Luan
—Um piercing, Pietra! - Gritei, bem alto mesmo. Pouco me importa se algum vizinho fosse me ouvir.
—Para de gritar, é só um piercing. Qual o problema? - Pietra se enrolou no lençol pegando uma roupa no seu closet.
—O problema é esse playboy ter feito sua cabeça para você furar isso, deve doer pra porra isso né?
—Não quanto você me custou. - Ela revidou.
—Pietra, meu amor...
—Não me chama de meu amor! - Ela veio pra cima de mim e eu só a segurei pelos ombros.
—Porque?! - Exclamei assustado.
—Você chama sua querida namorada assim e isso me soa muito falso. Eu odeio falsidade e que seja traidor mas você já falou que vai terminar com ela quando ela chegar, então tá de boa mas não me chama de amor.
—Tudo bem, tudo bem. - Levantei as mãos para o teto. —Eu acho sacanagem você ter deixado esse cara ter te levado para furar os peitos, é um filho da puta mesmo.
—Para de xingar ele. Ele não me obrigou a furar meus mamilos, é assim que se fala.
—Tanto faz. O que ele acha que é?
—Um cara que me pediu em namoro, que me pediu para te esquecer mesmo não sabendo que você me fez sofrer durante os últimos meses. Mas sabe o que eu fiz? Fiz a pior burrada da minha vida, fui atrás de você para te contar que você não tinha mais com quem se preocupar se pudesse me perder, mas sabe o que eu ganhei Ganhei você me criticando, falando que eu planejei ficar com você.
—Eu te pedi desculpas, você quer mais o que?
—Queria que me esquecesse mas você não aprende.
—Eu disse que que seria difícil me ver longe.
—Não quando um não quer.
—Pietra, o que deu em você? Está impossível.
—Você que começou a brigar. Quer tudo do seu jeito, se me quer você vai me aceitar com piercing e tatuagem se eu quiser colocar. As coisas são do meu jeito, você não pode me dizer o que fazer ou o que eu deva fazer. Se não gosta, vai em frente e acaba com tudo, pois eu tô acostumada com esse seu jeito bipolar.
As lágrimas dela desceram rapidamente pelo rosto, consegui abraçar ela a força já que ela mesma não queria minha aproximação.
Pietra estava emocionalmente desgastada e eu estava com medo de o problema seja a minha presença, meu único medo seja isso.
Minha linda dormiu nos meus braços, consegui cochilar depois de trancar a porta do quarto da Pietra. Mas não por muito tempo, estava bem preocupado com Pietra. Escutei um barulho no andar de baixo, seguido da voz da Victória. Fiquei sem saída tive que chamar Pietra que dormia tranquilamente.
—Pie, acorda, minha linda.
—Hm? - Ela se mexeu escondendo o rosto de sono.
—Victoria chegou. Eu tenho que sair daqui.
—Mas ela ia só vir depois? - Pietra tentou pensar.
—Mas por algum motivo ela chegou agora. Eu preciso ir agora.
Ela concordou e escorregou saindo da cama. Me vesti e ela fez o mesmo.
—Fica aqui que eu vou ver se dá para você sair.
Concordei e ela foi, tranquei a porta depois que ela saiu e esperei alguns minutos até que ela voltou.
—Ela foi pro banho, você já pode ir. - Ela me deu passagem mas eu a segurei.
—Vamos pro meu apartamento. Quero dormir com você.
—Não vai dá, eu preciso ficar aqui e longe de você, pelo menos por um tempo. E é melhor você ir logo, Victória é rápida no banheiro.
—Fica bem, viu? Te amo. Muito.
Beijei e abracei ela sem esperar por ela responder, desci rapidinho e na ponta do pé. Tive a sensação de tá esquecendo alguma coisa mas que não passava na minha cabeça em momento algum.
Fui pro meu apartamento novamente, mesmo meus pais me enchendo de mensagens preocupados comigo. O cheiro da Pietra estava entre os lençóis e eu estava viciado nesse cheiro.
Não demorou para Victória me ligar, deixei cair na caixa postal em seguida minha mãe me ligou.
—Meu filho… - Ela cochichou. — Victória está aqui, ela está enlouquecendo aqui, seu pai conseguiu segurar ela na sala mas não por muito tempo, ela acha que você tá no quarto dormindo.
—Ai droga! Eu tô chegando aí, não deixa essa louca entrar no meu quarto!
Encerrei a ligação imediatamente, eu me desculparia depois com a minha mãe. Ela não tem culpa de nada.
