Pietra
💞
—Fica comigo hoje?
Eu parei olhando para ele, ele esperava a minha resposta.
—Não vai dá!
—Por que não?
Ele se remexeu.
—Não está certo o que estamos fazendo, estamos enganando a minha irmã. Eu não acho certo disso. - Me afastei já livre das mãos dele.
—Eu também não acho certo disso, mas… mas to gostando de você, tô gostando de ficar com você, estou louco, completamente louco por você.
—Para de fazer isso! Eu gosto de você. Você deve está acostumado a ter quem você quiser, eu sei disso.
—Não. Não é nada disso… - Ele tentou se aproximar mas me mantive afastada dele.
—É sim, Luan. Eu sei das suas burradas, eu que cobria as coisas que você fazia, eu sei de quantas você transou enquanto a minha irmã namorava você, mas eu não sou assim.
Ficamos longos segundos em silêncio. Eu estava ofegante, não queria ter dito aquilo, embora seja verdade. Mas nunca joguei na cara dele que ele traia a minha irmã por saber que ela fez a mesma coisa comigo.
Sai do escritório dele às pressas, esbarrando no pai do Luan.
—Me desculpa, machuquei o senhor? - Me preocupei embora pude ver que não tinha machucado ele.
—Não menina. Para onde vai com tanta pressa?
—Estava indo embora, estou com dores de cabeça e não estou com clima para festas. - Abaixei a cabeça mentindo, eu não estava para festas mas não era pela dor de cabeça e sim pelos problemas que a vida me proporciona.
—Luan vai levar você para casa, Érica está muito ocupada! - Neguei olhando para a sala onde Érica conversava animadamente com o Dudu.
—Não precisa Seu Amarildo, eu pego um táxi, não precisa se preocupar não.
—Pietra, eu vou ficar mais tranquilo se meu filho for levar você, não é Luan? - Amarildo olhou por cima do meu ombro, me virei vendo o Luan se aproximar mais com a mão no bolso da calça.
—É sim, pode deixar que eu a levo. Vamos Pie? - Luan estendeu a mão para mim, olhei por alguns segundos antes de pegar e ele me levar.
Não tive tempo nem de me despedir de ninguém, Luan me mostrou o caminho para entrar na garagem e em segundos estávamos de frente para quatro tipos de carros diferentes.
Entramos num carro branco, era lindo tanto por dentro quanto por fora. Não entendia de carros e muito menos gostava de ter um, mas dava para ver que esse carro custava a minha vida inteira de trabalho.
Fomos o caminho inteiro em silêncio, no meio do caminho, Luan ligou o som e ficou cantarolando em inglês, era bonitinho mas eu estava com muita raiva e não queria admitir que ele era péssimo em inglês mas que ficava muito fofo, tão fofo que dava vontade de mordê-lo.
Ele estacionou na esquina da minha rua, acho que ele esperava que eu o beijasse para se despedir dele.
—Pie, me desculpa por hoje, eu não achei que você fosse como as outras em momento algum, você é especial, ainda não sei o que você tem de especial mas algo me chama atenção. Eu… Eu só fiz tudo por impulso e a partir de agora vou pensar bem antes de fazer alguma coisa, não quero que você se afaste de mim. A gente tem um laço que eu ainda vou entender o que significa.
—Obrigada pela carona, Luan.
—espera, eu vou te levar até a sua casa.
Apenas concordei sem pronunciar uma palavra, ele voltou a ligar o carro e seguiu até em frente a minha casa, e antes que ele falasse alguma coisa, eu saltei do carro e fui para minha casa.
Entrei pro meu quarto como um furacão, me deitei e senti as lágrimas molharem meu rosto.
Segunda amanheceu com um sol escaldante, logo que eu liguei meu celular tinha mensagens do Yan me chamando para ir para casa dele, tinha uma piscina lá e ele queria a minha companhia. Respondi as mensagens da Bruna e da Érica e fui me arrumar.
Quando eu cheguei no apartamento dele, na área da piscina e realmente, estava um dia maravilhoso, aquela piscina estava me implorando para mergulhar nela.
—E gatinha, perdida no meu prédio? - Era o Yan, ri e o abracei.
—Estou perdida, estava procurando por um chato mas acho que você serve.
Rimos e fomos para as espreguiçadeiras, me sentei em uma e coloquei minha bolsa na mesa ao lado, tirei a blusinha e guardei. Peguei a toalha, deixando-a esticada na espreguiçadeira, tirei o protetor solar e os óculos. Tirei o short e me sentei passando o protetor.
