Pietra
Conhecer a família do namorado nunca foi tão constrangedor como está sendo nesta tarde de domingo. Mas até que os primos do Luan eram bem legais. Camila era um amor de pessoa, Matheus também não ficava atrás. Max eu já conhecia, era um tio do Luan um pouco mais velho que o meu namorado.
Decidimos brincar na piscina já que estávamos no clima de verão, embora de noite ficasse frio. Aceitei um copo de cerveja apenas para socializar, eles bebiam e me ofereceram. A brincadeira começou depois de reclamarmos que não tinha nada para fazer naquela piscina e ficar parados fazia frio. Então a ‘guerrinha’ foi a ideia da Camila. Ela logo escolheu o Max, alegando ser mais forte, ficando minha única opção sendo o Matheus que não reclamou do meu peso, pelo contrário, ele alegou que eu era bem leve.
A guerra começou, empurrei ela e venci, comemorei e ela subiu outra vez no ombro do Max.
Dessa vez ela venceu me derrubando. Subi na intenção de derrubar mas acabei caindo outra vez. Subi e consegui derrubar ela. Comemorando em seguida. Ela subiu de novo e mais uma vez fiz ela engolir água, comemorei minha vitória abraçando Matheus. Olhei ao fundo e vi Luan me fuzilando com o olhar mas ignorei.
—Vou sair da piscina. - Avisei indo até a borda, sai da água e fui até meu namorado. —Conseguiu sair da conversa dos seus tios? - Perguntei me secando com a toalha que eu trouxe do quarto.
—Conseguiu amizade dos meus primos rápido hein? - Ele me olhou sério.
—Eles são legais. Seu tio é um amor.
—É. - Ele se limitou em falar.
—Que foi?
—Não gostei dessa a proximidade com o meu primo.
—Por que? Eles foram legais só. Tá com ciúme? - Sorri de lado tentando amolecer ele. Não tinha porque ele ficar com aquela cara dele.
—Só não achei necessário aquele abraço.
—Era pra comemorar a nossa vitória. Quer um abraço também? - Sentei-me do ladinho dele.
—Vim te dar um beijo. Mas você estava ocupada.
—Pode dar agora.
—Não sei se tá merecendo. - Ele me olhou de lado e eu já sabia que ele tinha amolecido.
—Deixa de maldade, me dá esse beijo. - Coloquei meu queixo no ombro dele e ele aproximou sua boca da minha.
—Oi primo! Quanto tempo! - Camila interrompeu nosso clima.
—Oi Mila. - Luan respondeu meio sem graça e sem espontaneidade.
—Conheci a sua nova namorada. Ela é irmã da Victória né? - Luan se mexeu incomodado.
—Sou sim. - Respondi por ele.
—Como é pegar o cunhado? - Ela perguntou e eu senti a ironia na voz dela. Eu não esperava por aquilo.
—Isso não é da sua conta, Camila.
—É melhor do que se oferecer pro primo e ele não der bola. - Olhei em seus olhos, sorrindo tranquilamente. Eu sabia da história dela com o Luan, nunca achei necessário falar sobre ela com o meu namorado. Bruna me contou que ela era a oferecida da família, não podia ver o primo querido que já sentava do lado planejando a madrugada.
Ela não esperava pela minha defesa e me encarou estática.
—E aí cara! - Max se sentou do lado da Camila, fazendo um leve toque de mão com o Luan.
—Saudade, macaco! - Luan riu. —Cadê a brechó? Opa Thefinha?
Max fechou a cara e o Luan gargalhou.
—To brincando, macaco.
—Ela pegou raiva das tuas fãs, ficam chamando ela disso.
—Brechó? - Luan voltou a gargalhar e eu olhei para ele sem entender.
—De que cês tão rindo? - Bruna chegou sentando-se ao lado do Luan.
—Só o seu irmão palhação. - Max revirou os olhos.
—Tô rindo rindo do apelido da mulher do macaco.
Bruna parece que também sabia do tal apelido e começou a rir mas bem menos que o Luan.
Camila saiu sem ser notada por todos, já eu reparei nela saindo cheia de raiva.
Uma outra prima apareceu, loira dessa vez. Ela falou com a Bruna, cumprimentou o Luan dizendo para ele melhorar logo, cumprimentou a mim e por fim o Max.
—Eu tô morrendo de fome, cês já almoçaram?
