17/11/2017

Capitulo 141

Pietra



Duas semanas em Dubai foram maravilhosas para mim e para Luan. Mas já voltava para a nossa rotina. Luan viajando para o mundo, sim, mundo. Seus shows estava cada vez mais longe de mim. Mas eu torcia para o seu sucesso internacional.
—Você vai comigo? - Ele saiu do banheiro de toalha enrolada na cintura e uma outra na cabeça, secando seu cabelo.
—Não vai dar, tenho consulta com a minha médica. - Torci a boca.
—Não pode remarcar? Eu queria ir também.
—Eu não quero adiar as consultas, gosto de saber tudo logo e estou ansiosa.
—Para que? - Ele se sentou do meu lado.
—Por mais que eu saiba que esteja tudo bem comigo, não sinto dores, me sinto muito bem. Eu sou preocupada, quero saber cada passo que minha gravidez. E não é remarcando que vou ficar tranquila.
—Eu sei que ficar sem saber é ruim, eu também estou ansioso pra saber, mas eu queria ir para saber também.
—Mas eu vou te dar notícias, assim que sair eu vou te ligar e te dizer como foi.
—Eu não vou faltar essa consulta, se você não remarcar eu vou dar um jeito de vir para casa e depois voltar.
—Deixa de ser teimoso, homem. Você tem que descansar.
—Não consigo descansar quando minha mulher vai a uma consulta sem mim.
—Já fui em um monte sem você, para de graça. Eu vou ficar bem.
—Eu sei que vai ficar bem mas eu queria ir.
—Da próxima eu marco direitinho. Num dia que você poderá comparecer.
—Tudo bem. - Ele resmungou e se levantou indo para o closet.
Suspirei aliviada por ele ter mudado de ideia.
Me deitei um pouco, vendo as nossas inúmeras fotos no meu celular, gostei de uma e postei colocando  uma legenda legal.
—Que tal irmos na casa da sua mãe? - Ele sugeriu se sentando na ponta da cama.
—Hoje não, estou cansada.
—Não está com saudades dela? - Ele me olhou atento mas não conseguia dizer o que eu estava sentindo em relação a minha mãe.
—Estou um pouco. - Menti.
—Você não ligou para ela a viagem inteira. Achei que íamos do aeroporto direto pra casa dela.
—Não é pra tanto. - Resmunguei.—Não? - Ele se virou, endireitando a postura. —O que aconteceu no dia do nosso casamento? Eu percebi que ela ficou de fora de tudo que aconteceu, até mesmo do casamento.
—Não quero falar disso. Estou melhor assim.
—Ah não, eu adiei bastante essa conversa, não questionei sobre o que eu percebi que era algo delicado, eu te conheço, mas não vou esperar mais.
Eu fiquei quieta, não queria falar sobre aquilo, era humilhante demais.
Não sei o que aconteceu comigo mas minhas lágrimas rolaram pelo meu rosto, tentei despistar Luan antes que ele visse minha fraqueza mas foi tarde demais. Ele me acolheu nos braços dele, repetindo que aquilo iria passar. Mas era óbvio que passou, passou por cima de mim arrancando meu coração, arrancando todo o carinho que eu sentia por minha mãe.
—Me conta, você vai se sentir bem.
—Eu. Eu não consigo. Minha mãe me magoou muito. - Me afastei secando as lágrimas. —Nem no dia do meu casamento ela me viu como Pietra. Ela está doente e eu deixei que ela ficasse mais doente ainda. Não vi o que estava na minha frente.
—Amor, respira. Do que você está falando? Ela parece está bem.
—Não, ela não está bem. Precisa de tratamentos. - Engoli minha dor e comecei a falar. —hoje eu me sinto na vida da minha mãe como uma pedra em seu caminho, e foi isso o que aconteceu, desde que eu estava na barriga dela. Acredita? - Luan me olhava surpreso. Acho que tinha medo de questionar mais alguma coisa e se surpreender. —Ela nunca teve amor a mim, para ela só existia Victória como filha. Sempre foi assim, mesmo as duas do lado dela.
