23/06/2017

Capitulo 92

Pietra


Luan não desconfiou de nada mesmo, ele demonstrou mesmo a surpresa em ver a família e amigos na minha casa.
—Deu tudo certo né? - Questionei a Bruna que ficou responsável pela minha casa durante a minha ausência.
—Deu sim. Mamãe ajudou muito e reclamou bastante quando eu falei que o cupcake dela não saiu como o seu. - Ela riu.
—Coitada, Bruna. - Falei e ela riu.
—Vou dá parabéns pro meu irmão. - Ela saiu rindo em direção ao Luan que abraçou a irmã com bastante força e carinho.
Ele veio na minha direção sorrindo.
—Você me enganou direitinho! - Ele me acusou risonho.
—Tinha que acreditar que não ia ter nada.
—Acreditei mesmo. Nossa não achei que ia ter uma festa bem na sua casa.
—Tinha que ser aqui, se fosse na sua você desconfiaria rápido. - Pisquei o olho para ele que me abraçou.
—Obrigado viu? De verdade. - Ele beijou o canto da minha boca, mesmo eu desviando.
—Olha a foto! - Alguém gritou e virei meu rosto para ver, era o Roberval.
—Cadê, cadê? - Luan esticou o pescoço sem se soltar de mim. Roberval mostrou para ele.
—Revela essa foto para mim? Quero colocar ela do lado da minha cama. - Luan pediu. Revirei os olhos deitando a minha cabeça no peito de Luan.
—Pode deixar. - Rober saiu tirando mais foto dos outros convidados.
—Quem que vai cuidar da churrasqueira? - Minha sogra perguntou bem alto.
—Vou dá uma olhadinha, depois alguém se vira lá porque não quero ficar com cheiro de churrasco. - Luan se soltou de mim mas eu o acompanhei para lhe mostrar onde estava as coisas.
O ajudei a temperar as carnes e fazer o seu molho favorito. Ele colocou as carnes no espeto, ligou a churrasqueira e colocou as carnes espetadas no espeto.
Fiz a maionese e a vinagrete, Mari já havia feito o arroz e a farofa. Abri o freezer e achei queijo de churrasco, pedi pro Luan colocar quando estivesse quase pronto.
Em meia hora estávamos todos comendo churrasco feito pelo aniversariante que não largou da churrasqueira para nada.
—Gostou do churrasco? - Ele colocou um pedaço de carne na minha boca.
—Uhuun. Uma delícia. - Sorri fechado por estar mastigando.
—Vamos dançar! - Ele me puxou quando começou a tocar “Medo bobo” da dupla Maiara e Maraisa.
É, e na hora que eu te beijei, foi melhor do que eu imaginei. Se eu soubesse tinha feito antes, no fundo sempre fomos bons amantes. - Ele sussurrava no meu ouvido enquanto ele dançava comigo.
—Para com isso, menino. O povo vai dizer que é a nossa música. - Tentei me soltar dele.
—Tanto amor guardado tanto tempo, a gente se prendendo à toa. Por conta de outra pessoa, só da pra saber se acontecer.
Me entreguei a dança até a música dar continuidade a outra. Érica apareceu me tirando dos braços do Luan.
—Rapidinho, Luan. Juro que devolvo ela viva e inteira. - Érica brincou já me arrastando para longe dele.
—Tá, agora fala! - Pedi, depois que ela se assegurou que estávamos sozinhas na lavanderia.
—Eu tô precisando de um favor de amiga! - Ela disse parecendo envergonhada.
—Como assim?
—Sabe aqueles favores que eu pedia pra mentir para os meus pais pra dormir na sua casa?
—Só que você ia para a casa do Yago transar com ele? - Falei mas relembrando a nossa adolescência. Érica bufou quando lembrei do nome do garoto que ela era caidinha.
—Sim, isso!
—O que que tem?
—Dessa vez eu preciso fugir é dos meus nenéns. Não consigo ter uma noite de sexo com o Dudu. - Eu ri. —Quando não é os meninos é o Dudu que vive dentro daquele estúdio. Quase acabei com os aparelhos de som dele quando tentei seduzir o Eduardo dentro do estúdio. - Eu tentei segurar a risada imaginando a cena. —Não ri! Você tem sorte de não ter um bebê ainda, porque quando tiver vai deixar de ter uma vida sexual ativa.
O seu mal humor com certeza era a falta de sexo e isso era engraçado.
—E aí, topa me ajudar?
—Como eu posso te ajudar? - Eu secava as gotinhas de lágrimas nos cantos dos olhos.
—Cuida dos meninos por uma noite? Eu juro que volto antes deles acordarem. - Ela fez expressão de piedade.
—Mas assim. Como vocês não conseguem transar?
