Pietra
Eu voltei a dormir quando Luan foi embora. Estava me sentindo sozinha com essa casa silenciosa.
Acordei novamente já na hora do almoço, desci e fiz um miojo. Comi assistindo bob esponja e lembrando da vez que eu vi com Luan. Eu reclamava com ele que desenhos era para crianças e ele reclamando que desenhos não era só para crianças que ele adorava também. Ele era a minha única criança.
Lupe estava agitado e então o levei para passear, escolhi esse bairro mais calmo por isso, eu podia andar com o meu cachorro sem preocupação dele ir em cima de alguém, meu cachorro era um crianção. Andei bastante e quando voltei eu tive que ir cancelar a viagem que eu tinha programado.
—Ok, obrigada. - Encerrei a ligação do hotel que ficaria com Luan.
Passei a semana toda pensando no que fazer, Luan não atendia minhas ligações ele estava realmente chateado comigo e eu teria que dá um próximo passo.
—Oi Pie! - Bruna me recebeu na casa dela.
—Oi Bru, tudo bem?
—Estou sim. Entra.
—O Luan tá aí? - Perguntei torcendo para que sim.
—Não… - Ela fez careta e eu murchei.
—Eu olhei a agenda dele e não tinha nada.
—É. Ele tá no escritório, tem uma reunião mas ele deve tá chegando já. O pai mandou mensagem para mim perguntando o que eu queria do mercado. - Sorriu. —Espera que eles já chegam logo.
Ela me puxou para a sala e então eu esperei.
—Luan te mandou o convite do jantar que vou fazer aqui para oficializar o noivado?
—Quando que vai ser? Ele não me mandou nada não.
—Eu mandei ele entregar pra você. Ele é um lerdo. É sexta agora.
—Minha nossa. Luan não me disse nada.
—Faz mais de um mês que eu mandei ele entregar.
—Não me disse nada! - Bufei. Agora eu teria que me programar em cima da hora. Culpa do Luan.
—Pelo menos você sabe agora. - Ela deu risada.
—E os bebês? Já foi ver o sexo?
—Ainda não dá para ver. Eles são tímidos! - Rimos.
—Será que são meninas? Dizem que meninas são mais tímidas.
—Ai como eu quero. Breno vai ficar todo bobo, ele já é todo fofo com a irmã dele.
—É mesmo. - Rimos.
Ouvimos um carro estacionar e Bruna foi ver quem era.
—São eles. - Ela informou.
—Ah que bom. - Sorri ansiosa.
Luan apareceu conversando com o pai ele parou assim que me viu.
—Que surpresa. Não esperava te ver aqui. - Ele sorriu. —Tá tudo bem?
—Sim, quer dizer não. Você não me atende no celular, eu tive que vir aqui.
—Vamos lá em cima conversar. - Ele disse sorrindo.
—Luan, pode me explicar porque você não entregou o convite da Pietra?
—Ah! Eu deixei na jaqueta e não lembrei de entregar. Deve tá no quarto.
—Um mês Luan! Ela ia como sem convite?
—Ué ela é minha namorada! - Deu de ombro. Bruna deu um risinho baixo.
—Sabemos que é mas o segurança não sabe. - Ela resmungou.
—Eu ia buscar ela em casa.
—Ia sem ela saber que tinha um lugar para ir?
—Eu ia contar. Agora chega desse assunto. Vamos amor. - Luan me puxou e eu só pude acenar para o Senhor amarildo.
—Não queria falar mais comigo? - Perguntei assim que ele fechou a porta.
—Não é isso. Eu só precisava de um tempo pra mim.
—Entendi.
—Que bom que você veio aqui. Eu estava morrendo de saudades.
—Você estava com raiva de mim.
—Mas já passou. Você deu um passo do nosso relacionamento, isso é muito bom.
—Eu detestei passar a semana longe de você. - Confessei já que eu tinha dado o próximo passo.
—Eu também. Mas quem ver assim nem imagina que passou 2 anos longe.
Eu ri.
—A gente precisa conversar.
—Senta aí.
Ele me indicou a cama dele enquanto ele pegava a cadeira da mesinha do computador. Me sentei na ponta da cama e esperei Luan prestar atenção em mim.
