Depois do churrasco e um bom descanso, todos se juntaram para jogar vôlei na piscina, o sol quase não batia na piscina por conta da casa, então escolheram os times, acabei ficando no time do Luan com a Bruna, Marquinhos e Jéssica. O outro time ficou maior com Douglas, Breno, Juliana, Yan, Rober e Caio. Eu era boa em voleibol mas era péssima na piscina. Por várias vezes senti Luan me agarrar na cintura, sorte à minha ninguém perceber nada. Aos poucos cada um foi se cansando e saindo da piscina, restando apenas eu e Luan que por sinal fazia mergulhos espetaculares.
—Vamos apostar uma corrida, Pietra? - Ele mexeu no cabelo depois de recuperar o fôlego de um mergulho.
—Estou cansada! - Dei a pior desculpa.
—Ah pra, vamos! - Ele me puxou até a parte mais rasa, a água quase batia na minha cintura. — No três! Um, dois, TRÊS!
Luan partiu na frente me deixando pasma com seu roubo. Nadei o que eu pude chegando na parte mais funda quase sem pulmões.
—Você roubou!
—Não roubei, eu ganhei. É diferente.
—Roubou sim! No três você estava quase no meio do caminho! - Bati na água e ela foi na cara dele. A cara dele foi impagável, deu até um arrependimento, em segundos ele me ergueu me colocando em seu ombro, gritei de susto e implorei para ele me colocar de volta na água, ele ria do meu desespero. Ele parou me pondo próxima à borda, à parte mais funda da piscina. —Aqui eu não consigo ficar em pé! - Resmunguei me segurando na borda.
Eu não vi quando seu corpo se aproximou do meu, uma aproximação arriscada, perigosa para ser mais preciso. Senti o calor das suas mãos agarrarem minha cintura, olhei pro seus olhos, castanhos e na claridade como agora ficaram um castanho tão lindo, à boca dele então, tão linda entreaberta, vontade de morder ou chupar quem sabe, queria sentir o gosto que ele trás nos lábios rosados. Queria avisá-lo que ele exerceu a distância que costumávamos manter, mas quem disse que eu tinha forças? Minhas pernas não me respondiam e eu só estava boiando por conta dos seus braços.
Ele fez menção de me beijar e eu tentei esquivar.
—Alguém pode ver e… - Os lábios dele me calaram, o beijo foi tão inesperado que eu não, eu não estava pronta para ganhar um beijo do homem que eu era apaixonada, sem contar que ele é meu cunhado e meu chefe, ele só pode está louco.
Empurrei ele para longe, nadei o mais rápido que eu pude e subir na escadinha por estar fraca para me erguer na borda. Corri até minhas coisas, observando atentamente nas janelas se ninguém nos observava, vesti meu short mesmo estando molhada, Luan estava estático na água, onde eu o deixei. Entrei e não vi ninguém na cozinha e muito menos na sala, ou seja, deveriam estar em seus quartos. Subi pra o meu e dei sorte do Yan está no notebook conversando com alguém e não da a mínima por mim, entrei ao banheiro e tomei um banho bem demorado. Estava confusa, Luan me deixava confusa, ele ama à minha irmã, por mais que ela tenha feito tanta coisa ruim para mim, eu não teria coragem de pagar pela mesma moeda.
[…]
Na manhã seguinte tivemos todos que voltar à trabalhar, acordamos bem cedo e saímos antes das 7 da manhã. Rafael intimou que nos queria sem falta na reunião e sem atrasos. Então tive que me arrastar às 5 para arrumar a mala e despertar o que foi um custo, todos estavam visivelmente desgastados. Nessa folga de três dias fiquei feliz por conseguir uma marquinha, o sol ajudou bastante. Mas só de pensar que teríamos que enfrentar uma reunião que na qual não sabíamos o que era, me dava uma pontada de nervosismo.
Cá estou eu, ao ônibus— Melhor coisa que se inventaram, transporte coletivo, 99% das pessoas odeiam transporte público por ser público, mas eu que odeio dirigir, amo ônibus, metrô então…. Nem se fala.
