22/02/2017

Capítulo 41

Luan


Busquei Pietra na casa dela e não pude ganhar um beijinho, pude apreciar das pernas dela pelo espelho do retrovisor. Ela sorriu de lado e ainda abriu um pouco as pernas, filha da mãe.
Entramos na boate e encontramos o Dudu e Érica. As meninas se juntaram e eu fiquei esperando o Dudu comprar as nossas bebidas, me sentei observando a boate, ainda estava enchendo e já tocava algumas músicas boas. Bruna estava eufórica, eu conhecia ela. Dudu chegou com um balde de bebidas e uma garrafa de vodca.
—Eduardo, você não comprou a vitamina? - Érica perguntou olhando para o balde cheio de gelo.
—Vixi esqueci, vou lá pegar! - Ele voltou de onde veio e Érica negou cruzando os braços.
—Que desejo louco é esse, muié? - Perguntei rindo.
—Quando você tiver uma mulher grávida você vai saber. - Ela deu de ombro.
—Nem quero pensar nisso. - Ri abrindo minha cerveja.
—Ai que vontade de beber uma cervejinha, geladinha.
—Vai ficar aguando aí porque nem a pau vai tomar.
—Aff. Eu sei mas deu vontade.
Bufou voltando olhar para onde as meninas estavam.
—Pietra ta meio triste, isso é obra sua? - Perguntou.
—Pietra? Não reparei, mas não é culpa minha não. - Falei me lembrando que ela me mostrou suas coxas no carro, me deixando louco.
—Hm. Deve ser a doente da mãe dela, aquela lá não pode ver ninguém feliz. - Revirou os olhos.
—Já disse para ela se mudar pro meu apartamento, ela não diz nada.
Dei de ombro.
—Já convidei ela para morar comigo, mas ela ama o seu Paulo, não larga dele por nada.
—É. Uma teimosia.
Sorri de lado.
Bruna sumiu do meu campo de vista, vi Pietra voltar e se sentar pegando uma garrafinha de ice.
—Que foi?
Ela questionou percebendo que eu e Érica a observava.
—O que a Verônica fez dessa vez? - Perguntei sem rodeios.
Pietra me encarou por alguns segundos voltando a olhar para a garrafinha na mão dela. Érica levantou rápido e foi ao encontro do Eduardo interrompendo o caminho que ele fazia até a mesa.
—Não é nada. Eu só preciso de um tempo e eu vou ficar melhor.
—Eu sou teu namorado, não esquece disso. Compartilha todos seus problemas comigo e eu ficarei feliz. - Segurei sua mão discretamente. Ela devolveu o sorriso.
Érica voltou com o Eduardo e levou Pietra daqui, as perdi de vista mas tinha quase certeza que elas foram na direção ao banheiro, fiquei conversando com o Dudu sobre a viagem que faríamos no dia seguinte. Fomos recepcionados com algumas garotas que passaram e quiseram foto, Eduardo acabou entrando na foto. Bruna apareceu com o Breno, eles acharam que eu não senti o climinha que rolava entre os dois, achando que era burro. Quando Bruna se juntou as meninas e fiquei com o Breno por perto puxei assunto com ele.
—Voltaram é?
—A gente tá se acertando. - Ele sorriu sem graça
Fiquei na minha e quase vomitei toda a cerveja que eu bebi quando vi Pietra rebolando, puta merda, eu preciso me lembrar quando estivermos juntos e ela rebolar para mim daquele jeito.
—Pietra tá sensacional hein! - Breno comentou.
—Se liga, porra. A tua namorada é amiga dela, caralho!
—Ai idiota. Eu só comentei. Até parece que você nunca olhou para sua cunhada. - Bufou.
Fiquei quieto incapaz de dizer mais nada, Pietra estava rebolando demais e eu não poderia fazer nada.
—Fica frio, Pietra só tem olhos para você.
Dudu disse aproveitando que Douglas estava distraído com as mulheres. Me sentei pegando outra latinha de cerveja e bebendo-a. Ficamos até três da manhã assim, as meninas vinham pegar bebidas e logo voltavam a dançar distante de nós, quando não tocava uma música boa e elas rebolavam ali mesmo mas eu só tinha olhos para Pietra, eu amo cada curva que ela tinha.
—Cansaram? - Douglas perguntou, levantei a cabeça para ver as meninas que estavam suando, encarei mais a Pietra que ofegava.
—Querem beber alguma coisa? - Perguntei olhando para Pietra.
—Pietra quer água. Ela tá com a pressão baixa.
Fiquei em alerta me levantando do meu banquinho.
—Senta aí. - Segurei em sua mão e com a outra abanei ela. Agora sim percebi que ela não estava passando bem. Érica esticou a mão com o copo com água e eu peguei entregando a Pietra que bebeu devagar. —Melhor?
—Um pouco. Acho que foi porque eu não comi mais nada depois que fui para casa. - Argumentou de cabeça baixa.
—Você tem que se alimentar fofinha. Assim você não para em pé.
—Ela lá em casa até comeu bem mas parece que se eu não estiver olhando ela não come. - Cerrei os olhos para ela.
—Não posso comer muito, amanhã eu tenho nutricionista e ele vai ver que eu não tenho seguido a dieta.
—Agora é tarde demais, não adianta chorar pelos hamburgues que você comeu. - Dudu Brincou e Pietra deu língua.
—Já tomou sua vitamina, Érica? - Perguntei.
—Já. Estava uma delícia.
—Então que tal irmos embora?
—Ah não, eu queria ficar mais um pouco aqui. - Bruna disse surgindo do nada no meu lado.
—Fica com o Breno. - Encarei ele que estava logo atrás dela. Bruna corou na mesma hora. —Vamos? - Voltei a olhar para a Pietra que acabou assentindo.
—Eu tô sem carro, tem como me dá uma carona, Boi? - Dudu perguntou.
—Tem. O que aconteceu com o seu?
—Coloquei para consertar! - Deu de ombro.
As meninas se despediram do Breno e da Bruna, fiz o mesmo alertando a Bruna que eu estava de olho nela, a mesma coisa ela disse para mim, algo me dizia que ela sentiu um certo clima rolando entre eu e Pietra.

