27/04/2017

Capítulo 61

Pietra


Acho que essa gravidez está me deixando louca. A poucos minutos eu queria matar o Luan por aquela palhaçada de se preocupar com a Victória e agora mesmo eu estava me esfregando na boca dele e gostando do que estava acontecendo. Sendo que eu não consegui me entregar para o Yan que ainda saiu na pior, sei que eu poderia ter evitado aquele dia com o Yan mas agora eu nem evitei e sim gostei. Luan sabia como me enlouquecer.
—Demoraram! - Rober estava com um sorriso irônico. —Teve segundo round é?
—Cuida da sua vida, Testa. - Luan bateu na aba do seu boné, fazendo o Rober xingar.
—Que culpa eu tenho se vocês transam?
—Tem culpa eu. - Luan zoou. Rober revidou com o dedo do meio.
Roberval ainda soltou algumas pérolas me deixando mais constrangida. Me concentrei nas mensagens, mais na minha conversa com a Érica, eu contei da minha recaída, ela adorou, nem preciso dizer mais nada.
Chegamos no local do show e estava bem animado porém o clima não ajudou muito, o clima subiu tanto pela tarde que a noite - agora - choveu. Mas ninguém desanimou não, pelo contrário a gritaria lá fora era fenomenal.
—Cadê o secador? - Luan perguntou para a Carolina que se ajoelhou para procurar dentro da mala.
—Aqui. Quer que eu seque?
Ela puxou a touca dele.
—Não. Vai dá uma volta aí e depois o Roberval te chama.
Ela concordou e saiu fechando a porta atrás dela.
—Não vai se arrumar? - Falei indignada.
—Senta aqui. - Ele bateu a mão na coxa dele e eu neguei.
—Pra que?
—Eu quero falar uma coisa muito séria com você.
—Então não precisa dessa aproximação.
Me sentei no sofá.
—E nem me olha assim, eu não falei nada mas tô de olho em você com esse cabelo molhado e espero que você seque ele rapidinho.
Ele bufou virando-se de costas para mim mas mesmo assim eu encontrava seu olhar em mim através do espelho.
—Seca para mim?
—A Carol quer secar. - Falei irônica e ele revirou os olhos.
—Vou chamar ela. Quem sabe ela é mais carinhosa.
—Idiota!
—Anda logo. Para de deixar o clima estranho, isso é chato. Você se faz de bipolar e não é porque eu conheço você.
—Não sou bipolar!
—Está se fazendo de bipolar. Ou é a gravidez. Agora levanta essa bunda gostosa daí e vem secar meu cabelo.
—Idoita!
—Sou lindo é diferente.
Revirei os olhos.
—Vamos Pietra. Podemos ser amigos.
—Você lembra o que fizemos depois que saímos do hotel? Sexo. E amigos não fazem sexo.
—Se for amizade colorida faz sim.
—Mas eu não quero sua amizade colorida! - Levantei.
—Eu sei que você só quer me usar.
—Cala a boca. - Puxei seu cabelo. —Agora fica quieto.
—Adoro as mandonas.
Eu sequei seu cabelo e arrumei como ele queria.
—Eu ainda vou cortar esse cabelo e eu quero ver você com o cabelão grande.
—Você tá com inveja do meu cabelo. - Ele afinou a voz e eu ri da palhaçada dele.
—Faz o aquecimento logo.
Tornei a me sentar no sofá, folheei uma revista, Luan aqueceu o corpo e a voz, foi se vestir e a Carol voltou. Fez a maquiagem nele e logo saiu, encontrei com o contratante ele estava animado com o show, o show do Luan era o mais esperado dentre os 4 artista que subiram ao palco. Luan seria o último antes da meia noite e dali em diante séria outros artistas. Fizemos a oração, e o Luan subiu ao palco, cantando e encantando todos os presentes inclusive eu. Uma apaixonada insana. Cantei as músicas jogando meu corpo de um lado para o outro, as músicas envolviam minha mente e eu só sabia cantar.
Na contagem regressiva para o ano de 2017, Luan chamou todos da equipe e eu fiquei ao lado dele, dando a mão a ele. Fizemos a contagem e desejamos um ano próspero para todos. Voltei ao meu lugar e Luan encerrou o show.


[...]


Segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

—Bru, não precisava ter vindo. - Falei mais uma vez.
—Eu disse que viria com você para a primeira ultra. Eu quero saber se é menino ou menina!
Ela afinou mais a voz.
—Tá bom dona Bruna Domingos.
Eu estava me sentindo mal por ficar na casa do Yan mas no dia 26 de dezembro ele me ligou explicando a ida dele pro Rio, e eu o entendia, ele cansou de mim e eu não o culpava.
Bruna estava me dando o maior apoio. Ela mesma se encarregava de me levar para as minhas consultas. Algo me dizia que meu pai estava por trás disso.
—Vou poder entrar na sala com você né? - Ela perguntou assim que entramos na clínica.
—Vai. - Ri.
Entramos e eu dei meu nome na recepção.
Havia duas grávidas na minha frente, fiquei fofocando o réveillon de Bruna e Breno. O assunto rendeu tanto que tivemos que deixar o assunto para depois e entrar na sala.
—Bom dia Pietra.
—Bom dia. - Sorri de lado para o enfermeiro.
—Primeira vez que vai fazer a ultrassonografia?
—Sim. Estou ansiosa para ver o meu bebê.
—Quer saber o sexo?
—Se der eu quero sim.
Bruna segurou a minha mão me passando confiança, era bom ter uma amiga do meu lado.
—O gel é geladinho. - Ele avisou antes de espremer a bisnaga que continha o gel. Ele ligou a tela.
—Já ouviu o coração do bebê? Quer ouvir?
—Eu já ouvi mas quero ouvir de novo! - Sorri.
Ele colocou o aparelho do lado direito da minha barriga procurando pelos batimentos mas só encontrou do lado esquerdo. Bruna se assustou com os batimentos rápidos.
—Meu Deus. Muito rápido. É normal?
—É sim.
O enfermeiro sorriu.
—Agora vamos ver a imagem do bebê. Você tem uma ideia de ser menino ou menina?
—Não faço ideia. - Eu sorrindo nervoso.
—Eu quero uma menina. Eu já tenho um afilhado menino e tenho certeza que esse bebê vai ser meu afilhado mas eu quero uma menina dessa vez para fazer coisas de menina! - Bruna disse. Eu e o enfermeiro rimos.
—E aí doutor, é um menino ou uma menina?
Perguntei vendo ele encarar o monitor.

Cheguei na fase que eu mais queria na história, espero que gostem e não me matem.🌚

