18/08/2017

Capítulo 111

Pietra

Hoje era a audiência, o homem queria apenas uma indenização, ainda estava em processo.

Meu namorado queria que eu fosse e eu não neguei isso a ele. Ele foi dirigindo enquanto eu carregava uma pasta com um papel.

—O que é isso mesmo? - Ele tinha me falado mas já tinha esquecido.

—É o papel do processo. - Ele falou concentrado na pista

Abri a pasta e olhei o papel, tinha muita coisa escrita, tinha o depoimento do Luan, do Marcos e do acusador.

—Pera aí!! Caio Lacerda Gomes? É o Caio meu ex namorado?

—O que? - Ele olhou para mim voltando sua atenção para a pista. —Esse é o nome dele?

—É. Ou é muita coincidência, é a mesma idade. - Olhei com mais atenção.

—Filho da Puta! - Luan murmurou apertando forte o volante.

Ainda fiquei perplexa como as pessoas se encontram facilmente.

—Você ficou na área vip? Não ficou no camarote porque?

—Porque na área vip estava tenso open food, mas antes estava no camarote.

—Só pensando em comer. Meu Deus.

—Eu estava muito ferrado, se eu não fosse comer eu ia vomitar no pessoal todo. Se bem que seria bom vomitar na cara daquele babaca.

—Você quebrou o nariz dele, então já descontou toda sua raiva.

—Se eu soubesse que ele era seu ex eu tinha matado!

—Por isso que Deus não dá asas a cobra! - Dei risada.

—Não ri Pietra. Eu tô muito puto, queria ter quebrado mais a cara desse filho da puta.

—Se calma, se você chegar explosivo desse jeito, você vai acabar sendo expulso.

—Eu sei… - Ele suspirou. —Por isso que eu pedi que você viesse. Não quero você de papo com ele, ele quebrou minha costela, me fez ficar de repouso por dois meses. Eu que tinha que tirar dinheiro desse filho da puta. - Resmungou com bastante raiva.

Assim que chegamos encontramos o advogado do meu namorado. Ainda estava cedo e então esperamos para ser chamados.

Emanoel me pediu que esperasse do lado de fora, pois seria fechado sem público, então o que me restou é esperar.

Mandei mensagem, chequei emails, postei fotos, visualizei algumas mensagens de fãs, eu não gostava muito de dizer que eu tinha fãs, na verdade eram alguns admiradores que gostavam do meu dia-a-dia simples e corrido, mas eu tentava o máximo não crescer isso, que fique apenas assim, pequeno e recíproco pois gostava da positividade que eles transmitiam.

As portas se abriram, saindo o Luan e o Emanoel. Na porta do outro lado saiu Caio e o advogado. Luan não viu ele ali, mas Caiu viu o momento em que Luan segurou minha mão, beijou-a e me puxou ao encontro dele, beijando minha boca.

—Acabou! - Ele sorriu.

—Que bom! - Sorri orgulhosa.

—Podemos ir? - Olhei para o advogado.

—Podem sim, vou dar baixa nesses documentos e vai tá tudo pronto. Obrigado, Luan. Por confiar em mim. - Luan apertou a mão do Emanoel.

—Que isso cara, obrigado eu.

Me despedi de Emanoel com um aceno e Luan foi me levando para a saída, onde Caio já se encontrava.

Ele olhou no fundo dos meus olhos e negou como se não acreditasse no que via.

Ignorei-o com frieza.

Passamos no mercado na volta para casa, aproveitei para abastecer o carro, já estava na reserva.

Luan quis pagar tudo, alegando a minha aposentadoria mais cedo, no caso me aposentar para cuidar dos nossos futuros filhos.

Esse era o assunto que mais rendeu durante a semana.

—Vamos fazer o que no seu aniversário? - Ele me olhou voltando a olhar para pista movimentada.

—Não quero nada, estou bem sem festas, meu aniversário não tem grandes lembranças.

—Ah tem sim. Três anos atrás eu já estava te olhando, babando em você, e você nem dando bola, foi no seu aniversário que a gente ficou pela primeira vez. Não lembra?

Eu fiquei dando risada, pois eu lembrava, lembrava e muito.

—Lembro, você me levou pro seu apartamento, eu achei que tinha transado com um desconhecido, não lembrava como cheguei lá. - Dei risada um pouco mais alta.

—Naquela madrugada foi o dia mais feliz da minha vida, você disse que me amava. - Ele disse num tom doce.

—Eu disse? - ri.

—Disse. As pessoas ficam mais verdadeiras quando bebem.

—Agora eu fico só embriagada mesmo.

Demos risada.

Planejamos o meu aniversário, na verdade ele planejou, queria mais alguma coisa que marcasse essa data, ele queria algo que não só marcasse a mim mas também a ele, estava com medo que vinha por aí.

Chegamos em casa já na hora do almoço mas não estava com vontade de comer comida caseira, minha mãe estava experimentando a culinária inteira, desde o café da manhã até os lanchinhos da madrugada.  Mas hoje não tinha vontade alguma de comer algo saudável, como chegamos depois da uma da tarde minha mãe já tinha almoçado então decidi ir ao shopping com meu namorado.

—Tem tempo que eu não vou ao shopping. - Luan se recordou sorrindo.

—A gente nunca veio juntos.

