29/09/2017

Capitulo 126

Luan

—Quando vamos falar sobre o casamento? - Entrei no quarto após escovar os dentes, vendo Pietra dobrar minhas roupas na mala.
Dois dias depois que ela teve que voltar para o Rio de janeiro ela veio fazer uma surpresinha para mim, aqui no Paraná.
—Quando tivermos tempo. Tempos tempo agora?
—Temos. O show de hoje começa mais tarde.
—Ok. O que vamos falar do casamento?
—Quero filhos. - Falei com seriedade mas acabei rindo. —To brincando, mas eu quero mesmo filhos. Bom eu estava pensando nos convidados primeiro… - Olhei em seus olhos.
—Ok. Pode ser. Vai ser simples a cerimônia né? - Sustentou o meu olhar.
—Eu estava pensando em algo grande, não é todo dia que vamos casar e não foi atoa que eu me matei para o pedido do casamento. - Coloquei minha ideia.
—Eu não queria algo grande, cheio de convidados que eu só conheço por nome ou porque vi em algum evento profissional. Queria só a família, amigos próximos.
—Eu tenho amigos no ramo da música, Pietra. Tenho grandes amigos.
—Eu sei. Mas não precisamos dele.
—Já vi que vai ser uma dor de cabeça. - Resmunguei e Pietra revirou os olhos.
—Vamos pular a parte dos convidados? Onde vamos casar?
—Na igreja.
—Eu prefiro em uma fazenda, ar puro, céu claro, cheiro de flores.
—Não é melhor numa igreja? Acho mais religioso.
—Somos religiosos, Luan. Mas queria diferente. Gosto da diferença.
Suspirei incomodado.
—Vamos ter uma festa né?
—Sim! - Ela disse animada.
—Ok! Pelo menos nisso a gente concorda.
Ela revirou os olhos outra vez.
—Quer fazer a lista de presentes?
—Não. Eu confio em você fazendo essa lista. Não vejo faltando nada para ganhar presentes. - Dei risada descontraído.
Era verdade. Tudo que eu precisava ou queria eu comprava com o meu dinheiro e depois do casamento não seria diferente.
—Ok.
—A propósito, queria marcar a data da escolha da nossa casa.
—Não está satisfeito com a minha casa?
—Como você falou, é a sua casa e não minha. - Remexi incomodado.
—Deixa se ser ridículo. A casa é sua, você que não se sente dono de lá.
—Porque não podemos comprar uma juntos? Ter divisão se tudo depois do casamento?
—Ah falando nisso, se um dia caso nos separarmos, que Deus não permita isso. Não vamos dividir nada, cada um vai ficar com o que o que conquistou e seguir seus caminhos.
—Para Pietra. Nosso casamento vai ser dividido parcialmente, não mudo por nada. - Bati o pé, ela ficou encarando a mala que estava diante dela. —Não precisamos discutir sobre isso agora. Temos tempo.
—Ok. Como você quer um casamento digno de muitos convidados eu vou querer um vestido digno. Então isso vai me fazer correr para uma estilista, de preferência bem conhecida. - Seu sorriso cresceu.
—Antes de casar e já está me falindo. - Resmunguei para que ela pudesse ouvir, mas ela sabia que era brincadeira. —Você que manda, patroa.
—Ótimo! - Ela sorriu.
—Não tem uma pessoa que os casais contratam para cuidar dessas coisas chatas do casamento?
—Tem mas estou me adiantando logo, quando contratamos a empresa já temos alguma ideia.
—Certo. Quando vai contratar?
—Pra semana. Ainda não imagino a data para o casório, você já pensou nisso?
—Janeiro, pode ser?
—Depois das festas pra me ver gorda no vestido né? - Fez cara de brava e eu ri.
—Projeto fitness amor. - Dei um sorriso debochado.
—Quero comer muito no natal!
—Você já come o peru o ano inteiro. - Ela corou violentamente, estava com saudade daquele rostinho vermelho envergonhado.
—Você com suas piadinhas sem graça.
Dei risada, ficamos falando sobre o casamento, estava ansioso para acontecer o tão sonhado dia que minha noiva viraria minha esposa.
Me peguei pensando, como as coisas começaram a dar certo na minha vida pessoal. Como Pietra entrou na minha vida como um balde de água gelado e ao mesmo tempo quente para me proteger.
Quando deu a hora, fui me arrumar. Tomei banho e sai vestindo apenas uma cueca. Pietra estava no telefone e parecia preocupada. Deixei que ela encerrasse a ligação para perguntar. Enquanto não acontecia eu me vestia.
—Quem era? - Perguntei quando ela encerrou a ligação.
—A sua mãe. Ela disse que a bolsa da Bruna estourou.
—E Bruna? Como que ela tá?
—Está bem. Já está com o Breno na sala fazendo o parto.
—Queria está lá. - Resmunguei.
—Na sala vendo o parto? - Pietra deu risada descontraída.
—Não. - Eu ri. —Queria está lá para ver minhas sobrinhas. - Sorri de lado.
—Você ainda vai ter tempo de ver suas sobrinhas, bobo. —Ela sorriu.
—Eu sei… eu tô surpreso por ter sido tio, achei que eu fosse ser pai primeiro. - Dei risada.
—Você escolheu essa decisão.
—Pietra… Eu escolhi você porque eu te amo. - Segurei em sua mão a puxando para mim. —Escolhi na intenção de fazer mais outros filhos. E estamos aqui, tendo mais uma chance para fazer do jeito certo. —Afundei meu rosto em seu pescoço, permitindo-me fechar meus olhos com força
—Você ia ser pai de uma menina… - Ela falou e eu levantei meu rosto encarando seus olhos longe.
—Uma menina? Como você?
—Sim. Uma menina, você ia cuidar dela.
—Pietra… por que você me fala uma coisa dessas? Eu sinto muito por eu não ter aceitado a sua escolha mas eu estou melhor assim. O que eu ia dizer pra essa menina, nossa filha que eu  escolhi ela entre você e ela?
—Ia dizer que a gente se amou muito, o bastante para que ela fosse existir. Para ela dar valor a tudo que ela tinha e amar muito o pai dela. - Abracei forte minha noiva, aquelas palavras e a lembrança daquele dia vieram todas para minha cabeça me culpando, eu poderia ser um bom pai, não sei se o melhor por conta do meu luto eterno se Pietra fosse morrer mas eu tentaria agradar minha filha a todo custo. Com esse pensamento, senti-me mais culpado, eu não teria Pietra como eu tenho hoje.
—Nossos filhos vão saber que nos amamos muito, vai dar valor a tudo que fizemos por eles, e vão saber que a gente já ama antes de existir. - Beijei sua bochecha e escorreguei minha boca até encontrar a sua. Um beijo de urgência foi iniciado, suas lábios quentes e totalmente entregues aos meus, sua língua entrava em contato com a minha de forma dançante e carinhosa. Encerramos o beijo com selinhos.
—Eu amo você. - Eu precisava falar aquilo.
—Eu amo você. - Ela me beijou e me abraçou.
Fiquei acariciando seus cabelos enquanto ela se acalmava, seu corpo tenso identificava que o assunto era delicado para ela.