25/04/2017

Capítulo 60

Luan


—O que é isso aqui? - Perguntei ao ver a porta do meu quarto escancarada e uma reunião que mais parecia uma discussão entre a Pietra e Victória. Victória não porra!—O que você faz aqui Victória?
—O que ela faz aqui no seu quarto? - Ela apontou para a Pietra.
—Eu não te devo satisfação. O que você faz aqui?
—Se você não me deve satisfação, eu também não devo.
—Foda-se. Então vaza daqui. Não lembro de ter te chamado para viajar comigo.
—Você sabe mesmo como magoar uma mulher. - Ela falou batendo o pé e com as lágrimas no rosto.
—Victoria, eu cansei. Cansei dessas brigas suas para me culpar de todas as nossas brigas. Você quer me ver preso a você e eu cansei. Cansei de você. Vai embora, cuida da sua vida.
Ela olhou para o Rober, Well e para o Herman que estava atrás de mim. Nenhum deles mostrou afeto por ela e se mostrasse eu ia pôr na rua junto com ela.
Victória passou por mim como um foguete, eu não me dei o trabalho de olhar ela no corredor. Fechei a porta e ouvi o Rober falar com a Pietra.
—Caramba, Pietra. Tu acabou com ela, baixinha. - Rober riu.
—Ela teve o que mereceu. - Dessa vez foi o Well que se aproximou.
—Queria ter visto o barraco! - Olhei para o Herman abismado.
—Parece uma fofoqueira!
—Até tu queria ver. - Deu de ombro.
—Eu queria estar aqui para evitar essa confusão toda.
—Mas não teve confusão, teve Pietra dizendo tudo que a Victória precisava ouvir.
—Mas mesmo assim. As duas estão grávidas, não podem se estressar.
Pietra se virou pegando o celular.
—Vou nessa. Encontro vocês daqui uma hora? - Pietra andava olhando pro celular.
Rober confirmou e Pietra se foi.
—Que merda hein, boi!
—Que foi?
—Você se preocupa demais com a Victória.
—Eu me preocupo com a criança, quero que ela se foda!
Me joguei na cama. Mas lembrei que estava suado e então levantei.
—É, é tô vendo. Vai se arrumar daqui uma hora eu tô passando aqui.
—Vamos embora depois do show?
—Vamos, arruma suas coisas que o Well vem buscar as suas malas.
Well, Herman e Rober saíram me deixando sozinho.
Tirei a camisa, o tênis, meias e a bermuda. Levei comigo a toalha, a pendurei e tirei a cueca, entrei no box e abri a torneira do chuveiro, meu banho foi longo mas me arrumei rápido, nem cabelo eu arrumei, deixei molhado, eu ouviria de alguém e esperava ser da Pietra. Eu gosto até das reclamações dela.
Avisei pro Rober que ia passar no quarto da Pietra e descer com ela para ele não bater atoa na minha porta.
—Já vai! - Pietra gritou de dentro.
Ela abriu a porta e parou me olhando.
—Nossa se arruinou rápido.
—É. - Dei um riso fraco.
—Eu ainda vou tomar banho. Vai me esperar aqui mesmo ou quer esperar no seu quarto?
—Melhor aqui mesmo.
Dei de ombro.
—Tá.
Ela entrou no banheiro e eu reparei que sua roupa estava arrumada em cima da cama. Uma saia preta, uma blusa estilo top com listras no colo, uma calcinha vermelha. Engoli seco, quanto tempo eu não vejo uma peça de roupa tão minúscula.
—Eu esqueci de pegar a minha… - Ela parou de falar e me encarou. — O que você tá fazendo?
—Eu? Hm nada. - joguei de volta a calcinha que eu peguei na cama.
—Ridículo.
Reparei que ela estava só de toalha, molhada na nuca, caminhei até ela.
—O que você tá fazendo?
—Eu. Quero. Muito. Beijar. Você. - Falei pausadamente até que não tivesse mais espaço entre nós, ela se quer recuou.
—Não faz isso. Da última vez que nos beijamos você estava bêbado.
—Agora eu não tô. - Seguirei em sua cintura, fiz um carinho ali e enlacei a mesma, mesmo com uma barriguinha ela era perfeita.
A respiração dela mudou e eu aproximei minha boca da dela, acabando com toda a distância. Eu finalmente a beijei, o gosto dela, ah o gosto era maravilhoso, eu estava tão envolvido nesse beijo, me sentei puxando ela comigo e sentando ela no meu colo.
—Luan?
—Shi… - Eu só queria aproveitar esse momento nosso e sei o quanto ela queria.
A toalha caiu, ela toda nua para mim —Gostosa. - Sussurrei para ela, ela arfou na minha boca. Ela rebolou em resposta, agarrei sua bunda.
Beijei seu pescoço, mordendo e lambendo, ela estava cheirosa.
—Cheirosa. - Sussurrei. Ela arrancou a minha touca e eu levantei com ela a deitando na cama e subindo por cima dela. Lambi seu seio, a desgraçada ainda estava com os piercings, gostosa. Beijei sua barriga e ela me puxou para cima.
—Que foi? - Segurei suas coxas.
—Não quero transar.
—Como não? Você tá excitada.
—Eu sinto dores quando me penetra.
—Como? - Me sentei olhando atento para ela.
—Sei lá. Começa a doer.
—Você transou com aquele lá?
—Eu tentei mas doeu muito. - pegou um travesseiro e colocou no rosto.
—Pietra… - Puxei o travesseiro. —Eu faço com jeitinho.
—Não adianta. Dói de qualquer jeito.
—Quando vocês tentaram?
—Semana passada.
—Já se masturbou depois disso?
Ela ficou vermelha.
—Deixa disso, dona Pietra é normal.
—Já. - Ela sussurrou.
—E gozou?
—Não. - Ela respondeu como se reclamasse.
—E quer gozar? - Passei o dedo da barriga a sua virilha, ela se contorceu.
—Você é um cachorro mesmo né.
—Quer gozar, moreninha? - subi por cima dela.
—É lógico que eu quero! - Ela gemeu.
—Vai ser um prazer te fazer gozar com a minha boca. - Falei devagar perto do seu ouvido e ela gemeu em resposta.
Desci até seus belos seios chupando lentamente cada um deles, ela gemia loucamente, o piercing fazia uma grande diferença na hora das preliminares. Passei a língua em sua barriga e antes que eu chegasse na sua vagina ela me impediu.
—Vamos brincar um pouco. Você tá cheio de roupa.
—Tenho certeza que vamos resolver esse problema! - Sorri sacana, com ela concordando, ela tirou a minha camisa e eu desabotoei a minha calça, ela parou me olhando.
—Cueca dos minions? - Ela caiu na risada. Aquilo foi constrangedor. Eu não esperava por aquilo. E não esperava de eu transar com ninguém hoje por isso da cueca. Mais que droga.
—Eu não esperava transar hoje. Você sabe que eu não uso uma coisa dessas quando eu transo. - Tentei achar uma desculpa para acabar com a risada. Ela concordou se sentando no meu colo.
—Ta bom meu malvado favorito.
—Malvado é? Você não viu nada.
Nos envolvemos em mais um beijo caloroso. Ela desceu arrancando a cueca de mim, meu pau estava trincando de tão duro que estava. Ela passou o polegar na cabeça onde estava melado, colocou a boca e eu arfei jogando a cabeça para trás.
—Ah que saudade dessa boca! - Apertei sua cabeça contra meu pau. Ela se afastou com um sorriso sacana
—Que tal um 69? - Ela mordeu o lábio.
—Claro!
Me deitei no meio da cama e esperei que ela se deitasse por cima de mim, sua vagina em outro ângulo, que delícia. Apertei sua bunda contra a minha cara, chupando seu clitóris, molhada como sempre. Ela não ficou atrás, ela me engolia dando leves mordidinhas me fazendo perder o compasso da respiração. Eu dava o troco chupando do jeito que ela gostava, ela chegava a parar de me chupar pra gemer por conta da minha boca em sua vagina. Apertava sua cintura contra a minha cara lambendo toda a sua umidade, ela rebolava por conta da excitação grande que ela sentia, prendi de vez sua cintura e a fiz gozar na minha boca, ela me xingou diversas vezes enquanto arranhava minhas coxas mas pouco me importei. Afrouxei meus braços da cintura dela e aos poucos ela voltava a si. Que delícia é saber que ela goza comigo. Ela abocanhou meu pau me chupando, ele estava dolorido mas mesmo assim adorou a umidade da sua boca, ela é excelente no boquete e sabia disso, sabia que eu ficava sem fala com ela. Apertei sua bunda quando eu gozei, gostosa do caralho. Puta que pariu.
Ela se jogou pro lado deitando a cabeça na minha coxa.
—Gostosa! - Eu me sentei e beijei sua boca, ambos com gosto de gozo.
—Ta sujo aqui. - Ela passou o dedo na minha bochecha.
—Você gozou na minha cara toda, bobinha. Eu lambi o que eu pude. - Ri vendo ela ficar vermelha. —Gostosa. - beijei seu pescoço.
—Pietra?
Ouvimos a voz do Roberval, merda.
—Já vamos, Roberval.
—Estamos atrasados.
—É por uma boa causa.
—Eu espero que não estejam transando.
Ele foi e se afastou nos deixando rindo.

