29/11/2016

Capítulo 5

Pietra

💞


Bati na porta e Rafael me mandou entrar, acabei dando de cara com o Luan, que cara mal humorada é essa? Eu que estava de ressaca estava contente, será que o Luanzinho não transou essa madrugada? haha.
—Rafael, desculpa o atraso, eu sei que você é chato com atrasos mas me desculpa, isso não vai mais acontecer.
—O que eu faço com você hein! Em plena segunda feira saí para beber, o que tá acontecendo?
—Não estar acontecendo nada, só fui sair como todo mundo faz. Algum problema?
—Desde que não atrapalhe seu desenvolvimento no trabalho. nada! - Luan entrou no assunto e aquela conversa do Yan escoou nos meus pensamentos. Droga! Por que Yan foi falar isso para mim? Vou me iludir mais e mais.
—Não atrapalha! pode ter certeza que não.
—Espero que não> Ou vou ter que tomar medidas cabíveis.
—Certo, posso ir agora?
—Pode.
—Bom dia para vocês.
Saí dali rapidinho.
Passei o dia com a cabeça latejando, não tive tempo de tomar sequer o remédio de dor. E para piorar tive a impressão de estar sendo vigiada pelo Luan o tempo todo.
No começo da noite fui para casa, mais uma vez fui para academia e fiz todos os meus exercícios com o Yan, Ele já estava recuperado pela ressaca, nem parecia aquele de mais cedo. Contei à ele sobre o mini surto —Que eu acho normal dá parte do Luan — Yan disse que isso foi ciúmes, mas neguei dizendo que às vezes Luan pegava no meu pé só por pegar. Yan acabou confirmando a ida comigo na fazenda na segunda, me animei e ele ficou se gabando por eu estar gostando dele.
Yan me levou para casa, disse que não queria se o culpado pelo atraso de amanhã, então depois da série de beijos em frente à minha casa, ele foi embora. Subi pro meu quarto e tomei um banho demorado, eu precisava, meu corpo doía.
Desci e me alimentei, estava morrendo de fome. Ninguém mais falou do Yan, isso me ajudou bastante, não precisava dar satisfação da minha vida sexual. E se fosse preciso sair de casa eu sairia, ganhava bem e tinha um bom dinheiro guardado, suficiente para viver sozinha e poder dá para quem eu quiser.
Fui dormir cedo naquela noite, troquei algumas mensagens antes de dormir e capotei na cama. Acordei cedo dessa vez, meus pais nem haviam levantado quando desci pra cozinha, estava morrendo de fome. Fiz o café e fui na padaria comprar pão, ainda era cedo demais. Acordei com uma disposição incrível.
Isso aconteceu o resto da semana inteira, acordava com uma disposição e acabava com ela na academia, na verdade, Yan acabava com ela. Não vi o Luan no resto da semana, quinta ele voltava para estrada, isso era bom pois eu ficava longe dele e não morria de amores com cada gesto que ele fazia.
No trabalho ia de vento e polpa, às vezes Rafael pegava no meu pé, igual chulé, mas eu sabia domar a fera.
Segunda chegou e eu estava mais animada, avisei as meninas que Yan ia pra fazenda, junto comigo, logo elas fizeram um coro de "Onnwt". E me encheram falando que o lance estava mesmo ficando sério.
—Luan vai tá lá também ? - Yan me perguntou, íamos no carro dele.
—Vai, algum problema?
—Nenhum. Só vou ter que ver ele te olhando.
—Engraçadinho, à namorada dele tá lá, nem ouse a falar disso perto dela, por favor!
—Pode deixar, quem mais saber do seu penhasco pelo chefinho? - Ri
—Só a Érica.
—Certo, vamos te encher então.
Revirei os olhos e aproveitei para me acomodar mais no banco do carona.. Liguei o som e coloquei as pernas para cima. O tempo passou rapidinho, quando chegamos, as meninas já estavam lá, nos receberam bem, deixaram Yan bem à vontade.
—Mesmo quarto, Pie?
