Pietra
Dirigi rápido até a casa dos pais do Luan, eu estava nervosa e imaginava a angústia da dona Marizete, seu Amarildo e Bruna que estava grávida e não podia passar nervoso para os bebês.
—Chegamos! – Avisei ao Luan que cochilava encostado na porta do carro.
—Ta. Ele resmungou. Sai primeiro que ele e abri a porta para ele sair.
Antes mesmo de chegarmos à porta a mesma foi aberta pela Marizete.
—Ai meu Deus! Ele chegou! Amarildo, meu filho chegou.
Marizete se aproximou do filho e abraçou-o com força. Luan fez careta ao sentir o corpo da mãe dele chocar com o dele.
—Onde você estava que não atende esse celular? E que briga foi essa?
—Amarildo, olha o estado do seu filho e você querendo dar esporro nele?
—O que aconteceu, Pi? – Bruna que até então estava logo atrás do Amarildo se pronunciou.
Eu e Luan fomos explicando o que de fato aconteceu, até estarmos dentro da sala da casa de dona Marizete.
—Meu filho, vai tomar banho. Eu vou fazer algo pra você comer. – Marizete fez Luan se levantar ainda com dificuldade por conta das dores. —Pietra, ajuda meu menino?
—Posso sim.
Já dentro do quarto ajudei-o a tirar a roupa, ele estava com a pele vermelha na altura da costela, toquei naquela região e ele reclamou de dor. Ele foi tomar banho e eu enchi a banheira com água bem quente. Ele terminou de tomar banho e entrou na banheira como combinamos.
—Eu vou ver se sua mãe terminou de fazer algo pra você comer tá?
—Tá. – Ele sussurrou e eu então desci.
—Acho que o Luan precisa de um médico, na hora da briga ele pode ter fraturado a costela. – Falei mexendo em minhas mãos, bem nervosa.
—Eu vou ligar pro doutor Emerson. - Amarildo se levantou pegando o telefone. Bruna alisou a barriga com uma expressão de preocupação.
—Ele tá sentindo muita dor? - Marizete perguntou.
—Ele não falou mas não posso nem tocar que ele não deixa.
—Ai Meu Deus. Ele tá fazendo o que agora?
—Deixei ele na banheira, achei melhor ele tomar um banho quente para diminuir a dor.
—Assim é melhor. A Maria tá fazendo uma sopinha pra ele.Vamos ver se ele come. - Assenti mesmo sabendo que Luan negaria a sopa.
—Eu vou subir para ver se ele precisa de algo.
—Tá bom querida.
Subi as escadas pulando de dois em dois rapidamente cheguei ao topo, entrei no quarto dele e ele estava se vestindo.
—Melhorou? - Perguntei quando ele me viu entrar.
—Não, essa dor na barriga tá me incomodando. Pede a minha mãe um remédio pra dor.
—Seu pai ligou para o médico, é melhor esperar.
Luan bufou bem incomodado.
—Deita um pouco.
—Eu preciso colocar o short. Me ajuda não consigo me abaixar por conta da dor.
Então o ajudei, ele colocou a camisa e nisso a Marizete entrou.
—Meu filho, o Doutor Emerson disse que é melhor você ir ao consultório dele, lá eles podem te examinar melhor.
Luan apenas resmungou tendo que levantar com dificuldade.
—Mas dá tempo de você comer alguma coisa. - Mari continuou.
Luan ainda em silêncio voltou a se sentar e comeu metade da sopa que ela trouxe.
Mari desceu levando o prato e o copo.
Ajudei Luan a se trocar e então descemos.
[...]
Estava sentada na sala de espera no consultório, um pouco mais afastada dos pais do Luan, quando finalmente, depois de uma hora lá dentro, Luan saiu. Ele se sentou próximo aos pais.
—O que o médico falou, filho? - Marizete perguntou de uma vez.
—Disse que eu posso ter quebrado uma costela e teve uma luxação no ombro, eles colocaram o meu ombro no lugar. Na hora doeu demais. - Ele fez careta.
—E agora?
—To esperando sair o resultado, quando sair ele vai me chamar.
Ele se esticou na cadeira sentando de qualquer jeito mas Amarildo o repreendeu dizendo que faria mal se tivesse mesmo quebrado uma costela.
Em minutos o médico tornou a chamar ele.
—Vamos comigo. - Ele pediu e eu fiquei perdida, achei que ele estava bravo comigo, ou algo assim.
—Não quer que sua mãe vá?
—Quero que você venha. - Ele repetiu puxando-me para perto dele.
Entramos na sala do doutor Emerson. Sentei-me do lado do Luan.