Hmm e essas preliminares hein? Hmm😏 
Meninas eu odeio pedir que vocês comentem mas as vezes eu tenho que implorar pq vocês somem e eu me importo com cada comentário e isso me motiva! Então é a última vez que eu peço por comentários ou eu vou ser obrigada a parar de vez a fanfic.

22/04/2017

Capítulo 59

Luan

—Consegue levantar ou quer comer aí mesmo?
—Posso escolher? - Ela sorriu de lado.
—Você sempre pode escolher.
—Essa cama tá tão macia. Eu vou comer aqui mesmo. - Ela sorriu, esse sorriso me aquece tanto.
—Beleza!
Levei o prato dela e o suco de maracujá. Me sentei do lado dela e comi, Pietra estava com fome mesmo, comeu tudo mas parece que o suco deu uma moleza nela.
—O que você colocou nessa bebida, Luan?
—Não coloquei nada, eu juro!
—Meus olhos não querem ficar abertos!  - Ela abria os olhos com força.
—É o suco que te deu mais sono, era maracujá. Agora você tá calminha. - Ri.
—Por que você me deu esse suco então? Poderia ter me dado um refrigerante.
—Era para você se acalmar mesmo mas não dormir! - Levantei levando comigo os pratos e os copos, deixei tudo em cima da mesa da sala e voltei para o quarto. Pietra levantava,
—Quero fazer xixi. - Ela cruzou as pernas. —E preciso ir pro meu quarto.
—Consegue ir pro banheiro sozinha?
—Consigo! - Ela semicerrou os olhos. Dei risada e ela foi ao banheiro. Saiu rápido de lá e eu já estava com uma blusa minha na mão.
—Veste essa blusa minha, essa sua fica apertada em você e você não está confortável com ela.
—Eu vou trocar quando você me deixar ir pro meu quarto.
—Você ficou com a pressão baixa e eu fico preocupado se você estiver sozinha e acontecer algo pior.
—Não vai acontecer.
—Por isso mesmo eu quero que você fique. Toma, se veste. - Insisti.
Ela pegou com má vontade e voltou ao banheiro, saiu puxando a barra da camiseta que ficou curto, mordi o lábio suas coxas expostas sem short. Grávidas transam né?
—Agora estou apresentável?
—Bem melhor agora!
—Então para com essa cara de pervertido. - Caminhou até a cama e se deitou levando com ela o edredom sem ao menos me deixar ver mais suas coxas.
—Eu não estou com cara de pervertido.
—Ah estava sim. - Ela deu um sorriso meigo com os olhos fechados.
—Tem lugar para mim aí?
—Tem. - Ela abriu os olhos preguiçosamente. —O chão é muito grande!
—Idiota! - Rimos.
—Se não for me agarrar você pode se deitar do meu lado.
—Por que eu te agarraria? - Me fiz de ofendido indo para o lado esquerdo da cama.
—Porque você estava me comendo com os olhos.
—O que eu posso fazer se você é bonita?
—Hm está evoluindo com as cantadas! - Ela riu.
—Cantadas?
—Antes era gostosa, agora é bonita. Gostei.
—Mas isso não foi uma cantada.
—Não foi uma cantada, você não me secou com os olhos. Tô com medo de você se deitar aqui me agarrar e dizer que não estava fazendo nada de mais. - Ela fingiu me olhar assustada.
—Deixa de ser boba.
Tirei a bermuda e a camisa, me deitei dividindo o edredom com ela.
—Tá vendo? Você facilitou até a sua roupa, quer que eu pense o que?
—Fica quietinha, fica. - Rimos, beijei sua testa. —Você fica até mais legal quando não tá com aquele mané.
—Você que fica insuportável quando você ver ele.
—Fico puto quando eu vejo ele no meu lugar.
—Foi você que pediu isso.
—Não vamos entrar nesse assunto. Eu me arrependo. Se arrependimento matasse eu com certeza estaria morto.
—Você é um idiota mesmo.
—Disso eu posso concordar. - Deitei minha cabeça próximo ao ombro dela.
—Eu gosto de quando você tá assim.
Ela colocou o braço por debaixo do meu pescoço e acariciou meu cabelo, eu fechei os olhos sentindo o carinho dela.
—Assim como?
—Calmo. Eu gosto da sua calmaria, gosto de como você leva seus problemas.
—Eu tenho problemas? - Ergui a cabeça ficando próximo a ela.
—Você que tem que me dizer. Tem?
—Eu me esqueço de tudo quando fico perto de você. - Voltei a deitar e fechar os olhos.
—Eu também.
Ficamos em completo silêncio, apenas nossas respirações.
Acabei adormecendo mas não por muito tempo. meu sono estava muito leve e o primeiro barulho que meu celular fez eu despertei.
“Vei tá muito ocupado aí?”  - Era o Herman.
“Só deitado. pq?”
“Vamo na academia cara. você não quer fazer aquele clipe? Não vai poder tirar a camisa”
“Bora”
Eu me arrumei para ir a academia e sai.
Se tem uma coisa que eu detesto é malhar, queria poder comer de tudo e não precisar puxar peso mas isso era essencial para o desenvolvimento do “Luan Santana” em cima do palco.


