26/10/2017

Capitulo 134

Pietra



No dia seguinte, levantei da cama cedo como eu tenho feito todos os dias, vou a academia e me exercito, volto antes do almoço e ajudo minha mãe para preparar o almoço. falei com ela sobre a proposta do Luan com a nova casa e ela não pareceu gostar mas que ficaria feliz se fosse da minha vontade. Disse para ela que ela podia ficar com essa casa, ela já havia se adaptado a tudo ali e não fazia sentido eu vender essa casa para ela morar em outra. Não ousei em dizer que ela ia morar na mesma casa que eu e Luan, não faria sentido o Luan comprar uma outra casa e eu ainda levar a minha mãe na bagagem, embora meu coração dizia que era errado deixar minha mãe morando sozinha pelas condições dela.
Depois do almoço com a minha mãe, eu fui me arrumar. Luan avisou por mensagem que estava chegando e eu desci, me despedi de minha mãe e não foi preciso o Luan sair do carro, eu entrei no banco de trás e cumprimentei meu sogro.
—Oi amor. - Luan se esticou para me beijar, dei um selinho nele e ele voltou a se sentar corretamente.
O caminho não foi longo mas pelo trânsito foi intenso. Paramos na primeira casa. O corretor de imóveis já estava à nossa espera.
Luan cumprimentou primeiro, logo depois meu sogro e por último eu.
—Você deve ser Pietra? - Ele sorriu e concordei com rindo. —Sou William. Ouvi falar muito bem de você. Seu sogro gosta bastante de você.
Eu sorri observando meu sogro ficar meio vermelho e rir.
—Que bom que meu sogro gosta de mim. - Rimos.
—Ele disse para mostrar as melhores casas. Disse também que preferem casa grande com bastante quartos, está certo? - Olhou-me pedindo confirmação.
Luan foi mais apressado e confirmou.
—É sim. Nossa família é grande e a casa precisa acomodar todos quando bem quiserem. - Luan passou o braço no meu ombro.
—Certo, então vou mostrar a minha melhor oferta. - Seguimos William até entrarmos na enorme casa. A porta de madeira grande e sofisticada nos recebeu muito bem. —Essa casa foi feita para um casal que já tinham filhos adultos. Quando eles faleceram antes de usufruir da casa os filhos não quiseram mas morar na casa. A casa é composta de oito quartos e mais duas suítes grandes. - Ele falava enquanto caminhávamos na enorme sala vazia. Dava para se ouvir os ecos que fazia.
—Tem cinco banheiros ao todo, dois da suíte, um no corredor, um perto da área de serviço para convidados e um na área de lazer. Falando em lazer eu preciso mostrar o enorme quintal que essa casa tem.
Ele foi enchendo a boca falando das qualidades da casa e eu olhava os detalhes. Era uma casa enorme mesmo.
Quando chegamos ao quintal logo avistei uma piscina grande e vazia, o gramado por fazer já que a casa não tinha dono. Uma área grande para fazer churrasco e colocar mesas e cadeiras, ótimo para festas que Luan gostava de dar. Ele me lembrou disso.
Admirei tudo imaginando o futuro com crianças, nossos cachorros e Luan ao meu lado.
—Ta gostando? - Luan perguntou quando William se afastou junto com Amarildo.
—Por enquanto sim. A casa é enorme.
—Foi pensado com os nossos filhos.
—Já parou para pensar que pode ocorrer da gente não ter filhos? - Coloquei minhas mãos dentro do bolso da calça jeans que eu usava, aguardando uma resposta de Luan.
—Pietra… de algum jeito vamos ser pais, não importa como, vamos encher essa casa de alegria de qualquer jeito.
As palavras dele me confortaram.Suspirei por saber que eu precisava ouvir aquilo.
Voltamos a fazer o tour pela enorme casa. Fomos ver os quartos, a suíte principal era enorme. Um enorme closet quase do mesmo tamanho do quarto, dava para se perder dentro do próprio closet.
O banheiro era grande e luxuoso. Quando Amarildo e William se afastaram, meu noivo me olhou malicioso.
—Aqui no banheiro vai ter uma reforma. Claro se a gente for ficar com essa casa. Vou tirar essa banheira pequena e colocar uma jacuzzi daquelas. - Ele me relembrou.
—Que safado! - Sussurrei contra seu ombro.
—Você vai gostar. - seus abraçou me apertaram.
—Se você estiver comigo, eu vou gostar sim. - Beijei seus lábios.
William fez barulho e acabou nos interrompendo.
—Desculpa. Eu vim chamar vocês para conhecer os outros quartos.
Concordamos e saímos para ver os outros quartos que não eram tão grande quanto a suíte principal, porém diferentes um do outro.
O banheiro do corredor não era grande quanto o da suíte, era todo branco e não tinha banheira. Toda a casa precisava de uma cor, móveis e decoração. Mais um problema para resolver até janeiro.
Passamos mais em outras casas mas nenhuma me agradou como aconteceu na primeira casa, passamos até a noite visitando as casas vazias mas nenhuma me encheu os olhos. E parece que Luan tinha o mesmo gosto que eu. Para não tomar decisões precipitada a gente decidiu decidir qual casa ficar no outro dia, depois de uma conversa longa. E foi isso que aconteceu, colocamos nossas idéias e planos na casa, passamos a madrugada bebendo vinho e fazendo um plano para que tudo desse certo.