Pietra foi abraçada com Érica até onde o meu carro estava estacionado.
—Vai na frente Pie. - Dudu disse  impedindo dela abrir a porta traseira.
—Porque você não vai? Eu fico bem atrás. - Ela deu de ombro insistindo.
—Porque é o carro do teu namorado, agora entra logo. - Ele abriu a porta da frente e insistiu que ela entrasse. Ele entrou junto com Érica no banco de trás e eu ri.
—Dudu é muito esperto. - Sussurrei para Pietra. —Ele quer pegar a Érica ali atrás, logo com a gente aqui.
Ela riu e corou na mesma hora.
—Que pouca vergonha!
—Quem?
Érica perguntou.
—Nada não.
Dudu riu e eu liguei o som para que qualquer barulho não fosse ouvido. Dei a partida e fui até a casa do Eduardo embora eu não soubesse se ele ia ficar por lá com a Érica. Nos despedimos deles e partimos para o meu apartamento mesmo não perguntando se Pietra dormiria comigo.
—O que estamos fazendo aqui, senhor? - Ela tinha um tom de voz brincalhão.
—Te trouxe para dormir comigo. - Beijei sua bochecha.
—É uma proposta tentadora, eu adoraria mas você tem que ficar com a sua mãe, ela tá te cobrando demais.
—Eu me entendo com a Dona Marizete depois. Quero cuidar de ti.
—Eu estou melhor, juro. Foi só falta de comida.
Ela tentou justificar.
—Eu me preocupo com você, menina. Não quero nem pensar se acontece algo de ruim contigo.
—Não vai acontecer nada, bobinho. Você me protege! - Ela apertou minhas bochechas e me beijou.
—Sempre quero te proteger mais é um vício incurável.
—Pode deixar que eu sei me cuidar direitinho. - Ela sorriu.
—Assim que eu gosto. Se cuida enquanto eu não estiver aqui.
Arrumei seu cabelo, estava um pouco bagunçado mas nada que deixasse mais linda.
—Eu tô descabelada né? - Ela se olhou no espelho arrumando os fios bagunçados.
—Tá linda. - Sorri feito idiota.
—To nada. Você que é apaixonado por mim e fica falando que eu tô bonita de qualquer jeito.
—Mas é verdade. Você fica linda, maravilhosa e gostosa de qualquer jeito.
Ela ficou toda vermelhinha.
—Ai para você me deixa envergonhada.
—Até envergonhada é linda, meu Deus.  - Mordi sua bochecha e ela fez careta.
—Me leva para casa?
—Levo se me prometer que vai comer alguma coisa em casa…
—Fechado!  
E ai gostaram do novo design do blogger?

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