Pietra


Acordei mas nem me movi da cama, a preguiça era maior que tudo, havia um celular vibrando na cama e eu tateei a cama procurando-o. Era o celular do Luan, desbloqueei usando a mesma senha que ele sempre usa e vi as chamadas do Roberval, do Wellington e da Victória. O que eles queriam o Luan? As ligações pararam e eu fui no banheiro, a vontade de fazer xixi era maior que minha preguiça. Liguei as luzes do quarto, guardei a pequena bagunça que ele fez tirando a roupa e não colocando a mesma. Troquei de roupa guardando a dele na mala dele. Me sentei pegando o meu celular e desbloqueando. Li minhas mensagens e respondi as que precisavam ser respondidas. Comecei a ouvir vozes no corredor, por incrível que pareça eu consegui ouvir. as vozes eram conhecidas.
—Eu vou entrar! - A pessoa anunciou com a voz autoritária. A porta do quarto do Luan foi aberta e Victória entrou, juntamente Roberval e Wellington. —O que você tá fazendo na cama do meu noivo?
—Victoria. O Luan não quer ninguém entrando assim no quarto dele. - Well disse tocando o ombro da Victória.
—Foda-se o Luan. Ele vai me ouvir também. - Ela empurrou a mão dele o afastando. —Vai me dizer o que faz aqui ou vou ter que te tirar daqui?
—Para de gritar primeiro, Victória! - Levantei. —Não te interessa o que eu estou fazendo aqui.
—Mas isso eu já sei. Tá dando pro próprio cunhado. Você não tem vergonha na cara não?
—Vergonha na cara eu até tenho mas você com certeza não tem. Ou esqueceu que você já deu mole para todos os amigos e quem trabalham pro Luan? Não venha me falar de vergonha na cara se você não tem.
—E…
Eu a interrompi.
—Eu não terminei. E muito menos vou te deixar falar, você falou demais já e não quero ouvir sua voz. Você acabou com a minha vida, com a vida do Luan só pra sua melhorar. Você não tem vergonha disso não? - Falei irônica. —Luan cansou de você por muito tempo, você fechou os olhos pra isso e sofre as consequências. Não gostou? Parte para outra.
—Você não cansou de ser a amante?
—Cansei mesmo, cansei de ser a amante de um cara que me amava mas eu cansei e sai da vida dele como eu pude, você pelo jeito continua se encontrando com seu amante, não tem vergonha não?- Mais uma vez usei a ironia. —Você não foi só amante de um, mas sim de todos que você se ofereceu. Não confunde você comigo.
—Você tem raiva de mim por causa do Caio e por isso ficou com o meu noivo.
Eu ri desacreditada das palavras dela.
—Eu amo o Luan. E tenho certeza que teve reciprocidade, foi verdadeiro, coisa que você não teve. Ele pode ter ido atrás de você para trepar com você mas foi só isso, comigo foi além de uma boa trepada, teve amor, teve carinho, teve tudo que você não teve. Agora para de fazer questão de uma coisa que você não tem e nunca vai ter!
Victória engoliu todas as palavras que eu libertei, eu precisava disso e foi um alívio para mim.