[...]


Não deu uma semana e já tínhamos assinado tudo e a casa já estava em nossos nomes. Luan não me deixou ajudar no pagamento da casa, disse que a casa era nossa mas quem pagava era ele. Completamente machista, mas eu gostava da ideia dele querer a independência de ser chefe da família, eu teria muitos problemas para resolver quando eu fosse dona de casa.
Naquela semana já entramos em contato com uma fábrica de móveis para começar a casa ficar confortável. Luan pensou rápido em tirar aquela banheira do nosso banheiro e colocar uma jacuzzi que ocupava quase a metade do banheiro. Decidimos colocar uma banheira no banheiro do corredor só para não jogar fora a banheira. Teve pintura troca de iluminação, contratei uma empregada para limpar o local para quando chegasse os móveis estivesse ao menos limpo os cômodos. E assim a casa, aos poucos, foi ficando com uma cara de casa aconchegante.
Era casamento para cuidar, casa para ser arrumada e Luan só colocava as coisas nas minhas costas, estava vendo a hora de pirar com tanta coisa para se fazer em um dia só.
Dezembro chegou e os convites foram entregues aos convidados, estava ansiosa e já recebia as confirmações das pessoas.
Luan viajava e me deixava em SP cuidando das coisas difíceis. Não via a hora do casamento e pular para a lua de mel.
—E você já sabe para onde vão para a lua de mel? - Cíntia perguntou e eu parei pensando quando falamos de lua de mel. Luan não falou em nenhum momento se íamos viajar ou passaríamos na nossa nova casa.
—Ainda não sei. Acho que Luan está fazendo surpresa. - Sorri de lado, tendo essa ideia, Luan era do tipo não parecer pensar mas acabar surpreendendo a mim com algo inesperado.
Depois de acertar alguns documentos no escritório da Cintia, fui para a casa nova, agora sozinha podia observar melhor ela e me sentir mais em casa. A sala estava com algumas mobílias, o sofá grande, a TV que Luan insistiu em comprar a maior, o armário já estava sendo decorado com algumas fotos minhas e de Luan.
Me sentei ao sofá e de onde eu estava dava para ver o jardim a porta de vidro me permitia isso. Mais para frente ia plantar rosas como na minha antiga casa fazia. Me peguei lembrando de quando era criança, passava boa parte do meu tempo com meu pai já que minha mãe levava Victória a testes para passar em alguma novela, eu desisti de ser atriz quando comecei a gaguejar quando me deram um texto para interpretar, foi a coisa mais difícil na vida. Mas Victoria sempre teve força de vontade, mesmo sendo mal no que tentava fazer, até ser modelo.
Meu celular tocou e peguei conferindo quem ligava, era meu noivo.
—Oi meu docinho.
—Não fala em doces, Luan! - Resmunguei.
—Quanto tempo sem besteiras?
—Desde quando me pediu em casamento. - Suspirei me afundando no gostoso sofá.
—Sério amor? Que força de vontade.