—É né? - Perguntei olhando pro Yan que concordou ao mesmo tempo. Subi para mostrar o quarto e o resto da casa. Yan estava cansado e preferiu descansar um pouco, desci e me juntei as meninas.
—Do que vocês estão falando aí hein?
—Do namoro de vocês, estão mesmo sério!
—Não estamos sério. Só estamos curtindo.
Dei de ombro e me acomodei em um dos bancos, estava com fome e tirei um pedaço de torta de limão.
—Quem fez?
—Juju.
—Tá uma delícia. Vou fazer os cupcakes! - Levantei com animação e a Bruna se animou em me ajudar a fazer a cobertura. Juliana e Jéssica só assistiram. Depois de arrumar a bagunça e ter terminado os bolinhos, subi e fui tomar banho, Yan dormia de bunda pra cima, me deixando admirar seu corpo. Fiquei com preguiça e me deitei ao seu lado agarrando seu corpo. Ele se mexeu e virou para mim com os olhinhos pequenininhos, deitou sobre meu peito e me agarrou nos braços.
—O resto do pessoal já  chegou?
—Tão chegando, dorminhoco. Estava cansado mesmo hein!
—Trabalhei quatro turnos seguidos só para estar aqui com você!
—Onwt que bonitinho. Eu sei, pode admitir, você me ama!
—Deixa de ser convencida. Tomou banho foi? Tá cheirosa demais!
Ele mordeu meu queixo e subiu para os meus lábios, os beijos esquentaram, Yan já subia as mãos para dentro da minha blusa, quando ouvimos as buzinas.
—Vamos descer!
Me fugi dos seus braços longos e ele resmungou Deixei ele se recuperando sozinho e desci. Marquinhos, Douglas, Breno, Caio e Zé Felipe estavam ali na sala, sendo recebidos pelas meninas. Abracei com animação cada um, já os conhecia e gostava muito das cantorias que eles faziam em noite de churrasco. Yan desceu e eu o apresentei pra os meninos.
—Rober tá puto da vida porque teve que vir com o casalzinho! - Caio contou fazendo todos rirem.
—Ela veio também?
Fiquei surpresa pela Victória vir, ela sempre odiou esse lugar, desde a primeira vez que vimos aqui.
—Veio!
Não demorou mais que dez minutos para eles chegarem, Luan foi recebido pelas meninas, fiquei afastada deles dois e me sentei junto com os meninos.
—Qual vai ser o plano de hoje? - Yan perguntou para mim.
—Beber até não aguentar mais! - Ri.
—To começando a gostar disso!
O pessoal foi se acomodando nos quartos e em minutos voltaram, fiquei do lado de fora perto da piscina, junto com o Yan.
—Luan veio falar comigo.
—O que ele falou? Me cumprimentou apenas. E agora ele não pra de olhar para cá!
—Para de ficar olhando! - Puxei seu rosto para mim e o beijei.
—Se você fizer isso de novo, o seu querido cunhado vai vir rodar a baiana aqui! - Gargalhei, me sentei de costas para ele e pude ver Luan encarando nós dois, isso mesmo é real? Ou eu estou surtando?
—Acho que eu to sobrando aqui. Quer que eu saia?
—Claro que não, eu já te disse que não vai rolar nada entre mim e ele.
—Ooi crianças! Yan, eu posso roubar a sua namorada rapidinho? - Era a Bruna, ela me puxou rápido me deixando longe de todos. — O que você fez pro meu irmão?
—O que? Como assim Bruna?
—Estávamos na cozinha quando ele entrou reclamando que você está se esfregando com o Yan, que você mal conhecia o cara e já estava trazendo ele para cá. - Ela falou rindo.
—O que? - Ri —Seu irmão é louco, só pode, única explicação coerente.
—Não sei o que você está fazendo com ele mas é grave!
Eu neguei rindo.
—Eu vou voltar para ficar com o Yan, dá um jeito nesse seu irmão, ele é louco!
—Ele ficou louco quando ficou com a Pietra. - Ela revirou os olhos. —Ficaria orgulhosa se você fosse a minha cunhada!
—Deixa de ser boba! - Ri fingindo querer aquilo tanto quanto ela.
Voltei pro Yan e contei o surto que a Bruna presenciou, mais alguém para me iludir.