Fiz o show meio tarde, por ser um festival com alguns artistas, meu show era o penúltimo da grade de artistas naquela noite. Pietra ficou quietinha do lado do palco, quando eu ia para aquele lado eu fazia questão de segurar sua cintura e lhe dar um beijo delicioso e voltava ao centro do palco para cantar.
Quando terminou o show fomos direto para o aeroporto, eu queria descansar o mais rápido possível, Pietra dormia lindamente em meu ombro, completamente relaxada. Era umas quatro e meia quando entramos no avião, ela se sentou de frente para mim colocando suas pernas sobre as minhas, me obrigando a massagear seus pés.
Chegamos duas horas depois em São Paulo. Subimos logo para o quarto dela, não pensamos nem nas malas que ficaram na sala, deitamos e dormimos.
Pela tarde eu acordei, Pietra já não estava mais na cama. Levantei indo pro banheiro e tomei um banho rápido, me vesti e saí a procura da minha noiva.
Mal desci as escadas e encontrei Pietra lendo uma revista sentada no sofá, me sentei ao lado dela.
—Boa tarde, amorzinho. - Beijei seu rosto já que ela não se deu o trabalho de me olhar para eu poder beijar sua boca.
—Boa tarde, vai almoçar. - Ela disse, folheando a revista.
—Tá.
Levantei resmungando, pela falta de atenção com o futuro marido dela. Preparei meu prato e coloquei suco no meu copo e comi sozinho.
Ao terminar eu lavei a pequena louça que eu sujei, os cachorros estavam lá, os filhotes estavam grandes, lindos. Haviam apenas três, os outros foram dados para quem quisesse cuidar.
Brinquei com eles um pouco, dava para ver a alegria deles com a minha presença. Imaginei logo eles na nossa casa nova, com nossas crianças, escutando as risadas dos nossos filhos enquanto os cachorros brincavam de correr em volta.
—Tá fazendo o que ai? - Ouvi a voz da Pietra e virei-me, encontrando ela com os braços cruzados me encarando.
—Brincando. - Falei o óbvio.
—Eu vi. - Ela revirou os olhos. - Dei de ombro voltando a jogar a bolinha para que um deles pegasse.
—Sua mãe ligou, disse que era pra você ir na casa dela. - Virei de novo e vi ela se sentando na escadinha que dava ao quintal.
—Ok. - Suspirei, tinha alguma coisa de errada com a Pietra, ela estava seca comigo.
Coloquei os cachorros para dentro e voltei onde Pietra continuava sentada.
—Aconteceu alguma coisa?
—Você sabe o que você fez.
—Não sei. Me conta. - Falei tranquilo.
—Você brigou com a minha mãe, Luan.
—Ah é isso.
—É isso sim! Ela me contou que deixou ela chorando.
—Não deixei ela chorando. Eu só fui embora.
—Tudo bem não gostar da minha mãe mas ofender ela é demais. Ela não sai nem do quarto quando você está aqui.
—Eu não ofendi. Eu disse já estava na hora dela ver você como Pietra, é isso o que você devia fazer mas aceita ela te chamando pela sua irmã morta! - Falei me alterando, levantei-me ciente que não aguentaria mais falar sobre isso.
—Você não tem esse direito. Ela é a minha mãe.
—Tá bom Pietra, eu estava te ajudando.
—Mas só piorou. - Seus olhos denunciavam que ela ia chorar e eu não queria ver isso.
—Eu vou embora.