—É querido, se eu pensar em comer doces, eu não entro naquele vestido.
—Que exagero, Moreninha!
—É sério, ele tá a conta do meu corpo. Sem mais nem menos.
—Então é justinho? - Ele perguntou interessado.
—No quadril sim. Mas a baixo é mais solto.
—Interessante.
—Para de me fazer falar do vestido, ridículo. O que você tá fazendo aí?
—Estava jogando, acordei ainda agora.
—Almoçou?
—Uhun.
—Luan! - Acusei chamando seu nome.
—Eu não quis almoçar, tava tarde quando eu acordei, tomei suco de caju e não senti mais fome. - Contou como se fosse um menino que foi pego na mentira e eu segurei um sorriso mesmo ele não podendo ver.
—Eu não acredito nisso, vai já comer. Que coisa! Se você não se alimentar você vai ficar doente, você já não dorme direito.
—Durmo sim, dormi por nove horas hoje.
—Dormindo quatro da manhã?
—Ah amor, não briga com seu amor.
—Tenho que brigar sim. Não vou me casar com você magro de fome. - Ele deu risada.
—Mas amor e essa minha pança?
—Você dá um jeito na academia. Falando em academia cadê a Daniela que não tá cuidando da sua alimentação?
—Sua boadrasta? Ela deve tá no quarto do seu pai.
—Me poupe de detalhes. - Bufei irritada.
—Amor, eu vou procurar pela Dani tá? Pra ela preparar minha comida, na hora que for dormir me liga que eu quero te dar boa noite. Te amo.
—Ta bom, se cuida, come direitinho tá? Te amo muito.
Encerrei a ligação e acho que levantei rápido demais, senti tudo girar, sentei de novo, tentando focar em algo e conseguir identificar. Quando finalmente consegui focar em algo eu me levantei outra vez, só que dessa vez devagar.
Logo pensei na possibilidade da tão desejada gravidez e toquei minha barriga, seria o primeiro sinal? Meus lábios formaram um sorriso imenso, será que agora o nosso desejo estava se realizando?
Eu voltei dirigindo para casa, mas antes passei numa farmácia e comprei todo tipo de teste de gravidez queria que desse positivo aquela minha suspeita. Aquele sorriso descarado na minha cara não saía de jeito nenhum, não tinha como entrar em casa e minha mãe não notar meu sorriso. Mas mesmo assim passei pela sala onde ela assistia TV.
—Oi mãe. - Tentei sorrir pequeno.
—Oi querida, tudo bem?
—Sim. Vou subir.
—Foi ver seu vestido?
—Hoje não mas amanhã estarei indo.
—Então o Luan chegou?
—Também não, ele tem show até semana que vem. - a murchei por não pode contar a novidade de ser positivo.
—Hm. Tudo bem então.
—Bom vou tomar banho. Já desço pra jantar. - Dei as costas e subi para o meu quarto. Joguei os pacotes dos testes de gravidez em cima da cama espalhando-o, respirei fundo e abri o primeiro, corri os olhos na bula dando atenção em como fazer o exame.
Fiz o primeiro e deixei os minutos que tinha que ficar esperando, tomei um banho rápido, me vesti e corri para ver o exame.

Meu Deus! Positivo.

Parece que alguém está muito feliz hahahaha. Vem baby aí!

