24/02/2017

Capítulo 42


Luan


No dia que eu viajei eu passei o dia todo conversando com a Pietra, ela já reclamava de saudade e eu também não ficava atrás já morria de saudades da minha moreninha. Ela me manteve informado da sua vida durante os cinco dias.
No dia que eu fui para Londres, Pietra foi no médico, depois que eu cheguei em Londres e finalmente peguei o celular ela me mandou mensagens pedindo que ligasse para ela quando eu chegasse e quando eu finalmente tive tempo eu liguei, conversamos durante uma hora, soube sobre o dia dela, ela foi ao médico, marcou exames e de lá foi para casa da Érica, lá ela ajudou a arrumar o quarto dos meninos, ela estava animada pela Érica.

No dia seguinte eu tive que acordar cedo, os meus amigos me expulsaram da minha cama quentinha. Estava um frio lá fora e nada melhor que a minha cama e agora a falta da Pietra estava ainda maior.  Ela me mandou mensagens, com uma foto de biquíni, quase surtei, ela estava na praia com a Bruna e Érica.

Segundo dia fui em uma balada na noite, lembrei da Pietra dançando naquela boate, ela ficaria mais linda aqui onde eu poderia agarrar ela a qualquer hora. Naquele dia pouco falei com ela mas me parecia preocupada com algo que ela não quis me dizer, estava ansioso para voltar ao Brasil e descobrir tudo.

No terceiro dia acordei de ressaca, minha cabeça estava dolorida, recusei todas as ligações que vinham do Brasil, até mesmo a ligações da Pietra, não queria que ela ficasse preocupada, eu já a conhecia o bastante que ela ficaria preocupada até que eu voltasse pro Brasil.
Ainda faltava dois dias estava vendo tudo para o meu projeto novo, eu ficava como um garotinho no meio de tanto brinquedo novo, era tanta novidade para levar para o meu público que faltava espaço e eu não economizava, gastava mesmo, era pra ver aqueles sorrisos iluminando o meu.
Dois dias se passaram, falei pouco com Pietra, ela estava sempre me evitando, sempre dizia que estava ocupada algo me dizia que tudo estava dando errado e não era o meu projeto.
—Já pedi um táxi. - Fábio avisou saindo do banheiro.
—Vai  para onde boi? -- Douglas me perguntou.
—Eu dou o endereço pro taxista e ele me deixa lá. - dei de ombro.
—Sempre misterioso! - Douglas brincou. —Ai tem mulher no meio!
—Tem nada. Tô de boa.
—E a Vic?
—Que intimidade toda é essa? - Estranhei e ele se remexeu sem graça.
—Acostumei ouvir você chamando ela assim! - Deu de ombro —Tá vendo que o amor faz?  Riu debochado.
—Eu já disse que não amo ela. Não sei porque você ainda cisma com isso, meu lance agora é outro.
—Se não tem mulher é homem então? - Perguntou assustado.
—Sai pra lá seu filho da puta. Meu lance é mulher mas nada que seja da sua conta! - Respondi grosso.
—Que isso cara, somos amigos!
—Amigos não fica chamando a ex do amigo pelo apelido! - Retruquei.
—Nossa, não chamo mais! Credo.
Revirei os olhos, abri meu celular e tinha algumas mensagens da Victória, decidi bloquear sem ler mas foi impossível não passar os olhos nas mensagens.


A insistência dela me fez mudar os meus planos, era uma última conversa e eu também tinha que falar para ela que o nosso relacionamento tinha terminado e que eu ia dar uma nota falando sobre.


Pietra


Grávida! Grávida! Sim eu estava grávida. Fiz dois exames para comprovar, eu não estava acreditando nisso. Agora eu entendi porque eu engordava tanto.
Mas agora a ficha caia. e vou ter um filho do meu cunhado. Luan, como é que ele vai lidar com tudo isso? As críticas! O preconceito! A mídia! Os fãs! Como é que vão lidar com isso tudo?
Entrei em desespero.
Fui na casa dos meus pais e tive uma briga com Victória. Ela descobriu tudo. Descobriu todo o caso que eu tive com o Luan e colocou culpa no término do relacionamento deles, ela chegou a tentar me agredir mas foi interrompida pela minha mãe que começou a me dá sermões quando descobriu que eu fui amante do seu tão precioso genro. As duas me humilharam e minha mãe me pôs pra fora de casa, se quer me deixou pegar minhas coisas. Pelo o que eu entendi, Victória invadiu a casa dos pais do Luan e fez uma bagunça (segundo a Bruna) Ela revirou tudo e depois que encontrou uma peça de calcinha começou a xingar de todos os nomes o Luan. Aquilo me fez lembrar da peça que o Luan pegou de mim. Mas Victória tinha algo mais para esconder, só que eu não estava pensando bem.