Luan

💞

Pietra estava passando dos limites e eu não entendia o que se passava comigo, eu estava querendo proteger ela, ela era uma menina ainda e não sabia que os outros tem malícia. Queria impedir ela mas quem sou eu para impedir ela de fazer alguma coisa? Bruna acabou ouvindo eu reclamar dos maus modos de Pietra e foi correndo atrás da menina, tentei segurar ela e impedir mas foi tarde demais. Deu vontade de enfiar à cara dentro de um buraco e ficar por lá mesmo, aposto que deve ter enchido a Pietra de mentiras. Eu vou esganar a Bruna!
Aproveitei para me entupir de cupcakes, não fazia ideia de quem fez mas estavam uma delícia . Se eu descobrir quem fez eu caso na hora.
Victoria  por um milagre veio, depois de muita insistência minha. Agora estava de cara amarrada, me arrependi de ter insistido tanto.
—Vai ficar de cara amarrada até quando?
—Até irmos embora!
—Vamos lá para fora, lá tá legal.
—Tá calor demais!
—Tá normal, vamos, deixa de moleza.
Consegui tirar ela da cama e arrastar ela até o nosso grupo de amigos.
—Já que você me trouxe para cá vai ficar comigo, grudado, nem vai tocar nada.
—Mas…  
—Nem mais e nem menos mais!
Preferi ficar quieto, assisti o pessoal cantando e arrisquei cantarolar. De onde eu estava, dava para ver Pietra e o seu namorado, volta e meia trocavam salivas, sorriam como se só eles estivessem ali, ela sorria mais. Era impossível não ver, parecia que isso me atingia de algum jeito desconhecido. O que estava acontecendo?
As garotas decidiram fazer pizza de peixe, Victória foi a única que ficou empoleirada ao meu colo e ao meio dos homens, pedi que ela fosse pegar uma cerveja para mim mais nem para se tocar, essa era uma das coisas que me irritava.
Depois da pizza pronta e a madrugada já presente, Victória reclamou que não comia massa, fazendo nós todos agradeceram e brincaram com as outras meninas “Estão na dieta também?” Pietra ficou dando pizza na boca do marmanjo como se só houvesse eles dois ali.
Já passava das três da manhã quando aquele cara subiu, se despediu de todos e eu apenas lancei um sorriso falso.
Já tinha bebido todas mesmo, agora era à hora de falar com a Pietra, ela tinha que me ouvir.

Alguém vai fazer merda ou é impressão minha???🙊🙊🙊
Ontem eu ia postar mas teve um imprevisto!  E eu tenho um grupo no WhatsApp que eu aviso toda vez que tem capitulo é só entrar com esse link! https://chat.whatsapp.com/7HhBP9SW4Fc2aAmzZTsS9I

