Luan
Minha mãe teve que ficar ao lado de Bruna para que ela se sentisse melhor, menos nervosa com tantos exames que planejaram fazer. Meu pai chegou logo atrás de mim e então tivemos que esperar por notícias.
Meu celular estava com a bateria baixa, sem sinal para piorar a situação, nem poderia ir para fora do hospital para mandar uma mensagem a Pietra, pois queria que ela soubesse onde eu estava e saber se ela estava bem também.
Os minutos se transformaram em.horas e eu angustiado, Bruna pediu para que não ligasse para o Breno mas eu pensando melhor, se eu fosse o Breno gostaria que me comunicasse de imediato. E então pedi a um enfermeiro um telefone que eu pudesse usar para comunicar um parente. Ele prontamente me ajudou, me dando espaço. Disquei o número do Breno e logo ele atendeu.
—Alô?
—Breno sou eu, Luan.
—Luan? Que numero é esse? Quase não atendo. - Deu um riso.
—Já está no local do show?
—Ainda não, o que tá acontecendo?
—A Bruna cara. Ela não queria que eu ligasse mas eu decidi ligar.
—O que aconteceu com ela, Luan? O que aconteceu com as minhas meninas? - O desespero dele era evidente.
—Calma, a gente ainda não sabe, ela e minha mãe estão lá dentro no hospital, fazendo alguns exames. Ela estava com bastante dor e não queria vir, aconselhei que viesse. E cá estamos aqui esperando notícias, você é o pai das meninas e merece saber das notícias.
—Ela comentou comigo sobre essas dores mas achei que fosse normal.
—Não é. Então faz o show aí e vem direto pra São Paulo.
—Eu não vou ter cabeça pra isso. Eu vou agora pra São Paulo.
—Não cara. Faz o show tranquilo. Eles devem ter dado algum remédio pra dor. Não deve ser nada mas eu liguei só pra você ficar sabendo.
—E se as meninas nascerem antes de eu chegar? Eu preciso estar ai.
—Eu não acho que seja contrações que ela estava sentindo. Ela dizia que as meninas chutavam as costelas dela.
—Tomara que as meninas fiquem mais calminhas. A gente não teve tempo de escolher os nomes. - Escutei ele fungar, estava chorando. Eu no lugar dele já estava aqui mesmo alguém me falando que estava tudo bem.
—Vocês ainda vão ter tempo de colocar os nomes nelas. Fica tranquilo.
Ele se acalmou mais e decidiu fazer o show na cidade que ele estava.
Ainda fiquei esperando por mais um tempo por notícias da minha irmã.
—Ela está bem. As meninas estão bem. - Minha mãe chegou dando notícias. Agradeci mentalmente por Deus cuidar das três.
—E ela já pode ir para casa? - Perguntei.
—Ainda não, ela vai ficar em observação hoje, amanhã ela pode ir embora.
Suspirei mais calmo.
—O que era as dores?
—As meninas são grandes e não tem mais espaço no corpo da Bruna, o que faz as meninas se agitar mais.
Assenti entendendo pouco da situação.
—E não pode fazer o parto das gemeas? - Meu pai perguntou.
—Elas já estão formadas mas Bruna quer parto normal e ela não tem contrações ainda.
—Eu fico com ela, vocês podem ir descansar. - Meu pai se prontificou. Eu não podia ficar de qualquer jeito, chamo muita atenção dos olhos curiosos.
—Tudo bem. Eu prometi que ia com vocês até o quarto dela, ela queria dar um beijo de boa noite. - Minha mãe deu um sorriso depois de muito tempo. Seguimos por um grande corredor, passamos pela ala dos berçários, consegui capturar alguns rostinhos e choros, sorri feito bobo imaginando os meus.
—Aqui. - Minha mãe indicou um dos quartos. Ela entrou primeiro, em seguida meu pai e por último eu.