E agora hein???😱

20/04/2017

Capítulo 58

Pietra

—Não vejo a hora de chegar em casa! - Yan apertou minha coxa, eu preferi ficar em silêncio.
Chegamos no andar do apartamento e entramos para o mesmo.
Yan foi direto para cozinha e gritou de lá.
—Gatinha, cadê o chantilly?
—Acabou, eu usei todo nos cupcakes. Pra que você quer?
—Eu ia usar com você. - Ele me pegou de surpresa beijando meu pescoço e ombro. —Hm está usando o conjuntinho que eu adorei.
Ele apertou minha cintura e me deu uma juntada um pouco brusca, começou uma dorzinha no canto esquerdo da barriga, fechei os olhos tentando ignorar a dor, gemi em frustração.
—Vamos pro quarto.
Ele foi me guiando. Em segundos estávamos no quarto. Sentei-me na cama e ele veio pra cima de mim, abrindo o vestido e tirando o mesmo do meu corpo. Eu tentava diminuir o ritmo que ele determinava mas ele estava eufórico demais.
—Yan, espera. - Ele se afastou tirando a calça e a camisa, a cueca já se encontrava com um volume grande, eu perdi toda a vontade e o tesão por ele. Ele veio de novo pra cima de mim e dessa vez com mais chamas.
—Yan…
—Isso, fala meu nome. Eu adoro quando você fala meu nome ainda mais gemendo. -  Ele pressionou sua ereção na minha dor e eu gemi, com dor.
—Yan assim não. - Empurrei ele. Mas ele se mexeu aliviando minha dor por pouco tempo. Ele voltou me beijando tirando meu fôlego, ele abriu meu sutiã e tirou do meu corpo. Lambeu meu bico e literalmente arrancou a minha calcinha do meu corpo. Ele estava feroz e isso era o que eu menos queria naquele momento de dor.
Ele tirou a cueca e logo me penetrou. A dor que era suportável, agora estava ainda pior, gritei já sentindo as lágrimas descendo no meu rosto, a dor era insuportavelmente aguda bem dentro onde ele penetrou.
—Yan, sai. SAI! - Gritei empurrando dele.
Ele arregalou os olhos.
—Pietra? Pietra, você tá bem?
Ele voltou se aproximar. Neguei soluçando.
—Eu quero que você vá embora, sai daqui! - Gritei.
—Pietra…
Eu neguei, fiquei por muito tempo naquela posição fetal, a dor diminuía tão pouco. Acordei com os raios forte do sol, levantei cambaleando, senti minha barriga dolorida, respirei nervosamente e fui para o banheiro, meu banho foi rápido, encontrei vestígio de sangue na minha coxa, essa dor vem do sangue que vem saindo de mim e isso não é normal, não mesmo.
Sai de roupão indo para o meu quarto, estava silencioso o apartamento e então me tranquei no meu quarto. Me vesti e peguei o aparelho que conseguia escutar o coração do meu bebê. Me sentei na cama com as costas na cabeceira, liguei o aparelho e coloquei na parte de baixo da barriga onde a minha doutora colocou para ouvir pela primeira vez, e então escutei o barulho que eu tanto quis ouvir, era tão rápido.
—Meu bebê, você não pode dar esses sustos na mamãe não. Eu te amo muito e não posso mais viver sem você. Você é a única coisa boa que Deus me deu.
Levantei e fui a cozinha a fome do meu bebê falou mais alto. Yan não estava no apartamento. Encontrei num bilhete.

“Acho que é a hora de terminar isso que a gente nem começou, fui passar o resto do ano com minha mãe, volto quando esfriar a cabeça, desculpa por tudo que eu te fiz e por eu ter forçado um namoro que não ia acontecer. Yan.”

Me sentei colocando as mãos no rosto. Que angústia senhor. Eu não consigo deixar ninguém próximo a mim, sempre alguém se afasta. Sempre afasto alguém de mim, isso é injusto é injusto para as pessoas e para mim que eu me apego as pessoas e elas se afastam. Isso é demais para qualquer pessoa.

[...]


Desci com as malas para a portaria, Rober estava na porta e quando me viu correu até mim.
—Por que não avisou que estava trazendo as malas? Você tá grávida e não pode carregar peso!
—Tanto faz. - Dei de ombro.
Entrei na van e lá estava Luan, Marquinhos, Well, Helton e por fim no Rober que sentou-se do meu lado.
—Parabéns Pie. - Marquinhos pegou na minha mão e a beijou. —Vai ser uma mamãe muito babona.
—Ah obrigada. Isso eu estou sendo desde o primeiro momento. - Sorri de lado.
—Vou ser o padrinho né? Se você colocar o Luan como padrinho eu não vou ser mais amigo de vocês, só porque ele é rico! - Gargalhamos.
—Com certeza eu não vou ser. O pai da criança não pode ser o padrinho.
—O que? - Marquinhos arregalou os olhos. —Como assim boi? Vocês…
—Luan para de se iludir. Você quer assumir um filho que não é seu!
—Vamos esperar o bebê nascer, aí vamos pedir o teste de DNA.
—Se eu deixar você fazer né?
—Quem não deve não teme.
Bufei.