—Só falta você comer. Quer que eu coloque no prato? - Perguntei mexendo na sua camisa.
—Vamos lá. - Ele se levantou logo atrás de mim. Coloquei meu short e então fomos para a cozinha.
Apenas esquentei as panelas e coloquei no prato dele. Me sentei perto dele para fazer companhia e ficamos conversando.
—Como sabia dos moles que a Camila me dava? - Ele perguntou me olhando com o ar de riso.
—Já sabia dessa história tem tempo, Bruna me contou da vez que ela trancou a porta do banheiro e vocês ficaram meia hora dentro do banheiro. Sabe-se lá o que vocês estavam fazendo.
Luan riu de boca cheia, ele ficou vermelho tentando controlar a risada.
—Naquela vez eu não consegui fazer nada. Ela entrou no banheiro, tirou meu short e tentou fazer um boquete, ela foi tão mal que não consegui me masturbar naquela semana, simplesmente porque ela arranhou meu pau com os dedos. - Ele contou e eu caí na risada.
Não tinha motivos para ciúmes, eu apenas achei engraçado, Camila se faz de oferecida mas não conseguia fazer um simples boquete. Ok, eu acho que eu faço bem, Luan nunca reclamou.
—Bem feito! - Falei por fim, me recuperando ainda do ataque de risos. Por muito tempo não ria daquele jeito. —Que apelido é esse da mulher do Max. - Luan riu.
—Ela sempre pegava coisas emprestada das meninas e acabava não devolvendo. Mais a Bruna que não se apega em roupas, daí passava dias e ela postava foto com a roupa que a Bruna já havia postado. E sabe como é minhas fãs né? Junta foto com foto e começa a zoação. Eu vi uma foto dessas e comecei a zoar. Ela ficou puta. - Luan deu de ombro terminando de beber o suco.
—Você também não presta mesmo. - Ri.
—Presto sim. Você sabe que eu presto e muito! - Ele deu um sorriso presunçoso.
Sorri fechando meus olhos e ri daquela carinha do Luan, esquecendo completamente o assunto que estávamos falando.
Fomos para a sala e Marizete me chamou para sentar ao lado dela. Ela estava com um álbum cheia de fotos e me mostrou várias de Luan.
—Essa é a primeira foto dele, carequinha né? - Sorriu saudosamente.
—Seu bebê vai ser parecido com quem? - Uma das tias de Luan perguntou e eu corei no mesmo momento.
—Tem que ser parecido com o pai, sou um gatão! - Luan falou fazendo charme.
—Capaz de parecer mesmo. Você é a cara do Amarildo quando ele tinha a sua idade, só que sem barba. - Marizete falou olhando para o filho. —Essa aqui é tão bonitinha! - Era ele mais espertinho, deveria ter uns 5 meses, era segurado por uma mão que não identifiquei no momento mas Marizete disse que era ela segurando seu gurizinho.
—Eu quero essa foto. - Sorri boba com a lindeza da foto.
—Da para ela, mãe. Eu não dei nenhuma foto de quando eu era pequeno para ela. - Luan comentou.
—Eu vou pedir pro Amarildo duplicar algumas fotos e vou te mandar. - Ela prometeu e eu fiquei feliz. Gostei bastante de muitas fotos e fiquei alegre por ver tanta foto linda do meu namorado.
—Gostou mesmo, amor? - Luan se sentou do meu lado, agora vendo o álbum comigo já que sua mãe foi atender o pedido da Bruna de fazer brigadeiro.
—Adorei. Você era muito lindo quando era bebê.
—Ainda sou um bebê. Pode me dar de mamar que eu tô aceitando. - Ele falou baixo me fazendo rir.
—Idiota. - Bati na sua coxa.
—Quero ver algumas fotos suas quando era uma bebezinha, se bem que não cresceu muita coisa. - Ele me olhou sério.
—Que engraçadinho você! - Revirei os olhos. —Estão com a minha mãe ou com o meu pai. Mas você viu aquela vez o DVD.
—Ah é… você cantando KLB! - Ele riu. —Tão bonitinha. - Ele apertou minha bochecha e depois beijou onde ele apertou.
Eu estava gostando da família do meu namorado, não era tão ruim assim. É gostoso de ver ele dando risadas de histórias que seus tios contavam, dava para ver a alegria emanando.
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