06/09/2017

Capitulo 118

Luan



Acordamos cedo no dia seguinte, fui tomar banho e quando voltei Pietra já estava acordada e encerrando a ligação.
—Ai tô achando chato só sexo! - Ela resmungou.
—Quer fazer o que hoje?
—Ah sei lá, conhecer alguns pontos turísticos. Precisamos de fotos. - Eu ri, porque era verdade.
As pessoas iriam suspeitar dessa viagem sem muitas fotos.
—Hoje a noite a gente vai mudar de hotel. - Contei, era para ser segredo mas decidi contar essa parte.
—Ué, porque?
—Bom, daqui pro lugar que eu quero ir é meio longe. - Dei de ombro
—Onde?
—Chega de perguntas. Vamos tomar café da manhã?
Desconversei sabendo que não seria fácil.
Pietra foi para o banheiro para tomar banho. Me arrumei e ela saiu vestindo uma calça jeans e uma blusa com um decote generoso. Ela fez todo aquele ritual de maquiagem, perfume, acessórios e arrumar o cabelo.
Descemos para o restaurante do hotel de mãos dadas, Pietra é tão carinhosa comigo, se preocupa tanto, eu escolhi a mulher certa para mim.
—Que foi? - Ela sorriu envergonhada.
—O que?
—Fica me encarando. - Ela deu de ombro.
—To admirando a beleza… - Falei deixando ela desconcertada.
—Para menino, tá me deixando com vergonha. - Ela revirou os olhos.
—Você é linda com vergonha e sem vergonha.
—Luan, chega de elogios.
—Aff. Você não sabe ser elogiada.
—Até parece que você sabe se comportar quando estão te elogiando.
—Eu sei… Cansam de me elogiar por aí. - Dei de ombro.
—Ui - Deu de ombro também mas rindo.
Fizemos nosso pedido e comemos nesse clima bom.
Nem voltamos para o hotel, fomos andar pelos arredores do hotel e conhecer alguns pontos legais.Tiramos fotos, postamos as fotos, visitamos algumas ruas movimentadas.
—Luan! Olha aquilo! - Pietra apontou para um ponto específico, quase não acreditei no que vi. Era uma loja com todo tipo de cupcake.
—Temos que entrar.
—Sim!
Pietra praticamente correu até a porta da loja. Mas vimos que estava fechada e só abriria no outro dia seguinte. Voltamos murchos para o hotel, a vontade de comer cupcake era enorme, estava salivando.
Como a gente mudaria de hotel na parte da noite, mudei de plano, iríamos só depois de comer aqueles cupcakes.
[...]



—Será que já abriu? - Pietra andava de um lado para o outro.
—Acho que não. Ainda tá muito cedo.
—A gente dormiu cedo né? - Ela riu.
—Você dormiu cedo, eu não.
—Por que?
—Porque fiquei acordado, não consegui dormir.
—Ai coitado do meu neném. - Ela se sentou no meu colo e eu abracei seu corpo.
—Estou morrendo de sono. - Bocejei.
—Dorme um pouquinho. - Ela se levantou me colocando deitado na cama. Aceitei de bom agrado.
Eu dormi por pouco tempo mas foi o suficiente para recarregar as energias.
—Bebê, seu telefone não para. É o Rober. - Pietra falou e eu despertei.
—Cadê meu celular? - Me levantei bruscamente.
—Aqui. - Ela me entregou me olhando estranho, desbloqueei o celular e vi as mensagens do Roberval.
Fui falar com meu amigo na varanda sob olhares da minha namorada que estava desconfiada mas não imaginava o que estava acontecendo.
Quando voltei ela me interrogou.
—O que o Rober queria?
—Não falei com ele. - Menti.
—Mas você ficou 10 minutos lá.
—Falei com o meu pai. - Dei de ombro mentindo de novo.
—E ele sabe o que aconteceu?
—Não, não sabe.