22/10/2017

Capitulo 133

Luan


A garota com quem eu fiquei quando eu era solteiro ficou conversando com a minha noiva, o atendimento todo eu fiquei olhando as duas conversarem, Pietra dava aquele sorriso de quem não estava gostando nada do assunto e eu imaginava qual assunto era.
No caminho indo para o hotel minha noiva me tratou friamente deixando claro que estava me dando um gelo, tentei me explicar mas ela queria eu deixasse ela em paz.
Eu tentei, juro que eu tentei dar espaço a ela mas eu estava preocupado.
—Cadê o cartão? - Perguntei para o Rober que foi na recepção.
—Pietra já pegou. - Ele apontou para a minha noiva que entrava no elevador. Filha da mãe.
As portas se fecharam e não tive tempo de pedir para ela segurar, ela estava com raiva mesmo.
Roberval me disse qual quarto era o meu e então eu subi, bati na porta e ela não me atendeu.
—Pietra, abre a porta. - Pedi.
—Ih o boi tá ferrado do lado de fora.
—To nada. - Bufei. —Pietra, abre isso.
Falei impaciente.
Roberval e Wellington estavam ali comigo quando a porta foi aberta pela Pietra de toalha, completamente molhada.
Eu só ouvi os murmurinhos pelos meus amigos.
—Pietra! - Resmunguei me mantendo na frente dela. Me enfiei para dentro do quarto, empurrando ela e batendo a porta na cara dos meus amigos que ainda estavam em choque como eu pela Pietra.
—Por que abriu a porta assim? - Falei alto.
—Porque eu estava tomando banho e você quase arrebentando a porta. - Ela falou impaciente.
—Você sabia que eu estava vindo. Por que não me esperou?
—Estava com calor. - Ela entrou no banheiro e deixou a porta aberta.
Da cama eu consegui ver ela através do vidro da porta. Ela abriu o registro e deixou que a água escorresse pelo corpo, suspirei pesado, se estivesse um clima bom eu ia até lá ganhar uns beijos e quem sabe faríamos amor debaixo daquela água?
Suspirei sentindo meu pau endurecer mesmo numa situação como essa.
Pietra demorou para sair do banho, eu já estava deitado com o rosto tampado. Minha excitação era evidente na calça, não tinha como nem esconder e não me dei o trabalho de fazer isso.
—Tá pensando na garota do atendimento? Pois pode ir atrás dela. - Pietra disse e eu tirei meu braço do rosto surpreso.
—Como assim Pietra?
—Você tá excitado. - Bufou.
—E o que que tem? Fico sempre assim.
—Eu sei disso. Mas eu estou aqui.
—E eu estava excitado por você, para com esses ciúmes. Tive um momento com aquela garota e não vou ter mais. Eu vou me casar, sabia? - Falei irônico. —Deixei claro para ela que eu estava com você, quer que eu faça mais o que? Parece que nada que eu faço ta prestando pra confiar no meu amor por você. - Levantei com raiva. Agora estava com raiva.
E decidi ir tomar banho.
—Me desculpa! - Ela me abraçou por trás. Eu respirei fundo. —Me desculpa por favor. - Não tinha como ficar com raiva dela. Ela passou para frente e me abraçou com muita força.
—Eu te desculpo sim. - Beijei sua cabeça deitando-a no meu peito.
—Eu não estava pensando, me desculpa mesmo.
—Eu desculpou meu amor, tá tudo bem. - Alisei seu cabelo molhado. —Agora me dá um beijo, já estou com saudade.
Ela então afastou de mim o suficiente, jogou seus braços por cima do meus ombros e me beijou. Não sei quando sua toalha saiu do seu corpo mas eu agradeci mentalmente por isso. Puxei ela pro meu colo e a deitei na cama sem nenhum cuidado, seus seios pularam, gosto deles. Abri minha calça e desci-a tirando meus sapatos primeiro. Desci a cueca também e tirei a camisa, estava excitado e Pietra não  perdeu tempo, se ajoelhou diante de mim e com maestria me chupou, passando a língua pela base e sugando as minhas bolas, tudo isso sem quebrar o contato do seu olhar com o meu. Passei as mãos nos seus seios, brincando com eles, eram perfeitos, durinhos e macios. Segurei em sua nuca ditando os movimentos, eu gostava de quando ela comanda mas quando eu comandava era melhor ainda, a melhor coisa é ter.o gostinho de poder, ainda mais na cama.