Estava ansiosa para a chegada do Luan. Ele mandou mensagem de madrugada avisando que estava subindo para o avião, meu amor estava chegando.
Corri para a cozinha e sem me lembrar das minhas vestes coloquei um avental e fui fazer cupcakes. Fiz um monte, recheados de chocolate e baunilha, os preferidos do meu amor.
Corri para o banheiro aproveitando que ele ainda não tinha chegado, tomei um banho rápido e proveitoso. Penteei os cabelos estavam enormes logo eu não conseguiria pentear eles. Coloquei uma lingerie nova que eu nunca tinha usado, um short e uma blusa fina, aproveitando que fazia um sol maravilhoso. Calcei meus chinelos e fui esperar meu amor chegar.
Meio dia.
Uma hora
Duas horas.
Desisto, o voo dele estava marcado para pousar às onze da manhã, aqui em São Paulo. Não teria como atrasar. Abri as mensagens e entrei nas nossas conversas, ele já havia entrado no WhatsApp e não falou comigo, a irritação ganhou lugar da preocupação. Ele disse que viria pra cá antes mesmo de passar em casa, eu estava contando com isso.
Mandei mensagem para Bruna como não queria nada mas ela estava na faculdade. Fiquei a tarde toda esperando por ele e nada. Nas redes sociais vi uma foto do Dudu beijando a barriga da minha amiga, ele todo bobo sendo pai e eu também queria que o Luan fosse assim quando descobrisse.  
Levantei para ir beber água quando eu ouço a porta ser aberta, meu coração quase salta, eu pulo no seu colo e abraço seu corpo, que saudade desse cheiro.
Pietra gravida 😱😱 Alguém suspeitou? hahahahaha