Pietra


Luan estava estranho a tarde toda, depois que o Rober começou a ligar para ele, ele não soltou mais do celular, até para tomar banho esse menino não largou o celular.
Tentei saber o que estava acontecendo com a Érica, se ela sabia de alguma coisa, mas ela nem me retornou a mensagem. Tentei com a Bruna, com meu pai, até nas redes sociais deles, não consegui nada. Parecia que eles tinham se desligado da internet.
Fiquei chateada por não ter descoberto nada. Luan saiu do banheiro e disse que íamos almoçar e íamos a loja de cupcakes.
—Será que tem de todos os sabores? - Luan perguntou depois de um tempo e fiquei pensando no que ele estava falando.
—Os cupcakes? Deve ter. - Ri. Luan parecia um menino querendo doces.
Almoçamos tranquilamente, Luan estava mais ansioso que eu para ir a loja de cupcakes.
—Já arrumou as coisas né?
—Falta coisas mínimas. - Dei de ombro. Passei a manhã toda dobrando nossas roupas para caber nas malas. Mas ainda tinha coisas espalhadas pelo quarto.
Fomos para a loja de cupcakes e Luan parecia uma criança, olhava tudo como se fosse a melhor coisa do mundo.
Comprou de tudo um pouco e quando eu falei “Luan” a moça o reconheceu.
—Você não é o cantor brasileiro?
—Sou sim. - Luan sorriu envergonhado.
—Luan Santana né?
—É sim.
—Posso tirar uma foto de vocês?
—Mas é claro. Vem cá! - Luan chamou a mulher que se juntou a nós tirando a foto.
—Maravilhoso. Obrigada, aproveitem a viagem.
—Obrigado. - Luan sorriu e então saímos cheios de sacolas. Nessa viagem vim magra e vou voltar balofa de tanto comer doces.
Voltamos para o hotel e só deu tempo de guardar as coisas dentro da mala e seguir viagem. Luan todo misterioso ataca novamente, ele deu o endereço ao motorista do táxi para nos levar e consequentemente não soube onde estávamos indo. Paramos a uma estação de trem, no começo ficamos meio perdidos mas Luan insistiu em dizer que ele não estava. No final daquilo tudo descobri que estávamos indo a cidade mais apaixonada do mundo: Paris. Meus olhos brilharam, eu nunca passei pela cidade pelo simples fato de ser para apaixonados e eu quando visitei a Europa passei bem longe do clima romântico, estava longe do romantismo. E agora com o meu amor do lado vejo que fiz bem em aproveitar a cidade só agora na presença dele.
—Que lindo amor! - Deitei minha cabeça em seu peito escutando as batidas.
—Você não viu nada bebê! - Ele afagou meus cabelos.
Passamos a viagem naquele clima juntinhos. O ar gelado do trem nos deixava mais juntinho.
—Me lembra da próxima vez de pegar casaco na mala.
Eu ri do comentário do meu namorado.
Chegamos na cidade mais romântica, pegamos nossas coisas e fomos achar um táxi. Luan mais uma vez deu o endereço ao motorista e não quis me falar. Ele pegou o celular e ficou mexendo até chegarmos ao hotel e eu fiquei olhando a cidade do lado de fora.
Fomos ajudados a levar nossas coisas para o quarto depois que fizemos o check-in.  
—Quero comer os bolinhos.
—Depois, amor. Agora vamos jantar.
—Toda hora depois, depois. - Ele resmungou indo pegar o telefone de serviço de quarto. Fez os nossos pedidos e depois que eu tomei banho é que chegou, comemos rápido a vontade de comer os cupcakes era demais.
Horas mais tarde estávamos esticados na cama com dor na barriga. Nunca na minha vida comi tanto doce em tão pouco tempo.
—O que vamos fazer amanhã? - Perguntei.
—Ainda tô vendo, a gente tem que se encontrar com o rapaz do guia de turismo.
—Murilo? - Perguntei.
—Ele foi o nosso guia para o sexo. - Luan riu me dando um beijo.
—Que coisa feia! usar as pessoas para o sexo e descartar elas. - Bati em seu ombro.
—Gostou deles é?
—Eles são legais mas só pro sexo mesmo.
—Pensei a mesma coisa. - Ele riu.
—Mas então? Agora vamos fazer o que? Estou sem sono.
—A gente pode descer e ir na sala de jogos, quer?
—Ah não gosto de sala de jogos. - Resmunguei, vamos ficar aqui, minha barriga tá enorme ainda. - Falei passando a mão sobre a barriga.
—Tá linda assim, meu amor. Só falta ser um neném.
—Atá! Neném de cupcake, só se for! - Ri.
—Pode ser também! - Luan deitou a cabeça na minha barriga. —Tá tudo bem aí bebê? Sua mãe logo vai te parir e de dar descarga, dar muita dor de barriga nela tá?
—Ai que ridículo! - Bati nele como se meus golpes fossem doer nele.
—Para moreninha! - Ele ria na minha cara. Conseguiu segurar meus pulsos e me beijou com vontade me fazendo esquecer porque estava batendo nele.
—Chato.
—Linda.
—Gordo.
—Gostosa.
—Irritante.
—Fofinha!
—Besta. - Acabei rindo.
—Minha nenenzinha.


[...]



No outro dia fomos conhecer a torre eiffel, por insistência minha foi a primeira coisa que vimos. Luan não queria ver mas a minha insistência ganhou. Era linda, tiramos fotos no gramado deixando a torre no fundo. Conhecemos também Pont des Arts, tinha cada coisa linda. Lá compramos dois cadeados, com nossas iniciais gravadas. Ao colocarmos na ponte Luan disse muitas coisas bonitas que eu não esperava ouvir.
—Que nossas vidas seja repleto de amor, carinho, companheirismo e fidelidade de nós dos, eu só tenho que agradecer a Deus por ter me devolvido você. - E me beijou. —E eu ainda quero me casar com você esse ano, meu amor.

E esse finalzinho romântico hein? Eles não podiam ir pra França e não passar pelo Pont Arts 😍

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