Luan
—E você o que você vai fazer hoje? - Estávamos deitados na cama, transamos pela terceira vez. Era ruim sentir saudades mas matar ela era uma delícia.
—Seu pai me mandou mensagens antes de descarregar o celular, ele disse que me mandaria a agenda da semana. - Dei de ombro.
—Então tá livre hoje? - Ela perguntou animada, se esfregando em mim.
—Acho que sim. - Beijei sua boca —Como anda os preparativos para o nosso casamento?
—A todo vapor. A gente precisa escolher a playlist de durante a cerimônia e a da festa.
—Vou pedir pro Dudu fazer isso tá? Ele é produtor e entende mais das músicas.
—E você é o cantor e compositor.
—Mas ele que sabe fazer arranjos, eu confio nele. Você pode escolher quais.
—Tudo bem. - Ela deitou a cabeça no meu ombro dando um suspiro pesado.
—Que foi?
—Nada não.
—Quer que eu escolha?
—Não, não é isso. - Ela se afastou meio chateada, eu conhecia a mulher com quem eu vou me casar.
—Amor, fala. Não tem como adivinhar o que te deixa chateada.
Ela apertou as pálpebras e ficou assim por uns instantes.
—Amor… - Acariciei seu rosto.
—A gente não pode casar. - Ela escondeu o rosto.
—Como assim, amor?
—Eu tenho medo. Eu não sei se vou poder engravidar, não sei se vou suportar não ser mãe, não ser completa para você.
—Ah moreninha! Eu não estou obrigando você a me dar um filho.A gente vai tentando, temos tanto tempo pela frente. - Sorri vendo seus olhos marejados. Ela estava tentando de verdade me dar um filho. —E se nada der certo a gente adota.
—Você ia gostar de ter um filho que não seja do seu sangue?
—Claro que eu ia. Você sabe que o que importa é o amor. Mas bem que eu queria ver umas princesinhas correndo pela casa, com os cabelos longos e escuros que nem a mãe. Uns moleques feio que nem eu. - Mexi no meu cabelo sabendo que estava todo bagunçado. — Mas queriam que herdasse a sua beleza. Ela é rara e não seria justo ter só você de linda. - A fiz rir.
—Para. Você é lindo. - Ela acariciou meu rosto e eu fechei os olhos.
—Você é ainda mais. Mas a aparência é o de menos, quero ver umas crianças me chamando de pai, te chamando de mãe. Eu gostaria muito de ver nossa família crescendo não importa como.
Ela me abraçou de surpresa e eu parei para pensar em que lugar estávamos falando de futuro, num motel.
—Oh amor. Não fica triste, tá bom?
—Eu já tentei de tudo. A minha médica me receitou de tudo para que eu engravidasse, acho que não tá dando certo.
—Oh amor. Eu sei que to colocando pressão demais em você. Mas não precisa ser agora. Não precisa ser antes do casamento, talvez Deus esteja planejando nos conceder um bebê depois do casamento. Você vai ver, vamos ter muitos de nós correndo pela casa.
Ela pareceu concordar com aquilo e então fiquei mais tranquilo. Eu não queria que ela pensasse que eu queria um filho de qualquer jeito, filhos no casamento era.uma forma de procriar o nosso amor. Daqui alguns anos mostrar aos nossos amigos quanto nosso amor cresceu, em forma de filhos.
Ela ficou caladinha até chegarmos em casa, coloquei o celular para carregar enquanto tomava um banho. Quando sai vi as inúmeras mensagens e ligações do meu sogro. Li as mensagens e ele dizia que ia se atrasar, mas pelo que? Li mais e vi que tinha uma instituição em que eu tinha que ir.
Naquele mesmo momento a Pietra entrou no quarto.
—Rober está aí. Vão sair?
—Seu pai disse que eu tenho um compromisso à uma da tarde.
—Já estão atrasados então? - Me olhou em dúvida.
—Sim. - Olhei as horas no celular e fiz careta. Faltava dez minutos para uma.
—Vem almoçar rapidinho. - Ela não pediu, ela me mandou. Eu apenas concordei.
—Vem comigo? Seu pai vai atrasar e eu não sei o que fazer chegando atrasado.
—Tá. Se serve lá, convida os meninos para entrar, que eu vou tomar um banho. Pede pro Robert pedir pro meu pai avisar que você vai se atrasar meia hora.
—Ta.
Ela entrou no banheiro e eu terminei de me vestir, agora escolhendo uma roupa apresentável.
Desci e chamei o Rober, Well e o motorista para almoçar, mas eles recusaram. Insisti que entrassem para pelo menos tomar alguma coisa.
Apresentei eles a minha sogra que estava na cozinha e que apenas sorriu e saiu rapidamente.
Ofereci cerveja, Rober e Well aceitaram, já o motorista Antônio não aceitou e ficou na água mesmo.
Almocei conversando com eles e então Pietra desceu, apenas beliscou do meu prato dizendo que não dava tempo.
Escovei os dentes e Pietra fez o mesmo, então em 15 minutos estávamos saindo de casa.