Luan

Estávamos na Bahia, hoje seria o réveillon aqui. Pietra parecia ainda mais inerte ao nosso mundo e bem mais abatida, ela usava um óculos escuro, cabelo amarrado no alto da cabeça, uma blusa fina que eu me segurei para não reclamar, seus seios quase saltavam da blusa coladinha que ela usava, a sorte foi o sutiã que ela usava ou então ela mostraria não só os seios e sim aquele piercing que eu tanto adorei depois de brincar com ela. Ah saudades dessa menina. Ela também usava um short curto, acho que ela veio para me fazer babar mais nela, quando ela andou na minha frente deu para secar seu traseiro, e que traseiro essa mulher tem. Nos pés ela estava com um salto, bonito.
Ela entrou no hotel junto com o Rober, eu atendi meia dúzia de pessoas na entrada.
Pietra já estava com os cartões do quarto, me entregou um, pro Rober, Helton e Cirilo.
Eu via a indisposição da Pietra, seu suor no rosto indicava que o calor que ela sentia ia mais além do nosso, ela entrou no elevador se apoiando no corrimão e começou a se abanar.
—Tá tudo bem, Pie? - Rober perguntou.
Eu me virei, ela ainda continuava se abanando mas agora lenta. Ela negou se rendendo.
Segurei ela na cintura, ela tirou a minha mão e colocou mais em cima.
—Temos que colocar ela deitada, ela não tá bem.
Rober foi vendo qual quarto era da gente.
—Esse é o seu e esse é o dela.
Ele foi apontando. Passei o meu cartão na minha porta e logo entramos, pietra já estava de olhos fechados e resmungava.
—Vou pegar água. - Rober disse me vendo deitar ela na cama. Tirei seus saltos e abri o short dela, subi a blusa e fui aumentar o ar condicionado. Rober deu água a ela e ela foi bebendo aos poucos.
—Ela melhorou? - Marquinhos perguntou entrando junto com o Well e mais atrás a Carol que já estava aqui no hotel.
—Tá melhorando, a cor dela estava pálida e agora está ganhando cor.
Me sentei ao lado dela, senti sua pele próximo ao pescoço, onde antes eu senti geladinha agora estava começando a aquecer. —Ela tá melhor, é melhor deixá-la descansando quando ela melhorar ela vai pro quarto dela.
Aos poucos eles foram indo para fora me deixando só com a Pietra. Troquei de roupa no banheiro colocando uma roupa mais fresca, voltei para o quarto, Pietra mexia na roupa, arrumando-a.
—Ei. Fica mais um pouco. Você tá fraca.
—Você disse que quando eu melhorasse eu poderia ir para o meu quarto.
Eu dei um sorriso fraco.
—Você ouviu né? Então fica mais um pouco, só mais um pouco.
—Eu preciso fazer minhas obrigações, não dá para ficar deitada.
—Vamos almoçar? Você precisa comer e meu bebê também.

E esse Luan preocupado, onde a gente compra? Hahaha 

16/04/2017

Capítulo 57

Capítulo dedicado a aniversariante do dia, parabéns Dai, tudo de melhor para você e muito Luan na sua vida💞.

