rosto e selou nossos lábios.
Ele me ajudou a arrumar a mesa do jardim e o Amarildo trouxe as carnes, chamei os adultos e tirei as crianças piscina.
O almoço foi agradável e quando estava preste a levantar, Breno apareceu com os meninos com o bolo que eu pedi para buscar. Puxamos a música do parabéns e Luan que achava que era apenas um almoço em família, ficou surpreso pelo bolo em comemoração ao seu aniversário. Abracei ele, dando-lhe um beijo e ao poucos todos o abraçaram.
Luan cortou o primeiro pedaço, dando o primeiro a sua mãe, logo depois a mim e aos nossos filhos. Ele logo largou a faca me pedindo para assumir e cortei para todos, servindo-os.
No final da tarde tirei meus bebês da piscina, ou então ficariam gripados, eles foram tomar banho e voltei para conversar com a minha família.
Os meninos voltaram logo e ficaram do meu lado o tempo todo, aproveitei para fazer um carinho em seus cabelos, meus eternos bebês de quase 10 anos.
Logo que eu engravidei deles, foi uma festa, todos estavam felizes por eu ter engravidado de gêmeos e Luan como um pai muito presente, ficou muito feliz. Liz sempre foi o xodó do pai, a especial, Luan não podia ver seus olhinhos de jabuticaba que ele já deixava tudo e era bem firme com os meninos que por mim eram os meus anjinhos.
Mas nada que fossem um mais especial que o outro. Os três tinham os nossos corações.
Liz apareceu pouco tempo depois e já pegou o colo do pai que riu me olhando, não foi preciso trocar nenhuma palavra mas já sabia que ele estava pensando. Nossos filhos não vivem sem nós, era um grude só.
Paulo já cochilava deitado em minha perna e Pietro brincava no jogo em meu celular, quando todos decidiram ir para casa. Luan Pegou Paulo no colo e o levou para o sofá. Já Pietro e Liz se despediram dos avós e dos seus tios.
Luan levou seus pais até o carro e eu continuei dentro de casa, pedi que Pietro e Liz fossem para a cama e chamei Paulo para ele fazer o mesmo, meu bebê era muito grande para que eu o pegasse no colo. Não tinha mais forças para isso.
Depois de colocar Paulo na cama dele e dar o beijo de boa noite para os meus três bebês, eu fui para o meu quarto e entrei direto para o banheiro, me despi e entrei no box abrindo o chuveiro. Tomei um banho relaxante e sai enrolada no roupão, Luan já estava no quarto.
Entrei no closet e Luan foi para o banheiro. Peguei uma camisola preta, bem transparente que eu comprei para um dia especial e me vesti. Soltei os cabelos e esperei que Luan saísse do banheiro e quando ele fez isso, seus olhos foram direto para mim e umedeceu seus lábios.
—Gostou? - Me aproximei dele, ele demorou para responder e sua resposta foi positiva.
—Eu adorei. Isso tudo é para mim?
—Sou toda sua, desde sempre. - Ele envolveu seus braços em minha cintura, me abraçando e alisando meu corpo coberto pelo pano fino da camisola.
Luan não perdeu mais nenhum segundo, e tirou a minha única peça que me cobria e nos amamos, como se não houvesse amanhã.
A gente era perfeito assim, na cama, no amor, na família, quando a gente se unia e nada era capaz de desunir. Podia passar mais 10, 20, 30 anos e o nosso amor continuaria a crescer, junto com os nossos filhos.

Fim.



Vou aproveitar para agradecer todas as minhas leitoras que continuaram aqui, me dando motivos para continuar a escrever, sei que falhei muito em ficar tanto tempo sem postar mas é que às vezes me faltavam incentivo ou até mesmo força de vontade. Mas consegui terminar essa história. Espero que tenham gostado, porque eu amei escrever essa história para vocês.
Não sei se irá ter uma próxima história, eu fiquei tanto tempo sem postar e não quero falhar em parar no meio do enredo, mesmo que a minha paixão é escrever e tocar no coração de vocês.
Mas minhas redes sociais estão aqui para caso eu faça outro blogger ou poste no instagram eu avisar vocês de alguma forma.
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