Cheguei em cima da hora ao escritório, vento o olhar severo do Rafael, Luan chegou trinta minutos atrasado, alegando que o café da mãe era maravilhoso, porém seu Amarildo acusou o filho de ter dormido ao sofá da sala, esquecendo da reunião fazendo todos rirem.
Rafael me chamou e então fui, andando em passos lentos, Luan entrou também na sala e se sentou de frente para mim. Meu pai entrou por último, se sentando ao meu lado.
—Paulo, já falou com à sua família? - Rafael e meu pai trocaram um olhar.
—Falou o que?
—Ainda não falei nada, prefere resolver aqui e depois falar, tudo bem?
—Do seu jeito. Bom à reunião é que o Paulo vai se afastar por um tempo do trabalho, não sabemos por quanto tempo. - Rafael jogou a bomba, olhei pra meu pai atônita. Como assim meu pai vai se afastar? Aconteceu alguma coisa que eu não sei?
—Estou com uma doença que eu preciso tratar com mais calma e preciso de repouso, só isso! - Ele respondeu à minha questão — Conversei com Rafael e não tem ninguém melhor do que você para assumir o meu lugar.
—Como é? E não posso aceitar isso!
—Pode, pelo menos do Luan você pode. Você é excelente! Dos outros artista eu posso passar à responsabilidade para outro alguém, mas o Luan precisa de alguém que ele confie, Amarildo vai levar muito tempo para colocar alguém no meu lugar e a única solução é você!
Comecei a negar com incredulidade, não tinha capacidade, eu era só uma assessora de internet, claro que estudei para ser uma assessora de imprensa mas estava muito bem ao escritório, onde ninguém me via e eu resolvia tudo por telefone e e-mail.
—Eu não sei se consigo, nunca fiz nada parecido. E o senhor está doente, o que o senhor tem? Eu não vou viajar tranquila sabendo que o senhor está em casa, doente…
—Sobre a doença, vamos conversar em casa! Você tem talento e capacidade, o Amarildo vai querer que você aceite, ele confia em você, não é mesmo, Luan?
Luan confirmou com tanta convicção, não queria olhar para ele mas fui obrigada quando sua voz ecoou na sala.
—Essa é sua hora de mostrar que você sabe, você está mais que pronta para isso, eu não vou confiar mais em ninguém sem ser vocês dois.
Luan me convenceu segurando a minha mão, acabei concordando com a ideia de viajar e cuidar da sua imagem como meu pai fazia.
Meu pai ficou feliz por mim, Rafael também, Amarildo entrou perguntando se eu tinha aceito, confirmei para ele, ganhando um abraço dele. Por último foi Luan que veio todo carinhoso, beijou minha cabeça e disse coisas bonitas.
Consegui fugir daquela sala e fui para minha mesa, tive que arrumar as minhas coisas.
—Vai com a gente hoje né? - Luan me assustou, dei um pulo de susto e ele riu.
—Hm não sei…
—Você tem que se acostumar à rotina.
—Eu vou me acostumar! - Garanti.
—Então eu te pego às 8 da noite.
—Não precisa. Eu vou de táxi.
—Por que não vai com a gente na van?
Eu respirei fundo.
—Não precisa, é sério. Eu vou pra balada depois.
—Hm. Com quem?
—As meninas estão querendo ir, mas eu vou com o Yan.
—Hm o playboyzinho.
—Para com isso! - Reclamei.
Ele começa a rir, debochado.
—Vou parar! - Ele virou o rosto e voltou a me olhar - Não esqueci de ontem! - Soltou aquilo e se levantou, como se não tivesse falado nada demais. Respirei fundo e fingi não ter ouvido.
Com as minhas coisas numa caixa de papelão guardadas, fui embora quando meu pai terminou de agilizar as papeladas que ele precisava passar para mim.
Meu pai estava mais animado que eu e dava para ver que ele estava tranquilo com a escolha que ele me fez fazer.
Meu pai chegou em casa contando da novidade.
—Pietra vai ficar ao meu lugar e tenho certeza que vai ser uma ótima assessora do Luan!
—Espero que tenha capacidade para exercer esse cargo tão importante! - Minha mãe disse toda seca, ela não era boa em mostrar emoção e nada que eu fazia era suficiente. —Já que não deu certo como atriz!