—Achei que tinham ido sem me ver. - Ela sorriu pequeno me encarando.
—De jeito nenhum. - Me aproximei dela, passei a mão pelos seus cabelos e beijei sua testa. —Liguei para o Breno, ele deve chegar pela madrugada, mas eu o tranquilizei dizendo que minhas sobrinhas só vão sair quando ele estiver aqui. - Dei um sorriso por fim já vendo sua cara de reprovação.
Ela suspirou.
—Tudo bem. Eu faria o mesmo se fosse a Pietra no meu lugar e você estivesse viajando. - Ela pegou minha mão. —Obrigada.
—Que isso. - Beijei sua mão. —Agora, por favor, escolha os nomes das minhas meninas, Breno disse que elas não poderiam nascer sem os nomes. - Supliquei e ela riu, ao fim fez uma careta acho que doía se risse.
—Vou escolher, minhas meninas não me deixaram nem fazer o meu casamento, estou que me repousar o tempo todo. - Bruna bufou relaxando na cama do hospital.
—Calma Piroca, você ainda vai casar! - Ela me fuzilou com os olhos.
—Já disse pra parar de me chamar assim. O que minhas filhas vão pensar?
Dei risada. Meus pais se mantinham sorrindo, gostavam de presenciar nossa parceria, nosso jeito de se amar.
Meu para ficou enquanto eu e minha mãe fomos para casa descansar.
No meio da noite pensei em como surpreender Bruna, já havia mandado boas notícias ao meu cunhado, como Bruna me implorou.
Quase não dormi pensando em como surpreender, logo pela manhã antes mesmo da minha mãe acordar eu mobilizei meus amigos, quando minha mãe acordou se assustou.
—O que aconteceu? Luan? - Ela terminou de descer as escadas assustada, acho que pensou que aconteceu com Bruna ou as meninas.
—Calma dona Marizete. Chamei o pessoal aqui para ajudar no casamento de Bruna. Ela quer casar né? Então é casamento que vamos dar a ela. Mandei o Rober pedir um padre para abençoar o casamento, ele vai resolver isso. Marcos vai ligar pra todos nossos amigos, os convidando. Érica já sabe o que ela vai vestir no casamento então aqui será o casório. - Expliquei tudo a minha mãe que me encarava boquiaberta.
—Mas não existe casamento sem bolo! - Ela me olhou assustada. —Eu farei! - Ela saiu da sala indo direto para a cozinha e eu ri do seu entusiasmo, era disso que eu gostava. Agora só faltava comunicar o noivo.
Ele atendeu logo quando eu liguei, me questionou o que aconteceu com Bruna e as meninas, logo o tranquilizei dizendo que estavam perfeitamente bem e ainda me questionou porque eu estava acordado naquele horário da manhã.
Então com toda naturalidade, expliquei o que eu queria que acontecesse. No começo ele achou estranho e a ideia louca mas pensando melhor no sonho de Bruna em casar antes das meninas nascerem, ele achou que a ideia seria ótima.
Bom o noivo estava a par das minhas idéias. Olhei para o relógio e era a hora do almoço, liguei para Pietra e ela me atendeu logo.
—Oi amor. Bom dia. - Falei sorridente.
—Acordado a essa hora? Aconteceu alguma coisa? - Ela deu risada e eu adorava a sua risada espontânea.
—Pois é. Eu queria saber que horas a senhorita chega hoje.
—Poxa amor. Você tinha planos pra nós? Porque eu to cheia de coisas para assinar, não abri metade dos e-mails que chegaram. Estou atrasando o investimentos da Daiane.
—Não pode fazer isso aqui em SP? Eu estou precisando de você aqui.
—Eu preciso conversar com a Dai, sobre o que ela quer. Não posso aceitar as coisas antes de comunicar ela. Você sabe dessas coisas. - Ela suspirou.
—Tudo bem. Bruna vai casar hoje. - Contei. —Vão ter que escolher outra madrinha para colocar em.seu lugar.
