14/05/2018

Capitulo 156


Luan
Ela passou as mãos pelo rosto, suspirando pesadamente diversas vezes. —Você a viu? - Foi a primeira pergunta que ela fez. —Vi, vi sim, ela… - Parei respirando fundo percebendo o quanto afobado estava para esclarecer minhas loucuras. —E…? - Pietra me incentivou a continuar falando. —Ela quer nos separar. - Eu escondi o rosto em minhas mãos, pela primeira vez me senti incapacitado para fazer qualquer coisa. —Quanto tempo isso? —Ela vem perturbando tem um mês mais ou menos. —Por que não me contou antes? —Era arriscado ter um parto prematuro, a gente planejou que você tivesse um parto tranquilo, dentro do seu quarto, rodeado de pessoas que você conhecia e se você passasse mal antes da hora, ia acabar tendo Liz dentro do hospital. —Eu não ia passar mal! —Ia sim! É um assunto delicado, Pietra. Nem eu mesmo segurei as pontas sozinho. Isso estava me sufocando. —Eu sei que ela está viva a muito tempo. Agora foi sua vez de revelar, eu não esperava por isso. —Como assim? —Minha mãe veio com aqueles papos estranhos de que me via como Victoria, num desses dias eu encontrei o número da Victoria no celular da minha mãe, mas eu não imaginava que a voz da minha irmã que ia falar “alô”. Foi bastante estranho ouvir a voz dela, eu acabei não falando nada e desligando o telefone. Minha mãe nesse mesmo dia veio com uns papos estranho do dia anterior que a gente passou juntas e eu não havia passado o dia com ela, foi aí que eu saquei, minha irmã estava viva. —Por que não me contou isso? A gente podia denunciar ela. Agora ela está me ameaçando. —Como? —Ela está dizendo que se eu não me separar de você ela me denuncia por cárcere de privado, que eu a escondi nesse tempo todo. —Isso é mentira! - Pietra exclamou nervosa. —Só a gente sabe disso. A mídia vai distorcer tudo e vai sujar minha imagem. —A gente tem que fazer alguma coisa. —Eu tenho que fazer alguma coisa, e vou fazer. Fica tranquila, logo ela não vai poder fazer mais nada contra nós. Abracei Pietra, como eu queria está desse jeito com ela a tempos mas estava me sacrificando. Naquela noite dormimos agarradinhos, Liz não acordou naquela madrugada mas nos despertou logo pela manhã. A peguei e trouxe para Pietra alimentar nossa pequena. Voltei a me deitar, mas ainda estava prestando atenção em Liz que estava com seus olhinhos abertos olhando sua mãe que estava com os olhos fechados por conta do sono. Liz largou o peito de Pietra e Pietra pediu que eu colocasse Liz para arrotar e fiz com que Liz arrotasse. Coloquei Liz no meio da cama, Pietra sorriu boba com os sorrisinhos que Liz dava, a nossa bonequinha estava atenta naquela manhã, mas ainda sim estávamos com sono e preferimos dormir. Acordamos a algumas horas depois. Pietra já disposta a levantar, cuidou de Liz e amamentou a mesma. Me deu ela para colocar para arrotar e foi tomar banho. Depois de um belo arroto eu a coloquei na cama e fui me vestir. Coloquei um bermuda e uma camisa. Peguei Liz e desci para a cozinha. Tomei apenas um café e subi, Pietra já se vestia, roubei um beijo dela e ela sorriu sem graça. Entrei no banheiro me despindo e fui para o chuveiro tomando um banho morno. Sai do chuveiro, me sequei e enrolei a toalha na cintura e sai do banheiro. Pietra ainda estava concentrada em dobrar as roupas, beijei seu pescoço e ela arrepiou-se. —Não faz essas coisas. - Ela bufou rindo. —Saudade. Só saudade. - Suspirei. —Eu também. Entrei no closet e escolhi uma muda de roupa, me troquei lá mesmo e sai vestido. Arrumei meu cabelo e coloquei um boné virado para trás, meu cabelo estava péssimo. Desci antes de Pietra que entrou no closet reclamando que a toalha que eu usei estava enrolada em cima do puff toda molhada. Pedi para a Cida preparar uma bandeja de café da manhã para dois. Tanto Cida quanto minha mãe me olharam com um sorrisinho bobo e fingi não ver. Logo que Cida terminou de preparar, peguei a bandeja e subi. Pietra falava ao telefone, parecia aflita perguntando quem estava do outro lado da linha. Ela desligou e me encarou. —Quem era? —Não respondeu. —Não queria ter essa possibilidade mas deve ser a Victoria me dando um aviso. - Suspirei colocando a bandeja em cima da cama com cuidado. —Era disso que eu queria conversar… - Ela disse confiante porém com um sorriso lindo no rosto e eu queria ver ela assim. —Vamos falar disso depois? Trouxe um café da manhã gostoso pra gente comer. O sorriso dela triplicou, nos sentamos na cama e comemos, na verdade eu fiquei admirando minha mulher. Ela dizia como estava sendo a experiência de ser mãe e parecia que ela nasceu para isso. Nasceu para ser mãe porque ela dizia com tanta tranquilidade algo que eu não saberia fazer. Pietra é uma mulher incrivel, todo homem deveria se apaixonar por uma mulher como ela. Mas Deus foi injusto com todos os outros homens, pois mulher como Pietra só existe uma, ela própria, Deus me presenteou uma bela mulher. —Ei! Tá me escutando? - Me olhou seria e eu acabei sorrindo. —To, meu amor. Só que eu fiquei distraído com sua boca. Suas bochechas ficaram vermelhas. —Vai ser difícil ficar sem sexo por quarenta dias. - Murmurei me levantando. Ela gargalhou de mim. —Ri mesmo. Você também vai ficar. —Eu vou por que estou de resguardo, me dói tudo aqui. - Ela tocou na barriga. —Já você tá em forma, sem dor alguma. —Prometo ficar em abstinência. - Segurei o riso e ela deu de ombro. —Faz o que você bem quiser. - Ela fechou a cara mas não teve como ela segurar o sorriso irônico. —Vou fazer daqui a quarenta dias. - Me curvei até ela e beijei seus lábios. —Tá certo. Agora senta aí que eu tive uma ideia sobre o lance da Victoria. Ela ficou séria e eu acabei ficando tenso. Me sentei diante dela e ela se endireitou, ficando concentrada.

O que será que Pietra pensou hein?

3 comentários:

  1. Eu acho q não tem como o Luan ser culpado por cárcere privado, sendo que ela “morreu para a mídia” e outra tinha que ter provas também, só acho que a Victoria vai se dar mau ��

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  2. Eu acho que Pietra vai arma e vai gravar tudo, ou algo parecido. Só quero que a Victoria se ferre bastante e deixe o Luan em paz. Continua

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