27/07/2017

Capitulo 104

Pietra


—Pensa direitinho viu! - Marquinhos se despediu de mim com um abraço. —Meu amigo é assim, ciumento, neurótico mas é apaixonado por você. E eu brinquei que vocês iam terminar viu? Eu não quero meu amigo chorando, barbudo com mal cheiro.
Marquinhos me fez rir.
—Pode deixar, ainda vou continuar com ele. - Sorri de lado.
—Que bom ouvir isso. - Ele colocou a mão no peito e eu ri. —Bom, vou indo, avisa pra ele que eu já fui. - Ele se afastou.
—Tá bom. Boa noite! - Fechei a porta quando não dava mais para ver ele e subi depois de desligar as luzes e certificar que as portas estavam trancadas.
Abri a porta e encontrei o Luan sentado de frente para o celular, no início eu achei que ele estava gravando um vídeo. Mas daí percebi que era uma live ao vivo.
Me sentei perto da mesinha de computador e fiquei quieta ouvindo ele falar. Ele cantou a música planos da meia noite, era uma música linda, ele sabia que eu gostava dela. Daí ele cantou uma que eu não conhecia. A letra era linda, prestei atenção na letra e… Puta merda! Doía no coração aquela canção na voz dele.
Ele se despediu rápido dos fãs e encerrou a live.
—Marquinhos já foi. - Falei me levantando.
—Imaginei isso. Eu posso saber da sua resposta agora? - Ele perguntou chamando minha atenção.
—Eu já tenho sua resposta. Mas não sei se você vai gostar… - Sentei-me na ponta da cama observando ele.
—Como assim? Eu não vou gostar?
—-Não sei… - Suspirei, estava testando ele e ele estava caindo fácil, fácil.
—Pietra, não faz isso comigo. Eu te pedi perdão. - Ele se exaltou, me olhando como se não acreditasse no que ouviu.
—E eu disse que não te perdoo? Eu te perdoou sim.
—Mas, mas, mas…- Ele olhou para mim franzindo a testa.
—Eu te perdoo.
—Pietra. - Ele passou a mão no rosto e me encarou novamente. —É sério isso? Você me perdoa?
—Claro que sim. - Sorri.
—Ah vem aqui! - Ele segurou a minha mão, me puxando para ele. Me sentei pertinho dele, ele ficou encarando meu rosto, passando a pontinha do dedo pelos meus lábios , nariz e lábios. —Eu odeio ficar brigado com você, quando a gente brigar, você me bate e diz para eu virar homem. As vezes eu me sinto um moleque e faço merda.
—Pode deixar. - Sorri de lado.
—Estava com saudade desse sorriso. - Ele passou a ponta do nariz pela minha bochecha e desceu para o meu pescoço, o arrepio percorreu pela minha pele e ele riu.
—Saudade de você. - Entendi o que ele falou e eu ri.
—Você não pode fazer esforços e você já fez demais. - Tirei sua mão que já se atrevia a entrar na minha blusa.
—Eu prometo não fazer esforços, a gente vai ficar deitadinhos, fazendo um amorzinho gostoso, sem rapidez, sem esforços.
—Sem sexo. - Mais uma vez tirei sua mão do meu corpo, olhando séria para ele.
Ele acabou desistindo de mudar a minha ideia mas continuou com as carícias e os beijos, os lábios dele é tão viciante que eu senti falta dá maciez que ele tem.
—O que você e o Marcos estavam fazendo lá em baixo? - Ele perguntou depois de um tempo.
—Bebendo um vinho. Não te chamei porque você estava bravo comigo e o Marcos disse que você estava puto com ele. - Olhei para ele querendo resposta já que o Marcos não me respondeu.
—Ah ele fica dando mole pra você. Eu odeio isso e ele faz.
—Ele estava brincando com você, seu bocó.
—Bocó? Que apelido feio. - Luan riu. —Mas eu não gosto dessas brincadeiras.
—Ele sabe que eu tenho olhos só para você. -suguei seus lábios, iniciando um beijo caloroso. Ele se aproveitou do meu entusiasmo e me deitou na cama ao mesmo tempo que subia sobre meu corpo. Abri meus olhos a fim de pará-lo mas pela sua expressão a dor se fazia presente.
—Ai, aí, aí.
—Ta vendo? Eu disse que não daria certo.
Coloquei ele deitado com o máximo de travesseiros atrás dele.
—Eu só achei que daria certo. - Luan colocou a mão na minha coxa e apertou e eu tirei antes que ele achasse que daria certo outra vez.
—Vou pegar gelo, fica quieto aí.
Sai da cama, sai do quarto e desci na ponta dos pés, peguei a bolsa de gelo e subi outra vez. Luan estava ainda na mesma posição mas agora mandava áudio para alguém. Ele encerrou assim que me viu e bloqueou o telefone.
—Quem era?
—Um amigo que é compositor. Ele não sabia que eu estava de folga e me mandou mensagem perguntando se eu tinha um tempinho pra ouvir uma composição dele.
—Ah. Coloca do jeito que eu te ensinei que eu vou tomar banho. - Dei um selinho nele e sai da cama.
Tomei um banho rápido, sem molhar os cabelos e vesti um moletom do Luan, aqui estava frio e eu não vim preparada para esse frio.
—Que que isso? - Luan riu. A calça por ser dele ficava bem larga na cintura. Dava duas de mim. E suas pernas eram mais longas, então já viu né? Nem se via meus pés.
—Me deixa. - Dei de ombro rindo. Me deitei ao lado dele e liguei a TV. Lembrei de mais cedo. —Você tá bem necessitado hein. - Comentei mudando de canal.
—Como assim?
—Vendo pornografia em plena luz do dia com seu amigo do lado. - Segurei a risada, aquilo era brochante.
—Foi o filho da puta do Marquinhos, ele queria ver se aqui pegava esses canais. - Ele bufou.
—E porque pega esses canais aqui?
—Ué, esses canais são inclusos no pacote. - Ele deu de ombro.
—Poderia tirar. - Olhei pra ele.
—Tirar, amor? Deixa isso como tá, tem senha, não precisa dar de cara com isso, eu sei que você não gosta.
—Eu não gosto de saber que você ver essas coisas.
—Eu quase não vejo. - Ele fez careta como se não gostasse do conteúdo.
—Então para que pagar por uma coisa que você não usa?
—Pietra, vamos conversar sobre isso depois, outra hora. - Ele tentou ignorar essa conversa.
Embora eu não gostasse que ele visse, sei que todo homem ver essas coisas, assistir casais, grupos fazendo sexo dar tesão ao homem.
—Qual é a senha? - Perguntei colocando em um canal adulto.
—Que? - Ele demorou para raciocinar. —Pra que?
—Para assistir ué. - Dei de ombro.
—Pietra… - Ele tentou tirar o controle da minha mão. —Você não vai gostar dessas coisas, amor.
—Mas eu nunca vi. - Olhei para ele.
—Outro dia a gente ver.
—Certeza?
—Você me lembra. - Ele sorriu de lado.
—Tá. - Mudei de canal para um filme documentário e eu fiquei entretida vendo.