Revirei os olhos, passei três anos da minha vida fazendo o que eu não gostava por escolha da minha mãe, ela sempre quis que eu e Victória fossemos atrizes, Victória adorou, meu pai conseguiu colocar ela na novela, fez algumas participações, mas isso tinha que ter talento, agora ela fazia publicidade de marcas famosas, sempre carregando o nome do Luan na frente.
—Pai, quando que o senhor vai contar sobre a doença? - Deixei que minha mãe se afastasse para perguntar, já que meu pai não se pronunciou e minha mãe tão desligada não percebeu que tinha alguma coisa por trás disso.
—Eu queria que sua irmã também estivesse presente! - Respirei fundo por fim concordando.
—Eu só não vou conseguir trabalhar hoje sabendo que o senhor tem que contar algo importante!
—Está tudo sob controle, não fica triste não moreninha! - Ele afagou os meus cabelos, eu me deitei em seu colo como eu fazia de costume, ele até se surpreendeu com meu gesto de carinho. Eu uma adulta já no colo do pai coroa, só queria deixar registrado o quanto eu o amava.
Depois do gestos de carinho, meu pai me instruiu da melhor forma possível, meu pai nasceu para ser assessor, tinha dom para isso.
Depois da tarde com o meu pai, fui pra o meu quarto e fiquei nas redes sociais, entrei ao twitter da Central de fãs e comuniquei que eu iria assessorar a carreira do Luan no lugar do meu pai, eu precisava do apoio dos fãs que sempre me receberam bem.
A cada minuto que se passava eu ficava nervosa, era uma nova etapa que eu tinha que passar por mérito meu.
Mandei uma mensagem pro Yan, avisando ele que eu teria que trabalhar nessa noite, ele mais uma vez disse que o meu chefe estava pegando no meu pé. Tive que evitar o assunto Luan, meu pensamento estava muito confuso e eu preferi não citar à doença do meu pai que nem eu mesma sabia.
\Me arrumei para ir para boate, depois do trabalho claro, Yan não me deixou cancelar e eu não queria dar motivos para ele dizer que eu estou deixando ele de lado. Me arrumei muito bem vestida e desci apenas quando Yan buzinou.
Me despedi dos meus pais, meu pai me desejou boa sorte, me disse que era para ligar para ele para qualquer dúvida.
—Uau, que gata! - Yan me elogiou. —Isso tudo é pro patrão? Olha que eu não divido o que é meu!
—Não tem que dividir nada, vamos logo porque estamos atrasados! - Dei um selinho nele antes de entrar ao carro.
O trânsito estava horrível como eu imaginava e quanto mais chegava próximo ao local do show mais engarrafado estava.
Deixei Yan estacionando o carro e disse a ele que encontraria ele atrás do palco antes do show começar, ele não teve muita escolha e concordou. Encontrei com Rober, que me contou que Luan estava atrasado, para variar.
Entrei no backstage, fui na sala onde estava a banda, cumprimentei os rapazes e segui para sala da imprensa, instrui eles a fazer perguntas objetivas sobre a carreira, uns alienados ainda questionou se eu era a Victória mas me prontifiquei em falar que eu era a irmã gêmea da namorada do cantor. Rober apareceu dizendo que Luan ia atender a imprensa naquele momento. Rober saiu da sala de novo e voltou com o Luan.
Estava perfumado e eu tive que ouvir algumas entrevistadoras elogiar o seu cheiro maravilhoso. Luan com seu sorriso cafajeste adorava os inúmeros elogios. Luan trocou uns olhares comigo que me deixava mais nervosa do que eu já estava. Só de lembrar do beijo com aquela boca, me deixava toda arrepiada, só de pensar.
Ficamos em torno de uma hora naquela sala, sai e entra repórter fofoqueiro perguntando sobre a vida pessoal e profissional do Luan. O último repórter saiu e dei início no atendimento aos fãs, Luan estava atrasado e precisava que fossem rápidos. O atendimento foi rápido pelos ganhadores da central, dava para ver o orgulho que eles fãs carregam no peito, Luan era um dos melhores cantores e eu tinha orgulho de fazer parte da equipe dele, não por ser loucamente apaixonada por ele mas eu conhecia alguém um ser humano tão delicado que poucos conseguiam enxergar. Luan também não ficava atrás, ele tinha um sorriso lindo, ele era péssimo em puxar assunto com fãs, fico surpresa por tanto tempo em estrada e ele não saber o que fazer quando um fã o abraça. Chega ser fofo e engraçado ao mesmo tempo.
