12/04/2017

Capítulo 56

Pietra


—Vem, levanta daí. - Levantei e segurei sua mão para ajudá-lo a levantar. Ele se apoiou na parede e por fim não fiz tanta força. Eu peguei as toalhas e enquanto ele secava o corpo dele eu secava o cabelo com a outra toalha.
—Aonde eu vou dormir?
—Boa pergunta. - Resmunguei.
Deixei ele se vestindo e fui ver meu quarto, tirei um edredom e forrei no chão, peguei um travesseiro e uma coberta.
Luan já havia se vestido e andava pelo corredor quando eu o encontrei.
—Você vai dormir aqui. - Avisei entrando no meu quarto.
—Obrigado.
Ele se esparramou na cama e eu coloquei as mãos na cintura achando um absurdo.
—Aí é a minha cama. Você vai dormir no chão.
Ele levantou a cabeça e esboçou um sorriso pervertido.
—Você não tá namorando o Yan. Está fingindo para mim atingir.
—Claro que não. - Corrigi minha postura assumindo minha defesa.
—Tudo bem. Tudo bem. Você pode ficar aí teimando, estou cansado, vai ficar em pé aí?
Eu peguei outro pijama e me troquei no banheiro, meu pijama preferido e o Luan me molha toda.
Entrei no meu quarto e Luan já dormia na beirada da cama, eu escorreguei no cantinho da parede. Puxei o edredom e ele se aconchegou nele junto comigo.
—Eu ainda sei que lado preferido da cama é no cantinho. - Ele sussurrou, e eu achando que ele já dormia.
—Boa noite Luan.
Fechei os olhos e custei a dormir, não imaginava que eu fosse dormir na mesma cama que o Luan depois do nosso rompimento.
Acordei já passava das 10 da manhã, Yan já havia ido para a academia, droga. Eu queria que ele desse um jeito no Luan, não foi eu que trouxe ele aqui.
Fiz o meu café da manhã e me servi das minhas vitaminas que minha médica receitou. Coloquei a roupa do Luan na lava roupa e em duas horas a mesma estava lavada e seca graças a secadora.
—Bom dia.
Ouvi a voz do Luan.
—Bom dia. Vai almoçar ou tomar café?
—Um café forte, por favor.
Servi uma xícara de café e deixei o prato de bolo diante dele.
—Como eu vim parar aqui?
—Você não lembra? - Ele negou. —Você bebeu muito mesmo.
Comentei.
—Eu nunca mais faço isso.
—Yan encontrou você enchendo a cara e te trouxe aqui, eu tive que cuidar de você.
Acho que ele não lembrava de nada mesmo.
—Que legal da parte dele, agradece ele por mim. - Ele deu um sorriso forçado. —Eu devo ter te dado muito trabalho, me desculpa.
—Não, tudo bem. Só me promete que não fará isso de novo. Sua mãe fica preocupada, sua imagem fica suja.
Ele concordou quieto. Comeu rápido e se despediu.
—Yan deixou um bilhete com a sua chave. O seu carro tá na garagem B4.
—Obrigado mais uma vez, Pie. Cuida bem do seu bebê. - Ele beijou minha testa e saiu.
Fiquei ainda parada na frente da porta, como ele conseguiu ser tão frio naquele instante se ele ontem estava todo bobo com o nosso bebê e ainda me roubando um beijo.
Pera aí, Pietra, não vamos nos iludir. É o Luan. Aquele que entra no seu coração, faz a zorra e depois sai como a vítima.
Minha tarde foi tediosa, vi algumas novelas na SBT, sem ao menos entender do enredo da história, eu quase não parava para assistir novelas mas hoje eu dei um voto a as telenovelas. Enquanto assistia a TV, eu abria alguns sites de compra de aparelhos para o bebê. Achei tanta coisa interessante e útil para a minha gestação. Logo coloquei no carrinho e fiz a compra, endereçando para o apartamento do Yan.
Fim da tarde eu larguei a TV e fui tomar banho. Comi um sanduíche e saí para a aula de dança.
Encontrei Yan saindo.
—Quer que eu te espere aqui?
—Não precisa.
—Eu vou passar no mercado, faço uma horinha lá e é o tempo da sua aula terminar. Fica bem.
Ele resolveu e saiu rápido da entrada. E eu entrei encontrando as meninas. Fizemos a aula toda, suei como nunca, era muito bom dançar, libera todas as energias.
Yan me esperava no carro, destravou a porta assim que me viu se aproximar.
—Fez boa aula?
—Fiz. Só aquela dor de novo! - Resmunguei.
—E falou com a médica?
—Falei, ela pediu uma ultrassonografia pra semana mas semana que vem é natal.
—Putz. É mesmo. Vai passar o natal comigo né?
—Vou, seu bobinho. Onde eu passaria?
—Sei lá vai que o bebum te convenceu a ir com ele? Falando em bebum, ele já vazou da minha casa né?