Vishh clima meio tenso para o casal hein 🙈

26/09/2017

Capítulo 125

Luan



Assim que nos despedimos dos recém casados e nos meus pais, subimos alegando cansaço e ninguém poderia dizer o contrário, não foi fácil dar as idéias e usar o meu nome para ter todas as coisas que conseguimos para fazer o casamento da minha irmã acontecer.
Pietra deitou na cama apenas de baby doll, depois de um longo banho, fui tomar o meu, bem rápido. Vesti apenas uma cueca, pois tiraria logo e eu estava com pressa e muito excitado.
Desliguei as luzes do banheiro e do quarto, ligando a luz da TV. Deitei de baixo do edredom, sentindo o ar condicionado gelado, no clima que eu mais gostava.
Abracei minha noiva por trás, beijando sua nuca, ela estava concentrada em um texto no seu celular mas não deixou de sentir meus lábios em sua nuca, deixando-a arrepiada.
Minha mão que estava em sua cintura entrou por dentro da sua blusinha, alcançando seu seio, segurei-o massageando, gostando da maciez que ele tinha.
—Você não acha que é melhor tirar os piercings dos seus bicos não? - Perguntei, era algo que eu queria sempre perguntar depois que voltamos a namorar. Mas isso me fazia esquecer sempre pois quando eu lembrava eu queria os piercings já que fazem um efeito bom quando eu a chupo.
—Não gosta deles? - Ela me olhou rapidamente voltando seus olhos para a tela do celular.
—Eu gosto acho que nossos bebês não vão gostar muito deles. - Sorri de lado ouvindo sua risada.
—Eu sei, bobinho. Mas até lá eu continuo usando, minha ginecologista disse que não tinha problema nenhum se eu usasse até engravidar, depois eu posso tirar para que eu me acostumar.
—Hm então eu posso continuar brincando com essas bolinhas? - Puxei para cima as duas bolinhas do piercing girando lentamente, ela arfou inclinando seu corpo.
Ela desligou o celular enfiando-o embaixo do travesseiro, dando atenção agora no carinho que eu lhe dava. Virando finalmente para.mim.
Beijei seus lábios, pedindo passagem a sua língua. Minha mão não aguentou ficar por muito tempo em sua cintura e desceu por dentro do seu short, acariciando sua calcinha pequena. Puta merda, sua calcinha era tão pequena que eu demorei para encontrar. Ela facilitou levantando sua perna, se apoiando na minha, meu dedo brincou por sua bunda até chegar em seu sexo quente e molhado, ela arfou na minha boca. Pressionei meu pau na sua coxa e ela aumentou o atrito esfregando sua coxa. Ela se afastou e eu achando que ela ia parar o beijo, ela adentrou minha cueca com sua mão delicada agarrando meu pau.
—Puta merda, Pietra! - Gemi.
Ela deu uma risada abafando o nosso beijo.
Passei o dedo pelo seu sexo molhado, enfiando, saindo e passando em seu clitóris, ela apertava meu pênis conforme eu aumentava meus estímulos em sua boceta. Escorreguei meus lábios por sua pele até o pescoço, ali passei a beijar, morder e lamber sua pele.
Ela não quis esperar por mais, levantou tirando seu short e calcinha, deitando-se de volta ao lugar de antes agora com sua perna mais acima no meu quadril, esfregando sua boceta em meu pau. Apertei sua bunda e pincelei a ponta dele sobre seu clitóris, ela gemeu frustrada com a brincadeira. Ela enlaçou sua perna no meu quadril e eu não quis perder mais tempo, penetrei lentamente, sentindo seu sexo pulsar contra meu pau. Agarrei mais sua bunda, inclinando meu quadril contra o seu fazendo meu meu pau entrar em sua vagina. Ela gemeu gostosamente rebolando contra o meu quadril, continuei os movimentos ouvindo ela gemer cada vez mais alto, mais entregue a mim.
Eu não queria que ninguém escutasse ela gemer daquela forma, só eu poderia escutar seus gemidos, eu era dono e era eu o efeito dos gemidos que escapavam de sua boca.
