Pietra
A tal comemoração durou até tarde da madrugada, não vi Victória em nenhum momento, apenas Luan se divertindo com os amigos. Não me aproximei dele e nem ele de mim, achei melhor não quero mais papo com ele. Érica reclamou de dores nas costas no começo e Dudu levou ela embora. Fiquei com a Bruna mas não quis segurar vela por muito tempo e comecei a andar ela varanda, passei pela piscina e me sentei em uma das cadeiras, a mais afastada. Aquela casa era tão grande.
Era tarde quando eu e meu pai decidimos ir para casa. Eu fui para o meu quarto de hotel, dormi rápido depois do banho relaxante. Coloquei para despertar cedo mas quem disse que eu consegui acordar? Dormi até três da tarde e fui comer alguma coisa, estava varada de fome, o bebê é pequeno mas me faz sentir tanta fome…
Não aguentava mais ficar em hotel e não fazer a minha própria comida, pesquisei algumas imobiliárias por Barueri, eu precisava do meu cantinho. Marquei visitas para três apartamentos. Tudo isso para semana que vem, pois hoje mesmo eu já ia viajar. Arrumei a minha mala e tive que deixar a bagunça enorme no meu quarto de hotel. O motorista do uber que eu pedi chegou rápido no aeroporto. De óculos escuro cheguei no aeroporto, cumprimentei Well, Rober e o Herman.
Chegamos em MG e Luan foi recebido muito bem com abraços, presentes e muita saudade. As vezes pegava Luan me olhando e eu simplesmente ignorava.
Meu celular começou a tocar dentro do elevador, atendi mesmo sendo um número desconhecido.
—Alô?
—Pietra? Aqui é o walter, o contratante do show do Luan Santana.
Respirei fundo tentando controlar a minha raiva.
—Alguém passou o meu número pro Walter, o contratante? - Perguntei.
—É ele? Me dá isso aqui!
Luan tentou pegar o celular de mim.
—Claro que não! Eu sei resolver isso.
Me afastei do Luan. Voltei a falar com o Walter. Ele foi o cara que tentou me agarrar, lembro que Luan ficou bem puto quando eu contei isso para ele. Contornei bem a situação e encerrei a ligação já dentro do meu quarto.
Vi algumas ligações não atendidas do Yan e decidi retornar.
—Achei que não ia falar mais comigo.
—Eu fiquei muito ocupada essa semana, muito corrido.
Suspirei.
—Você tem que se cuidar, Pietra. Não quero ter que te ver todo dia para puxar a sua orelha.
—Pode deixar papai. - Brinquei. —Tá fazendo o que? - Perguntei mudando de assunto.
—Comendo, servida?
—Se eu estivesse em São Paulo eu aceitaria. - ri.
—Me esqueci que você só vive trabalhando.Esse Luan te ama.
—Não vamos falar dele. E você, porque voltou para São Paulo? - questionei curiosa.
—Saudade de uma morena aí. -brincou e eu ri.
Ficamos 30 minutos falando sobre coisas aleatórias, nenhum de nós entramos em detalhes sobre as nossas vidas, marcamos um almoço na casa dele assim que eu pisasse em SP, não neguei eu precisava comer algo nutritivo e com certeza Yan pensaria bem nisso.
Eu tentei ver uma folga para mim nessa semana para fazer alguns exames que eu precisava entregar para a minha obstetra, mas a agenda do Luan estava cheia, impossível para fugir do trabalho. Então liguei para o senhor Amarildo pedindo dois dias de folga por motivos médicos, ele se preocupou mesmo dizendo que era apenas exames de rotina. Disse para mim que Bruna estava de férias e que iria comigo nesse exame. Tentei dizer que não era necessário mas foi em vão, Bruna estava do lado dele e ouviu dizer seu nome conversando comigo e concordou que iria comigo. Encerrei a ligação pensando na desculpa que eu daria na Bruna.
A hora de ir para o local do show chegou e eu terminei de me arrumar em cima da hora por ter me esquecido da hora, ouvi baterem na porta e eu abri avisando que faltava pegar a minha bolsa. Voltei dando de cara com o Luan.
—Meu pai me disse que você ia tirar o resto da semana para ir no médico. Você tá bem? - Seu olhar era de preocupação.
-Melhor do que deveria. Os exames são de rotinas, sempre faço. - Menti dando de ombro.
—Certo, eu achei que estava mal, não sei. -mexeu no cabelo.
Fiquei olhando para o chão sentindo ele me observar.
—Eu queria mudar esse clima tenso que acontece quando ficamos perto um do outro…
—Não começa. Foi você quem saiu do seu apartamento sem me deixar entender, me fazendo de palhaça por todo esses dias.
Tentei passar pela porta mas ele me barrou.
—Não faz assim. Você não foi a única que saiu prejudicada. Eu fiz tudo isso pensando em você.
—Não quero saber em quem estava pensando. Espero que esteja sendo feliz com a minha irmã, que bom que eu vou ser tia. -falei irônica conseguindo passar por ele.
—Está sendo como você desejou. Eu sendo o cara mais infeliz do mundo, com a mulher errada.
—Bela escolha.
Por sorte ou azar Victória saiu do elevador.
—Cadê o Luan? - Perguntou para mim.
Luan ouvindo a voz dela recuou para dentro do meu quarto se escondendo atrás da porta.
—Falou comigo? - Perguntei sendo muito irônica.