—Casar hoje? Você me mandou mensagem de madrugada dizendo que ela foi parar no hospital, e que ela não podia fazer esforços.
Ela dizia preocupada.
—Pois é. É uma ideia mirabolante. Mas ela queria casar antes das meninas nascerem, então eu tive essa ideia de fazer o casório aqui em casa.
—Caramba. Eu não esperava por isso. E agora?
—Agora você poderia pegar o meu jatinho, que é só eu fazer uma ligação para o piloto e ele estará aí no máximo em uma hora. Tempo suficiente para a senhorita voltar para os meus braços, onde não deveria ter saído nunca. - Sua risada espontânea me agradava.
—Tudo bem. Então faz sua mágica ligação, eu vou chegar aí a tempo. Mas tem uma condição. - Ai meu Deus, mais essa agora. — Me empresta o jatinho de novo para voltar! Preciso do meu trabalho se quer se casar comigo também.
Dei risada, não precisava fazer essa ameaça, eu emprestaria meu jatinho quantas vezes quisesse.
Encerrei a ligação prometendo ligar de volta marcando direitinho com ela como ela ia encontrar o piloto.
Liguei para o Sérgio, explicando a situação, ele prontamente disse que buscaria minha noiva.
Liguei para a minha amada mulher e expliquei tudo, ela entendeu perfeitamente me deixando orgulhoso.
Minha mãe me fez almoçar, estava com pouca fome. Minha mãe não só fez o bolo mas também salgadinhos e doces que eu roubei alguns antes de almoçar, então minha fome não estava tão presente.
Em duas horas Pietra chegou, toda sorridente mas com carinha de cansado, falou com todos e por fim se jogou nos meus braços, nos beijamos e ela foi trocar de roupa para buscarmos a Bruna.
Para não dar demonstrar que estávamos planejando o casamento de Bruna, foi eu e Pietra buscar ela. Ela não podia imaginar que ia acontecer um casamento.
Então ela entraria com um vestido simples branco que Pietra estava na bolsa dela por “coincidência”.
—Poxa Pi, eu pedi para trazer uma roupa. - Bruna resmungou chateada.
—Eu tenho um vestido aqui, Bru. Ele é perfeito, bem larguinho. - Pietra disse como planejado. Ela tirou o vestido para minha irmã ver e Bruna se deslumbrou com a peça de roupa, foi para o banheiro e se vestiu com a ajuda da minha noiva.
Quando voltou estava linda, o vestido era todo branco, com um pano sedoso por baixo do bordado, mostrando mais o bordado.
—Caramba! Eu adorei o vestido. - Bruna disse alisando a peça, arrumando-o.
—Que bom, pode ficar pra você.
—Eu não entendi porque tinha um vestido desse tamanho dentro da sua bolsa, se você está tão magrinha. - Bruna revirou os olhos sem muito ânimo para pensar que esse vestido era para ela.
Apressei as duas e então seguimos para casa. Bruna falava sem parar, reclamava que Breno estava em São Paulo sequer foi buscar ela.
Eu ria internamente, Bruna nem imaginava que eu aprontava uma para ela.
Entramos pela garagem, não queria que ela questionasse o tanto de carro na nossa rua. Desci do carro e abri a porta para ela.
—Eu vou chamar o Amarildo. - Pietra disse correndo.
—Porque chamar meu pai? - Bruna estreitou os olhos, achando estranho.
—Não sei também. - Menti. Meu pai apareceu e deu o braço a Bruna. Aproveitei a distração e corri para dentro de casa, passando pela sala e cozinha.
No jardim havia as cadeiras perfeitamente alinhadas, não sei quem deu essa ideia mas estava lindo demais. Tinha flores no corredor, onde Bruna passaria, Fui até o altar improvisado, falei rapidamente com todos ali presente. Graças a Deus a maioria pode estar aqui nesse momento importante.