—A culpa é toda do Eduardo. Ele acostumou dos meninos dormirem na nossa cama e os meninos não saem mais de lá. Nunca gostaram de berço, tem quarto mas é só pra dizer que tem mesmo. Porque o senhor Eduardo Borges fez as vontades dos filhos. - Minha amiga precisava de sexo urgente e eu precisava ajudar.
—Pra hoje?
—Hoje não dá. Luan tem planos pra vocês hoje. - Ela falou com desdém. —Queria eu transar. Tem meses que eu não sei o que é sexo. Tem como virar virgem de novo? - Ela perguntou pensativa.
—Não amiga! - Mordi o lábio rindo. —Me diz o dia que eu cuido deles pra você.
—Ai obrigada! Você tá salvando o meu casamento.
Ela me abraçou e eu acabei rindo.
Voltamos, fomos para a cozinha, Marizete e Bruna tentavam levar o grande bolo para a sala onde os convidados e Luan estavam.
Ajudei, ao chegarmos perto de Luan todos puxaram o “Parabéns pra você…” era tão satisfatório ver o sorriso dele, batendo palmas e cantando junto com os outros. Ele fez um sinal me chamando e eu fui para o lado dele, ele passou o braço no meu ombro me puxando pra si.
As inúmeras velas foram apagadas pelo assopro dele, o dele do meu namorado deslizou pelo grace e passou pelo meu nariz.
—Luan! - Reclamei, indignada.
—Pra ficar bonitinha. - Ele sorriu travesso.
Limpei a sujeira que ele fez.
Marizete cansada de carregar o bolo, colocou na mesa. Pegou faca, talheres e prato para servir do bolo. Luan cortou o primeiro pedaço.
—Discurso, discurso, discurso! - Começaram a gritar e eu vi que quem puxou o coro foi foi Marquinhos, Bruna e Dudu.
—Bem já que todos querem discurso no meu aniversário, eu vou dar o discurso. - Luan olhou para o bolo como se procurasse palavras ali para falar. —Passa ano e entra ano e a gente ganha uma nova esperança no coração, né? - Ele passou a olhar para a tia dele que estava do lado dele. —Eu fico feliz por ter vocês aqui comigo, de ver vocês torcendo pra mim. Não tô falando como cantor ou artista que me veem lá fora em frente às câmeras. Eu tô falando daqui, olho no olho, sentimento em cima de sentimento. Sempre gostei do de reciprocidade, sempre gostei de sentir o que a outra sentia, e eu sinto que o amor que eu tenho por todos vocês é recíproco. Especialmente de uma certa menina aqui. - O olhar dele se prendeu ao meu, e no mesmo momento eu gelei. Filho da mãe. —Ela foi dona das minhas noites mal dormidas, foi dona do meu desinteresse em ficar em família, dona das vezes que eu me fechei e esperei ela voltar. Mesmo sabendo que era incerto. Mas ela voltou e eu quero muito que seja pra ficar porque eu não aguento e nem mesmo meu coração aguenta ficar longe dela. Ela disse que queria um pedido de namoro decente e não sei se isso aqui pode ser chamado de pedido de namoro. Porque nada nesse mundo pode ser tão grandioso ou ser medido comparado ao amor que eu sinto por ela! - Seus passos rápidos chegaram diante de mim. Ele colocou o joelho esquerdo no chão, sua mão gelada tocou a minha e seu lábio tocou a mesma.
—O Aniversário é meu mas o presente é seu. Namora comigo?
Eu fechei os olhos segurando as lágrimas que acabei deixando escapar.
—É claro que eu namoro. - Falei baixinho mas todos estavam em silêncio esperando pela minha resposta e por isso todos ouviram.
Luan me abraçou, segurou meu rosto e me beijou. O beijo lento e torturante. Ele sabia como me conquistar.
—Eu ainda vou te envergonhar desse jeito!
Falei emocionada.
—Quero ver ser mais bonito que esse, moreninha. - Ela piscou um olho. —Enfim gente, ela aceitou. Obrigado pelo carinho, podem comer do bolo que eu vou sequestrar essa muié linda! - Ao terminar de falar, ele me pegou no colo, subiu as escadas e entrou no meu quarto.
—Você louco? Vamos descer! - Segurei em seus braços, rindo.
—Não. Espera um pouco, eu quero fazer uma coisa que só posso fazer entre quatro paredes! - Olhei para ele seria e estranhando. Eu não ia transar com ele sabendo que tinha convidados na minha casa que com certeza ia escutar tudo que fosse acontecer aqui.
—Ta louco?
—Não.
