Capítulo 16

Luan

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Deixei Érica no prédio dela, antes de ir soltou uma pérola “Se comportem e usem camisinha” Nem preciso dizer que Pietra quase ficou roxa de vergonha, eu como estava descontraído, ri do desespero alheio.

—Não leva a sério o que a Érica diz, ela não bate bem da bola!

—Não levar a sério da parte da camisinha? - Fingi está confuso.

Ela revirou os olhos ficando mais vermelha.

—Pode deixar, vou sem camisinha! - Brinquei.

—Ai Luan, você tem cada brincadeira. - Revirou os olhos.

—Deixa de ser bobinha, Érica quer a gente junto, que mal tem nisso?

—Juntos? Ah Luan, ela quer tanta coisa e não podemos ter. Nem você querendo podemos ficar juntos. Minha irmã me mataria e depois te mataria.

Eu ri, mas da parte da irmã dela, realmente ela surtaria. Mas algo dentro de mim cresceu, um sentimento pela minha cunhada esse sentimento não era fácil de se lidar, ele queria mais e mais proteger, cuidar e amar. Amar! uma palavra tão forte que eu tinha medo dela. Agora não tenho mais.

—Você deveria me dá uma chance.

—Chance de quê?

—De te conquistar.

—Você tem uma namorada e ela é a minha irmã. Quantas vezes eu tenho que te lembrar disso? Eu sei que você é meio lerdinho, as vezes é fofo mas isso é um caso sério, passou dos limites. O que eu fiz no sábado, pode esquecer tá? Foi um erro meu e eu não quero repetir.

—Nem se eu quisesse eu poderia esquecer. E eu sou fofo? - Olhei rapidamente para ela que continuava vermelhinha, minha cor preferida.

—Não pode elogiar que você fica assim! - Ela sorriu, ah aquele sorriso gostoso.

—Não gosto de receber elogios mas vindo de você eu adorei, elogiar de novo!? - Pedi.

—Não.

—Ah para, um elogio só!

—Não Luan, eu tenho vergonha! - Ela escondeu o rosto nas mãos. Tentei puxar os braços para olhar para ela, mas ela era irredutível se esquivando. Comecei a cutucar suas costelas, ela começou a rir.

—Diz vai, um elogio só.

—Tá tá! Você é um bom cantor! - Olhei sério para ela.

—Essa não vale, tá na cara que eu sou um bom cantor.

—Convencido também!

Dei língua pra ela que riu.

—Ainda vou poder te ver no seu aniversário? - Mudei de assunto.

—Não sei. Depende da minha irmã.

—Eu queria ter um tempinho com você… a sós.

—Eu não sei, Luan. - Balançou a cabeça em dúvida.

—Eu posso pedir ajuda pro Rober, para a gente poder se encontrar, sem plateia para ninguém nos ver.

—Não, não deixa ninguém saber dessa história.

—Tarde de mais, já contei pro Rober e o Dudu já sabe. - Ri.

—Ai senhor, onde eu errei! - Curvou o corpo para frente escondendo o rosto.

Já estava chegando na rua dela, parei na esquina para me despedir do jeitinho que eu queria.

—Olha não dá para a gente se encontrar, eu não vou ser sua segunda opção!

—Eu não tô pedindo para você ser a minha segunda opção. Eu tô pedindo que você fique comigo, se der certo eu termino com a sua irmã, assumo você e viveremos felizes!

—E se não der certo você continua com a minha irmã? E como eu vou engolir isso? Eu não aguentaria! - Ela ficou tensa, puxei seu rosto para olhar em seus olhos, estavam marejados.

—Hey! O que foi? Não chora! - Ela deixou escapar uma lágrima.

—Não faz isso comigo, Luan. Não quero ser seu brinquedinho. Quer algo sério? Ok vamos ter, terminado seu namoro com a minha irmã que eu passo por cima de qualquer coisa que nos atrapalhar, mas você tem que ser verdadeiro comigo, eu não quero ser mais uma na sua cama.

Ela abriu a porta, levando suas bolsas, tentei impedir dela sair mas era tarde de mais. Ela pediu que daria tempo de pensar até chegar em casa. Por fim deixei ela ir mas fiquei de olho até ela chegar em casa, para finalmente ir para a minha casa.