Meus pais e os pais de Breno estavam no altar, cumprimentei eles, cumprimentei o padre e por fim meu cunhado.
Me sentei na primeira cadeira e esperei. A música anunciou a entrada da Bruna, Pietra e Erica entraram como madrinhas. Sorri para minha noiva e ela se acomodou ao lado dos meus pais.
Bruna atravessou a passarela com meu pai, seus olhos marejados indicavam que estava emocionada, ela me procurou com os olhos e soluçou quando me encontrou, sorri dando apoio a ela.
Meu pai levou minha menininha até o altar onde Breno se encontrava. A cerimônia foi simples e bem religiosa embora não fosse na igreja, o padre os abençoou e abençoou a família que já crescia.
Depois da breve cerimônia que eu fiz acontecer a festa começou. Não tive tempo de perguntar a minha irmã se ela havia gostado do que fiz,mas dava para ver a alegria que ela tinha em seus olhos ao brindar seu casamento com refrigerante em vez do champanhe.
A festa foi como as de todo o casamento, teve fotos teve discurso improvisado e teve a noiva jogando o buquê. Pietra pegou deixando todos surpresos, mas me deixou feliz, sabia que o próximo casamento seria o nosso.
Já passava da meia noite quando os últimos convidos foram embora. Pietra estava sentada no sofá, mexendo em seu celular. Me sentei do lado dela e deitei minha cabeça carinhosamente.
—Que foi, bebê? - Ela desviou os olhos do celular e mexeu com a mão livre no meu cabelo.
—Só cansado, a noite passada eu nem dormi direito.
—To sabendo. Vai dormir. Eu avisei ao Sérgio que ia pela manhã pro Rio, já que você vai usar o jatinho pela tarde.
—Não vai viajar comigo? - Encarei seus olhos.
—Não vai dar, deixei muita coisa acumular e estou com contratos para assinar até a cabeça. - Ela resmungou e eu assenti. Eu também tinha que entender seu lado profissional. Mas meu lado como companheiro dela não aceitava a hipótese de que íamos ter que viver alguns dias assim. Um em uma cidade e outro em outra cidade. Nossas agendas malucas que pouco se bicava.
—Tudo bem, pelo menos você pode dormir aqui hoje. - apertei ela contra meu peito.
Ela me olhou animada.
—Podemos ir para a minha casa, nossa no caso. - Me beijou.
—Aqui é melhor, amor. - Avancei beijando seus lábios, como não havia ninguém na sala, eu passei a mão sobre suas curvas por cima da roupa, apertando sua cintura.
—Luan. - Ela me afastou no momento em que eu coloquei minha mão dentro do seu vestido.
—Aqui não, eu posso dormir aqui mas não vai ter sexo. - Segurou minhas mãos que eu ameaçava a colocar dentro do seu vestido.
—Por que? - Reclamei.
—Porque eu não vou transar com você na casa dos seus pais.
—A gente tá treinando pro nosso filho vir.
Ela revirou os olhos rindo.
—Deixa disso amor. Ninguém vai saber o que a gente vai fazer.
—Podem escutar.
—Não vão escutar, a gente faz amor baixinho.
Beijei seu pescoço. Ela não me deu resposta nem que sim e nem que não, pelo menos ia tentar de novo.
Capitulo grandão pq minhas leitoras merecem hahaha
Quer irmão melhor que esse @? Maravilhooosoooo❤
ResponderExcluirAinda bem que não foi nada grave. Que lindo!! Luan melhor irmão.
ResponderExcluirCapítulo enorme e maravilhoso quero que a Pietra fique grávida logo
ResponderExcluirQue lindo, Bru casou! Luan é um irmão e tanto.😍
ResponderExcluirLuan não quer ir pq disse umas coisas para a sogra, kkkkkk. Quero ver quando Pietra souber. Será se ela vai dizer algo?
P.S: Brenna Dias