—Você bebeu muito. - revirei os olhos. Ele me encurralou na porta fechada e tomou meus lábios nos dele. Tentei empurrar seu ombro para se afastar mas sua insistência venceu dando vontade ao beijo.
—A gente não vai transar, bonitinha. - Ele falou como se lesse a minha mente. —Eu só queria te encher de beijos sem ninguém em cima da gente comemorando com a gente.
—Ah se for isso eu quero mais beijos! - Puxei ele pela camisa e ganhei mais beijos como eu queria.
Descemos minutos depois que o clima começou a esquentar. Estava com vergonha ainda do mini discurso do Luan com direito a pedido de namoro.
Tirei um pedaço de bolo para mim e para Luan que agora não largava do celular.
—Tá fazendo o que?
—Cortando o bolo para mim e para você. - Dei de ombro.
Ele passou o dedo no glacê e levantou, por instinto segurei o braço dele e ele me olhou como se não estivesse entendendo.
—Que?
—Não vai passar de novo no meu nariz! - Reclamei e foi aí que percebi ele filmando pelo celular. —O que você tá fazendo?
—Uma live! - Ele falou arteiro.
—Ai meu Deus. - Sussurrei apavorada e me escondendo. Luan quer ver minha cabeça fora.
—Mor fala aqui. Elas querem te ver.
Eu olhei em volta para ver se tinha alguém para me salvar, encontrei a Marizete.
—Oi querida.  - Me olhou sorrindo. —Gostou do pedido de na…
—Ah sim. - interrompi ela, sabia que as fãs do Luan entenderiam tudo e agora que minha cabeça ia rolar.
—Que foi? - Ela percebeu meu nervosismo e então fomos para a cozinha.
—Luan começou a fazer um vídeo ao vivo. Todos vão ouvir ele me chamando de amor e a senhora falando do pedido de namoro. - Contei me sentindo incomodada. Ela abriu a boca parecendo também incomodada.
—Ah menina, me desculpa. Eu não percebi que ele estava filmado.
—Não. Tudo bem. Ele é que não deveria ter feito isso. Ele nem é de fazer essas coisas. O jeito é encarar isso.
—Relaxa querida. As fãs dele vão gostar de você.
A tensão que se instalou em mim foi diminuindo, tentei não pensar muito mas estava quase impossível. Eu sei o que as antigas namoradas do Luan passaram, minha irmã passou por muita coisa e ainda teve aquela agressão que acabou não dando em nada, mas eu não queria acabar numa agressão dessas. Me preocupo com cada um ali.
—Tá fazendo o que aqui sozinha? - Luan entrou na cozinha com um copo de cerveja na mão.
—Nada, eu tô só fugindo de você com esses vídeos que você começou a fazer. - Suspirei encostando meu braço na bancada.
—Ué? Porque? Achei que era um plano para acostumar com o nosso relacionamento.
Passei as mãos no rosto, agora pouco me importando se fosse borrar minha maquiagem.
—Eu que não tô me acostumando. Antes não tinha essa história de fãs se acostumarem comigo por conta do meu relacionamento com você. Eu tô do lado mais exposto agora. - Encolhi os ombros.
—É difícil mas não desiste de mim. Você sabe que elas gostam de você, só vão ter que se acostumar com você comigo como parceira.
—Eu sei que gostam mas elas gostam contudo que eu não tenha um relacionamento sexual com você, de resto tá beleza. - Resmunguei. Luan me abraçou afagando os meus cabelos.

—Elas não gostam que eu tenha apenas um relacionamento sexual e nada mais.- Ele me encarou segurando meu queixo —Mas com você eu tenho mais que isso, o companheirismo e a nossa fidelidade. Isso eu não tive com nenhuma que passou pela minha vida e deixei ir. Você é especial, você é minha companheira, você é a minha parceira, você é minha inspiração para os dias difíceis, você me conhece, eu te conheço e sei que minhas fãs não vão ser um obstáculo para seguirmos em frente. - Ele falou tudo isso olhando para os meus olhos e eu tive certeza que não poderia ter um namorado melhor que ele, ele é único.

Alguém quer um namorado como o Luan é?

3 comentários:

  1. Já quero os dois cuidando dos filhos da Erica e do dudu

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  2. Muito fofo esse Luan. Quero um pra mim. 😍😍😍😍
    Pietra relaxa, com tempo tudo se ajeita. Deixa de medo e vai ser feliz.
    P.S: Brenna Dias

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