27/11/2016

Capitulo 4


Pietra

💞

—Pietra! - Bruna foi primeira à me ver, fazendo todos me olhares. Merda.
—Conhece? - Yan perguntou baixo e eu assenti.
—Oi gente, tudo bom?
—Como soube que estávamos aqui? - Victória falou.
—Não sabia, Yan meu amigo me trouxe aqui. - Não soltei do braço dele e puxei ele mais para frente.
—Oi Yan, vocês querem se sentar aqui com a gente? - Marizete com um sorriso no rosto segurou a minha mão.
—Não dona Marizete, já estamos de saída! - Victória falou se intrometendo.
—Eu adoraria mas Yan é tímido! -  Menti, sorrindo.
—Ah tudo bem então! - Ela sorriu.
—Tem certeza que não querem ficar aqui? - Eu me surpreendi com a voz do Luan, neguei com a cabeça incapaz de falar algo.
—Obrigada pelo convite gente, depois nos falamos mais!
Dei um beijo nos meus pais que troquei poucas palavras e na Marizete e no seu Amarildo que eu considerava como meus segundo pais e por fim mexi nos cabelos longos de Bruna chamando atenção dela.
—Porque não quis ficar na mesa com a sua família?
—Você queria? Podemos voltar ainda… se quiser.
—Não. Venha! - Ele me guiou até a mesa em que o garçom nos indicou. —Você está com fome né? Vamos pedir logo! - Ele piscou para mim e escolheu por mim e não me arrependi, à comida estava uma delícia.
—Aquele é o Luan Santana né? Ele não para de olhar para cá, já ficou com ele?
—Quê? Óbvio que não.
—Nem uns pegas sem compromisso?
—Ele é meu cunhado e patrão ao mesmo tempo.
—Bem que eu percebi uma enorme semelhança da garota do lado dele, vocês são gêmeas né? Esse cara não trocou vocês não?
Eu ri.
—Somos gêmeas não idênticas. Temos muitas diferenças, sem contar que ela tem um humor horrível. Sou mais legal. - Tombei a cabeça pro lado sorrindo.
—E a mais bonita!
—Bobo!
—Mas é sério, esse cara não para de olhar para cá.
Dei de ombro e continuei em silêncio, não queria alimentar a esperança de que o Luan está olhando para cá por ciúmes ou algo do gênero. Prefiro imaginar que as pessoas que não gostam dele estão certas, ele é mesmo vesgo.
—Você faz o que, trabalha do que?
—Sou assessora de internet do Luan, meu pai é o assessor dele de imprensa.
—Interessante, vocês encobrem o que ele faz! - Ele falou sarcástico.
—Não gosta dele?
—Você gosta, nem tem como mentir.
—É eu gosto sim, mas não posso fazer muita coisa!
—E isso vai dar certo?
—Eu não te prometi amor, você foi claro comigo que só queria uns beijinhos e o que rolar rolou, sem relacionamentos.
—Estou dizendo que isso vai dá certo entre você e ele?
—Tenho certeza que não, se não aconteceu em 2 anos e meio, não vai ser agora que vai acontecer.
—Você é muito pessimista, Pietra. Vai que ele começa a correr atrás?
—Agora é tarde!
Dei de ombro e mudamos de assunto, contei sobre os lugares que eu frequentava e chamei ele para ir em uma fazenda, naquele grupo do whatsapp estávamos planejando em ir na segunda dá outra semana, para passar um tempo fora deste mundo mas Yan disse que precisava trabalhar e que não ia com a cara do Luan.
Depois da  sobremesa ficamos por algum tempo conversando, não vi quando meus pais e a família do Luan foram embora e também não fiz questão de saber. Yan não me deixou nem dividir a conta e pagou tudo.
—Vamos para onde agora?
—Pra sua ou para minha?
—Eu para minha e você para sua! - Ri.
—Boba. Vamos para minha então.
—Não! Amanhã eu tenho trabalho.
—O seu chefinho não vai te demitir. Vamos ver se ele gosta mesmo de você!
—Como? - Ri desacreditada.
—Se você chegar atrasada amanhã por minha culpa, ele vai ficar no teu pé, se ele não pegar no seu pé é porque ele não quer nada com você! Simples e fácil.
—Só tem um porém meu amigo, Luan não vai pro escritório amanhã e ele não é um chefe assim! - Sorri fechado.
—Então ele é um chefe bundão!
—Não fala assim dele! - Empurrei seu ombro e ele riu. — Tem o Rafael que é o chefe, ele é que pega no pé de todo mundo.
Rimos e fomos para o carro. Ele colocou um som bom para ouvirmos e eu peguei meu celular vendo as inúmeras mensagens da Bruna e no grupo, eu abrir primeiro o do grupo, todos falavam que eu tinha desencalhado, nem na minha presença me respeitavam, ficaram me zoando o tempo todo. Respondi à Bruna que me elogiou, tanto o vestido quanto o Yan.