—Amor… - Ele passou a mão do meu braço me dando apoio.
—Deixa eu falar. Por favor. - Ele assentiu. —Ela pensou em me abortar mesmo com os médicos dizendo que eu tinha mais chances de viver dentro dela, ela preferiu a Victória. Ela teve complicações na gestação e Victoria não recebia o que precisava, mas eu recebia e continuava crescendo muito bem. Os médicos alertam ela de tirar a Victoria, ela não quis, quis me tirar e deixar com que Victoria pudesse sobreviver. - Luan me olhava mais horrorizado ainda, a história não foi só para mim um susto.
—Como você soube disso? - Ele tentava achar palavras para tudo aquilo.
—Ela me contou, dizendo que eu era uma vitória na minha vida, que eu venci todas as barreiras que a vida tentou me passar. Desde mesmo no nascimento. Eu não aguentei aquilo calada, tive que falar que eu não era quem ela pensava ser. Que eu venci por méritos meus. Ela me humilhou, Luan. Não desejo que nenhum filho ouça uma coisa dessas de uma mãe. Eu pensei em me matar no dia do nosso casamento para não carregar as falhas da minha mãe comigo.
—Que isso, amor? Não fala uma coisa dessas? Onde já se viu? Ia me deixar? E o nosso filho? Eu ia perder vocês dois, o que eu seria sem vocês? Moreninha, nunca mais pense em tirar a própria vida, eu morreria se você fizesse uma coisa dessas. Eu me culparia até não ter mais ar para respirar. - Seus olhos escuros, tão intenso me mostrava o medo dele me perder. Ao menos alguém me ama.
—Eu lutei contra esse pensamento, -Abracei ele com força —lutei porque eu não pensava mais em mim, eu pensei na nossa família. - El retribuiu o abraço com a mesma intensidade. Eu tenho certeza que achei a pessoa certa para viver o resto da minha vida e até o que restar dela nessa terra.
Ele não desgrudou de mim, e como sempre fazia, sentava perto de mim, colocava a cabeça perto da minha barriga e falava com o nosso filho, dizia o quanto estava ansioso para ver a minha barriga grandona, aquilo me assustava um pouco, lembro que quando engravidei, eu com apenas seis meses já carregava barriga volumosa, incapaz se ser escondida com por qualquer roupa.
—Bora fazer um acordo? - Ele perguntou me pegando de surpresa.
—Que acordo? - Estranhei.
—Se for menino eu escolho o nome, se for menina você escolhe o nome.
—É um acordo bom. - Sorri.
—Beleza, já vou pensar em alguns nomes e depois a gente junta tudo.
—Pode ser que eu saiba o sexo do bebê nessa consulta.
Seus olhos perdidos e ao mesmo tempo esperançoso me olharam.
—Ah Pietra. Eu já quero ir nessa consulta e você me diz uma coisa dessas? Eu vou contigo pronto, acabou.
—Para menino. - Eu ri da sua birra. —Eu posso optar por não saber nessa consulta e esperar uma nova. - Ele se acalmou um pouco mais.
—Promete?
—Prometo. - Selei seus lábios.
—A gente tem que descobrir juntos e nós nem escolhemos os nomes.
—Ainda temos 27 semanas para escolher o nome. - Fiz carinho em sua barba.
—Tudo isso? - Ele ficou surpreso, falando do jeito que eu falei parecia uma eternidade mesmo e a realidade era mesmo assim, uma eternidade para o nosso fruto poder está em nossos braços nos enchendo de alegria.
—Tudo isso. - Dei risada.
Nossa conversa girava em torno de mim e do nosso bebê, da chegada dele em nossa vida e da alegria que ele nos dava. Dava para ver a alegria do meu marido ao ver ele falando do nosso bebê, que já era rodeado por amor.