22/02/2017

Capítulo 41

Luan


Busquei Pietra na casa dela e não pude ganhar um beijinho, pude apreciar das pernas dela pelo espelho do retrovisor. Ela sorriu de lado e ainda abriu um pouco as pernas, filha da mãe.
Entramos na boate e encontramos o Dudu e Érica. As meninas se juntaram e eu fiquei esperando o Dudu comprar as nossas bebidas, me sentei observando a boate, ainda estava enchendo e já tocava algumas músicas boas. Bruna estava eufórica, eu conhecia ela. Dudu chegou com um balde de bebidas e uma garrafa de vodca.
—Eduardo, você não comprou a vitamina? - Érica perguntou olhando para o balde cheio de gelo.
—Vixi esqueci, vou lá pegar! - Ele voltou de onde veio e Érica negou cruzando os braços.
—Que desejo louco é esse, muié? - Perguntei rindo.
—Quando você tiver uma mulher grávida você vai saber. - Ela deu de ombro.
—Nem quero pensar nisso. - Ri abrindo minha cerveja.
—Ai que vontade de beber uma cervejinha, geladinha.
—Vai ficar aguando aí porque nem a pau vai tomar.
—Aff. Eu sei mas deu vontade.
Bufou voltando olhar para onde as meninas estavam.
—Pietra ta meio triste, isso é obra sua? - Perguntou.
—Pietra? Não reparei, mas não é culpa minha não. - Falei me lembrando que ela me mostrou suas coxas no carro, me deixando louco.
—Hm. Deve ser a doente da mãe dela, aquela lá não pode ver ninguém feliz. - Revirou os olhos.
—Já disse para ela se mudar pro meu apartamento, ela não diz nada.
Dei de ombro.
—Já convidei ela para morar comigo, mas ela ama o seu Paulo, não larga dele por nada.
—É. Uma teimosia.
Sorri de lado.
Bruna sumiu do meu campo de vista, vi Pietra voltar e se sentar pegando uma garrafinha de ice.
—Que foi?
Ela questionou percebendo que eu e Érica a observava.
—O que a Verônica fez dessa vez? - Perguntei sem rodeios.
Pietra me encarou por alguns segundos voltando a olhar para a garrafinha na mão dela. Érica levantou rápido e foi ao encontro do Eduardo interrompendo o caminho que ele fazia até a mesa.
—Não é nada. Eu só preciso de um tempo e eu vou ficar melhor.
—Eu sou teu namorado, não esquece disso. Compartilha todos seus problemas comigo e eu ficarei feliz. - Segurei sua mão discretamente. Ela devolveu o sorriso.
Érica voltou com o Eduardo e levou Pietra daqui, as perdi de vista mas tinha quase certeza que elas foram na direção ao banheiro, fiquei conversando com o Dudu sobre a viagem que faríamos no dia seguinte. Fomos recepcionados com algumas garotas que passaram e quiseram foto, Eduardo acabou entrando na foto. Bruna apareceu com o Breno, eles acharam que eu não senti o climinha que rolava entre os dois, achando que era burro. Quando Bruna se juntou as meninas e fiquei com o Breno por perto puxei assunto com ele.
—Voltaram é?
—A gente tá se acertando. - Ele sorriu sem graça
Fiquei na minha e quase vomitei toda a cerveja que eu bebi quando vi Pietra rebolando, puta merda, eu preciso me lembrar quando estivermos juntos e ela rebolar para mim daquele jeito.
—Pietra tá sensacional hein! - Breno comentou.
—Se liga, porra. A tua namorada é amiga dela, caralho!
—Ai idiota. Eu só comentei. Até parece que você nunca olhou para sua cunhada. - Bufou.
Fiquei quieto incapaz de dizer mais nada, Pietra estava rebolando demais e eu não poderia fazer nada.
—Fica frio, Pietra só tem olhos para você.
Dudu disse aproveitando que Douglas estava distraído com as mulheres. Me sentei pegando outra latinha de cerveja e bebendo-a. Ficamos até três da manhã assim, as meninas vinham pegar bebidas e logo voltavam a dançar distante de nós, quando não tocava uma música boa e elas rebolavam ali mesmo mas eu só tinha olhos para Pietra, eu amo cada curva que ela tinha.
—Cansaram? - Douglas perguntou, levantei a cabeça para ver as meninas que estavam suando, encarei mais a Pietra que ofegava.
—Querem beber alguma coisa? - Perguntei olhando para Pietra.
—Pietra quer água. Ela tá com a pressão baixa.
Fiquei em alerta me levantando do meu banquinho.
—Senta aí. - Segurei em sua mão e com a outra abanei ela. Agora sim percebi que ela não estava passando bem. Érica esticou a mão com o copo com água e eu peguei entregando a Pietra que bebeu devagar. —Melhor?
—Um pouco. Acho que foi porque eu não comi mais nada depois que fui para casa. - Argumentou de cabeça baixa.
—Você tem que se alimentar fofinha. Assim você não para em pé.
—Ela lá em casa até comeu bem mas parece que se eu não estiver olhando ela não come. - Cerrei os olhos para ela.
—Não posso comer muito, amanhã eu tenho nutricionista e ele vai ver que eu não tenho seguido a dieta.
—Agora é tarde demais, não adianta chorar pelos hamburgues que você comeu. - Dudu Brincou e Pietra deu língua.
—Já tomou sua vitamina, Érica? - Perguntei.
—Já. Estava uma delícia.
—Então que tal irmos embora?
—Ah não, eu queria ficar mais um pouco aqui. - Bruna disse surgindo do nada no meu lado.
—Fica com o Breno. - Encarei ele que estava logo atrás dela. Bruna corou na mesma hora. —Vamos? - Voltei a olhar para a Pietra que acabou assentindo.
—Eu tô sem carro, tem como me dá uma carona, Boi? - Dudu perguntou.
—Tem. O que aconteceu com o seu?
—Coloquei para consertar! - Deu de ombro.
As meninas se despediram do Breno e da Bruna, fiz o mesmo alertando a Bruna que eu estava de olho nela, a mesma coisa ela disse para mim, algo me dizia que ela sentiu um certo clima rolando entre eu e Pietra.