—Ah Luan! - Ela tomou os movimentos, esfregando-se contra o meu pau. Eu sentia sentia o limite de sua vagina, meu pau não passava ali, tirei metade do meu pau e voltei a estocar, ela perdeu o foco agarrando meus ombros com suas unhas.
—Ta gostando, amor? - observei seus seios esfregando-se em meu peitoral. Passei minhas mãos neles, brincando com os seus mamilos rígidos.
—Está delicioso! Eu quero sentar em você. - Ela umedeceu os lábios.
—Quero sentir sua boquinha, amor. - Entreabri seus lábios úmidos com o meu polegar.
—Me diz onde você quer a minha boca. - Ela sabia me provocar.
—No meu pau, safadinha! - Falei contra sua boca, ela riu beijando meus lábios, mordendo em seguida.
—Eu também quero sentir sua boca. - Seu tom manhoso me deixava em chamas, eu queria sentir seu gosto tanto quanto queria sentir sua boca no meu pau. E então me veio a ideia.
—Vamos fazer um meia nove! - Seus olhos brilharam com a minha sugestão, vi o quanto minha noiva gostava de chupar e ser chupada ao mesmo tempo. Ela não esperou eu falar de novo. Virou-se com as pernas para cima do meu ombro, esfregando sua boceta na minha boca, quase perdi o ar quando ela abocanhou meu pau, sugando a cabeça com volúpia. Gemi contra seu clitóris que a propósito estava inchado e molhado.
Seu corpo respondia rebolando contra minha cara e eu estava adorando lamber seu sexo já molhado por conta da sua excitação.
Sua boca trabalhava bem lambendo toda a extensão do meu pau, sua língua brincava com demasiada força e vontade, seus lábios sabiam me sugar de um jeito que só ela sabia.
Tentei pensar em muitas coisas sem ser Pietra sugando meu pau sobre o meu corpo enquanto rebola sua boceta na minha boca, pois isso tudo somado ao tesão que eu tenho por minha mulher é igual a minha noiva cheia de porra minha em sua boca. Ela levantou rindo ainda com os lábios pingando de esperma. Minha noiva era sem frescura, engoliu o que pode.
—Você nem pra avisar, tomei um susto. - Ela deitou colocando sua perna sobre o meu corpo.
—Desculpa, meu amor. Eu não tive tempo e você foi muito gulosa, não quis te atrapalhar.
—Eu queria gozar ainda. Eu ia diminuir pra a gente chegar juntos.
—Não seja por isso, meu amor.
Meu dedo alcançou seu clitóris, recém babado por mim.
—Eu queria ter fodido mais essa bocetinha, queria ter te comido de quatro aqui na cama. - Falava enquanto esfregava meus dedos sobre sua excitação. Ela fechou os olhos sentindo o prazer que eu lhe dava.
—Fala mais. - Ela suplicou.
—Você ia gemer bem alto, dando-lhe uns bons tapas nessa sua bunda gostosa. - Com a mão livre agarrei sua bunda. —Ia foder você todinha, e quando você fosse sentar ia se lembrar dos bons tapas que você levou do seu homem. - Ela agarrou minha nuca, calando-me. Seus lábios entre abriu e senti suas paredes vaginais tentar expulsar meus dois dedos de lá, ela gozou gostosamente em meus dedos, ficando fora do ar por breves segundos, esperei ela voltar, ofegante e linda com os cabelos bagunçados. Ela reparou que eu encarava seu rosto e se escondeu no meu peito.
—Quando que você vai me dar aqueles brinquedinhos? - Ela passou os dedos pelo meu ombro tatuado.
—Brinquedos? - Estranhei mas logo me toquei do que ela falava. —Ah os brinquedos eróticos. - Dei risada.
—Quando tivermos folga suficiente para te levar em um motel.
—Por que motel?
—Porque eu não tenho cara de fazer você gemer alto o suficiente para sua mãe escutar.
—A gente transou aqui.
—A casa aqui é maior, duvido que meus pais ouviram a gente transar. Já a sua mãe pode ouvir, o quarto dela é ao lado do seu.
—Então nunca iremos transar.
—Não com os brinquedinhos que eu quero lhe apresentar.
—Poxa amor.
Ela fez biquinho lindo e eu beijei, era um beijo de boa noite já que Pietra sustentava seus olhos, mantendo-se acordada. Ela fechou os olhos por conta do meu beijo e não abriu mais. Sorri e fiz.o mesmo. Dormindo profundamente.