—Tem alguém mais aqui que cuida da vida do meu noivo mais do que eu até?!
—Não quero saber da vida do teu namorado…
—Noivo. - Me corrigiu
—Foda-se. Não quero saber dele e nem de você.
Entrei no meu quarto vendo Luan encolhido atrás da porta.
—Você é maluco? Eu não tenho mais nada contigo.
—Eu sei. Me desculpa por eu tá te metendo nessa mais uma vez. Se ela me ver no seu quarto vai me encher o saco.
Eu bufei sem ter nenhuma solução, eu poderia simplesmente jogar ele na jaula do lobo mas eu conhecia minha irmã suficiente que ela iria me culpar de estar me jogando pra do noivo dela. Eu também não esperei por muito tempo, passei a mão no meu cartão do quarto e sai deixando Luan sair quando ele achasse que fosse a hora de sair. Desci o elevador suspirando aliviada por não ter visto Victória outra vez, eu estava me sentindo nervosa e meu bebê não deveria sentir isso. Eu prometi a mim mesma que ia cuidar dessa gravidez com muito cuidado. Desci até o térreo, os rapazes estavam lá.
—Cadê o Luan? - Rober perguntou olhando por onde eu vim.
—Deve estar com a Victória. - Dei de ombro.
—Ela tá aqui? - Well e Rober perguntaram juntos, me fez até duvidar no que eles passam quando se trata da “madame”.
—Esta. Eu vou me sentar na van ta? Tô cansada. - Resmunguei entrando na van.
—Qual é a treta dessa vez com a sua irmã? Eu ouvi uma conversa dela no telefone com alguém, ela disse que te odiasse. - Rober perguntou perto de mim e para apenas eu ouvisse.
—Briga familiar, nada demais. -Sorri pequeno.
—Olha Pie, gostamos muito de você, a equipe que acompanhou você e o Luan gostamos muito de você, nenhum de nós contamos para a Victória sobre o que estava acontecendo entre vocês dois.
Eu sorri de lado, me emocionei por saber que Rober e os rapazes gostavam da minha convivência como tudo aconteceu inesperadamente.
—Eu sei que não veio da equipe, pode ficar tranquilo… Victória é uma garota difícil de se engolir mesmo.
—Ela é. Ela acha que trabalhamos para ela. Eu não reclamo com o Luan porque tenho receio de perder meu emprego mas agora que vem casamento e uma criança, vai ficar difícil a convivência. Eu achava que com você no caminho do Luan ele fosse dá um pé na bunda dela.
—Eu também achei mas foi eu que tomei um pé na bunda sem entender nada. - Sorri de lado.
—Fica tranquila,tem aquele ditado, se não era para ser seu ele vai embora, se for para ficar com você ele volta.
—Essa é o ditado de quem? - Perguntei rindo.
—Do Roberzinho aqui, nenê. - Rimos.
Na mesma hora o casal aparece e junto a Caroline, Victória e a sua nova amiga não pararam de falar sobre o bebê que Victória carregava, isso me enjoou e não foi o movimento da van.
Fiz tudo que tinha que fazer com uma vontade enorme de fazer xixi, nem barriga eu tinha e o meu bebê já estava apertando a minha bexiga. Tive que entrar no camarim que as duas cobras e o idiota estavam, ainda ouvi cochichos delas duas, isso era ridículo. Eu só aturava isso por ter que trabalhar, ou então largava isso tudo e viveria a minha gravidez intensamente.
Quando eu já estava na cama do meu quarto fui ver meus emails, o mais recente era uma passagem para São Paulo, Amarildo cuidou de tudo, acho que ele adivinhou que eu não lembraria de comprar a minha passagem. Aproveitei a falta de sono e arrumei as coisas para amanhã, deixei minhas malas na porta no quarto e deixei minhas coisas que eu precisaria quando acordasse, a passagem estava marcando bem cedo e eu não poderia me atrasar.
Não cheguei avisar ninguém, era muito cedo quando eu decidi sair da cama, mal preguei os olhos e o meu celular despertou, fui a viagem toda dormindo e só acordei quando a moça do meu lado me cutucou avisando que havíamos chegado.
Peguei minhas malas e pedi um táxi, ele me deixou no meu hotel, o meu celular vibrou algumas vezes indicando algumas novas mensagens e eu percebi que estava sem créditos e só fui receber as mensagens quando eu entrei na rede wifi do hotel.
Érica soube pela Bruna que eu estava voltando e queria conversar comigo, pedi que fosse na hora do almoço pois estava cansada e não tinha dormido direito, ela entendeu e me deixou descansar.
Acordei passava das onze da manhã, eu não tinha recuperado a noite mal dormida mas estava melhor do que duas horas atrás. Me arrumei e fui me encontrar com a minha amiga.
O que tem nessa conversa, hein?
Meninas, a falta de capítulos foi pq estou sem computador e pelo celular é difícil de produzir mais capitulos como antes, embora eu tenha muitas idéias. Vou tentar sempre atualizar e jamais vou abanar esse cantinho que eu tanto amo ❤.
Acho que Erica desconfia que ela esteja grávida.
ResponderExcluirPietra tinha que ir embora do Brasil
ResponderExcluirEu to com raiva do Luan 🙄
ResponderExcluirSó acho q Pietra deveria sumir da vida do Luan, bicho burro da porra 😩😩. Só gosta de aprender na dor😲
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