Eu vi que ia explodir a qualquer momento e então soltei sua nuca e a levantei, agarrei seu quadril pressionando-a contra mim, sentindo o quão duro eu estava. Meu pau ficou entre suas coxas, roçando em sua boceta, a cada beijo que eu iniciava era um gemido abafado que ela deixava escapar.
Pietra sem cortar o nosso beijo arqueou a perna esquerda montando na minha cintura, ela aproveitou que meu pau roçava nela e na primeira tentativa conseguiu com que meu pau entrasse nela, me deixando surpreso. Segurei sua bunda e acabei de escorregar dentro dela. Quente, apertada e deliciosa. Fodidamente deliciosa, dei alguns passos até chegar à parede, encostei ela contra a parede e fiz lentos movimentos de vai e vem, apenas testando. Logo eu estava fodendo ela sem parar, segurando seus pulsos e ouvindo ela gemer alto meu nome. Ela estava tão entregue a mim, era lindo ver sua boca entreaberta, seu corpo suado. Seus seios balançarem com os movimentos do meu vai e vem.  
Ela avisou que gozaria pela terceira vez, mas antes dela gozar eu me sentei na cama, sem me tirar dela. Estava cansado de comandar. Ele me manteve deitado e quicou pra mim. Dei alguns tapas em sua bunda, pedindo por mais, arrisquei a brincar com sua bunda, apertando-a levemente, passei o dedo no lugar que era até então proibido, ela permanecia de olhos fechados, curtindo os movimentos. Então arrisquei forçar um pouco mais, ela desceu o rosto até meu ombro e então me mordeu, me fazendo gritar, com o susto e a dor.
—Pietra! - Ela me encarava, agora rebolando.
—Não tenta enfiar o dedo de novo.
—Porra, mas precisava me morder?
—Você não aceitaria um não. - Ela deu de ombro.
—Aceitaria sim.
—Eu te conheço, ia me convencer a dar o cu. E nós sabemos que eu ia te morder a qualquer momento.
—É mesmo cachorrinha? - Virei ficando por cima. Ela se assustou mas relaxou quando estoquei em sua boceta logo. Ela gemeu manhosa, continuei movimentando-me dentro dela, excitando seu ponto mais sensível, brincando com seu prazer e levando minha noiva ao seu orgasmo intenso e prazeroso. Logo em seguida eu me derramei nela, sentindo suas paredes pulsar envolta de mim. Sai de dentro dela e me deitei ao seu lado. Respirando com dificuldade igual ela.
—Amor. - Beijei seu rosto e ela virou deitando sobre mim.
—Hm.
—Sabe que eu te amo né?
—Não vou dar o cu pra você, Luan. - Ela se afastou me deixando sem graça.
—Amor. Não vai doer.
—Então porque você não dá o seu? - Virou-se me desafiando.
—Porque eu sou hetero e não gay.
—E eu não sou gay também.
—Mas mulheres fazem sexo anal.
—Luan, esse lugar dói! - Falou abismada.
—Já tentou?
Ela desviou os olhos sem graça. E eu respirei fundo.
—Não vai doer comigo, se doer a gente para, eu juro e você pode confiar em mim.
Ela respirou fundo sem muita confiança.
—Não quero ter essa experiência de novo.
—O filho da puta foi até o final? - Era uma pergunta que eu não queria essa resposta mas acabei fazendo.
—Hm não. - Ela se sentou na ponta da cama se enrolando no edredom. —Ele me segurou e eu empurrei ele com força, depois não teve mais clima para mais nada. - Ela suspirou. —Eu conheci muitos caras depois que eu viajei pra fora do país.
—Hm. E deu pra eles e não quer dá pra mim. - Revirei os olhos.
—Não foi isso. Eu estava bem bebada e acabei aceitando mas na hora doeu, ele foi bruto e eu fiz o que eu te contei. - Ela então levantou e entrou para o banheiro, levando o edredom com ela.
Suspirei pesado. O que ela mais me escondia?
Um tempo depois ela saiu do banheiro, vestindo um roupão e com o edredom nos braços. Fui para o banheiro e tomei um banho rápido.
Quando sai, Pietra dormia toda enrolada no edredom, vesti uma cueca e me deitei também. Colocando o celular para despertar para não perder a hora de me arrumar para o show.
Acordei com a Pietra debruçada sobre mim, desligando o celular.
—Oi. - Ela disse baixinho.
—Oi. - Afundei meu rosto em seu pescoço e beijei ali.
—Tá na hora de se arrumar. - Suas mãos acariciaram meu cabelo.
—Só mais um pouquinho. - Agarrei sua cintura, grudando nossos corpos. O cheiro dela é incrível.
Tivemos que levantar, ficamos mais tempo do que imaginava naquela cama agarradinhos.
Fui me arrumar e Pietra fez o mesmo.