Pietra foi abraçada com Érica até onde o meu carro estava estacionado.
—Vai na frente Pie. - Dudu disse  impedindo dela abrir a porta traseira.
—Porque você não vai? Eu fico bem atrás. - Ela deu de ombro insistindo.
—Porque é o carro do teu namorado, agora entra logo. - Ele abriu a porta da frente e insistiu que ela entrasse. Ele entrou junto com Érica no banco de trás e eu ri.
—Dudu é muito esperto. - Sussurrei para Pietra. —Ele quer pegar a Érica ali atrás, logo com a gente aqui.
Ela riu e corou na mesma hora.
—Que pouca vergonha!
—Quem?
Érica perguntou.
—Nada não.
Dudu riu e eu liguei o som para que qualquer barulho não fosse ouvido. Dei a partida e fui até a casa do Eduardo embora eu não soubesse se ele ia ficar por lá com a Érica. Nos despedimos deles e partimos para o meu apartamento mesmo não perguntando se Pietra dormiria comigo.
—O que estamos fazendo aqui, senhor? - Ela tinha um tom de voz brincalhão.
—Te trouxe para dormir comigo. - Beijei sua bochecha.
—É uma proposta tentadora, eu adoraria mas você tem que ficar com a sua mãe, ela tá te cobrando demais.
—Eu me entendo com a Dona Marizete depois. Quero cuidar de ti.
—Eu estou melhor, juro. Foi só falta de comida.
Ela tentou justificar.
—Eu me preocupo com você, menina. Não quero nem pensar se acontece algo de ruim contigo.
—Não vai acontecer nada, bobinho. Você me protege! - Ela apertou minhas bochechas e me beijou.
—Sempre quero te proteger mais é um vício incurável.
—Pode deixar que eu sei me cuidar direitinho. - Ela sorriu.
—Assim que eu gosto. Se cuida enquanto eu não estiver aqui.
Arrumei seu cabelo, estava um pouco bagunçado mas nada que deixasse mais linda.
—Eu tô descabelada né? - Ela se olhou no espelho arrumando os fios bagunçados.
—Tá linda. - Sorri feito idiota.
—To nada. Você que é apaixonado por mim e fica falando que eu tô bonita de qualquer jeito.
—Mas é verdade. Você fica linda, maravilhosa e gostosa de qualquer jeito.
Ela ficou toda vermelhinha.
—Ai para você me deixa envergonhada.
—Até envergonhada é linda, meu Deus.  - Mordi sua bochecha e ela fez careta.
—Me leva para casa?
—Levo se me prometer que vai comer alguma coisa em casa…
—Fechado!  
E ai gostaram do novo design do blogger?