[...]


A partida do Luan foi difícil, já estava acostumada com ele quase 24 horas por dia do meu lado e saber que ia ficar uma semana longe doía o coração.
Fiz minha consulta como planejava, naquela manhã Luan estava acordado esperando que eu ligasse para saber da consulta, marquei mais exames novos, ela me receitou uma nova receita e por fim tirei dúvidas (eu como curiosa) queria saber de tudo e já planejava como seria o parto. Minha médica era excelente e me encorajou a ter o meu bebê dentro da minha casa com tudo que eu tinha direito e ainda explicou que as chances eram mínimas de ter alguma complicação, o que me incentivou mais. Nada que o nosso lar para me sentir mais à vontade na hora de receber meu bebê.
—E aí como foi a consulta? - Eu dirigia enquanto ouvia a voz do Luan pelo viva voz do celular.
—Foi muito esclarecedor. - Fui breve.
—Como assim?
—Ela me pediu muito repouso. - Suspirei. —Ela pediu que ficássemos sem sexo durante  gravidez inteira. - Mordi o lábio, segurando a louca vontade de rir.
—Sem sexo? - Sua voz era de surpresa.
—Sim.
—Fizemos algo de errado? Eu te machuquei? Machuquei o nosso filho? - A voz desesperada dele me partia o coração.
—Não nos machucou, ela só disse que era para repousar e que isso incluía principalmente o sexo.
—Amor, quer dizer que fizemos algo de errado, ela não ia proibir assim. - Ele tinha caído direitinho da minha brincadeira.
—Daí eu não sei, ela só me disse isso. Eu fiquei com vergonha de perguntar o porquê. - Globo deveria me contratar, eu deveria ter filmado essa trollagem, ele ia ficar puto comigo mas era pra zoar um pouco ele.
—Certo. Na próxima consulta eu pergunto por você. Já marcou?
—Ainda não, eu disse a ela que ia falar com você para poder ir comigo.
—Beleza então, se cuida direitinho, come na hora certa, nada de besteiras.
—Pode deixar, papai. - Sorri de lado. —Beijo Rafinha, te amo. - Antes de encerrar a chamada eu ouvi um risinho dele.
Dirigi até a casa do meu pai, estava com saudades dele. Assim que ele abriu a porta o sorriso dele abriu também, me atacou com seus braços longos me apertando em seu peito.
—Que saudade da minha filhota. - Ele beijou meu rosto.
—Também estava morrendo de saudades.
—Entra minha filha. Daniela está preparando o almoço, venha.
Ele não me deixou negar, me conhecia tão bem que sabia quando eu queria e estava sendo educada. Me serviu bastante comida, acho que se ele soubesse que eu estava grávida ia me servir dois pratos daquele.
—Pai, está o suficiente. - implorei mais uma vez.
—Seu pai é muito preocupado com você. - Dani disse sorrindo. Comecei a ver que seu jeito comigo era de carinho e não de poder como eu via antes.
—Ele é paranóico. - Demos risada.
—Achamos que tinha viajado com o Luan.
—Ah eu tinha um consulta que não podia adiar. Queria que vocês soubessem logo, estou grávida. - Meu pai que mastigava a comida sorrindo se engasgou, Daniela teve que ampara-lo batendo em suas costas. Quando ele parou de engasgar ele bebeu um pouco do suco. Me olhando com os olhos marejados.
—Grávida? Eu achei que fosse demorar. - Ele abriu um sorriso grande. —Luan já sabe?
—Já sabe. Ele está muito babão, quase pegou o avião ontem de madrugada para me acompanhar na consulta. - Demos risada.
Meu pai se levantou e veio me abraçar, me falou coisas bonitas que me fizeram chorar, eu estava bastante sensível com essa gravidez. E não podia ouvir alguém dizendo que me amava que meus olhos já se enchia de lágrimas.
Daniela me desejou coisas ótimas me deixando sem palavras pelo bom coração que ela tinha.
O almoço foi repleto de perguntas sobre como estava o desenvolvimento do meu bebê e eu disse tudo com maior sorriso no rosto. E meu pai gostou muito da notícia e Dani também gostou.
Depois do almoço agradável eu fui para casa. Tive que passar na casa da minha mãe, como eu tinha a chave eu não precisei me anunciar. entrei dentro da casa e peguei meus cachorros e tudo que eram deles, fui um custo colocar todos dentro do carro e isso chamou atenção da minha mãe.
—Minha filha. Quanto tempo. - Ela abriu os braços para me abraçar mas eu recusei.
—Não estou com tempo. - Falei seca pegando mais um cachorro.
—Eu ainda quero falar com você sobre aquela conversa.
—Não tenho mais o que falar. - Passei por ela mas ela segurou meu braço.