Yan acabou me levando ao apartamento dele, segundo ele era para conhecer o cantinho dele mas já tinha entendido suas segundas intenções. Quando chegamos no apartamento dele, vi que era muito bem organizado, ele não parecia muito organizado mas estava tudo perfeitamente lindo. Ele fez um tour pela casa e adorei, me deu até vontade de morar sozinha.
—Quer o que? Aqui tem Água , refri, cerveja, vinho, vodca… - Yan ia me falando o que encontrava na sua geladeira, enquanto isso eu conferia sua bunda, que bela bunda.
—Hãn? Se você quiser me acompanhar no vinho… - Sorri. Ele virou sorrindo trazendo a garrafa do vinho. Abriu a garrafa e despejou em duas taças, entregando à primeira para mim.
Toda vez que minha taça se esvaziava, ele vinha e enchia. Já estávamos alterados pelo álcool, rindo até do vento e eu não recebi o quanto estava a vontade no sofá da casa dele. Ele não ficava atrás mas ele deve estar acostumado a encher a cara pois avançava nos beijos que me dava e eu curtia o momento. Não demorou para ficarmos sem roupa e transamos, acabe dormindo na sala com ele, à madrugada foi ótima mas ao acordar veio a ressaca. Merda.
—Ai merda! - Reclamei por tropeçar na cueca dele, uau, ele estar nu. Para melhorar a minha auto estima, ele estava nu debaixo e em cima de mim naquela madrugada anterior, senti-me poderosa, quanto tempo eu não transava? Ufa. Fui pro banheiro e tomei um banho rápido, me enxuguei e me vesti com a roupa que vim ontem. Não era para eu ter dormido aqui e agora estou atrasadíssima.
Quando eu já estava saindo Yan acorda, descarado nem se importou de estar pelado na minha frente, segundo ele eu vi e toquei nele sem vergonha alguma.
Insistiu em me dá carona para diminuir o atraso e eu tive que ceder, estava muito atrasada e meu chefe ia falar o dia todo no meu ouvido. Cheguei em casa era nove e quarenta, minha mãe estava na cozinha e veio falar comigo, questionar onde eu fui dormir.
—Fui pro apartamento do Yan.
—Pietra!
—O que foi? Victória fez a mesma coisa com o Luan e ninguém falou nada. Tenho que me arrumar para ir trabalhar.
—Luan era o chefe do seu pai, conhecíamos ele.
—E o que tem eu ir pro apartamento de um amigo meu?
—Creio eu que não ficaram apenas conversando.
—A resposta é não, se a senhora quer saber.
—Está vendo? Olha seu comportamento em comparação à Victória.
—Não vi nada demais, mãe. Victória transou com o Luan na primeira oportunidade que teve.
—Mas estão construindo um relacionamento, e você está… Se rebaixando.
—Não estou fazendo tudo  que uma pessoa independente queira fazer. Se não fosse por Victória, eu teria sim um relacionamento.
—Isso é passado, você vive relembrando disso.
—Claro que eu vou me lembrar disso, foi à minha irmã que me traiu. Olha, não quero saber deste assunto, à questão com quem eu me deito não interessa à ninguém, apenas à mim.
Depois disso, subi como um foguete, entrei no meu quarto e troquei de roupa, peguei tudo que precisaria e desci, não encontrei minha mãe e saí pro ponto de ônibus.
Cheguei atrasada mas cheguei. Quando ninguém estava por perto meu pai se aproximou.
—Aconteceu alguma coisa?
—Nada, pai. Estou bem. Só dormi demais.
—Certo, sua mãe me disse que vocês discutiram.
—Sempre o mesmo assunto, ela defende à Victória e não entende que eu tenho à minha vida.
—Sobre o rapaz de ontem?
—Sim.
—Você não dormiu em casa né? - Neguei —Só peço que se cuide, eu não sou um pai ciumento mas se ele te fizer sofrer vai arcar com as consequências.
—Pode deixar que eu mesma dou as consequências, pai! - Rimos.
A relação minha com o meu pai era assim, meu pai era um amor de pessoa comigo, sempre se preocupou mais com a Victória que parecia precoce com tudo que rondava a ela, sempre fazia as coisas por impulso e quando papai descobriu já era tarde demais. Não era me gabando ou me fazendo de coitada, mas sempre fui calma quando se tratava de namoro ou sexo. E quando acontecia algo comigo, Victória já era expert no assunto e papai já sabia contornar o assunto.
—Rafael estar uma fera com você mocinha! - Jessica riu.
—Papai, me ajuda. Fala que eu estava doente.
—Papai não tem como te ajudar querida, todo mundo já sabe do seu caso do aquele rapaz!
Me fiz de ofendida.
—Não tem caso nenhum!
—Não é o que estão falando! - Juju riu.
—Ai que coisa, não posso mais ter amigo homem! - Bufei. —Vou lá enfrentar a fera!
me levantei disposta a ouvir tudo que ele tinha que dizer.