—É como eu te falei, fraturou uma das costelas, tá vendo? - Ele levantou aquela imagem de raio x.—A sorte é que não atingiu o pulmão ou teve exposição.
—E o que vai ser feito? - Perguntei em seguida.
—Repouso de dois meses. - Luan suspirou pesadamente e quanto foi falar o doutor continuou. —não mais que isso. Mas você tem que me prometer que você vai se repousar, sem shows, sem pegar peso, sem fazer nada. Tire férias light para você.
—Pode deixar que ele vai ficar de repouso. Vai cancelar a agenda até poder voltar. - Sorri tentando convencer o médico.
—Ele vai me agradecer depois. Aqui tem alguns medicamentos que ele pode tomar para dor.
—Ok.
Luan não ficou satisfeito com a decisão do médico. Mas teve que concordar que era pro próprio bem dele.
[...]
Marizete deu a ideia de irmos para a chácara. Luan gostou da ideia, e eu também gostei. Luan estava estranho comigo mas preferi ignorar a situação.
—Pie, Luan tá te chamando.
—Tá. - Levantei fechando o esmalte que estava pintando as unhas.
Subi as escadas e entrei no quarto, Luan estava deitado olhando para cima.
—Oi amor. - Falei me sentando do lado dele.
—Ajeita o travesseiro pra mim? Eu tô muito reto. - Ele resmungou a última parte. Arrumei o travesseiro atrás dele. —Obrigado.
—Quer mais alguma coisa? - Perguntei.
—Quero. Faz aqueles cupcake pra mim?
—Tá.
Levantei e desci. Fui a cozinha e fiz os cupcakes que ele tanto queria. Levei quando já estava pronto e Luan estava dormindo. Desisti de chamar ele e então desci para cuidar das minha unhas.
—E ele? - Bruna perguntou quando eu finalmente me sentei onde estava.
—Tá dormindo agora.
—O que aconteceu de você não ter ido aquele dia lá em casa?
—Eu não estava com o celular perto. Deixei no quarto e fui faxinar a casa. Passei o dia arrumando e ainda fui no mercado fazer compras.
—E o Pi achando que você estava dando um gelo nele. -Ela riu negando.
—E ainda deve tá achando, a gente nem conversou sobre isso.
—Por que vocês não conversam?
—Vou tentar depois. - Suspirei. —E você e o Breno?
—Estamos bem. Estamos numa fase maravilhosa. Ele é um amor.
—Que coisa mais linda, ver minha amiga apaixonada.
—Ai para! - Ela riu toda vermelha de vergonha.
—É sério. Eu vi o namoro de vocês engatar. Queria ter feito vocês ficarem juntos mas não foi preciso, vocês eram para ter ficado juntos sempre. - Sorri meiga, é tão lindo ver casal assim, feito um para o outro.
—Tive que beijar vários sapos até chegar no meu príncipe. - Ela escondeu o rosto e eu pude ver que ela chorava, ah hormônios de grávida. —Eu choro por qualquer coisa. Meu Deus.
—São os hormônios. - Ri.
—Nem me fala em hormônios. Breno acha que vai machucar os bebês se a gente transar! - Ela falou mais baixo e eu gargalhei. —Não ri! É sério. Eu tô sem sexo desde que descobrimos que eu estava grávida. - Eu ri mais ainda.
—Diz pra ele ué.
—Mais? Ele insiste em dizer que vai machucar. Até parece que tem um pau do kid bengala.
Eu gargalhei, deixando algumas lágrimas escaparem dos meus olhos.
—Pietra! - Luan gritou do quarto.
—O que tá acontecendo com esse menino? Só vive te chamando agora.
Ela riu se ajeitando no sofá.
—É saudade. - Respondi sorrindo fechado, subi decidida ter uma conversa séria com ele.
Desculpem o meu sumiço, fiquei sem internet o fim de semana e só deu pra postar hoje
A partir de sexta volta ao normal viu? E quinta é meu aniversario 👏👏
Eita que a briga foi séria!
ResponderExcluirE essa conversa ? Espero não ter treta!
Nunca imaginei ele brigando. Casal não se separe
ResponderExcluirNunca imaginei ele brigando. Casal não se separe
ResponderExcluirTomara que não briguem porque o casal já ficou muito tempo separado kkkkkk e coitada da Bruna só ta na vontade continua....
ResponderExcluirTomara que não briguem porque o casal já ficou muito tempo separado kkkkkk e coitada da Bruna só ta na vontade continua....
ResponderExcluirEsse Luan .... Pie vai ter que se virar em 1000 pra mimar ele, ou não depois dessa conversa.
ResponderExcluirContinua
Tem que conversar mesmo. Precisam colocar os pingos nos "i".
ResponderExcluirP.S: Brenna Dias