Pietra


Sair sem dizer eu te amo para o meu noivo era tão ruim, mas não queria perturbar seu sono, seu corpo descansado sobre o colchão e sua nudez me chamando para se juntar a ele.
Mas a realidade me chamava, precisava trabalhar.
Cobri meu futuro marido com edredom, não queria que dona Marizete viesse acordar seu filho e encontrasse ele naquele estado, embora ela já tenha visto ele nu mais vezes que eu. Mas não se compara quando ele era pequeno e como ele está hoje.
Desci rapidamente a escada pronta para abrir a porta da frente mas a empregada da casa me avistou antes da minha fuga.
—Pietra né? Dona Marizete pediu que lhe servisse o café da manhã.
—Tereza né? - Ela assentiu. —Desculpa, dona Tereza, eu não vou poder tomar o seu cafezinho, estou atrasada. - Fiz careta, realmente estava atrasada.
—Eu posso colocar o café num copo término, mas você tem que guardá-lo, é do seu noivo, Luan. - Ela falou sorrindo.
—Ah então eu aceito. Prometo trazer intacto. - Sorri. Ela me levou até a cozinha. Me explicou a ausência de minha sogra. E dos demais da casa, até o cachorro do Luan não estava ali para tentar morder minha canela.
Tereza me explicou que esse copo do Luan era especial, por causa que ele bebia café quando saía de casa atrasado e não tinha tempo para beber em casa.
Hoje sem o copo especial dele ia acordá-lo mais cedo.
—A senhora que tem que chamar ele? - Dei risada, pois era rara as vezes que eu tinha que chamar Luan na cama.
—Ele é bem teimoso mas gosta da minha preocupação. Quando não tem ninguém aqui eu tenho que colocar moral de mãe e puxar o edredom. - Dei risada mas logo lembrei que se ela puxasse hoje, ela veria mais coisas do que deveria e ela sim não gostaria de pegar o Luan dessa forma.
—Tenho certeza que dessa vez ele vai levantar logo. - Eu ri espantando meus pensamentos.
—Eu não gosto se fazer isso, a maioria das vezes ele está pelado e eu fico constrangida, ele é um menino ainda, sabe? Mas ai ele da risada do meu constrangimento. Ele é como um filho. - Sorriu de lado.
—Sei como é. Ele gosta da senhora como uma mãe.
—Eu sei… - Ela falou emocionada. Gostei dela, ela tinha um carinho pelo Luan e ele gostava dela.
—Olha, o café está pronto. - Ela me entregou o copo quente.
Ela colocou um pão com queijo e dois pedaços de bolo dentro de um pote mesmo eu negando, ela insistiu que eu tinha que comer.
Pedi um uber pelo meu celular enquanto Tereza me levava a porta, me despedi dela assim que vi o carro a qual eu pedi.
Fui comendo me certificando que eu não sujava nada no carro do motorista. Ele me deixou no aeroclube onde o jatinho do Luan ficava. Encontrei o Sérgio, cumprimentei-o e fiz o mesmo com o Leonardo. Entrar naquele jatinho sozinha não era o mesmo com o Luan. Fiquei mexendo no meu celular a viagem inteira, era um bom tempo para ler contratos para ser assinados.