Sem comentários, sem fanfic!

25/11/2016

Capítulo 3

Pietra

💞

O carinha da balada que eu nem olhei pro telefone que ele me deu. Droga!
—Olá meninas! - Ele deu um beijinho no rosto de Érica que parecia não acreditar igualmente à mim e me deu um beijo no meu rosto que deixou rastro quente. Se colocou no meio de nós e bateu no balcão animado. —Fabi, a aluna Pietra Castro está atrasada, sabe me dizer se ela vem mesmo?
Fabiane riu e apontou para mim que no mesmo momento o cara virou com um sorriso no rosto.
—Yan essa é a sua aluna, Pietra. Pietra esse é o Yan que veio substituir o Fábio enquanto ele está ausente.
Nenhum de nós tiramos os olhos um do outro, estamos flertando no saguão da academia?
—Bom… - Érica sempre me salvando —Vou nessa, Marcinha me acabou hoje mais cedo! Tchau gente.
Se despediu com um beijo em cada um e sumiu como fumaça, também queria fazer isso.
—Depois do bolo que eu tomei, não achei que ia te encontrar mais! - Ele sorriu.
—Eu perdi seu numero. Não me castigue por isso! - Minha cara deve ser muito engraçada para ele rir jogando a cabeça para trás e mostrando o seu pescoço, onde eu podia beijar e mordiscar muito.  Do que eu to falando? Ai meu Deus.
—Está perdoada se sair comigo depois daqui.
—Sair? Hoje? Vou estar suada e cá entre nós ninguém gosta de uma mulher suada para sair.
—Estando suada, eu levo pro meu quarto e eu mesmo dou banho. - Ele fez uma cara pervertida. MERDA. Ele sabe como seduzir uma mulher.
—Há, há. Engraçadinho. Eu vim para você me cantar ou para me auxiliar?
—Não sou homem de cantar mulher bonita. Meu lanche é outro e sei muito bem que você é espertinha o suficiente para entender isso! - Seus olhos ficaram escuros, puta merda quero agarrar esse homem, como eu faço? —Mas pensando melhor, vamos treinar né? - Ele assumiu um jeito brincalhão.
—Vamos porque eu não vim para brincar.
Fomos pra sala dele.
—Vamos começar com a esteira!
—Vim correndo de casa para cá e o Fábio me liberava quando eu vinha correndo!
—Certo, só que eu não sou o Fábio, dá para subir na esteira e começar a corridinha? - Ele sorriu de lado. Revirei os olhos e fiz tudo que ele fez, Fábio não estava nem perto de ser chato em comparação ao Yan.
—Viu? Nem foi tão ruim assim!
—É só você que pegou no meu pé!
—Nem foi vai! Não quero que o pessoal pense que eu to te aliviando por eu estar afim de você.
Virei-me para ele encarando sua cara descarada e cruzei os braços.
—Você afim de mim? - Ri com descrença.
—Sim, porque eu não estaria?
—Não quero falar disso. - Peguei meu celular que acabei deixando de lado no meio do treino.
—Porque não, Pietra? Não é normal um cara como eu gostar de você? Você é uma mulher muito interessante.
—Uma mulher interessante não agrada à maioria dos homens.
—Isso é ótimo, assim nenhum outro homem chega perto!
Me permiti rir e ele me acompanhou.
—Não quero relacionamento agora.
—Agora você tá me assustando! Eu não estou te pedindo em namoro, só pedi para você me ligar e batermos um papo legal, descontraido. Quem sabe uns pegas? Sem preocupação. - Eu ri negando, ele estava me propondo uma ou mais trepada sem compromisso. Se eu fosse louca aceitaria na boa, mas acabei de conhecer esse maldito, gostoso, filho da mãe!
—E o que você me sugere agora? - O que? Sou eu mesma falando isso? Estou a ponto de aceitar a proposta dele!