—Mas eu tenho e você precisa me ouvir.

14/11/2017

Capitulo 140

Luan




—Dá pra voltar pro quarto? - Ela pediu escorada na porta, eu apenas olhei de relance ela. Estava apenas com um sutiã que valorizava seus seios, seus lindos belos seios. Eu não ia cair na tentação. Eu sei que eu posso está sendo um grande babaca por achar que posso machucar ela e o nosso filho, mas é que sofri e sofro pelo filho que eu não tive. Pietra poderia ter feito algo de errado que possa ter ferido o nosso filho. E não era eu que ia levar a culpa dessa vez.
—Eu já vou, só vou tomar um banho e… - Ela veio até mim e me abraçou.
—Deixa de ser teimoso, você não pode fugir de mim justo na nossa primeira noite casados. - E eu amoleci ouvindo ela.
—Amor, não faz isso. Eu não quero te machucar.
Ela me beijou inesperadamente.
—Eu sei que você não vai me machucar. Você nunca me machucou. E não vai ser agora. Relaxa e vamos curtir a nossa primeira noite. - Ela tomou minha boca mais uma vez e dessa vez senti suas mãos abrirem o fecho da minha calça desceu ela de uma vez e eu arranquei os sapatos com as meias. Ela logo tratou de descer minha cueca me masturbando, sentindo suas mãos quentes correr pelo meu membro já duro.
Ela se abaixou e passou a língua por toda a extensão até chegar as bolas onde sugou cada uma voltando lambendo colocou a cabeça na boca e sugou como fez nas minhas bolas. Passou a língua e babou bastante.
—Vem cá. - Segurei ela pelo braço forçando ela a se levantar já que eu repassei toda essa noite romântica na nossa cama e não no banheiro.
—Que foi? Fiz algo de errado? - Ela perguntava enquanto eu ainda segurava a sua mão e forçava vir comigo até o quarto.
—Não fez nada de errado. Mas eu planejei essa noite na nossa cama e não no banheiro. Já que é pra rolar que seja pelo menos romântico. - Me sentei na ponta da cama, trazendo ela pra perto de mim. Ela então me beijou com vontade, sem tirar suas mãos do meu pau, massageando-o e me torturando. Abri o fecho do sutiã dela e libertei seus seios.
—Agora eu descobri porque tirou os piercings. - Ela sorriu sem graça, pega na mentirinha de dizer que estava enjoada deles.
—A mentira foi por um bom motivo. - Ela sorriu.
—Deixo passar essa. - Agarrei seus cabelos passando beijar seu pescoço.
—Te prometo que faço um furo em algum lugar bom.
—Onde? - olhei em seus olhos.
—Vou te surpreender.
—Pietra… - Adverti ela.
—Num lugar escondido. - Ela disse baixinho e eu tentei imaginar onde ela colocaria.
Ela percebendo o meu silêncio pegou a minha mão e colocou em sua boceta, me deixando brincar com seu clitóris, estava tão úmida e quente.
—Eu posso colocar aqui. Dizem que a sensação é ótima.
—Puta merda! Pietra. Eu vou ficar louco com você. - Introduzi dois dedos dentro dela. Ela gemeu gostosamente.
—Você vai gostar.
—Eu vou adorar. - Segurei em sua cintura e a deitei na cama, subindo por cima dela.