—Morena do céu, eu sou cardíaco, você não pode me fazer uma coisa dessas! - Yan jogando suas piadinhas.
—Até parece que você nunca viu nada!
—Mas de biquíni é melhor ainda, esse rosinha então…
Ri e quando terminei de passar o protetor caímos na água, estava uma delícia.
Voltamos pois eu queria ainda pegar uma marquinha, embora Yan me encheu dizendo que eu estava com a cor ótima.
—Fábio quer voltar, acho que vou voltar pro Rio.
—Mas já?
—É, já tem um mês. E estou com saudade do meu trabalho.
—Verdade, mas do que você trabalha? Nunca conversamos sobre isso. Achei que você fosse personal de academia mesmo.
—Já fui personal mas sou mesmo professor de voo livre, asa delta, paraquedas, parapente e um monte de esportes no ar.
—Sério? Eu não imaginava! Deve ser maior frio na barriga, não dá medo?
—Eu tenho frio na barriga até hoje mas são anos de voos, hoje em dia eu não tenho mais medo de me machucar!
Ele riu das minhas caretas.
—Tenho medo até de brinquedos de parque de diversão, imagina voar! Cê é louco! - Rimos.
—Quando você for no Rio vou te fazer voar comigo, você vai ver o quanto é gostoso sentir o vento no rosto e a adrenalina.
—Não mesmo! Cê é louco! - Neguei ouvindo ele rir às custas do meu medo.
—Tenho um bom tempo para te convencer.
Ele deu de ombro sob os meus protestos. A fome falou mais alto e subimos, tive que nos salvar, já que não tinha nada preparado no apartamento dele, fiz um macarrão maravilhoso com salsicha, única coisa que tinha na cozinha dele. E como estávamos morrendo de fome, tanto o cheiro quanto o sabor estava divino e comemos até a raspa da panela, não sobrando nada.
Limpamos a bagunça e fomos assistir tv, eu me sentia com a barriga pesada e a preguiça maior do que a fome que eu estava a uma hora atrás.
—Vai pra academia não, gordinha? Dei língua enquanto ele ria.
—Só se eu for rolando, estou com preguiça!
—Eu tenho que ir já. - Ele olhou pro relógio do pulso dele.
—Ainda bem que eu sou a ultima aluna! - Ri.
—Poderíamos fazer os exercícios na minha cama, quem sabe? - Deu um sorriso malicioso e eu lhe taquei uma almoçada.
—Vai te catar. Vou pra casa, me dá uma carona?
—Dou folgada, vai aprender a dirigir!
—Eu sei dirigir mas não gosto. Vendi o carro que meu pai me deu de presente quando fiz 18 anos e tirei carteira, na época era o máximo mas agora prefiro as caronas! - Ri.
—Folgada! - Tacou a almofada de volta em mim. Ele foi pro quarto enquanto ria de mim e eu fiquei assistindo a tv.
Yan me levou pra casa e foi direto pra academia, enquanto não dava o horário da minha aula eu fiquei no meu quarto mexendo nas minhas redes sociais. Ouvi as vozes lá em baixo e pela alta convivência, era o Luan e Victoria discutindo, liguei o som pra não ter que ouvir nada. Mas quando deu oito da noite e a discussão não tinha sessado, tive que descer e ver os dois lá, passei sem falar nada e fui correndo pra academia.
A terça e quarta passaram voando, encontrei minhas amigas no shopping, ambas precisavam de roupas novas e renovar o guarda-roupa, e eu não neguei que também precisava, comprei bastante coisas e fiquei feliz por sair com muitas sacolas, eu sou muito difícil em me decidir e por isso a minha admiração por ter saído do shopping com tanta coisa que eu gostei.
Na quarta a noite, Yan me trouxe em casa, ficamos conversando até mais tarde dentro do carro, eu estava triste pois ele iria pro Rio na segunda, e nos veríamos pouco nessa semana.
—Vamos comigo!?
—Onde?
—Viajar, eu fico a maioria do tempo sem fazer nada, só me ocupo durante a noite.
—Não sei Pie... O Luan sente ciúmes e vai achar ruim você me levar.
Revirei os olhos, Luan não sente ciúmes, ele só quer transar comigo pra ser fodão por pegar a namorada e a irmã gêmea da namorada, isso eu não quero.
—Não tem nada a ver, eu descubro o hotel e pago por um quarto a mais.
—Então tá, eu pago o meu quarto e você fica no seu, a gente foge algumas vezes pro quarto do outro mas sem teu patrão descobrir.