—Agora? Uns beijinhos estar suficiente. - Ele me encurralou e me ergueu, colando sua boca na minha, seu gostinho de menta me hipnotizou e eu quis mais. Estava ofegante e o descarado com um sorriso sem vergonha no rosto, filho da mãe.
—Que tal aceitar meu convite para jantar hein?
—Tem que ser hoje? Já está meio tarde para sair para jantar.
—Não importa, aceita?
—Olha eu vou aceitar! - Sorri de lado sentindo minhas bochechas esquentarem.
—Fechado então. Te busco daqui duas horas! É o suficiente para você?
—É sim.
Ele pegou na minha mão e me esquivei, não queria sair de mãos dadas com ele.
—Como vai me buscar? Você nem tem meu endereço.
—Eu tenho sim, até seu telefone!
Ele ergueu a minha ficha e eu fiz careta.
—Tenho que ir, se não chego atrasada e eu estou morrendo de fome! - Rimos.
—Quer uma carona para casa?
—Não precisa, eu vou correndo! - Sorri de lado. Me despedi dele formalmente e fui para minha casa, nem estava acreditando que eu tinha um encontro ainda essa noite. Nossa um encontro, quanto tempo eu não tenho isso? Desde à minha época de escola, quando eu namorei pela primeira e única vez, onde eu jurei amar eternamente Caio, o menino era perfeito, amoroso, inteligente e um perfeito galinha! A história não vem ao caso, me arrependi de ter namorado e entregado minha virgindade para ele, não foi ruim a experiência em si, mas depois me arrependi pelas ganhilhagem que ele veio fazendo e que eu depois descobri.
Já na minha rua o meu celular começou a vibrar sem parar, abri as mensagens e tinha um monte de mensagens não lidas, abri uma por uma, a mais animada era o grupo da Bruna, Érica, Luan, Juliana, Rober, Marquinhos, Douglas, Dudu e Jessica. Bruna falava o tempo todo e eu li, ela reclamando que no restaurante estava um tédio, tirando a comida que estava uma delícia, segundo ela. Chamei ela no privado pedindo ela à sua ajuda. Enquanto ela não me respondia fui ler o resto das mensagens e dentre elas a da Érica.
“Cadê tu???”
“Pegou o boy?”
“Crlh, sumiu mulher?”
“Tá dando pra ele né safada!”
“Desisto”
Comecei à rir do desespero da minha querida amiga.
“Estou aqui, mas estou indo tomar banho, bjs!”
Vi que Bruna tinha me respondido e fui ver.
“Oi minha linda! To aqui!”
“Queria sua ajuda para escolher uma roupa”
“Manda a foto que eu te ajudo”
Mandei uma série de fotos de algumas roupas que eu tinha apresentável para ir jantar, Ela escolheu um bem bonito, mas eu fiquei na dúvida.
“Eu não sei se vou com esse é meio extravagante e eu nem sei para qual lugar eu vou.”
“Hmmm e vai com quem hein ? “
“Um boy ai, conta pra ninguém “
“QUE BOYYY???? MANDA FOTOOOO”
“Nãaao, sossega”
“Pff pff. Juro que não conto para ninguém “
“Não tenho foto dele, é um boy novo, mal conheço kkkkk”
“Ook mas quando tiver com ele tira ft e manda para mim”
“Tá sua chata!”
“Pergunta à ele para onde vcs vão!”
Procurei na bolsa que eu saí no sábado pelo número que ele me deu e por sorte eu achei, salvei nos meus contatos e liguei para ele.
Chamou e no segundo bip ele atendeu, que rápido!
—Oi gatinha, já está pronta?
—Hm já salvou meu número ! - ri. —Não, não estou pronta ainda, mas queria que você me dissesse para onde vamos para eu não ir como uma mendiga mas também não ir tão extravagante!
—Pìetra, você me ligou só para isso? Para saber qual roupa vestir? - Ele riu desacreditado e eu bufei .