[...]


A viagem foi ótima, ter minha noiva do lado era tudo de bom. Não tinha com que se preocupar, era eu e ela e meus shows incríveis, meus fãs ao meu lado sempre.
Agora voltavamos para São Paulo. Cintia que cuidava de tudo do casamento nos ligava o tempo todo, insistindo que tínhamos que escolher as flores para enfeitar a festa e o casamento.
Então não tivemos tempo aquele dia, fomos direto a uma floricultura bem situada em São Paulo e escolhemos das melhores flores. Ainda peguei uma rosa vermelha para dar a Pietra que me retribuiu com um sorriso derretido.
Passamos na casa dos meus pais e jantamos lá, Bruna estava lá visitando também, vi minhas sobrinhas e como eu sou um tio babão nas minhas gordinhas. Pietra não ficava atrás, babava muito nelas, eu via o brilho nos olhos dela quando via uma criança.
—E as coisas estão indo como planejado no casamento? - Meu pai me entregou uma latinha de cerveja.
—Estão sim. Hoje a gente foi escolher as flores. Amanhã tem mais um teste do meu terno. - Sorri de lado.
—Que legal.
—Bora comigo? - Pedi. —Pra ver como é.
Ele concordou gostando da ideia.
—E o vestido da noiva? - Ele olhou para Pietra.
—Ainda falta muita coisa. - Ela suspirou.
—Muita coisa amor? - Olhei surpreso.
—Sim, mas a Margareth disse que termina a tempo. - Ela suspirou mexendo em seus cabelos.
Margareth era a costureira que estava fazendo o vestido da minha noiva.
—Ah bom. - Meu pai sorriu.
—E vai ter despedida de solteira né? - Bruna se sentou do lado da minha noiva.
—Erica que sabe. - Pietra sorriu envergonhada.
—Pietra vai ter uma despedida e você não vai ter? - Meu pai provocou e minha mãe deu uma cotovelada no meu pai, me fazendo rir.
—Não é bem uma despedida de solteira, é apenas uma reunião só de mulheres. - Ela omitiu as bebidas, fofocas de mulheres e muita sacanagem, pelo que eu ouvi do Dudu Erica estava planejando um chá de lingerie para minha noiva com muita bebida e presentes picantes para a minha mulher. Não contei para Pietra o que eu soube, se ela.soubesse Dudu não ia descobrir mais nada para me contar.
—Chá de lingerie? Adoro! Ainda não recebi o convite. - Bruna olhou para Pietra esperando uma explicação.
—Se não recebeu, vai receber, você e dona Mari. - Minha noiva citou minha mãe que pareceu contente com o convite.
Eu dei risada por imaginar as amigas da minha noiva falando de sexo e coisas que elas pensavam e minha mãe ouvindo as barbaridades. Espero que Pietra não tenha falado para ninguém sobre nossas aventuras picantes que tivemos nos últimos meses.
—Querida, tenho certeza que ficará mais à vontade longe da sua sogra. - Minha mãe foi mais conveniente. —Eu entendo dessas festas, já me basta ir no casamento. - Pietra ficou tão vermelha com o suposto pensamento da minha mãe e eu somente ri internamente ou então ia apanhar ali mesmo.
—Pois eu vou, pelo menos um dia de solteira eu posso ter. - Bruna suspirou.
—Lembre-se, a solteira é a Pietra e não você. - Meu pai advertiu minha irmã que fez careta.
—Pietra é comprometida, de solteira não tem nada. - Bufei ouvindo eles rirem.
A conversa foi mudando o foco do casamento e começamos a falar dos casamentos alheios. Deixei que as três ficassem fofocando sobre as vidas dos outros e de fininho saí junto com o meu pai para o escritório.
—Marquei com o corretor do condomínio amanhã de tarde. - Meu pai se sentou na cadeira dele.
—Eu vou falar com a Pietra, ela ainda continua negando de eu comprar uma casa nova.
—Eu sei como é que é. Tenta dizer que a casa é planejada para o futuro com crianças, mais quartos.
—É eu vou falar isso.
—Você quer ir com ela, ou precisa de mim?
—É bom que o senhor vá, assim me dá mais força quando ela negar.
—Tudo bem, vocês vão dormir aqui?
—Ela quer ir para casa dela, vou levar ela e vou dá uma passadinha no Dudu.
—Tudo bem, só não chega tão tarde. A visita das casas serão as duas da tarde, sem atrasos.
Concordei com ele. Voltamos para a sala e Bruna pediu carona para ir para casa. Aproveitei que tinha que levar Pietra para a dela e levei minha irmã.
Desci do carro para me despedi da minha noiva e disse para ela que depois do almoço viria buscar ela.
—Luan. A casa é grande.
—Eu sei mas precisamos pensar nas futuras crianças que vamos ter.
Ela desmanchou a careta que fazia.