Pietra

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Estou mais confusa do que já estava. Luan parecia tão sério em começar algo comigo, mas inseguro em deixar a Victória, se ele falar para mim que termina com ela, eu corro para os braços dele e me jogo sem olhar o quão fundo eu vou para ser feliz ao lado do homem que eu mais amei.  

Andei na chuva, não me importei em me molhar, queria tempo para chegar em casa e Luan me levar até em casa seria um erro. Assim que eu entrei Victória apareceu na sala, minha mãe logo atrás.

—Fez compras é? - Victória perguntou interessada.

—É fiz sim. Estava precisando. - Sorri de lado.

—Podemos ver? - Minha mãe já sentava esperando que eu abrisse as minhas coisas para elas, não vi mal nisso e abri minhas coisas, mostrei tudo, elas amaram o conjuntinho de lingerie que eu comprei assim como a Bruna, Érica e Marizete.

Depois de um tempo subi precisava de um banho e arrumar meu cabelo.

A balada que ia ter mais tarde foi planejamento da Victória, ela sempre comemorava o aniversário um dia antes numa balada, passava da meia noite ela ganhava o famoso parabéns de quase todos de dentro da boate. Eu não via porque não ir comemorar também, minhas amigas vão estar lá comigo e a balada é bem grande para eu me incomodar com o Luan e minha irmã.

Depois de tomar um banho e ter arrumado o cabelo, vesti minha roupa, usando um salto. Fiz minha maquiagem, me perfumei e coloquei alguns acessórios. Peguei minha bolsa deixando o meu dinheiro e meu documento, o celular ficou na minha mão, estava passando tempo conversando com Yan.  

Bruna chegou com a Érica e então fomos direto pra balada. Estava animada e disposta a achar um que me faça esquecer do Luan.

Luan

💞

Cheguei em casa e fui direto para o quarto, estava confuso, eu queria dar o que a Pietra me pedia mas eu não sabia como, com essa frustração eu acabei dormindo, acordei com o telefone vibrando, eram várias mensagens da Victória. Atendi a ligação que vibrava meu celular.

—Luan? Onde você está? Estou te esperando tem 15 minutos.

—Estava no banho - Menti. — Já já chego ai . Beijo! - Encerrei a ligação antes que ela me matasse por chamada. Corri pro banheiro e tomei um banho correndo. Vesti-me com a roupa que eu já havia separado. Arrumei meu cabelo, calcei os sapatos e me perfumei. Guardei a carteira no bolso da calça, junto com o celular. Desci e me despedi do meu pai, sendo avisado que Bruna já tinha saído uma hora atrás, filha da mãe, nem para me chamar.

Dirigi rapidamente até a casa da minha namorada e ela entrou no carro reclamando.

—Demorou hein! - Me olhou feio e eu preferi ignorar aquilo, nem se pode atrasar por uma hora que já fica de mal humor.

—Peguei um trânsito quando vim.

Dei partida no carro e fomos para balada. Lá Encontrei meus amigos. Vi Pietra de longe dançando sem parar com Bruna e Érica, as três estavam bem bonitas mas Pietra sem dúvida estava esbanjando beleza. Disfarcei bem olhando suas curvas. Meus amigos logo me arranjaram bebida.

—Amor, vamos lá dançar um pouco? - Victória me abraçou pelo ombro tentando ficar da minha altura.

—Agora não Vic, deixa eu beber mais um pouco, depois vamos. - Disse vendo sua cara de mau humor voltar.

—Eu vou sozinha então!

Saiu se rebolando. Decidi ficar na roda de amigos meus.

—Brigou com a patroa? - Douglas perguntou rindo.

—Ela é impossível. Quer tudo na hora que ela quer. Mimadinha demais. - Ri.

—É mesmo! Mas a beleza compensa né.

Vi Rober olhar para mim e pro Douglas, tentando me alertar em algo, não entendi muito bem mas fiquei quieto.

—Pois é.

Eu não tinha ciúmes de amigos meus elogiar minha namorada, desde que seja com respeito. Nenhuma mulher merece o desrespeito de nenhum homem. Fiquei vendo o movimento da balada, estava bem cheia.

Admirei mais a Pietra, sabia dançar, estava tocando uma batida bem gostosa de ver uma mulher dançando, a bunda dela então, puta merda, eu queria que ela fizesse aquilo dentro do meu quarto e só para mim.