21/02/2017

Capítulo 40

Pietra


Ficar apenas olhando Luan não dava muito certo, queria ficar agarrada a ele, queria ir pro apartamento dele e ficar pelada pela casa sem se importar quem fosse ver, na verdade só ele me veria e isso eu já havia me acostumado.
Comi alguns pedaços de carne como petisco, Amarildo ainda estava fazendo o churrasco do almoço e o cheiro estava delicioso.
A conversa com a Bruna havia voltado ao irmão, ela me contou que seu irmão estava com uma nova paixão, que nunca tinha visto Luan suspirar ao falar de uma mulher. Bruna estava bastante curiosa para saber quem era a amada do irmão. Me senti orgulhosa em saber que Luan estava conversando com a irmã sobre mim, mal sabendo que ela me contaria sua euforia de saber quem se tratava. Bruna perguntou se eu vi alguma moça na viagem, disse que não, pois era verdade, a única que esteve com ele tão próxima era eu, única dos sonhos dele, eu espero.
Com dos copos cheios de cerveja me fizeram procurar o banheiro, depois de esvaziar a bexiga arrumei a maquiagem e lavei as mãos, quando sai levei um susto, Luan estava diante de mim.
—Não achou que fosse vir aqui em casa e eu não aproveitasse dessa sua boquinha né. - Ele tinha esse jeito safado e eu adoro, sorri pervertida para ele.
—Achei que fosse ficar com os meninos.
—Nem morto, agora vamos ocupar essa nossa boquinha e parar de falar de macho!
Ele não esperou eu falar e me beijou me colocando sentada na pia, era disso que eu queria e precisava. Mas sem toda essas pessoas que poderiam nos pegar aqui mesmo.
—Está usando o que eu te pedi? - Ele perguntou se referindo a lingerie que ele me intimou a usar.
—Veja você mesmo! - Provoquei e ele me olhou como se não acreditasse.
—Pietra, você não me provoque. Eu te coloco de quatro e te faço gemer bem alto.
Eu sorri travessa, tenho certeza que ele não faria aquilo, não aqui.
—Não quer ver?
—Quero.
Usei um vestido de alcinha por isso mesmo, para facilitar todo o esquema. Deslizei as alças do meu ombro até os braços deixando o vestido cair com facilidade nos meus pés.
—Delicia demais.
Luan não se conteve e beijou meu pescoço me arrancando suspiros.
—Te quero todinha, todinha mesmo.
Deixei ele tirar a minha calcinha e ela foi para no bolso dele depois que ele cheirou a peça, tarado.
—Queria muito entrar em você e te deixar louca mas aqui não é muito seguro.
—Depois eu te recompenso.
Sugeri segurando seu rosto para mim.
—Hoje eu não vou poder dormir lá no apê, minha mãe tá reclamando eu não durmo mais em casa.
—Tudo bem. Faça tudo que dona Marizete mandar. - Sorri.
—Ela vai te amar mais ainda.
—Eu imagino, ela já me ama. Agora me passa a calcinha! - Eu tateei os seus bolsos.
—Não. Você vai ficar sem ela, agora é minha.
Luan não me deixou pegar e saiu do banheiro, me deixando quase nua. Me vesti com o vestido e saí me sentindo estranha, ficar sem calcinha e com um vestido solto não era legal.
—Querida. - Marizete falou ao me ver. —Luanzinho disse para mim que você faz ótimos cupcakes, é verdade?
—Ele tá exagerando dona Marizete, ele que é guloso e come de tudo.
—Mentira, mãe. A senhora sabe o quanto eu sou nojento com comida. Quando eu digo que algo é bom é porque é!
—Então querida, queria que fizesse alguns, não fiz nada de sobremesa e você é a minha única salvação.
Não tinha como dizer não com a minha sogra secreta, tão secreta que nem mesmo ela sabia.
Ensinei ela a fazer os bolinhos e como a recheá-los, Luan toda hora vinha para ver se estava pronto e roubar os que estavam prontos antes mesmo de confeitá-los por completo.
Érica também não ficou atrás de disse que meu afilhado estava pedindo pelos bolinhos. No final das contas fiz mais bolinhos do que eu imaginava.
No almoço nos sentamos todos em volta a mesa, por coincidência Luan ficou de frente para mim e me provocou o almoço inteiro passando o pé dele por entre as minhas coxas chegando a tocar com os dedos minha intimidade, quase caí da cadeira por isso mas me mantive firme.
Todos amaram o bolinho, menos o Luan que comeu demais e teve que ir pro banheiro às pressas. Marizete nos fez rir pois avisou tanto ao filho que não comesse muito pois ia passar mal, mas Luan foi teimoso e comeu mais do que aguentava e agora estava passando mal.
Fui embora algumas horas depois preocupada com o meu menino, não o vi mais, mas sabia que estava sob cuidados de sua mãe.
Aproveitei que ainda dava tempo de ir a academia e me troquei rapidamente, eu precisava diminuir meus quilos que ganhei esses dias, eu tinha uma consulta marcada com a minha nutricionista no dia seguinte.
Fábio também reparou nos quilos que eu ganhei e me fez suar bastante, quando voltei para casa havia algumas mensagens da Érica me chamando para ir numa boate, questionei se ela estava louca, ela estava grávida e não era ambiente para ela. Ela reclamou que queria tomar uma vitamina de mamão que só na tal boate fazia, nem mesmo ela sabia fazer. Ela disse também que Dudu só iria se o Luan fosse também (Eu disse que era impossível, já que se trata do Luan que estava com dores de barriga por conta dos bolinhos.) Mas tentei.


Como Luan aceitou, eu fui me arrumar, tomei banho e quando estava de toalha a minha mãe apareceu no meu quarto.

—Vai sair?
—Vou.
Nem perdi meu tempo de olhar para ela, já imaginava a cara de mal humor.
—Você não para mais em casa, já percebeu?
—Papai também não quer também saber de ficar em casa, já percebeu também? - Falei irônica.
—Seu pai é um irresponsável.
—E eu tenho a minha vida, vou continuar curtindo como eu quero.
—O que você pensa que é? Acha que se manda só porque trabalha e tem mais de 18 anos?
—É sim. Eu me mando, algum problema?
—Você mora debaixo do meu teto e eu mereço respeito.
—E eu lhe respeito, só que me colocar de castigo como uma garotinha de 13 anos não vai adiantar nada, eu vou sair.
—Você é muito mal educada, garota. Já percebeu que ninguém te suporta.
—Tenho o suficiente de pessoas que me suportam, infelizmente não preciso da senhora.
—E o que faz morando na minha casa?
—Pode ficar tranquila, eu vou me mudar em breve.
Peguei minha roupa e entrei no banheiro batendo a porta com força, algumas lágrimas insistiram em fugir dos meus olhos me fraquejando. Era difícil ver minha mãe te tratando mal e pouco se importando com os meus sentimentos.
A minha maquiagem camuflou toda as lágrimas de desgosto, quando sai do quarto minha mãe já não estava mais lá. Coloquei meu salto, os acessórios e perfume. Mandei mensagem para Bruna e ela avisou que já estava chegando. Desci rapidinho e sai para o portão. Uns cinco minutos depois avistei o carro do Luan, entrei no banco de trás, e cumprimentei os dois.