23/09/2017

Capitulo 124

Luan


Minha mãe teve que ficar ao lado de Bruna para que ela se sentisse melhor, menos nervosa com tantos exames que planejaram fazer. Meu pai chegou logo atrás de mim e então tivemos que esperar por notícias.
Meu celular estava com a bateria baixa, sem sinal para piorar a situação, nem poderia ir para fora do hospital para mandar uma mensagem a Pietra, pois queria que ela soubesse onde eu estava e saber se ela estava bem também.
Os minutos se transformaram em.horas e eu angustiado, Bruna pediu para que não ligasse para o Breno mas eu pensando melhor, se eu fosse o Breno gostaria que me comunicasse de imediato. E então pedi a um enfermeiro um telefone que eu pudesse usar para comunicar um parente. Ele prontamente me ajudou, me dando espaço. Disquei o número do Breno e logo ele atendeu.
—Alô?
—Breno sou eu, Luan.
—Luan? Que numero é esse? Quase não atendo. - Deu um riso.
—Já está no local do show?
—Ainda não, o que tá acontecendo?
—A Bruna cara. Ela não queria que eu ligasse mas eu decidi ligar.
—O que aconteceu com ela, Luan? O que aconteceu com as minhas meninas? - O desespero dele era evidente.
—Calma, a gente ainda não sabe, ela e minha mãe estão lá dentro no hospital, fazendo alguns exames. Ela estava com bastante dor e não queria vir, aconselhei que viesse. E cá estamos aqui esperando notícias, você é o pai das meninas e merece saber das notícias.
—Ela comentou comigo sobre essas dores mas achei que fosse normal.
—Não é. Então faz o show aí e vem direto pra São Paulo.
—Eu não vou ter cabeça pra isso. Eu vou agora pra São Paulo.
—Não cara. Faz o show tranquilo. Eles devem ter dado algum remédio pra dor. Não deve ser nada mas eu liguei só pra você ficar sabendo.
—E se as meninas nascerem antes de eu chegar? Eu preciso estar ai.
—Eu não acho que seja contrações que ela estava sentindo. Ela dizia que as meninas chutavam as costelas dela.
—Tomara que as meninas fiquem mais calminhas. A gente não teve tempo de escolher os nomes. - Escutei ele fungar, estava chorando. Eu no lugar dele já estava aqui mesmo alguém me falando que estava tudo bem.
—Vocês ainda vão ter tempo de colocar os nomes nelas. Fica tranquilo.
Ele se acalmou mais e decidiu fazer o show na cidade que ele estava.
Ainda fiquei esperando por mais um tempo por notícias da minha irmã.
—Ela está bem. As meninas estão bem. - Minha mãe chegou dando notícias. Agradeci mentalmente por Deus cuidar das três.
—E ela já pode ir para casa? - Perguntei.
—Ainda não, ela vai ficar em observação hoje, amanhã ela pode ir embora.
Suspirei mais calmo.
—O que era as dores?
—As meninas são grandes e não tem mais espaço no corpo da Bruna, o que faz as meninas se agitar mais.
Assenti entendendo pouco da situação.
—E não pode fazer o parto das gemeas? - Meu pai perguntou.
—Elas já estão formadas mas Bruna quer parto normal e ela não tem contrações ainda.
—Eu fico com ela, vocês podem ir descansar. - Meu pai se prontificou. Eu não podia ficar de qualquer jeito, chamo muita atenção dos olhos curiosos.
—Tudo bem. Eu prometi que ia com vocês até o quarto dela, ela queria dar um beijo de boa noite. - Minha mãe deu um sorriso depois de muito tempo. Seguimos por um grande corredor, passamos pela ala dos berçários, consegui capturar alguns rostinhos e choros, sorri feito bobo imaginando os meus.
—Aqui. - Minha mãe indicou um dos quartos. Ela entrou primeiro, em seguida meu pai e por último eu.
—Achei que tinham ido sem me ver. - Ela sorriu pequeno me encarando.
—De jeito nenhum. - Me aproximei dela, passei a mão pelos seus cabelos e beijei sua testa. —Liguei para o Breno, ele deve chegar pela madrugada, mas eu o tranquilizei dizendo que minhas sobrinhas só vão sair quando ele estiver aqui. - Dei um sorriso por fim já vendo  sua cara de reprovação.
Ela suspirou.
—Tudo  bem. Eu faria o mesmo se fosse a Pietra no meu lugar e você estivesse viajando. - Ela pegou minha mão. —Obrigada.
—Que isso. - Beijei sua mão. —Agora, por favor, escolha os nomes das minhas meninas, Breno disse que elas não poderiam nascer sem os nomes. - Supliquei e ela riu, ao fim fez uma careta acho que doía se risse.
—Vou escolher, minhas meninas não me deixaram nem fazer o meu casamento, estou que me repousar o tempo todo. - Bruna bufou relaxando na cama do hospital.
—Calma Piroca, você ainda vai casar! -  Ela me fuzilou com os olhos.
—Já disse pra parar de me chamar assim. O que minhas filhas vão pensar?
