21/09/2017

Capitulo 123

Luan



Antes de decolar eu ainda postei nossa foto de frente a Torre Eiffel que eu recebi por e-mail do fotógrafo. A foto que eu mais gostei virou minha tela de bloqueio. Pietra adorou é copiou minha ideia.
Passamos a viagem dormindo, paguei pela primeira classe inteira para todos irem para casa no melhor conforto.
Pietra dormiu comigo agarradinha, era tão bom dormir grudado, tínhamos que fazer isso mais vezes, a cama de solteiro mal cabia a mim mas nos esprememos tanto que deu pra dormir juntinhos.

[...]


Quando chegamos no aeroporto de Guarulhos, encontrei um grupo grande de fãs me esperando. O pedido era sem fotos, por motivos óbvios, meu cabelo estava uma  merda e nem os óculos escuros cobria minha cara de sono.
Enquanto meus fãs me abraçavam, minha família indo para o estacionamento, Bruna não estava se sentindo bem pelos enjôos que sua gravidez lhe causava, Pietra foi junto para ajudar, junto com meus pais e meus sogros, meus amigos logo foram para casa, estavam igual a mim, cansados pela viagem.
A última menina me me abraçou e me deu um beijo no rosto, me despedi sendo puxado pelo meu segurança.
Entrei na van e olhei preocupado com minha irmã, dei um beijinho nela e disse que ela melhoraria.
Me sentei no meu lugar e Pietra estava mexendo no celular com uma cara apreensiva.
—Que foi, amor? - Colei meu corpo nela.
—Ah nada, estava vendo os inúmeros comentários na foto que você postou, eu curti. - Ela me mostrou, e vi um pequeno e sorri bobo sabendo que leria mais tarde.
A van parou na casa do meu sogro e logo depois na casa dos meus pais, fazendo a última parada na casa da Pietra.
Desci primeiro, peguei as malas com a ajuda do meu segurança e as coloquei para dentro, minha sogra foi logo colocando as malas na lavanderia, alegando já colocar as roupas sujas para lavar, decidi não reclamar. Mas abri a minha mala antes para pegar as coisas que minha sogra não precisava ver.
Fui para o quarto e Pietra tomava banho, decidi esperar, peguei uma muda de roupa e quando ela saiu eu a observei. Blusinha de alcinha, sem sutiã, uma calcinha branca daquelas bem confortáveis mas incrivelmente sexy pois marcava bem sua polpinha da bunda e eu adoro sua  bunda redondinha. Fui tomar banho com esse pensamento, me vesti com uma blusa e a cueca.
Me deitei agradecendo mentalmente por Deus está nos meus caminhos me dando coragem e apoio para seguir em frente. Pietra já dormia e então peguei no sono rapidamente.

[...]