Beijei seu pescoço, marcando sua pele e desci até seus seios, passei a língua vendo ela se arrepiar e se contorcer, brinquei com seus biquinhos por um bom tempo e então desci beijando sua barriga, sem tirar meus dedos de dentro dela, ela estava encharcada. Passei a lingua em seu clitoris, sugando sua excitação. Sua mão agarrou meus cabelos, esfregando-se na minha boca. Esfreguei minha língua sobre seu clitoris e ela não aguentou por muito tempo, ela lutou um pouco fugindo do próprio orgasmo mas mantive ela firme. Ela se acalmou aos poucos, subi sobre ela e selei seus lábios. Introduzi lentamente meu pênis a sua entrada, ela gemeu gostosamente, saboreando do prazer que eu lhe dava. Fiquei com medo de introduzir meu pênis inteiro, sai voltando introduzir metade, ela não queria a metade, me queria inteiro mas o meu medo de machucar ela era grande.
—Continua. - Ela me puxou pra ela e me beijou abafando um gemido meu. —Mais rápido, por favor. - Ela implorou mas eu me mantive na velocidade que eu me permitia. Ela não se contentou e tentou inverter.
—Assim não. Eu controlo. - Segurei seus pulsos na cama. Presa a mim.
—Assim não vale. Você não quer ir mais rápido. - Ela reclamou.
—Não quero te machucar. - Suspirei.
—Você não vai. Estou pedindo pra você ir mais rápido um pouco. Se doer eu te aviso. - Não queria deixar isso acontecer mas eu também estava louco de tesão e não estava aguentando a minha própria tortura. Segurei em seu quadril, largando seus pulsos e pondo meu pênis todo dentro dela. Seu gemido foi de total satisfação, ela ainda rebolou contra meu pau. Aumentei a velocidade conforme ela pedia até não aguentar mais o meu pique, me deitei de lado e trouxe ela para mim, penetrei mais uma vez nela meu pênis cruzamos as pernas mantendo nossos corpos grudados. Meu pênis entrava e saía com facilidade, ela estava tão escorregadia, ela gemia tão alto. Suas unhas faziam desenhos sobre a minha pele nas costas, me arranhando e abusando do meu libido.
O ar condicionado não estava mais funcionando, nossos corpos quentes não sentia frio, apenas calor, e para Pietra não era diferente, seu corpo estava tão quente quanto o meu e suado. Não aguentando mais Pietra deu o aviso de que ia gozar, eu apressei mais os meus movimentos e então gozei junto com ela, nos lambuzando de gozos.
Ela se afastou deitando olhando para o teto, fiz o mesmo com um sorriso malicioso no rosto e com a respiração descompensada, estava ferrado, nunca vou abaixar esse fogo que Pietra tem.
—Do que tá rindo? - Ela se deitou sobre mim.
—Sobre o seu fogo que eu não consigo apagar.
—É mesmo? E você quer apagar por quê?
—Não quero apagar, quero controlar. É muita areia pro meu caminhãozinho. - Ela riu.
—Para de falar bobeira, até parece que você teve que me conquistar. Você já me tinha a muito tempo, tolo você que não percebia isso.
—Eu era muito burro né? Como eu não te enxergava? Como que eu não percebi que você era a mulher com quem eu tinha que casar?
Ela riu toda manhosa, beijei sua boca e a chamei para ir ao banheiro, até porque a noite estava apenas começando, tínhamos que batizar a casa toda, faltava muito para a noite acabar.