Meninas preciso e comentários, sem eles não tem capitulo!

19/02/2017

Capítulo 39


Luan


Já havia planejado, faria um churrasco e eu por ser um ótimo irmão deixei que Bruna chamasse suas amigas, enfatizei que eu só queria ver pessoas conhecidas.
—Que que aconteceu, Pi? Você não é de me deixar chamar minhas amigas para um churrasco seu… - Me olhou curiosa.
—Estou de bom humor. - Em partes era verdade, estava sorrindo até para as paredes mas minha intenção era que ela chamasse a Pietra e eu visse mais uma vez a minha menina.
—Hm. Vou chamar a Ana e a Paiva.
Levantou-se mas antes que pudesse raciocinar eu gritei:
—Não! - Ela me olhou estranha. - Quer dizer, achei que fosse chamar a Érica e a Pietra, vocês não se veem tem um tempinho e da outra vez que nos vimos ela estava tristinha.
Ela serrou os olhos e voltou a se sentar.
—É… A Pietra né? Érica eu vi quando fomos no shopping comprar a mobília do quarto dos meninos. A Pietra, você sabe dela?
—Você que é amiga e não sabe, como eu vou saber? - Fingi desdém.
—Não sei, vai ver porque você estava de mãos dadas com ela quando desceu da van. - serrou os olhos agora me recriminando. Queria contar para Bruna que meu novo amor era a sua amiga, mas antes disso eu precisava consultar a Pietra, o nosso relacionamento foi balançado demais para haver mais uma briga inútil.
—Eu estava num momento difícil e ela estava do meu lado, segurei a mão dela por segurança, naquele momento eu estava me sentindo inseguro.
Essa era a verdade, naquele dia eu  me senti vulnerável para conseguir manter uma postura, Victória errou e eu errei por não ter feito nada para que ela não saísse impune. Victória tinha que aprender. Mas eu fui mais baixo e terminei de vez o namoro que nem era para ser começado.
—Te entendo Pi, o que você fez com a Victória?
—Terminei com ela. - Falei relaxado demais. Pelo menos isso ela poderia saber.
—Que? Sério? Ai que maravilha! - Bruna me abraçou me esmagando.
—É sério.
—Quando ia nos contar?
—Depois da viagem que eu vou fazer com o Dudu, Fábio e o Douglas.
—Hm. Pode contar a novidade pra mamãe e pro papai?
—Deixa pra depois, quero que eles estejam preparados para uma outra coisa também.
—O que? Vai me dizer que ela tá grávida?
—Não, pelo menos isso eu acho que não.
 Fiz careta ao lembrar que eu jurei que tinha levado camisinha para a viagem (por mais que eu não tivesse intenção de usá-las.) As camisinhas desapareceram na viagem, e Victória me cobrou confiança, disse que não ia engravidar naquela transa embora achasse que já estava na hora de dar o próximo passo.
—Ai Pi. Você e suas enrolações, não tô gostando nada disso.
—Quando eu terminar com ela você vai ver, vou ser o cara mais feliz do mundo. - Disse orgulhoso.
—E esse sorrisão aí? Quem é que fez esse efeito? - Ela perguntou também sorrindo boba.
—Você saberá… Em breve
—Espero que ela seja especial, tanto quanto você é para mim. Não gosto de dividir você com qualquer uma. - Ela fez bico e eu sorri de lado já imaginando a euforia quando ela soubesse quem estava fazendo aquele homem virar um moleque apaixonado.