—Tudo bem, tudo pelas crianças que vamos ter. - Ela sorriu tímida, a beijei e nos despedimos, jurando promessas de nos vermos no dia seguinte.

Prometo que a fanfic não vai se estender muito. tá chegando o fim da historia. Vocês estão preparadas?

17/10/2017

Capitulo 132

Pietra


—Conheço ele sim. - Contei como se fosse um segredo e ela sorriu.
—Ele canta pra você? - Seu entusiasmo era nítido.
—Canta! - Contei sorrindo.
—Ele parece ser muito legal. - Ela fez gesto com as mãos como se fosse uma grandeza.
—Ele é muito legal. Você parece ser legal também. - Brinquei com ela e ela me devolveu um sorriso tímido.
Ela começou a prestar atenção no meu noivo e eu fiz o mesmo. Luan passava muita confiança a todos ali. Até mesmo a mim. Ele dizia para não desistir dos seus sonhos e que a hora certa iria chegar.  
Ele desceu do palco depois de 15 minutos falando ali. As crianças correram até ele, todos ganharam um abraço dele. As crianças saíam alegres contando como foi o abraço, como ele era de pertinho.
A Cristina nos levou até uma sala menos movimentada, agradeceu por Luan ter vindo até aqui e que a porta sempre estará aberta para ele. Luan agradeceu a todos ali e que sempre que precisasse ele ia ajudar.
Já na van indo para casa eu parei para pensar, eu queria tanto uma criança para cuidar e tinha tantas naquele abrigo precisando de carinho e amor.
Luan parecia está muito bem enquanto eu estava num conflito comigo mesma e ele percebeu aquilo.
Quando chegamos em casa fomos jantar.
—Minha mãe tá cobrando de mim que eu não vou para casa. - Ele comentou.
—Eu sei como é que é. Passa a noite lá e amanhã também.
—Vai viajar comigo? Eu saio de tarde.
—Acho que eu vou. Dai tá de férias, ela vai demorar a voltar e eu tenho que mandar meu currículo mais uma vez. - Suspirei por pensar em achar um novo trabalho.
—Você deveria aposentar seu pai. Ele merece descanso.
—Eu não vou trabalhar com você. - Revirei os olhos.
—Por que não? Sempre nos damos muito bem.
Eu ri por não acreditar naquilo. Era difícil ser noiva trabalhar com ele. Eu sabia que muitas das mulheres que entram no camarim é para dar em cima dele e eu como noiva e mulher dele não aceitaria aquilo calada. Eu preferia não ver. Como é aquele ditado mesmo? O que os olhos não veem o coração não sente. E eu confiava no meu taco.
—Não é fácil ver as oferecidas dando em cima de você. - Bufei, levantando e pegando os pratos.
—Também não é fácil negar. - Ele tombou a cabeça pro lado e eu o encarei descaradamente.
—Como é?
Ele deu risada.
—To brincando meu amor. É sempre fácil dizer não para quem for. É difícil negar algum fogo por você. Isso sim é castigo. - Ele falou se juntando a mim. Me mantendo presa a ele.
—Sei... - Tentei desgrudar dele mas ele manteve firme suas mãos em minhas cinturas e seus lábios escorregaram pelo meu pescoço e ombro. —Não atiça, sem vergonha. - Empurrei seu quadril com a minha bunda e ele riu.
Coloquei a louça suja na pia e comecei a lavar. Luan secou e guardou.
—E o que achou do abrigo? - Ele perguntou.
—Achei legal. Depois do marketing que fizer aquelas crianças vão achar um lar.
—Sim, com certeza.
—As vezes gosto do marketing. - Rimos.
—Mas e você. O que achou das crianças?
—São lindas. Você viu a menina que estava do meu lado?
—Eu vi, era linda.
—Ela disse que gostava de você, perguntou se você cantava para mim. - Contei sorrindo.
—A gente tem que adotar uma criança. - Ele falou pensativo e eu suspirei por mais uma coisa para alcançar, eu queria também adotar.
O celular dele tocou e era minha sogra. Ele teve que ir para casa dele. Me despedi dele com um beijo e ele então foi, levando a metade do meu coração.