—É, será que vai dar para assistir algum filme no cinema? Tô louco de saudade de ver filme no cinema, quando a gente tiver uma casa nossa vou fazer um quarto de sala de cinema.

Fiquei encarando ele, não tinha planos de comprar outra casa, eu tinha a minha não não havia necessidade de comprar outra mas falei nada, estávamos num clima tão bom.

Assim que pisamos dentro do shopping Luan chamou atenção de muitas pessoas. Ele não negou nenhuma foto, pelo contrário posava bem alegre.

—Espero que ninguém poste em tempo real essas fotos porque senão vai lotar esse shopping rapidinho. - Comentei rindo, sendo acompanhada pelo meu namorado.

—Vamos almoçar na parte mais calma. - atravessamos o shopping para ir numa parte mais calma. Apenas tinha muitas mesas vagas, sentamos em uma distante e eu fui fazer o nosso pedido. Voltei me sentando ao seu lado.

—Tava pesquisando aqui… Saiu um filme agora, tô louco para ver mas não sei se você vai gostar. - Ele me olhou esperando por uma resposta.

—Qual?

—É desenho. - Ele mordeu o lábio com um sorriso sapeca, neguei rindo.

—Sério mesmo? - Olhei com tédio para ele.

—Se não quiser pode ir para outra sala, eu fico na última fileira e ninguém vai me ver, vai ser se boa.

—Não confio em te deixar sozinho num shopping, já tem foto sua circulando aqui, logo lota e vou ser culpada por ter aceitado isso.

Ele deu risada.

—Quer que eu ligue pro Well pra você ficar mais calminha? - ele beijou meu queixo.

—Você deveria ter mais um segurança, o Well dá conta sozinho mas você só conta com ele, o homem não tem nem folga direito. - Observei ele pegar o celular, desbloquear e discar o número do Well.

—Ele gosta. - Deu de ombro. —Fala ae Cirilo. Tá livre agora? Beleza. Tô no shopping Tamboré. Esse mesmo. Não precisa correr, não tá lotado mas daqui a pouco pode ser que lote. - Ele deu risada. —Manda mensagem quando chegar, falow.

Luan encerrou a ligação logo que o nosso pedido ficou pronto. Comemos em meios a risadas e conversa boa. Depois de comer andamos pelo shopping indo pro cinema, era o último andar, chegamos e havia um filme que eu queria muito ver e um que o Luan queria ver. Compramos diferentes sim, Luan insistiu que eu deveria ver o filme que eu queria e ele o filme que ele queria. Não discuti, afinal o Well ia ficar junto com o Luan, eu só teria que ver o filme sozinha, sem meu amor.

—Vamos ali numa joalheria? Quero comprar umas coisas. - Luan pediu já que tínhamos que esperar a o horário do filme começar.

Fomos a tal joalheria, Luan parecia um menino olhando brinquedos, mas era só meu namorado rico que não se importa em gastar quase 5 mil reais em uma loja só.

Acabei experimentando algumas jóias, apenas para ver como ficava mas sem compromisso, não ia gastar tanto, aquela loja era um horror de tão cara que era, embora suas jóias eram cada uma mais linda que a outra.

—Gostou de alguma, amor?

—Só estou olhando. - Dei de ombro.

—Sabe o tamanho do seu dedo anelar? - A vendedora se aproximou sorrindo.

—Não lembro. - Resmunguei. Ela já foi descobrindo o tamanho ideal enquanto o Luan observava e dava suas ajudas.

—Esse parece ser perfeito, gostou amor?

—Gostei mas não quero comprar por enquanto.

—Vamos levar esse também. - Luan falou para a vendedora e eu olhei séria para ele. —Relaxa, amorzinho. - Me deu um selinho rápido quando a moça se virou de costas.

—Não queria que você comprasse nada.

—É um presente meu. Relaxa. - Ele mexeu no meu cabelo.

mesmo contrariada, gostei do presente. Luan passou o cartão e então fomos para o cinema já estava na hora, Well chegou e fez companhia a ele quando eu entrei primeiro na sala do filme.

Depois do filme encontrei com o Luan, tivemos que ir embora logo, tinha bastante fãs dele, tumultuando o shopping, a sorte era que tinha bastante seguranças, fomos escoltados até o meu carro.

Na hora me assustei com tanta gente em volta, nunca passei por isso no shopping. Mas no final demos risada pois a minha cara de preocupada virou meme na internet.

—Você me paga! - Bati em seu braço.

—Não tenho culpa. - Deu de ombro.

Estávamos esparramados no sofá maior. Minha mãe estava no quarto, ela foi dormir mais cedo.

—Quero nem saber, você é zoeiro aí suas fãs entram na sua onda.

—Elas me amam.

Ele me deu um selinho e me abraçou forte.

Parecia um sonho ficar assim com o meu namorado, ele ficava tão pouco comigo ultimamente.

4 comentários:

  1. Estou besta que era o Caio que brigou com o Luan. Que lindo esses dois juntos.

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  2. Amei esse capítulo só amor nada de briga continue assim que to amando

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  3. Que puta coincidência 😱😱😱😱
    Nossa senhora, será que esse Caio vai querer ficar no pé? Esse povo qnd sisma, pior ainda qnd ele viu os dois juntos.

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  4. Passada que era o ex dela que Luan brigou. Amando esse momento deles juntos.😍😍😍
    P.S: Brenna Dias

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