—Cabô? - Luan perguntou quando não viu mais ninguém entrar.
—Acho que acabou, vou ver.
Saí e logo voltei, tinha realmente acabado. Luan foi se arrumar e eu finalmente estava livre, em partes.
Fui até onde marquei com o Yan, mas não o vi. Mandei mensagem e ele disse que estava ao camarote e me disse qual era que ele estava.
Encontrei ele rápido, um gato desses e fácil de se achar, ele estava conversando com uma ruiva até bonitinha.
—Oi! - Cheguei perto deles. A ruiva não soube onde enfiar a cara achando que eu era a namorada dele.
—Carol essa é a Pietra. Pietra essa é a Carol, acabei de conhecer! - Yan deu um sorriso cafajeste. Ri, já imaginando que eu ia ficar para escanteio.
—Tudo bem? Sou amiga dele. - Sorri deixando-a menos constrangida.
—Tudo sim. Yan não disse que veio acompanhado, bom vou indo.
—Relaxa, pode ficar aí, não me importo. Só vim de carona mesmo! - Dei de ombro.
Ela pareceu mais aliviada, Luan demorou a subir ao palco então fiquei no bar, bebendo algo leve, eu precisava ficar sóbria pois ainda estava no horário de trabalho. Mandei mensagem pro meu pai dizendo que foi uma maravilha, ele me elogiou dizendo que eu tinha todo mérito. Meu pai é o melhor.
Relaxei bebericando a minha bebida e me arrependendo de não ter chamado Érica para se divertir comigo, aah se arrependimento matasse. Disquei o número dela que atendeu no segundo toque.
—Fala fofinhaaaa! - Aí pai, já estava bêbada.
—Tá onde?
—Numa boate, muito mara! Cadê você hein?
—No show do Luan! - Revirei os olhos mesmo não me vendo.
—Ai pega logo esse homem ou eu vou pegar por você!
Sua sinceridade era maravilhosa e me fazia rir.
—Pois pegue ele por mim, quer vir para cá não?
—To de carona com um amigo! - Ela começou a cochichar.
—Aah! Achei que pudesse vir para cá mas tudo bem. Divirta-se e use camisinha sou nova para ser tia ou madrinha!
Ela gargalhou bem alto.
—Tá bom fofinhaaaaa! Use camisinha com o Luan! Ops Yan! - Ela desligou gargalhando. Aí minha amiga e louca.
O show começou tempo depois e eu curti como uma louca fã que sabia das músicas de cor e salteado. O show era incrível. O show terminou e Yan veio sozinho pro meu lado.
—Cadê a ruivinha?
—Foi embora!
Fiz biquinho enquanto respondia.
—Poxa, era sua foda da noite!
Ele gargalhou.
—Você pode ser a minha!
—De jeito nenhum eu sou à segunda opção querido! Pode tirando seu cavalinho da chuva.
Ele riu fazendo biquinho.
—Ciúmes, dona Pietra? Achei que era apaixonada pelo cantorzinho.
—Cala a boca. Não sou ciumenta, só não quero ser segunda opção de ninguém!
—Tá certa, mas é a baladinha? Vamos né? Quem sabe eu acho a minha opção por lá? - Rimos.
—Vamos que eu vou beber até não aguentar mais e você vai ter que me aguentar! - Levantei depois de pagar à minha última bebida.
À noite só estava começando pra gente.
Nossaaa to passada 😮
ResponderExcluirBom demais hein....
Louca pra saber o desenrolar desta noite q ta prometendo hein....
Aaai, continua
ResponderExcluirJa pode postar o próximo, bem grande.
ResponderExcluirJá quero mais, e quero mais pegação do cantor com a cunhada, haha, continuaaa
ResponderExcluircontinua please ://///
ResponderExcluiressa fic ta maravilhosa