—Eu tô muito envergonhada com tudo que eu fiz, eu não era assim você sabe disso. - Ele concordou silenciosamente. —Eu te peço desculpas, você não vai me ver bebendo mais nada de álcool. Eu fiquei pensando e acabei percebendo que eu posso ser alcoólatra, do mesmo jeito que meu pai foi.
—Seu pai não foi alcoólatra, Pietra. Nem você é. Você conversou com o Otávio sobre isso?
—Depois que eu analisei essa situação eu ainda não fui lá.
—Então conversa com ele sobre isso.
—Você foi nele nesta semana?
—Fui.
—Hm. Ele deve tá me odiando já.
—De jeito nenhum. Falei só coisas boas de você. Minha namorada!
—Deixa de ser bobo. Eu quero saber quando você vai me pedir em namoro oficialmente. - Ele riu.
—Quando você menos esperar, gatinha.
Ele se jogou em cima de mim de surpresa. Gritei pelo susto e ele riu de mim.
A mão dele foi diretamente por de baixo da minha saia em contato com a minha pele, confesso que adorei mas estava tensa demais para deixar acontecer.
—Aqui não!
—Onde?
—Não na casa dos seus pais!
—Não tem como ouvir, o quarto todo é a prova de sons, nem se eu colocasse um som bem alto eles escutaria. - ele piscou o olho respondendo a minha pergunta.
—Mas…
—Deixa acontecer, Pietra.
—Agora não. - Fiz carinha de cachorro triste. —Eu tô planejando uma coisinha para a gente e se acontecer antes vai perder toda graça.
—Planejando é? O que? Me conta.
—Ainda não. Deixa que quando acontecer você vai saber. - Ele se levantou e eu arrumei a minha saia.
—Quero a semana toda de sexo, vou te deixar sem andar durante um mês por ter fugido de mim tanto tempo. - Ele bateu sua mão na minha coxa descoberta dedicando-a vermelha.
—Porra, Luan! Olha isso? - Reclamei mostrando-lhe o que ele acabara de fazer.
—Foi mal, meu amor. Senta aqui, vai ganhar uma massagem do seu amorzinho.
Ele me segurou dando beijos na minha coxa vermelha.
—Pi! A Dani tá aqui.
Ele parou de beijar e me olhou.
—Vai lá.- Falei me sentando no meio da cama.
—Vai ficar aí? Não vai descer?
—Não quero conhecer a Dani.
—Para com esse ciúme bobo, amor. Vamos lá. Minha mãe tá aí e vai gostar de te ver.
Fiz careta mas levantei da cama com o apoio da mão dele.
Descemos a escada e havia uma mulher sentada no pequeno sofá, Bruna conversava com ela, sentada no sofá maior.
—Olha ele aí! - Bruna chamou atenção da Dani.
Ela nos olhou e sorriu, vi que não tinha motivos para ter ciúmes dela. Ela é muito bonita mas com certeza não era o plano dela ficar com o Luan. Ela tinha uma aliança na mão direita.
—Oi. Dani, tudo bom? - Luan foi na frente falando com ela, ela se levantou e cumprimentou ele com um beijo no rosto me olhando e sorrindo sem graça.
—Estou bem. Oi Pietra. Tudo bom?
—Estou bem. - Sorri mais confiante. Cumprimentei ela e nos sentamos.
—Vamo puxar peso hoje? - Luan perguntou animado.
—Você esqueceu que marcamos aqui para você malhar? - Ela revirou os olhos.
—Esqueci! - Luan falou como se culpasse e eu ri.
—Vai também Pietra?
—Já fui hoje, estou morta! - Me estiquei rindo.
—Pietra está aqui? Minha nossa. - Ouvi a voz da (minha sogra?) Marizete.
—Oi Mari. - Sorri virando o rosto para ela e sorrindo. Ela chegou rápido até mim e pegou na minha mão.
—Ai que bom que está aqui. Já conheceu a namorada do seu pai?
—O que?
—A Daniela. - Ela apontou para a Dani que no mesmo momento estava vermelha de vergonha?
Até que enfim se acertaram!! Meu Deus! A Dani é a namorada do pai da Pie, morta kkkkk.
ResponderExcluirSocorroooo jkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk,será que rola barraco?
ResponderExcluirEitaaaaaa peste 😱😱😨
ResponderExcluirChocada, por essa a Pietra não esperava.