[...]



—Agora só saio desse chão carregada! - Pietra riu carregada de sono, como eu disse, tínhamos que batizar os cômodos da casa, e só não batizamos a piscina pois não demos tempo, a borda da piscina foi um dos lugares que batizamos e Pietra adorou, mas suas energias estava acabando e eu pensando ainda na piscina.
Enquanto eu me levantava, Pietra permanecia deitada de olhos fechados. Acho que dormia, coitada. A peguei colo e a levei para o nosso quarto, a deitei na nossa cama e eu fui tomar um outro banho.


Pietra

[...]



Senti algo molhado escorregar na minha pele, meu corpo formigou sentindo cócegas involuntárias em meu ventre, abri meus olhos rápido e encontrei Luan beijando minha barriga, com o cabelo bagunçado e um sorriso lindo no rosto.
—Bom dia bebezinho. - Ele falou com a minha barriga. —Acordamos a nossa mamãe. - Luan falou como se fosse um segredo e eu ri. Quero acordar todos os dias da minha vida desse modo.
—Bom dia, amor. - Passei a mão no seu rosto, fazendo um carinho em sua bochecha.
—Bom dia, moreninha. - Ele ergueu o corpo e me beijou na boca mesmo eu querendo cortar o beijo.
—Acordou bem cedo. - Olhei o relógio.
—Não queria perder essa oportunidade de ver você linda acordando. - Ele mexeu nos meus cabelos.
—Eu posso tá tudo menos linda.
—Pois estar, linda, bonita, perfeita. Tenho sorte. - Revirei os olhos achando um absurdo.
Ele não me deixou sair da cama antes que eu comesse. Então obedeci às ordens do meu marido. Comi o que ele me trouxe e logo fui ao banheiro e me assustei comigo mesma ao me olhar no espelho, meu cabelo estava uma bagunça, sem contar minha pele no pescoço até os seios, estavam com a cor avermelhada chegando ao roxo intenso, misericórdia, a noite foi intensa ontem. Ao me despir vi mais marcas abaixo dos seios, mais marcas da noite anterior. Se alguém visse com certeza ia dizer que eu apanhei, por sorte não tinha marcas nos braços ou pernas mas tinha nas coxas e virilha, sentia minha vagina se contorcer pela noite de ontem, não que eu não tenha gostado, pelo contrário gostei e muito, subiu para o topo das noites incríveis que eu tive com o meu amor. Mas não aguentei o pique de “batizar” a casa inteira, era grande e não passamos pela metade da casa.
—Amor, tá tudo bem ai? - Luan bateu na porta antes de colocar  a cabeça do lado de dentro.
—Está sim, estava encarando a arte que você me fez. - O encarei através do espelho. Ele logo se ligou pelas marcas que estavam ao meu corpo de se culpou.
—Oh meu amor, me desculpa. Acho que me empolguei ontem, eu não deveria ter abusado tanto do seu pedido.
—Ei, relaxa. Não aconteceu nada. Eu gostei só me assustei quando vi essas marcas. - Dei risada nervosa.
—Se te verem assim vão falar que te bati. - Ele fez careta.
—Eu sei, não vou poder usar uma blusa decotada por um bom tempo. - Reclamei e ele deu risada.
Entrei para o box e comecei meu banho, Luan saiu do banheiro me dando privacidade.
Terminei o banho e sai enrolada no roupão. Me vesti e desci a procura do meu marido. Ele estava sentado jogando, todo concentrado na TV. Decidi incomodar um pouquinho, me sentei ao lado dele mas não demorei para escorregar seu colo e me acomodar em suas coxas, atrapalhando sua visão.
—Amor. - Ele falou meio contrariado, eu dei risada e beijei seu queixo até chegar a boca onde eu deixei uma mordida de leve e um beijo gostoso.
—Você não ficou atrás com as marcas. - Deslizei meu dedo pelo seu pescoço onde dava para ver as marcas que deixei ontem. Ele por ser mais claro que eu deixava mais evidente.
—Minhas costas estão ardidas.
—Deixa eu ver. - Levantei e me sentei ao seu lado. Ele tirou a camisa e pude ver suas costas, tinham arranhões mesmo, tinha marcas das minhas unhas em seus ombros e onde tinha marcas eu beijei com delicadeza.
—Me desculpa. - Pedi me sentindo culpada.
—Ei. Não precisa se desculpa. - Ele me abraçou e então caímos no sofá. Ele se aconchegou em mim arrumando meu cabelo. Agora mais apresentável.
—Mas mesmo assim, você tá todo marcado. Me desculpa mesmo. - Beijei seus lábios.
—Relaxa, amor.
A gente ficou namorando naquele sofá até a hora do almoço. Foi quando meu estômago roncou. Luan insistiu  fazer algo para comermos. E não tive como negar.
Fizemos um macarrão ao molho branco e frango. Fizemos só para o almoço mesmo pois nossa lua de mel estava só começando.
Depois de arrumarmos a cozinha, subimos para o quarto. Arrumamos uma pequena mala cada, passamos a tarde assim num clima tão gostoso. Queria congelar esse momento para sempre.