Dei risada. Meus pais se mantinham sorrindo, gostavam de presenciar nossa parceria, nosso jeito de se amar.
Meu para ficou enquanto eu e minha mãe fomos para casa descansar.
No meio da noite pensei em como surpreender Bruna, já havia mandado boas notícias ao meu cunhado, como Bruna me implorou.
Quase não dormi pensando em como surpreender, logo pela manhã antes mesmo da minha mãe acordar eu mobilizei meus amigos, quando minha mãe acordou se assustou.
—O que aconteceu? Luan? - Ela terminou de descer as escadas assustada, acho que pensou que aconteceu com Bruna ou as meninas.
—Calma dona Marizete. Chamei o pessoal aqui para ajudar no casamento de Bruna. Ela quer casar né? Então é casamento que vamos dar a ela. Mandei o Rober pedir um padre para abençoar o casamento, ele vai resolver isso. Marcos vai ligar pra todos nossos amigos, os convidando. Érica já sabe o que ela vai vestir no casamento então aqui será o casório. - Expliquei tudo a minha mãe que me encarava boquiaberta.
—Mas não existe casamento sem bolo! - Ela me olhou assustada. —Eu farei! - Ela saiu da sala indo direto para a cozinha e eu ri do seu entusiasmo, era disso que eu gostava. Agora só faltava comunicar o noivo.
Ele atendeu logo quando eu liguei, me questionou o que aconteceu com Bruna e as meninas, logo o tranquilizei dizendo que estavam perfeitamente bem e ainda me questionou porque eu estava acordado naquele horário da manhã.
Então com toda naturalidade, expliquei o que eu queria que acontecesse. No começo ele achou estranho e a ideia louca mas pensando melhor no sonho de Bruna em casar antes das meninas nascerem, ele achou que a ideia seria ótima.
Bom o noivo estava a par das minhas idéias. Olhei para o relógio e era a hora do almoço, liguei para Pietra e ela me atendeu logo.
—Oi amor. Bom dia. - Falei sorridente.
—Acordado a essa hora? Aconteceu alguma coisa? - Ela deu risada e eu adorava a sua risada espontânea.
—Pois é. Eu queria saber que horas a senhorita chega hoje.
—Poxa amor. Você tinha planos pra nós? Porque eu to cheia de coisas para assinar, não abri metade dos e-mails que chegaram. Estou atrasando o investimentos da Daiane.
—Não pode fazer isso aqui em SP? Eu estou precisando de você aqui.
—Eu preciso conversar com a Dai, sobre o que ela quer. Não posso aceitar as coisas antes de comunicar ela. Você sabe dessas coisas. - Ela suspirou.
—Tudo bem. Bruna vai casar hoje. - Contei. —Vão ter que escolher outra madrinha para colocar em.seu lugar.
—Casar hoje? Você me mandou mensagem de madrugada dizendo que ela foi parar no hospital, e que ela não podia fazer esforços.
Ela dizia preocupada.
—Pois é. É uma ideia mirabolante. Mas ela queria casar antes das meninas nascerem, então eu tive essa ideia de fazer o casório aqui em casa.
—Caramba. Eu não esperava por isso. E agora?
—Agora você poderia pegar o meu jatinho, que é só eu fazer uma ligação para o piloto e ele estará aí no máximo em uma hora. Tempo suficiente para a senhorita voltar para os meus braços, onde não deveria ter saído nunca. - Sua risada espontânea me agradava.
—Tudo bem. Então faz sua mágica ligação, eu vou chegar aí a tempo. Mas tem uma condição. - Ai meu Deus, mais essa agora. — Me empresta o jatinho de novo para voltar! Preciso do meu trabalho se quer se casar comigo também.
Dei risada, não precisava fazer essa ameaça, eu emprestaria meu jatinho quantas vezes quisesse.
Encerrei a ligação prometendo ligar de volta marcando direitinho com ela como ela ia encontrar o piloto.
Liguei para o Sérgio, explicando a situação, ele prontamente disse que buscaria minha noiva.
Liguei para a minha amada mulher e expliquei tudo, ela entendeu perfeitamente me deixando orgulhoso.
Minha mãe me fez almoçar, estava com pouca fome. Minha mãe não só fez o bolo mas também salgadinhos e doces que eu roubei alguns antes de almoçar, então minha fome não estava tão presente.
Em duas horas Pietra chegou, toda sorridente mas com carinha de cansado, falou com todos e por fim se jogou nos meus braços, nos beijamos e ela foi trocar de roupa para buscarmos a Bruna.
Para não dar demonstrar que estávamos planejando o casamento de Bruna, foi eu e Pietra buscar ela. Ela não podia imaginar que ia acontecer um casamento.
Então ela entraria com um vestido simples branco que Pietra estava na bolsa dela por “coincidência”.
—Poxa Pi, eu pedi para trazer uma roupa. - Bruna resmungou chateada.