Acabamos com o assunto “eu” e Bruna saiu para ligar para as amigas, eu fui pegar carvão e arrumar a churrasqueira. Meu pai veio me ajudar reclamando que eu não sabia fazer nada, achei ofensivo mas deixei passar essa.
Minha mãe me chamou e disse que os meninos haviam dado entrada na portaria do condomínio. Fiquei a espera deles, espero que eles não se percam outra vez, foi um parto para a gente se encontrar de novo.
Como  imaginei Marquinhos estava dirigindo e jurou que não estava perdido, Douglas contou tudo rindo da cara do amigo e eu ri ainda mais quando Marquinhos jurava não ter se perdido.  
Os levei para a área externa, já havia deixado os violões na mesa de baixo do sombreiro, chegou a chuviscar naquele começo de tarde. Fazia um frio gostoso. Bruna se juntou aos meninos e disse que as meninas já estavam vindo, olhei as mensagens para ver se a Pietra tinha mordido a isca, foi eu quem a chamou.
Dudu apareceu primeiro e por conhecer bem o condomínio não se perdeu. Rober também conhecia melhor do que eu o condomínio e chegou rapidinho. As meninas demoraram uma eternidade para chegarem, pensei até que tinham se perdido, mas quando chegaram foi como um alívio. Me preparei para receber as duas junto com a Bruna que não entendia nada. Enquanto Bruna recebia Érica com um abraço eu abracei Pietra, meu secreto caso amoroso, vulgo namorada secreta.
—Demoraram viu. - Reclamei.
—Erica não queria vir, disse que todas as roupas dela estavam apertadas. - Pietra sorriu.
—Ah. - Sorri de lado observando Érica que olhava de mim para Pietra, deixando Bruna falar. —Tudo bem, Érica? - Perguntei me aproximando e ignorando Bruna que tagarelava.
—To bem. - Sorriu. —Luan, eu tenho uma proposta para te fazer.
—Eu, você, dois filhos e um cachorro? Opa, claro que eu topo - Brinquei e as meninas riram.
—Não idiota. Quer ser padrinho do Pedro?
—Pedro? Já deram os nomes dos meninos?
—Já, Dudu que deu os nomes e eu que escolhi os padrinhos. - Ela sorriu toda boba.
—E quem é a madrinha do Pedro?
—A fofinha! - Érica abraçou de lado a Pietra que sorria envergonhada. Sorri feito idiota.
—E qual o nome do outro menino? - Bruna perguntou.
—João, vai ser João e Pedro. - Érica sorriu encantada.
—E quem vai ser os padrinhos dele?
—Bruna e Breno! - Olhei para a minha irmã vendo a surpresa em seu rosto.
—Mentira, Bolota? - As três se abraçaram como se não houvesse o amanhã. As duas paparicando a gravidinha, imaginei Pietra com um barrigão sendo paparicada pela minha mãe, com certeza Pietra seria amada por todos nós.
Minha mãe apareceu ainda quando as três festejavam, Érica contou para a minha mãe que comemorou adorando os padrinhos dos filhos de Érica e Dudu.
Depois de tanta comemoração fomos para a área externa onde meus amigos tocavam o meu violão. Já havia alguns churrascos prontos e eu comi alguns pedaços de carne, evitando a proximidade da Pietra para não agarrá-la. Queria beijá-la mas não podia fazer aquilo aqui, com tantas pessoas em volta.
Dudu ficou conversando com Érica e Pietra com Bruna, queria Pietra comigo mas isso eu já imaginava que não seria fácil. Rober tentando chamar a minha atenção na conversa com o Douglas.
—Mas cadê a Vic, cara? -Douglas perguntou e eu não estava mais afim de esconder nada.
—Terminamos.
—Como assim cara? Vocês pareciam tão apaixonados.
—Apaixonite acabou, foi coisa de momento, acho que na verdade acabou faz tempo e eu que não queria dar esse passo adiante e ela ainda não quer e insiste.
—Você acha que ela ainda é apaixonada por você?
—Não. Ela só aprendeu a ser dependente de mim, aprendeu a conviver com os holofotes e a mídia em cima.
—Não foi o que eu vi. - Rober entrou no assunto.
—Ela até hoje não aprendeu a conviver com os meus fãs… - Falei rancoroso.
—Mulher ciumenta é assim mesmo.
—Ciúmes de uma adolescente, Douglas? - Faça-me rir. —Não tenho malícia com adolescentes.
—Ah para cara, tem umas que tem mó corpão, até parece que você não olha.
—Não tenho interesse mais. - Bebi o último gole da cerveja encarando a única pessoa que eu tinha interesse.