10/11/2017

Capitulo 139

Pietra




Enxuguei suas lágrimas, ele me olhava deixando as lágrimas caírem, acho que a emoção foi tão grande para ele que faltou palavras e transbordou em lágrimas.
—É sério isso mesmo?
—Sim. Muito sério. Eu ia te contar ontem mas quis esperar um pouco mais.
—Oh meu amor. Eu to sem palavras, não sei nem o que dizer. Eu tô arrepiado. Achei que íamos continuar lutando em ter o nosso primeiro e você me presenteia com isso. Obrigado, obrigado, obrigado. Você é a mulher mais incrível que eu conheci nessa vida e agora tá carregando um fruto nosso, um fruto do nosso amor.
—Você é um cara incrível. Obrigada por não ter desistido dele mim.
Ele me abraçou não me deixando falar mais o que eu queria continuar falando, ele ficou agradecendo enquanto me apertava contra ele dizendo que era o cara mais feliz do mundo.
—Tá de quanto tempo? - Ele se afastou de mim me analisando.
—Vou fazer três meses ainda.
—Três? Já fez os exames? Já foi na doutora? - Ele estava eufórico.
—Já sim. Fiz ultrassom e o bebê está sendo formado dentro do meu útero. Pequeno porém saudável.
—Que bom meu amor. Será que podemos já contar pro pessoal? - Olhei em volta vendo que ninguém nos observava.
—Vamos esperar mais um pouco? Eu quero ter certeza que tudo vai dar certo com o bebê. A minha doutora disse que é arriscado ter um aborto nessas doze semanas.
Ele parou analisando.
—Tudo bem. A gente espera um pouco mais. Nossa cara eu to muito feliz. - Ele passou a mão na minha barriga. —Um filho amor! - Seus olhos brilharam.
—Sim amor. Nosso brotinho. - Acariciei seu rosto.
Bruna apareceu nos chamando, dizendo que o fotógrafo queria tirar algumas fotos nossas. Fomos guiada por ela. Ai começou as fotos com nós os noivos. Tiramos fotos com todos os convidados que quiseram fotos. Famosos parentes e amigos.
Toda hora pegava Luan me olhando de um jeito diferente, de um jeito sereno, calmo e protetor. Era isso que ele é, protetor, um alguém que me protege de tudo e de todos.
Depois das inúmeras fotos, Érica me levou até o altar, reuniu todas as mulheres solteiras ali e eu joguei o buquê, Daiane agarrou o buquê. Comemorei com ela.
Ouvimos os discursos dos nossos amigos e dos nossos pais, fizeram-nos passar vergonha contando sobre eventos que queremos sumir. Luan mais se divertia do que ficava envergonhado e ainda me zoava.
O bolo foi cortado e distribuído para todos depois do belo jantar que tivemos.
—Acho que já está na hora de vocês fugirem né? - Erica estava conversando comigo falou um pouco mais alto para Luan escutar.
—Estava esperando vocês pararem de fofocar. - Ele alfinetou me agarrando por trás.
—Vou procurar o Eduardo. - Ela saiu.
—Podemos ir agora? - Ele sussurrou no meu ouvido beijando meu pescoço.
Apenas concordei fechando os olhos.
—Você veio dirigindo? - Concordei. —Então vamos!
Fomos para o estacionamento e entramos no carro, eu fiquei no carona, e ele foi dirigindo.
—Nem acredito que casamos! - Falei boba enquanto ele pegava a estrada.
—Nem acredito que vou ser pai. - Sua empolgação era maior que a minha.
—Vamos ser pais, nem acredito mesmo. - Ele acelerou o carro concordando com que eu falei.
—Vamos ter tempo para arrumar o quarto do nosso filho, vai ficar lindo.
—Calma, amor. Ainda temos que curtir a lua de mel. - Coloquei minha mão em sua coxa.
—Vamos curtir tudo isso sim. - Ele pegou em minha mão e a beijou.
—Por que me disse para continuar usando o vestido? Eu podia ter usado o vestido mais justo. Esse é tão complicado. - Fiz careta olhando meu vestido, estava tão quente dentro dele.
—Porque eu mesmo quero tirar. - Sua voz ficou grossa de um jeito sedutor.
—E o que vai fazer depois de tirar? - Ele que mantinha os olhos na estrada segurou mais firme o volante e me olhou.
—Vou amar você. - Ele falou e eu demorei para digerir aquilo. —Vou amar você por todo os dias.
—Eu já te amo desde o dia que eu te vi.