Neguei rindo.
—Cê tem medo do Luan é? - Ri.
—Tenho, pior que tenho. Ele tem umas fãs bem loucas viu?
—Mão fala assim delas! Elas são especiais. Vai ou não vai?
—Vou gordinha, que horas?
—Eu ainda não sei, vou te mandar os detalhes por mensagem, pode ser?
—Pode.
—Obrigadaaa! - Abracei ele e ganhei um beijo de boa noite.
Fui pra minha casa mais feliz, eu veria mais ele até segunda.
—Só se eu for rolando, estou com preguiça!
—Eu tenho que ir já. - Ele olhou pro relógio do pulso dele.
—Ainda bem que eu sou a ultima aluna! - Ri.
—Poderíamos fazer os exercícios na minha cama, quem sabe? - Deu um sorriso malicioso e eu lhe taquei uma almoçada.
—Vai te catar. Vou pra casa, me dá uma carona?
—Dou folgada, vai aprender a dirigir!
—Eu sei dirigir mas não gosto. Vendi o carro que meu pai me deu de presente quando fiz 18 anos e tirei carteira, na época era o máximo mas agora prefiro as caronas! - Ri.
—Folgada! - Tacou a almofada de volta em mim. Ele foi pro quarto enquanto ria de mim e eu fiquei assistindo a tv.
Yan me levou pra casa e foi direto pra academia, enquanto não dava o horário da minha aula eu fiquei no meu quarto mexendo nas minhas redes sociais. Ouvi as vozes lá em baixo e pela alta convivência, era o Luan e Victoria discutindo, liguei o som pra não ter que ouvir nada. Mas quando deu oito da noite e a discussão não tinha sessado, tive que descer e ver os dois lá, passei sem falar nada e fui correndo pra academia.
A terça e quarta passaram voando, encontrei minhas amigas no shopping, ambas precisavam de roupas novas e renovar o guarda-roupa, e eu não neguei que também precisava, comprei bastante coisas e fiquei feliz por sair com muitas sacolas, eu sou muito difícil em me decidir e por isso a minha admiração por ter saído do shopping com tanta coisa que eu gostei.
Na quarta a noite, Yan me trouxe em casa, ficamos conversando até mais tarde dentro do carro, eu estava triste pois ele iria pro Rio na segunda, e nos veríamos pouco nessa semana.
—Vamos comigo!?
—Onde?
—Viajar, eu fico a maioria do tempo sem fazer nada, só me ocupo durante a noite.
—Não sei Pie... O Luan sente ciúmes e vai achar ruim você me levar.
Revirei os olhos, Luan não sente ciúmes, ele só quer transar comigo pra ser fodão por pegar a namorada e a irmã gêmea da namorada, isso eu não quero.
—Não tem nada a ver, eu descubro o hotel e pago por um quarto a mais.
—Então tá, eu pago o meu quarto e você fica no seu, a gente foge algumas vezes pro quarto do outro mas sem teu patrão descobrir.
Neguei rindo.
—Cê tem medo do Luan é? - Ri.
—Tenho, pior que tenho. Ele tem umas fãs bem loucas viu?
—Mão fala assim delas! Elas são especiais. Vai ou não vai?
—Vou gordinha, que horas?
—Eu ainda não sei, vou te mandar os detalhes por mensagem, pode ser?
—Pode.
—Obrigadaaa! - Abracei ele e ganhei um beijo de boa noite.
Fui pra minha casa mais feliz, eu veria mais ele até segunda.
Adorei os comentários do capitulo anterior♥ Que continuem assim! E eu amo tanto as ideias das minhas leitoras que eu as uso!♥♥
Que babado essa viagem vai render.
ResponderExcluirAchei que teria hot, Luan não vai gostar nada da presença Yan
ResponderExcluirNossa, já quero mais. Muito boa essa fic. Sempre fico ansiosa.
ResponderExcluirADOREI, Pietra ta certinha, já quero ela e Yan se pegando e um certo Luan bufando de ciumes, continuaaaa mulher
ResponderExcluirPor favor. Posta mais. Please. Eu entendo o lance dos comentários, mas vai postando e a fic vai crescendo... você está indo muito bem.
ResponderExcluirJá quero Luan ciumento hahaha
ResponderExcluirContinua amoreeee
Aguardando por mais. :D
ResponderExcluirQuero só ver se Luan ver ele lá no que vai dar nisso kkkkkk
ResponderExcluirQueroo mais, posta logo!😫