—Eu tenho um vestido aqui, Bru. Ele é perfeito, bem larguinho. - Pietra disse como planejado. Ela tirou o vestido para minha irmã ver e Bruna se deslumbrou com a peça de roupa, foi para o banheiro e se vestiu com a ajuda da minha noiva.
Quando voltou estava linda, o vestido era todo branco, com um pano sedoso por baixo do bordado, mostrando mais o bordado.
—Caramba! Eu adorei o vestido. - Bruna disse alisando a peça, arrumando-o.
—Que bom, pode ficar pra você.
—Eu não entendi porque tinha um vestido desse tamanho dentro da sua bolsa, se você está tão magrinha. - Bruna revirou os olhos sem muito ânimo para pensar que esse vestido era para ela.
Apressei as duas e então seguimos para casa. Bruna falava sem parar, reclamava que Breno estava em São Paulo sequer foi buscar ela.
Eu ria internamente, Bruna nem imaginava que eu aprontava uma para ela.
Entramos pela garagem, não queria que ela questionasse o tanto de carro na nossa rua. Desci do carro e abri a porta para ela.
—Eu vou chamar o Amarildo. - Pietra disse correndo.
—Porque chamar meu pai? - Bruna estreitou os olhos, achando estranho.
—Não sei também. - Menti. Meu pai apareceu e deu o braço a Bruna. Aproveitei a distração e corri para dentro de casa, passando pela sala e cozinha.
No jardim havia as cadeiras perfeitamente alinhadas, não sei quem deu essa ideia mas estava lindo demais. Tinha flores no corredor, onde Bruna passaria, Fui até o altar improvisado, falei rapidamente com todos ali presente. Graças a Deus a maioria pode estar aqui nesse momento importante.
Meus pais e os pais de Breno estavam no altar, cumprimentei eles, cumprimentei o padre e por fim meu cunhado.
Me sentei na primeira cadeira e esperei. A música anunciou a entrada da Bruna, Pietra e Erica entraram como madrinhas. Sorri para minha noiva e ela se acomodou ao lado dos meus pais.
Bruna atravessou a passarela com meu pai, seus olhos marejados indicavam que estava emocionada, ela me procurou com os olhos e soluçou quando me encontrou, sorri dando apoio a ela.
Meu pai levou minha menininha até o altar onde Breno se encontrava. A cerimônia foi simples e bem religiosa embora não fosse na igreja, o padre os abençoou e abençoou a família que já crescia.
Depois da breve cerimônia que eu fiz acontecer a festa começou. Não tive tempo de perguntar a minha irmã se ela havia gostado do que fiz,mas dava para ver a alegria que ela tinha em seus olhos ao brindar seu casamento com refrigerante em vez do champanhe.
A festa foi como as de todo o casamento, teve fotos teve discurso improvisado e teve a noiva jogando o buquê. Pietra pegou deixando todos surpresos, mas me deixou feliz, sabia que o próximo casamento seria o nosso.
Já passava da meia noite quando os últimos convidos foram embora. Pietra estava sentada no sofá, mexendo em seu celular. Me sentei do lado dela e deitei minha cabeça carinhosamente.
—Que foi, bebê? - Ela desviou os olhos do celular e mexeu com a mão livre no meu cabelo.
—Só cansado, a noite passada eu nem dormi direito.
—To sabendo. Vai dormir. Eu avisei ao Sérgio que ia pela manhã pro Rio, já que você vai usar o jatinho pela tarde.
—Não vai viajar comigo? - Encarei seus olhos.
—Não vai dar, deixei muita coisa acumular e estou com contratos para assinar até a cabeça. - Ela resmungou e eu assenti. Eu também tinha que entender seu lado profissional. Mas meu lado como companheiro dela não aceitava a hipótese de que íamos ter que viver alguns dias assim. Um em uma cidade e outro em outra cidade. Nossas agendas malucas que pouco se bicava.
—Tudo bem, pelo menos você pode dormir aqui hoje. - apertei ela contra meu peito.
Ela me olhou animada.
—Podemos ir para a minha casa, nossa no caso. - Me beijou.
—Aqui é melhor, amor. - Avancei beijando seus lábios, como não havia ninguém na sala, eu passei a mão sobre suas curvas por cima da roupa, apertando sua cintura.
—Luan. - Ela me afastou no momento em que eu coloquei minha mão dentro do seu vestido.
—Aqui não, eu posso dormir aqui mas não vai ter sexo. - Segurou minhas mãos que eu ameaçava a colocar dentro do seu vestido.
—Por que? - Reclamei.
—Porque eu não vou transar com você na casa dos seus pais.
—A gente tá treinando pro nosso filho vir.
Ela revirou os olhos rindo.
—Deixa disso amor. Ninguém vai saber o que a gente vai fazer.
—Podem escutar.
—Não vão escutar, a gente faz amor baixinho.
Beijei seu pescoço. Ela não me deu resposta nem que sim e nem que não, pelo menos ia tentar de novo.

Capitulo grandão pq minhas leitoras merecem hahaha