Dirigi pelas avenidas de São Paulo, cheguei em tempo recorde na casa dos meus pais, dava para ouvir a voz da Victória e quando me viu entrar se jogou nos meus braços.
—Que saudade saudade eu estava de você meu amor, seus pais não me deixaram esperar no seu quarto… - Ela tinha um sorriso enorme, me beijou. —Tenho tanta coisa pra te contar, se importa se eu dormir aqui?
OLhei por cima do ombro de Victória e vi meus pais com a pior cara de mau humor. Acabei concordando e deixando ela subir, aqui em casa não tinha clima nenhum para terminar um relacionamento, ela ia fazer escândalo e minha mãe não queria essas coisas dentro da casa dela. Tive que aguentar Victória falando por mais de duas horas como foi o desfile e mais de trocentas fotos mostrada para mim.
—Meu amor, eu tenho uma surpresa para você!
Ela disse se levantando e indo até a bolsa dela.
Minha mente pedia isso.
—Olha que eu comprei.
—Vai viajar de novo? - Perguntei diante de duas passagens para a Europa.
—Não bobinho. Eu e você vamos. Eu já providenciei tudo, vai ser tipo uma lua de mel antecipada. E aí cê topa?
Pietra
—Quer ir mesmo? - Érica ainda me questionava se eu tinha certeza em ir em uma das consultas com ela. Era óbvio que eu queria passar mais tempo com ela e os meninos. Ela acabou concordando e dizendo que passaria dali meia hora. Apenas me vesti e arrumei a olheira que rodeava meus olhos. Tentei disfarçar o máximo que pude mas chorei a madrugada inteira, chorei como um bebezinho que recém saiu dos braços da mãe e não tinha ninguém para reverter a situação. A situação com o meu cunhado estava mais difícil e eu não tinha forças para mudar isso.
—Como vai a minha barrigudinha mais linda?
—Ótima e ansiosa para ver meus menininhos.
—E o Dudu?
—Não pode ir dessa vez mas ficou me pedindo desculpas o tempo todo, prometeu que da próxima vez ele vai.
—Hmm. Espero não ter que puxar a orelha dele e ensinar a ele ser pai.
—Nem precisa fofinha, ele comprou um par conjuntinhos muito lindinhos do timão. É a coisa mais linda e delicada que eu já toquei. - Érica falou toda derretida, chegou a se emocionar.
—Ai Érica, como pode deixar ele comprar a roupinha do meu afilhado primeiro? Eu sou madrinha, é o meu direito. - Me descabelei.
—Tá vendo filhotes, essa é a titia de vocês não estresse ela.
Rimos bem alto minha amiga era uma loucura.
Chegamos na hora marcada, a doutora dela fez todo tipo de pergunta que até então era desconhecida por mim. Érica fez alguns novos exames e por fim vimos os meninos na ultrassonografia, eram pequenos mas que se movimentavam rapidamente, a doutora explicou tudo que eu perguntava, foi muito bom ver tudo de perto.
—Só pela ousadia do Eduardo, vamos ao shopping comprar alguma coisa para os meus nenéns!
Falei convicta e Érica riu.
—Pra você eles são seus nenéns né, até você ter um na sua barriga, daí você não quer saber que são nenéns. Eu li um livro que fala que os bebês conforme vão virando para o lado certo, mais eles chutam as costelas da mãe. Eu não tô preparada para os chutes, que eles sejam bem calminhos como o papai né bebês!
—Falando em pai já deram os nomes?
—Pensamos em nomes compostos, ou algo que nos lembre, como as iniciais dos nossos nomes mas ainda estamos em fase de discussão.
Minha amiga deu de ombro e seguimos rumo ao shopping, andamos na medida do possível, Érica reclamou de dores nas costas e me intimou a ir na casa dela fazer massagem, mas antes passamos ao bob’s e compramos lanches para comermos, a fome estava negra. Sentamos para esperar os nossos pedidos e entramos nas redes sociais, como o meu celular estava logado com a conta da Central de fãs abriu logo na foto do Luan, ele estava viajando?
Vocês estão gostando? 👀
Fofura ❤
ResponderExcluirQue raiva do Luan, tá na hora da Pietra sambar na cara dele
ResponderExcluirLuan é um filho da puta, não acredito que ele foi. Pietra tem que largar de ser besta.
ResponderExcluirSe eu to gostando? Hahaha Eu to amando, claro morrendo de raiva do Luan e do da Pie.
ResponderExcluirAmei Luan surtando pelo piercing kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirNao acredito que ele viajou? Se mata Luan. Affs!
Pie manda ele se fuder. Babaca demais! Tô crendo nisso não.