Tempo recorde. Como sabia que haveria fotos levei um óculos e Pietra insistiu em me maquiar. Decidi usar um boné pois meu cabelo ainda estava como a pós foda que tivemos naquela manhã.
Chegamos bastante atrasados. Estava preocupado com a imagem que iam ter de mim, normalmente não me atraso tanto assim.
Rober desceu na frente, avisando a quem fosse me receber. Wellington desceu também. Desci primeiro que Pietra e ajudei-a a descer.
De longe vi o Roberval conversar com uma senhora, ele apontava para cá.
Me aproximei deles, estava curioso para saber o que se tratava dessa instituição.
A senhora assim que me viu abriu um sorriso.
—Oi querido, estávamos ansiosos pela sua chegada.
Ela me abraçou e eu retribui.
—Obrigada pelos brinquedos e toda a gentileza que teve de nos dar.
Aquilo me despertou interesse. Eu sabia que a central de fãs tinham feito um arrecadamento de brinquedos e coisas para criança para dar a uma instituição que necessita de uma ajuda, com tudo ainda dei uma boa quantia, o suficiente para ajudar. Eu só não sabia do que se tratava essa instituição.
—As crianças estão muito felizes em receber você. Quase nunca recebemos visitas e hoje quando souberam que a visita era você, as crianças se encheram de luz, deu para ver a alegria deles.
Eu concordava com todas as palavras que ela dizia, estava feliz por ser uma alegria para essas crianças, não importa qual seja a tristeza delas eu ia mudar por hoje.
Pietra me olhava atenta, meio distante, mas escutava tudo que falávamos.
A senhora que eu fui descobrir o nome depois, Cristina. Nos levou para conhecer o lugar, ela falava com tanto orgulho e às vezes com o coração partido.
—Esse abrigo foi muito bem visto, sabe? Mas quando começamos a receber crianças mais velhas as pessoas perderam o interesse. Quase não recebemos ligações de pais querendo adotar uma criança.
Troquei um olhar significativo com a Pietra que estava desconcertada.
—Tenho certeza que isso irá mudar. - Segurei em sua mão dando-lhe forças para continuar lutando com essas crianças.
—Tenho certeza que sim. Vamos conhecer as crianças! - Ela falou animada. Seguimos ela, escutando ela falar sobre como as crianças eram.
Vi Pietra se afastar um pouco e eu fiquei curioso com o que estava acontecendo, então perguntei ao Roberval.
—Ela disse que não estava se sentindo bem e que ia ficar lá fora.
—Dona Cristina? A senhora pode me dar um minutinho? Eu vou fazer uma ligação para o meu assessor, ele está um pouco atrasado.
—Tudo bem, sem problemas.
Então segui até lá fora onde Pietra estava. Ela estava sentada em um dos bancos e eu me sentei ao lado dela.
—Que foi? - Toquei em sua perna.
—Por que não me disse que ia vir a uma casa de adoção?
—Eu não sabia. Eu sabia que iam ser doados brinquedos e uma ótima quantia a uma instituição mas não tinha ideia do que se tratava. - Me expliquei e ela ficou em silêncio. —A gente não vai escolher ninguém para adotar, relaxa viu? - Passei a mão em sua bochecha.
—Essa é a minha preocupação. Eu estou a alguns passos de ver crianças querendo pais e a gente aqui tentando várias vezes, quase sem esperanças.
—A gente pode ir vendo, não precisa falar com a Cristina que estamos procurando. Até porque precisamos casar primeiro, a gente tá cheio de compromissos e mais um agora não daria certo.
—É tem razão. - Ela sorriu. —Obrigada! - Ela me abraçou e beijou meu rosto.
Quando estávamos voltando o meu sogro nos alcançou, já foi abraçando a filha e me cumprimentando. Voltamos a quadra que ficava do outro lado do pátio. Havia um microfone e Cristina estava falando nele, dando um discurso que peguei já no final pois ela falou o meu nome, me anunciando. As crianças me olharam como se eu fosse uma miragem. Cumprimentei os que estavam mais próximos. Eram crianças de torno de 3 a 15 anos. Fui até a Cristina, cumprimentando-a.
Pietra
Enquanto Luan estava falando no microfone, eu admirava as inúmeras crianças ali. Elas me olhavam com aqueles olhos me pedindo para cuidá-las.
Eu tentava não observar cada criança ali mas era difícil, era muito difícil ignorar aqueles olhos, os sorrisos fofos que eles tinham. Até uma menina se aproximar de mim, me encarou por alguns minutos e voltava a prestar atenção no meu noivo. Voltava a me olhar e depois olhava para Luan.
Até que ela decidiu falar.
—Oi tia. A senhora veio com o Luan Santana? - Seus olhos brilharam quando ela falou o nome dele e eu sorri orgulhosa.
Segundo do dia haha gostaram?
Deixa eles adotarem um. Por favor
ResponderExcluirEles poderiam adotar um e a Pietra estar ou ficar grávida nem que seja mais pra frente continua
ResponderExcluirEles podem adotar um é ter deles também. Sinto que vai ser essa garotinha.😍
ResponderExcluirP.S: Brenna Dias