Acordei no susto, algo caiu e eu praticamente pulei da cama.
—Ai desculpa meu amor, te acordei né? Volta a dormir.
—O que caiu? - minha voz saiu um pouco rouca.
— o carregador que eu fui buscar na mala. - Ela me mostrou o objeto agora em sua mão.
—São que horas?
—Sete e quarenta da manhã.
—Já está acordada? Volta a dormir também. - Resmunguei enfiando minha cara no travesseiro de Pietra, com cheirinho dela.
—Volto a trabalhar hoje, não se lembra?
—Hoje? Não lembro disso. - Resmunguei.
—Pois é, estou indo pro Rio, me liga quando acordar. - Senti ela se aproximar e beijou minha cabeça.
—Tem certeza?
—Tenho, meu amor. Volta a dormir.
—Quando você volta? Eu preciso saber disso.
—Talvez amanhã, eu não sei ainda.
—É muito tempo, você volta pra casa e eu vou voltar a viajar.
—Se der eu vou contigo. - Senti ela sorrir.
—Tudo bem, me manda mensagem quando chegar no Rio. - Beijei sua boca.
—Pode deixar. - Ela me beijou de novo e então saiu, reparei em sua roupa, calça jeans colada, uma jaqueta e por baixo da jaqueta uma blusa cor de vinho.
Voltei a dormir, estava realmente cansado.
Acordei horas depois, assustado. Sabia que nesse horário Pietra já havia chegado no Rio.
Levantei caçando o meu celular, não achei no quarto, então pensei que pudesse está nas malas.
Tomei um banho rápido, me vesti e desci. Verônica estava na cozinha e preparava o almoço.
—Oi genro querido, boa tarde.
—Boa tarde, dona Veronica. - Sorri fechado. —A senhora sabe onde estão as malas? Acho que meu celular ficou em uma delas.
—Ah a Vic deixou em cima da mesa, estava com ela na bolsa, me pediu para avisar você.
—Pietra.
—Oi?
—Pietra, dona Verônica. Vou me casar com sua filha Pietra.
—Não, meu filho. Você vai casar com a Victoria. Que brincadeira é essa?
—Não estou brincando, dona Verônica mas  isso já está passando dos limites. A senhora sabe aí no fundo que sua filha Victoria morreu e finge que a Pietra é ela.
—Luan, você me respeita. Eu sei que minha filha é a Victoria, Pietra foi embora com o seu filho.
—Para de falar isso! Meu filho pode não ter sobrevivido mas a Pietra está comigo, vamos nos casar, ter mais filhos e dessa vez juntos.
—Você está me assustando. Eu vou ligar para a Victoria. - Ela ameaçou pegar o telefone mas eu a segurei.
—A senhora não vai ligar para ninguém, Victoria morreu, não tem como ligar para ela, a senhora quer ligar para a Pietra, a mulher com quem vou me casar.
—Você está me assustando, Luan. O que tá acontecendo? - Ela me empurrou e saiu dali.
Respirei fundo percebendo que eu me descontrolei, pela primeira vez depois de tanto conversar com Pietra dizendo que estava tudo bem, que eu não me incomodava pelo que sua mãe estava passando.
Peguei meu celular e sem comer nada eu fui para casa dos meus pais.
No caminho vi as mensagens de Pietra, ela chegou era mais ou menos nove e meia.
Quando cheguei na casa dos meus pais eu fui logo na cozinha, estava com fome. Tomei um café forte e dois pedaços de bolo.
—Estava com fome hein. - Minha mãe brincou e eu ri de boca fechada e engoli o último pedaço de bolo.
—Não comi nada na casa da Pietra.
—Percebi, aconteceu alguma coisa?
—Não. na verdade Pietra foi trabalhar e eu não me sinto bem com a Verônica chamando Pietra de Victoria.
—Eu ignoro. Eu sei que dói mas temos que ter paciência.
—Eu discuti com ela ainda agora.
—Luan? Como assim? - Ela me olhou me repreendendo pelos meus maus modos.
—Ela fica falando Victória pra lá, Victória pra lá, isso me irritou.
—Mas ela é a mãe da sua noiva. Eu não ia gostar se a Pietra discutisse comigo, e ainda pra piorar a situação, Verônica está passando por algo difícil.
—Já deveria ter melhorado, não acha?
—Tudo no tempo de Deus. Você não acha? - Me devolveu a pergunta. Saiu da cozinha me deixando pensativo.
Não queria ter extravasado daquela maneira, mas aquilo estava me chateando, eu via a tristeza da Pietra quando a mãe a chamava de Victoria e isso me irritava, Verônica não tentava ao menos ver a filha como Pietra.

Passei a tarde na casa dos meus pais. Cuidei de Bruna que agora se queixava pelas dores nas costelas. Ela era toda magrinha e agora com um barrigão carregando duas meninas que não paravam quietas.
—Essas dores não pode ser normal. - Mamãe me dizia preocupada.
—Porque ela não vai pro hospital?
—Ela só confia na doutora Ruth. E ela está viajando, não tinha previsão que as gêmeas pudessem nascer antes.
—Também hein. Já ligou para ela pra voltar?
—Está dando caixa postal.
—E vai esperar até quando?
—Não sei. Isso me dá angustia saber que sua irmã está sofrendo de dor e não dar o braço a torcer.
—Eu vou convencer ela de ir ao hospital.
—Tenta lá.
Esperei que ela saísse do banheiro, ela voltou e se deitou na cama.
—Você precisa ir ao médico, Bru.
—Não está na hora ainda. Minhas meninas ainda não estão prontas.
—Mas você precisa saber se elas estão bem.
—Oh estão muito bem, chutam muito. - Ela deu risada colocando sua mão sobre a barriga.
Eu coloquei também, era uma sensação boa sentir uma barriga chutar.
—Eu vou. - Ela disse depois de um tempo em silêncio.
Pegamos seus documentos e bolsa, ela desceu com minha ajuda.
—Vai ao hospital?
—Vou, a dor está aumentando e eu estou preocupada com as minhas meninas.
—Tudo bem, no caminho ligamos para o Breno.
—Não, não liga pra ele. Ele vai ficar preocupado e ele está trabalhando.
Apenas concordamos com ela. Eu dirigi, estava menos nervoso.
Meu pai estava no escritório e quando soube pela ligação da minha mãe, ele saiu às pressas de lá para nos encontrar no hospita.
Assim que chegamos, minha mãe logo chamou um enfermeiro que ajudou Bruna a sair do carro, demorei um pouco para achar uma vaga e quando achei estacionei o meu carro, sai travando as portas e arrumando a minha touca na cabeça. Entrei pedindo informação, logo fui reconhecido mas respeitado pelo o que eu passava, a enfermeira me levou até uma sala pedindo para eu esperar que ia procurar pela minha mãe e irmã.


Um comentário:

  1. Vixi, Jesus. O que será que Bruna tem? Espero que esteja tudo bem. E Luan? Jogou logo a verdade na sogra, RS.
    P.S: Brenna Dias

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