—Vou te amar mais hoje, mais que ontem. E vou amar ainda mais amanhã. Meu amor sempre crescerá conforme esse serzinho ai na sua barriguinha. - Seu sorriso brotou nos seus lábios. Eu também não me contive, sorri por ele estar curtindo a ideia de ser pai.
Não demoramos para chegar na nossa nova casa, ele colocou direto na garagem e pediu que eu não saísse do carro.
Fui surpreendida por ele abrindo a porta e não me deixando andar, me pegou no colo e tudo.
—Não precisa disso. - Eu agarrei em seu pescoço e ele riu negando.
—Precisa sim. - Ele então entrou na casa me carregando nos braços, o vestido incomodava um pouco mas nada que ele não reclamasse.
Ele subiu as escadas pro andar de cima e fomos para o nosso quarto.
—Enfim o nosso ninho de amor. - Ele sorriu malicioso. —Liga a luz moreninha. - Ele pediu perto do interruptor. Liguei a luz e ele foi caminhando comigo ainda no colo até a nossa cama. Me deitou nela e ficou me admirando.
—Já pode atacar. - Brinquei e ele riu.
—Estou com pena de tirar esse vestido. Você está muito linda nele. - Ele segurou minha perna esquerda, tirou meu salto com delicadeza e fez o mesmo com o direito. Deixando beijando no meu tornozelo, subindo pela panturrilha e joelho. Ele voltou para a perna esquerda e fez o mesmo caminho. Mas avançando até as coxas me deixando arrepiada. Sua mão alcançou a minha calcinha e foi descendo deixando em minhas pernas as meias.
—Que gostosa é essa minha mulher. - Ele disse subindo e colocando minhas pernas envolta da sua cintura. O vestido se embolou sobre minha barriga. Luan então me beijou, um beijo delicioso, todo apaixonado, carinhoso e romântico.
—Oh moreninha, o que você fez comigo? Estou completamente apaixonado por você, fascinado por você ser minha. - Me perdi no brilho do olhar dele.
—O mesmo que você fez comigo, me hipnotizou e me fez só ter olhos para você. - Segurei em sua nuca e trouxe sua boca até a minha, o beijei com vontade. suas mãos entraram por dentro do vestido apertando minha cintura e fazendo leves círculos ali.
Segurei em sua gravata, desatando o nó, abri os botões deixando a camisa aberta, desci beijando seu pescoço e aproveitando deixando algumas marcas ali. Luan gemeu rouco ainda com as mãos na minha cintura, fazendo um carinho estimulante.
—Será que é seguro?
—Hm? - Falei concentrada no carinho.
—É seguro da gente transar, você está grávida. - Ele tirou as mãos da minha cintura e se levantou sem se afastar da cama.
—Amor, mas é claro que é seguro. Já transamos comigo grávida. - Levantei ficando de joelhos segurando em seus ombros.
—Mas a gente não sabia. - Ele segurou a minha cintura por cima do vestido.
—Eu sabia. - Confessei mordendo o lábio.
—Quando que você descobriu? - Ele me olhou atento.
—No comecinho de dezembro. Eu preferi guardar para mim para dar essa surpresa depois do casamento. - Sorri beijando ele.
—A gente transou violento varias vezes, meu Deus. - Ri do pensamento dele.
—A gente não transou violento amor. Até porque eu não aguentaria uma violência. - Revirei os olhos.
—Você entendeu. A gente não tinha cuidados, agora eu tenho que pensar que tem um bebezinho aqui. - Ele passou a mão na minha barriga.
—Ei, relaxa. O bebê ainda não sente nada e seu pau não é tão grande a ponto de ir até onde o bebê tá - Revirei os olhos mais uma vez.
—Assim você me ofende em dizer que meu pau não é grande.
—Amor, seu pau é do tamanho ótimo, nem grandão nem pequeno. É da medida certa. - Ele revirou os olhos enquanto distribuía beijos pelo seu pescoço já vermelho de tanto eu beijar ali. —Você não disse que ia tirar meu vestido? Estou com calor aqui dentro dele. - Me afastei dele.
—É o ar condicionado que tá desligado. - Ele foi atrás do controle do ar e ligou, deixando o quarto mais gelado mas meu calor era o fogo que eu estava.
—Amor, se você não tirar o vestido eu mesma vou tirar. - Cruzei os braços.

Ele veio até mim e eu virei de costas, ele abriu o vestido e foi para o banheiro, me deixando desacreditada no que estava percebendo. Ele ia mesmo me negar sexo?