Dois caras se aproximavam delas, Bruna descartou logo a possibilidade de pegar um deles, deixando o caminho livre para Érica e para a Pietra. Os caras conversavam perto demais, tocava e ficava ficava na zona de alerta de tarado.

O Olhar da Pietra se encontrou com o meu e ela se afastou do cara, ele voltou se aproximar dela e ela esquivava. Eu cerrava os punhos com vontade de tirar aquele  cara de cima dela e socar até ele entender que ela não queria nada com ele.

—Búu! - Era a Victória, tive que virar e ficar de frente para ela, não vi mais Pietra e espero que ela tenha se livrado do filho da puta. —Amor, vamos curtir, daqui a pouco já meu aniversário.

Tentei ocupar minha mente dando atenção a Victória mas elas eram bem parecidas, impossível esquecer da Pietra. Victória já estava alterada mas logo parou quando faltava minutos pro seu aniversário, procurei pela Pietra e me preocupei mais. Abri o whatsapp e enchi de mensagens mas nenhuma chegou para ela, isso me preocupou mais, mandei mensagem pra Bruna e até mesmo para Érica mas nenhuma delas recebia.

Dei meus parabéns para a minha namorada e enquanto ela recebia os parabéns dos meus amigos, eu procurava pelas meninas. Nenhuma das três à vista. Merda.

—Vamos comemorar o meu aniversário em algum lugar mais privado, amor. - Victória me beijava no pescoço com intuito de me deixar no clima, ela deve ter percebido que eu estava no mundo da lua.

—Vamos se despedir do pessoal!

Ela concordou e se despediu de todo mundo. Meus amigos mais uma vez zoaram que eu estava ficando velho e com coleira, dei o dedo do meio para eles todos com raiva.

Fomos para casa dela, no caminho comprei um lanche para mim, ela reclamou que eu ia ficar gordo.

—Eu não tenho paranoia não!

—Só tem uma pança linda aqui! - Ela levantou a minha blusa e eu ri.

—Mas ainda assim eu sou desejado.

Dei de ombro.

—Não sei o que as pessoas veem em você. - Ela negou rindo.

—O mesmo que você viu em mim. - Ela sorriu de lado.

—Ótimo de cama!

Concordei com ela e seguimos para casa.

—Eu preciso de um apartamento para mim, não dá para viver com meus pais. Não aguento mais.

—Quando nóis casar a gente vai ter nossa privacidade!

—Falando nisso, tô esperando o pedido!

—É só esperar que quanto menos esperar tá aí.

—Vou esperar! - Ela riu.

Chegamos na casa dos meus sogros rápido, fomos pra cozinha eu comi meu lanche e subimos.

—Vou tomar banho, quer vir comigo? - Ela perguntou maliciosa, ela colocou minhas mãos em sua bunda com segundas intenções.

—Vic, tô cansado, pode ser amanhã? - Ela parou e me encarou.

—Como é? Você veio para cá para que então?

—Descansar e passar o dia de amanhã com você!

—É, e sexo? Não vai rolar?

—Estou cansado, já te falei isso! Não podemos dormir?

Ela bufou e entrou como furacão dentro do banheiro. Peguei meu celular e mandei mais uma mensagem para Pietra, ela visualizou mas não respondeu, mandei outras e nada. Liguei pra Bruna e ela atendeu.

—Oi Pi! Tudo bem?

—Quero saber de você, já chegaram em casa?

—A gente quem? Eu tô saindo da balada agora.

—E as meninas? Não foram contigo?

—Pietra ficou com os meninos, Érica arranjou um boy para ela. Por quê?

—Vocês não vão voltar juntas? - Já estava me descabelando.

—Não, porque a pergunta?

—Te mandei mensagem mais cedo para falar com a Pietra, é aniversário dela.

—Ah ela estava ficando com um carinha e eu não quis interromper, melhor aniversário! - Riu —Imagina passar o aniversário beijando!

—Não acho graça nenhuma, se for o cara que eu vi com ela, ele é um tarado.

—Nossa Pi, quanta preocupação! Que bicho te mordeu?

—Nada, nada! Você não serve nem para cuidar das suas amigas! - Encerrei a ligação e bufei ainda mais vendo a Victória saindo do banheiro. —Vou para casa, Bruna precisa de mim.

(2/5)