Pietra

—Eu já disse que não vou. Era para passarmos aqui, só eu e você. Sem intrusos. Você não quis passar o natal na casa da minha mãe.
—Ela me pressiona muito eu detesto pessoas que fazem isso. Eu não estou numa fase boa. E eu aceitei ir na casa da Dona Marizete porque eu me sinto bem lá.
—E em nenhum momento você pensou se eu me sinto bem com um monte de estranhos né?
—Eu pensei nisso e também pensei que você conhece a Bruna e o Luan.
—O Luan me odeia. Tu acha que ele vai me dá atenção?
—Eu vou ficar do seu lado. Para com isso vai? Estamos brigando por coisas bobas nos damos tão bem.
—Estou estressado. Eu nunca fiquei tanto tempo sem sexo. E isso agora tá me matando.
Ele jogou a cabeça para trás e eu tive uma ideia.
Me sentei em seu colo e ele se assustou.
—Se a gente for, eu uso aquela lingerie azul que você gostou e te deixo tirar ela quando a gente chegar. - Mordi o queixo dele que pareceu gostar da ideia.
—Você venceu. Estou de pau duro por sua culpa agora.
—Quer que eu te alivie agora? - Rebolei em seu colo, ele segurou minha cintura.
—Não. Agora para de atiçar e termina isso pra gente ir e voltar logo.
—Tá bom, gatinho. - Mordi sua bochecha e saí do colo dele. O descarado ainda bateu na minha bunda.
Terminei de fazer as coisas na cozinha e fui me arrumar, Yan saía do banheiro, ganhei um beijo dele e ele ainda me jogou na cama me beijando.
—Vai me atrasar menino! - Reclamei.
—Só mais um beijinho.
Rimos e nos beijamos. Ele finalmente me liberou e eu fui para o banheiro. Lavei meu cabelo e tomei um banho demorado. Sai enrolada na toalha, peguei meu vestido preto com detalhes vermelho e minha lingerie azul. Sequei meu cabelo e fiz uma escova rápida, enrolei as pontas, fiz uma maquiagem marcada e me vesti por último, coloquei meu salto preto e por fim o perfume.
—Pronta? - Yan perguntou quando cheguei onde eu estava sentado.
—Sim. - Dei um selinho nele.
—Vamos então.
—Deixa-me pegar duas travessas aqui. Precisamos levar alguma coisa para comer.
Entrei na cozinha, peguei a travessa de empadão e cupcakes.
—Agora vamos.
Yan me ajudou a carregar as coisas e fomos em um clima bom no carro.
Paramos em frente a casa do Luan depois de eu explicar onde era para o Yan.
—Estou faminto.
Yan reclamou.
—Meu bebê também.
Yan riu.
Bati na porta e quem me recebeu foi Bruna.
—Pietra! Nossa, achei que não veria você mais.
—Me ama muito.
Nos abraçamos.
—Entrem.
—Deixa eu levar essas coisas para a Mari.
Puxei as travessas dos braços do Yan.
—Ah vamos lá, ela vai adorar te ver.
—Foi ela que me ligou. Eu ia passar na casa do Yan.
—Sério? mamãe tá chateada com o papai. Ele planejou da Victória ir com a gente, acredita?
—Sério?
—E tem mais, Luan discutiu com o papai, estão brigados. Essa briga já vem de antes. Luan disse que o meu pai estava forçando ele a casar.
—Luan comentou comigo. Triste saber disso.
Lamentei.
—Pietra, que bom que veio!
Dona Marizete me recebeu de braços aberto.
—Isso é para ajudar. - Sorri de lado.
—Nossa não precisava. Mas mesmo assim obrigada. Bruna, leva para mim?
Bruna pegou as travessas e levou para a cozinha.
—Eu quase não acreditei que a Bruna disse que você estava grávida. Por que não me contou? - Ela tinha um olhar de preocupação.
—Quando eu descobri foi um choque para mim. Eu me fechei para um monte de gente, fiquei com medo do Seu Amarildo achar outra pessoa competente para o meu cargo. E eu gosto muito do meu trabalho.
—Eu sei que gosta, querida. Mas o Amarildo não vai tirar seu emprego por ter se tornado mãe. Agora você precisa de sustentar esse bebezinho. Será que é gêmeos?
—Ai nem me fale nessa possibilidade dona Marizete. Eu já estou me desdobrando pensando que é apenas um, imagina gêmeos? - Rimos.
—O importante é vim com saúde. O resto a gente a perta. - Ela deu um sorriso caloroso mas ao mesmo tempo triste.
—Está tudo bem com a senhora?
—Está sim. É que eu pensei numas coisas aqui. Mas deixa pra lá. Hoje é dia de alegria.
—É sim. - Abracei ela que me apertou mais, a avó do meu bebê em meus braços e ela nem imagina isso.
—Yan está te procurando.
Bruna disse chegando em nós.
—Ai que menino grudento.
Marizete reclamou mas riu no final.
Fomos para a sala e eu me sentei do lado do Yan. Luan que descia não deixou transparecer a cara de poucos amigos.
—Venha querido. Diga oi para seus amigos. - Mari disse puxando Luan, ele me cumprimentou com um sorriso fechado e o Yan com um aperto de mão.
—O que aconteceu?
Luan perguntou sentando entre a Bruna e a mãe dele.
—Eu chamei eles para passar o natal aqui. Eu gosto muito da Pietra. - Mari falou com um sorriso enorme no rosto.
—Já são dez e quarenta e cinco. Não vamos jantar? - Bruna perguntou.
—Tá doida para fugir para ir para casa do namorado! - Luan provocou.
—Não tenho culpa se você não tem mais. - Bruna provocou também.
—Parem já. Estamos na véspera de natal e vocês brigando.
—Cadê o Seu Amarildo que eu ainda não vi?
—Ele foi passar na casa dos pais dele. - Bruna me olhou como se me explicasse que a falta do seu Amarildo na casa fosse a briga que aconteceu do Luan mais cedo. Então encerrei o assunto.
—Vou abrir o vinho ta? - Bruna levantou.
—Pega refri para Pietra. - Luan disse me olhando mas desviou logo.
Bruna voltou com as taças e me encheu a minha com refrigerante, do restante foi vinho. Brindamos a nossa saúde, paz e nossa amizade. Conversa vai conversa vem, fomos cear. A comida da Dona Marizete era divina, ela sabia fazer de tudo e mais um pouco. Todos adoraram a comida dela e a elogiou.
Voltamos a nos sentar na sala, agora com uns quilos a mais, sem duvidas. Yan foi ao banheiro enquanto a Bruna já voltava.
—Estou indo tá gente? Fiquem com Deus.
Bruna se despediu de todos com um beijo e saiu.
—Eu também vou indo.
—Fica mais um pouco. Vou buscar os cupcakes que você fez.
Marizete saiu deixando eu e Luan sozinhos.
—Porque você veio com esse mané pra cá?
—Sua mãe convidou ele e eu para vir aqui.
—Ah tá. - Revirou os olhos.
—Você é bem ignorante mesmo né? Yan te tirou do bar, ele te levou para minha casa e você é todo seco com ele e ainda mais comigo que cuidei de você.
—Cuidou porque quis. Ele me tirou do bar também porque quis. Eu sou obrigado a bancar o falso com pessoas que eu não gosto.
—E o beijo que você me forçou a te dar no banheiro? É ser falso também? Você não gosta de mim?
Ele recuou um pouco.
—Não. Mas também não faz tanta diferença. Você finge ter um relacionamento com esse babaca. E ainda acha que eu acredito.
—Eu não finjo nada. Estou começando a namorar ele.
—Ele já sabe do beijo que demos? - Luan sorriu sacana.
—Não faz isso. Eu nunca sabotei seu relacionamento então não sabota o meu.
—Se você ao menos me desse atenção… - Bufou. —Dias atrás eu te liguei sabia? Quem me atendeu foi o teu namoradinho de mentira.
—E o que você falou?
—Era para falar sobre a doideira do meu pai. Você deveria está bem ocupada para não poder me retornar.
—Eu não sabia… Ele deve ter esquecido de me avisar.
—Tá bom, Pietra. Vou fingir que não escutei isso.
Ele murmurou ouvindo a porta do banheiro ser aberta.
Fiquei pensando no que ele disse. Luan comeu apenas um bolinho, disse que estava satisfeito. Mas eu via que ele saboreava muito bem os docinhos, ele gostava mesmo.