[...]

No dia seguinte eu acordei cedo como de costume, fui a academia e voltei para ajudar a minha mãe com o almoço, meu projeto fit estava dando certo, estava emagrecendo real e ganhando massa magra.
Depois do almoço eu fui arrumar minhas malas, ir com o Luan em várias cidades me custava o dia inteiro arrumando as malas, mas agora eu estava com pressa, Luan me lembrou que eu ia com ele a meia hora e ele estava por vir. Eu esperava que ele se atrasasse como de costume. Depois de terminar a mala, eu fui tomar banho. Fiz um coque frouxo nos cabelos e vesti um short jeans e uma regata da cor preta. Estava calor e íamos para o Rio de Janeiro. Não tinha como ficar frio.
Quando ainda estava me maquiando para não ir com a cara lavada eles chegaram, Luan logo entrou, veio até meu quarto e me deu um beijo de tirar o fôlego.
—Menino. - Eu ri depois de cair na cama, ele mesmo me derrubou e subiu em cima de mim.
—Estava com saudade. - Ele tomou minha boca, me dando um beijo maravilhoso.
—Eu também estava. - Acariciei seu cabelo. —Mas assim vamos atrasar.
—É bem pensado.
Ele se levantou e me ajudou a me levantar, terminei a maquiagem e ele desceu com as minhas malas.
Me despedi da minha mãe e então fui para a van.
—Olha aí a futura senhora Santana. - Roberval brincou e eu revirei os olhos.
—Continuo com o Castro. - Dei de ombro sorrindo.
—Pietra Castro Santana. - Luan falou entrando e sorrindo.
—Mais uma Santana pra nos mandar. - Rober brincou e eu revirei os olhos.
—Não mando nem em mim, imagina nos outros. - Rimos.
Seguimos para o aeroporto e então fomos para o jatinho, seguimos para o Rio de Janeiro.
Luan atendeu aos fãs no aeroporto e eu observei ele atender, umas meninas me pararam pedindo uma foto e eu atendi, eu gostava do carinho que elas tinham por mim como namorada.
—Posso roubar a minha muié? - A voz do Luan nos interrompeu, a menina me contava como começou a acompanhar Luan, ela nem percebeu que eu era a noiva dele e foi falando.
—Ah claro. - A menina sorriu pro Luan que me abraçou por trás.
—Ela estava me contando como te conheceu. - Lancei um olhar para a garota que de morena ficou branca.
—Éh eu não. Hm. Não sabia que vocês estavam juntos. - Ela parecia perdida.
—Não imagina. - Sorri de canto e então entrei sem me despedi dela.
Eu tinha que manter minha calma, eu não queria me estressar.
A garota me contou como subiu ao palco e como foi nos bastidores como se eu fosse uma amiga dela, eu instiguei em saber mas era porque ela já estava me contando como conheceu meu noivo. Naquela época eu não passava de uma funcionária da equipe do Luan mas ouvir agora me dava ânsia.
—Pietra você não me deixa explicar.

—Não tem o que explicar, só me deixa quieta, por favor. - Pedi com raiva, um bolo estava formado na minha garganta e eu não sabia como pôr pra fora.

Como diz aquele filme "Meu passado me condena" hahahaha