Pietra
—Conheço ele sim. - Contei como se fosse um segredo e ela sorriu.
—Ele canta pra você? - Seu entusiasmo era nítido.
—Canta! - Contei sorrindo.
—Ele parece ser muito legal. - Ela fez gesto com as mãos como se fosse uma grandeza.
—Ele é muito legal. Você parece ser legal também. - Brinquei com ela e ela me devolveu um sorriso tímido.
Ela começou a prestar atenção no meu noivo e eu fiz o mesmo. Luan passava muita confiança a todos ali. Até mesmo a mim. Ele dizia para não desistir dos seus sonhos e que a hora certa iria chegar.
Ele desceu do palco depois de 15 minutos falando ali. As crianças correram até ele, todos ganharam um abraço dele. As crianças saíam alegres contando como foi o abraço, como ele era de pertinho.
A Cristina nos levou até uma sala menos movimentada, agradeceu por Luan ter vindo até aqui e que a porta sempre estará aberta para ele. Luan agradeceu a todos ali e que sempre que precisasse ele ia ajudar.
Já na van indo para casa eu parei para pensar, eu queria tanto uma criança para cuidar e tinha tantas naquele abrigo precisando de carinho e amor.
Luan parecia está muito bem enquanto eu estava num conflito comigo mesma e ele percebeu aquilo.
Quando chegamos em casa fomos jantar.
—Minha mãe tá cobrando de mim que eu não vou para casa. - Ele comentou.
—Eu sei como é que é. Passa a noite lá e amanhã também.
—Vai viajar comigo? Eu saio de tarde.
—Acho que eu vou. Dai tá de férias, ela vai demorar a voltar e eu tenho que mandar meu currículo mais uma vez. - Suspirei por pensar em achar um novo trabalho.
—Você deveria aposentar seu pai. Ele merece descanso.
—Eu não vou trabalhar com você. - Revirei os olhos.
—Por que não? Sempre nos damos muito bem.
Eu ri por não acreditar naquilo. Era difícil ser noiva trabalhar com ele. Eu sabia que muitas das mulheres que entram no camarim é para dar em cima dele e eu como noiva e mulher dele não aceitaria aquilo calada. Eu preferia não ver. Como é aquele ditado mesmo? O que os olhos não veem o coração não sente. E eu confiava no meu taco.
—Não é fácil ver as oferecidas dando em cima de você. - Bufei, levantando e pegando os pratos.
—Também não é fácil negar. - Ele tombou a cabeça pro lado e eu o encarei descaradamente.
—Como é?
Ele deu risada.
—To brincando meu amor. É sempre fácil dizer não para quem for. É difícil negar algum fogo por você. Isso sim é castigo. - Ele falou se juntando a mim. Me mantendo presa a ele.
—Sei... - Tentei desgrudar dele mas ele manteve firme suas mãos em minhas cinturas e seus lábios escorregaram pelo meu pescoço e ombro. —Não atiça, sem vergonha. - Empurrei seu quadril com a minha bunda e ele riu.
Coloquei a louça suja na pia e comecei a lavar. Luan secou e guardou.
—E o que achou do abrigo? - Ele perguntou.
—Achei legal. Depois do marketing que fizer aquelas crianças vão achar um lar.
—Sim, com certeza.
—As vezes gosto do marketing. - Rimos.
—Mas e você. O que achou das crianças?
—São lindas. Você viu a menina que estava do meu lado?
—Eu vi, era linda.
—Ela disse que gostava de você, perguntou se você cantava para mim. - Contei sorrindo.
—A gente tem que adotar uma criança. - Ele falou pensativo e eu suspirei por mais uma coisa para alcançar, eu queria também adotar.
O celular dele tocou e era minha sogra. Ele teve que ir para casa dele. Me despedi dele com um beijo e ele então foi, levando a metade do meu coração.
[...]
No dia seguinte eu acordei cedo como de costume, fui a academia e voltei para ajudar a minha mãe com o almoço, meu projeto fit estava dando certo, estava emagrecendo real e ganhando massa magra.
Depois do almoço eu fui arrumar minhas malas, ir com o Luan em várias cidades me custava o dia inteiro arrumando as malas, mas agora eu estava com pressa, Luan me lembrou que eu ia com ele a meia hora e ele estava por vir. Eu esperava que ele se atrasasse como de costume. Depois de terminar a mala, eu fui tomar banho. Fiz um coque frouxo nos cabelos e vesti um short jeans e uma regata da cor preta. Estava calor e íamos para o Rio de Janeiro. Não tinha como ficar frio.
Quando ainda estava me maquiando para não ir com a cara lavada eles chegaram, Luan logo entrou, veio até meu quarto e me deu um beijo de tirar o fôlego.
—Menino. - Eu ri depois de cair na cama, ele mesmo me derrubou e subiu em cima de mim.
—Estava com saudade. - Ele tomou minha boca, me dando um beijo maravilhoso.
—Eu também estava. - Acariciei seu cabelo. —Mas assim vamos atrasar.
—É bem pensado.
Ele se levantou e me ajudou a me levantar, terminei a maquiagem e ele desceu com as minhas malas.
Me despedi da minha mãe e então fui para a van.
—Olha aí a futura senhora Santana. - Roberval brincou e eu revirei os olhos.
—Continuo com o Castro. - Dei de ombro sorrindo.
—Pietra Castro Santana. - Luan falou entrando e sorrindo.
—Mais uma Santana pra nos mandar. - Rober brincou e eu revirei os olhos.
—Não mando nem em mim, imagina nos outros. - Rimos.
Seguimos para o aeroporto e então fomos para o jatinho, seguimos para o Rio de Janeiro.
Luan atendeu aos fãs no aeroporto e eu observei ele atender, umas meninas me pararam pedindo uma foto e eu atendi, eu gostava do carinho que elas tinham por mim como namorada.
—Posso roubar a minha muié? - A voz do Luan nos interrompeu, a menina me contava como começou a acompanhar Luan, ela nem percebeu que eu era a noiva dele e foi falando.
—Ah claro. - A menina sorriu pro Luan que me abraçou por trás.
—Ela estava me contando como te conheceu. - Lancei um olhar para a garota que de morena ficou branca.
—Éh eu não. Hm. Não sabia que vocês estavam juntos. - Ela parecia perdida.
—Não imagina. - Sorri de canto e então entrei sem me despedi dela.
Eu tinha que manter minha calma, eu não queria me estressar.
Eu tinha que manter minha calma, eu não queria me estressar.
A garota me contou como subiu ao palco e como foi nos bastidores como se eu fosse uma amiga dela, eu instiguei em saber mas era porque ela já estava me contando como conheceu meu noivo. Naquela época eu não passava de uma funcionária da equipe do Luan mas ouvir agora me dava ânsia.
—Pietra você não me deixa explicar.
—Não tem o que explicar, só me deixa quieta, por favor. - Pedi com raiva, um bolo estava formado na minha garganta e eu não sabia como pôr pra fora.
Como diz aquele filme "Meu passado me condena" hahahaha
Eita Loan
ResponderExcluirFerrou em luanzinho kkkk
ResponderExcluirVixii, agora lascou kkkkkkkkk
ResponderExcluirP.S: Brenna Dias