—Não fala assim dele… E sim o Luan já foi.
—Ele se aproveitou de você?
—Não, dormiu que nem uma porca.
—Tá vendo? Você pode insultar mas eu não posso.
—Eu tô carregando um filho dele… - Dei de ombro rindo.
—Um filho meu e seu. Não se esquece disso.
Ele me corrigiu. De certo fato Yan que estava me acolhendo enquanto Luan só queria a verdade.
Yan queria ir pro Rio passar o natal com a mãe dele mas pelo fato da gente estar se conhecendo como “namorados” ele preferiu passar aqui mesmo, e eu agradeci mentalmente.
A semana correu como sempre acontece no fim de ano. Comprei árvore de natal, comprei comida para a ceia, comprei presente para o Yan, na mesma semana antes do natal teve amigo secreto e adivinhem quem eu tirei? Sim, Luan Santana, vulgo o pai do meu bebê.
O meu aparelho para ouvir os batimentos do meu bebê chegou e eu de minuto em minuto escutava o meu bebê. Era tão emocionante. Ainda divulguei para a internet inteira que eu estava grávida, vieram um monte de fã clube do Luan me parabenizar, eu me senti acolhida e eu tinha certeza que o assunto era esse, minha foto foi recorde de curtida e comentários.
Na véspera, eu encontrei com o meu pai, ele veio aqui e se emocionou, agradeceu ao Yan por cuidar de mim do jeito que estava cuidando. Meu pai me deu um presente, na verdade era um presente para o meu bebê. Ele disse que aquela mantinha era passado de geração em geração, era tipo um talismã, a bisavó dele quem fez e foi passando de geração em geração. Ele disse que Victória estava impossível, brigou com a mãe sobre algo que ele não conseguiu descobrir. Ele também disse que Victória estava se encontrando com o Douglas, amigo do Luan. Eles ficavam horas dentro do quarto e saiam como se nada tivesse acontecido. Eu achava um absurdo tudo que ela veio fazendo mas eu não ia aconselhar Luan, antes ele não quis terminar, quando tinha tempo. Agora eu não quero mais, não quero ver ele por perto.
—Seu Paulo, já tem lugar para ceiar?
Yan entrou na sala se sentando do meu lado, esperei pela resposta.
—Vou na casa do meu irmão, ele é sozinho e ele precisa de mim.
Acabei lembrando do meu tio “distante” ele morava no interior de São Paulo e meu pai o ajudava já que ele era dependente de cuidados especiais. Uma pena de eu conhecer tão pouco ele.
Meu pai se despediu de mim, ele disse que queria me ver com o barrigão logo e que não via a hora disso acontecer. Eu estava tão ansiosa quanto ele.
Fiz o nosso banquete, o tempo todo o Yan me elogiava, modéstia parte eu estava arrebentando com tudo que eu estava fazendo.
—Pie, seu telefone tá tocando. - Yan dizia enquanto arrumava a mesa para mim.
Peguei o celular e vi que era da casa da Bruna.
—Alô?
—Pietra, minha querida. Tudo bem?
Era a dona Marizete.
—Oi dona Mari, estou sim e a senhora? - abaixei os fogos do fogão.
—Estou bem sim querida. Queria saber se virá aqui em casa hoje.
—Na sua casa? Mas a senhora não foi para Campo Grande?
—Não, tive alguns probleminhas. E acabei ficando em casa mesmo. Topa vir aqui? Pode trazer seu namorado.
Ouvi ruídos do outro lado da linha.
—Não sei… Yan é tímido. - Menti.
—Ah querida, por favor.
—Tudo bem… - Confirmei.
Ela comemorou do outro lado da linha e eu só fiz sorrir. Encerramos a ligação e eu teria que convencer Yan de ir comigo.

Meninas quero pedir que vocês comentem muito.

7 comentários:

  1. Duvido se Luan não tá aí, pena de Pie e dele tbm😢😢😢

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  2. Eita Luan, e esse jantar 🤔🤔 vai render

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  3. Mds um vacilo atras do outro,eu lembro do luan enrolando pra terminar o namoro com a vitória e me da raiva jkkk.Que situação,Jesus

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  4. Já estou morrendo de dó do Luan , quero eles juntos novamente. Pra ele não perder de perto as coisas da gravidez da Pie..

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  5. Mds! Luan é muito retardado. Affs
    Essa história da Mary ta estranha. Sei não viu?!

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