Luan

Pietra se ocupou vendo um filme documentário e me deixou intrigado, ela ia ver mesmo pornografia comigo? Eu fiquei nervoso quando ela pediu a senha, ela é toda delicadinha, toda menininha mas não imagino ela assistindo e se interessando pelo conteúdo. Até hoje ela é envergonhada com o corpo dela.
—Do que você tá rindo? - Ela me olhou.
—De nada meu amor.
Ela não questionou mais e voltou sua atenção para o filme.
Aquela conversa realmente me interessou bastante, queria muito saber sua opinião sobre os filmes pornográficos mas depois de saber sua opinião eu queria fazer cada coisa que ela tivesse gostado. Bom eu espero que ela goste de alguma coisa.
Acordei meio tarde no dia seguinte, não lembro quando eu dormi muito menos quando Pietra dormiu e nem quando acordou já que a mesma não estava na cama mas quase infartei quando ela saiu do banheiro amarrando a parte de baixo do biquíni, a parte de cima ainda estava desamarrado e por isso eu via seus belos seios, firmes e durinhos, com a marquinha do sol.
Ela terminou de amarrar a parte de baixo e já foi amarrando a parte de cima, se olhou no espelho e ajeitou o biquíni no seu corpo, aproveitei para olhar sua bela bunda e que bunda minha namorada tem. Tenho orgulho de ter uma mulher tão gostosa comigo, ela não era só companheira, uma bela ouvinte e amiga, ela era meu mulherão da porra.
Ela voltou para o banheiro e eu fechei meus olhos, voltando a dormir agora com a barraca armada. Se é que vocês me entendem. Mas não consegui dormir com a imagem da minha moreninha nua diante dos meus olhos.
—Amor, acorda. Já tá tarde. - Pietra veio me acordar com beijinhos no meu rosto.
—Bom dia peitos. - Falei já sabendo que a irritaria.
—Já tá bem acordadinho pro meu gosto né? - Ela sorriu fechado enquanto se afastava. —Levanta logo que sua família veio te ver.
Resmunguei bastante, eu gosto da minha família mas detestava ser o centro das atenções.
Levantei devagar, tomei banho e fiz minhas higienes. Vesti uma bermuda e uma camisa mais prática. Desci e fui recebido pela minhas tias que sempre viam com a frase “Ele ta cada vez mais bonito Marizete” acho que essa frase nunca irá mudar.
—Aqui tia. Essa é a minha nova namorada. - me retirei do assunto.
Minha tia olhou atentamente para a Pietra.
—Ela não é aquela menina que… - Interrompi ela.
—Não tia. Não é ela. - Respondi a pergunta que eu já sabia.
—Ah parece.
—Acho que vou pintar meu cabelo de loiro para não ficar tão constrangida assim. -  Pietra comentou bem baixo e eu ri.
Pietra se afastou indo para a área externa da casa. Ainda fiquei conversando com os meus familiares, contando sobre o porque da minha folga. Logo consegui fugir da conversa paralela na sala e fui atrás da minha namorada, estava sentindo muita falta dela.

Perdi o ar vendo ela brincando de guerrinha com meus primos e primas, Pietra estava nos ombros do Matheus enquanto Camila estava no ombro do Max, meu tio.


Vish, mais uma coisa pra brigarem? 👀

3 comentários:

  1. Eita bem doente para de ser safado

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  2. Já pode colocar o proximooooooooo! Pelo amor de Deus! Oh homem pra gostar de confusão.

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  3. Luan e seus ciúmes! 😂😂😂😂😂
    Acho que isso não vai prestar.
    P.S: Brenna Dias

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