—Eu ia me virar sozinha mas minha amiga mandou eu te ligar para não pagar micão!
—Me surpreenda que eu te surpreenderei! - Uau! Essa me pegou, ele quer que eu o surpreenda com uma roupa que ele vai me surpreender com o lugar? Uau! Duas vezes.
Desliguei concordando com aquilo, ou melhor, fingindo concordar.
Tomei banho, lavei meu cabelo e tentei fazer isso o mais rápido possível mas meu celular começou a tocar, corri de toalha e atendi.
—Está atrasada! - Era o Yan, merda.
—Sai do banho agora, onde você tá?
—Na sua rua, em frente à sua casa. A propósito, bela casa.
—Ah Obrigada, espera um minutinho? Deixa eu só me vestir que eu abro a porta para você!
—Se você abrir a porta para mim, eu não vou sair daí tão cedo! É melhor você terminar aí e vir.
Revirei os olhos e acabei concordando como um cachorrinho. Me sequei e ganhei tempo nos meus cabelos apenas os secando e deixando-os naturais.Fiz uma maquiagem um pouco marcada sem exageros e um batom nude, vesti o que a Bruna me indicou e usei um salto alto, talvez eu  fique na altura dele.
Depois de me olhar no espelho, passar perfume e pegar a bolsa tirei uma foto, eu não era de postar mas gostava de ter fotos minhas. Saí de casa e encontrei Yan encostado num carro preto, não me perguntem a marca pois se eu presenciar um assalto de um carro eu não saberei explicar e espero que seja um fusca, mas que ladrão em sã consciência roubaria um fusca? Que pensamento tosco.
—Que homem não se apaixonaria por você hein? - Revirei os olhos.
—Vamos comer ou não? - Fugi do assunto e ele riu.
—Claro que vamos, mas acho que você tá com um coisinha suja aqui! - Ele se aproximou, parecia preocupado e eu acabei achando que era alguma coisa mesmo mas ele me sacaneou e me beijou. Coloquei a mão na sua barriga e percebi o quão durinha era, hmmm!
—Vamos logo antes que eu te arraste para sua casa! - Ele abriu à porta do carro dele e me deu passagem, todo cavalheiro.
Ele foi me contando no caminho até o restaurante que não morava aqui em São Paulo e vivia no Rio de Janeiro, terra carioca. Disse que viveu aqui até os seus 14 anos e foi morar para lá, junto com seus pais e irmãos. Nunca teve um relacionamento sério e isso me preocupou, se ele nunca teve, não é comigo que ele vai ter agora, ele só está aqui me bajulando para conseguir uma trepada enquanto ele estiver aqui. Mas eu não me preocupei por muito tempo, eu querendo ou não estava usando sua bela vontade de trepar para eu esquecer aquele mal do Luan Santana.
Quando chegamos no restaurante, ele cumpriu a palavra dele e me surpreendeu.
—Te surpreendi do mesmo jeito que você me surpreendeu?
—Não sei, quanto eu te surpreendi?
—Olha, acho que eu vou me surpreender mais se tirar esse vestidinho!
—Deixa de ser safado, Yan! - Bati em seu ombro ele riu pegando no meu braço e entrelaçando.
O garçom nos convidou a entrar e seguimos ele. Me arrependi de ter deixado o Yan me surpreender, poderíamos ter ido comer um cachorro quente na praça mas fomos parar justamente no restaurante onde meus pais estavam junto com os pais do meu cunhado.

Então gente, eu passei a responder os comentários que vocês mandam pra mim aqui no blog, mas o capitulo anterior vai ser respondido no dia seguinte, pq estou canada e só vim postar pra vocês! Bjão! E quero muitos comentários nesse viu!