10/08/2018

Capitulo 167



Pietra


Olhar Liz e os meninos me dava uma paz imensa, saber que eles foram a minha base para ser feliz, junto com Luan. Não saberia viver sem eles. A gestação dos gêmeos foi difícil, a maior parte da minha gestação eu fiquei no hospital e quando não tinha mais espaço dentro de mim, eles nasceram prematuros, no momento do nascimento deles mal pude observar os dois, eles precisavam de cuidados. Sofri durante dois meses a espera da saída dos meninos da neonatal. Aos poucos a minha fé crescia dentro do meu peito e dizia que meus bebês iriam sair dali lindos e saudáveis.
Nesses 10 anos pude ensiná-los a serem gratos a vida que eles têm hoje. Liz também era grata a vida que tinha. A propósito, eu e Luan levamos frequentemente os nossos filhos a igreja. Uma ótima terapia para os nossos corações e a nossa fé em Deus.

—Pietra, não está vendo que vai queimar o arroz? - Minha mãe chamou a minha atenção e eu pude reparar que ela desligou o fogo que esquentava o arroz e saiu resmungando. Luan logo entrou.
—O que deu na sua mãe? - Ele riu abrindo a geladeira e pegando mais uma latinha de cerveja.
—Ela reclama de tudo. - Sorri, secando a lágrima que desceu em meu rosto. —Cadê o Pietro e o Paulo?
—Estão com o Breno, você deixou eles saírem para a praça. - Ele me olhou estranho e eu acabei lembrando.
—Acabei esquecendo.
—Ta com a cabecinha onde hein? - Luan se aproximou de mim e me beijou, saudade dos toques dele.
—Na saudade que eu tô de você. - Confessei colocando a minha mão por dentro de sua camisa e sentindo-o arrepiar.
—Ai que nojo! - Ouvi a voz de Liz e Luan se afastou visivelmente sem graça.
—Ainda bem que cê sente nojo disso. - Eu acabei rindo e vi nossa filha voltar para o jardim com suas primas.
—Queria que você ficasse hoje. - A muito tempo Luan não dormia aqui e hoje eu queria que ele estivesse presente, hoje era o aniversário dele, seus 40 anos e ele estava ausente de nossa família, hoje por um milagre ele estava aqui e não lá no estúdio do Eduardo.
—Prometo que hoje eu fico aqui. - Ele segurou meu rosto e selou nossos lábios.
Ele me ajudou a arrumar a mesa do jardim e o Amarildo trouxe as carnes, chamei os adultos e tirei as crianças piscina.
O almoço foi agradável e quando estava preste a levantar, Breno apareceu com os meninos com o bolo que eu pedi para buscar. Puxamos a música do parabéns e Luan que achava que era apenas um almoço em família, ficou surpreso pelo bolo em comemoração ao seu aniversário. Abracei ele, dando-lhe um beijo e ao poucos todos o abraçaram.
Luan cortou o primeiro pedaço, dando o primeiro a sua mãe, logo depois a mim e aos nossos filhos. Ele logo largou a faca me pedindo para assumir e cortei para todos, servindo-os.
No final da tarde tirei meus bebês da piscina, ou então ficariam gripados, eles foram tomar banho e voltei para conversar com a minha família.
Os meninos voltaram logo e ficaram do meu lado o tempo todo, aproveitei para fazer um carinho em seus cabelos, meus eternos bebês de quase 10 anos.
Logo que eu engravidei deles, foi uma festa, todos estavam felizes por eu ter engravidado de gêmeos e Luan como um pai muito presente, ficou muito feliz. Liz sempre foi o xodó do pai, a especial, Luan não podia ver seus olhinhos de jabuticaba que ele já deixava tudo e era bem firme com os meninos que por mim eram os meus anjinhos.
Mas nada que fossem um mais especial que o outro. Os três tinham os nossos corações.
Liz apareceu pouco tempo depois e já pegou o colo do pai que riu me olhando, não foi preciso trocar nenhuma palavra mas já sabia que ele estava pensando. Nossos filhos não vivem sem nós, era um grude só.
Paulo já cochilava deitado em minha perna e Pietro brincava no jogo em meu celular, quando todos decidiram ir para casa. Luan Pegou Paulo no colo e o levou para o sofá. Já Pietro e Liz se despediram dos avós e dos seus tios.
Luan levou seus pais até o carro e eu continuei dentro de casa, pedi que Pietro e Liz fossem para a cama e chamei Paulo para ele fazer o mesmo, meu bebê era muito grande para que eu o pegasse no colo. Não tinha mais forças para isso.
Depois de colocar Paulo na cama dele e dar o beijo de boa noite para os meus três bebês, eu fui para o meu quarto e entrei direto para o banheiro, me despi e entrei no box abrindo o chuveiro. Tomei um banho relaxante e sai enrolada no roupão, Luan já estava no quarto.
Entrei no closet e Luan foi para o banheiro. Peguei uma camisola preta, bem transparente que eu comprei para um dia especial e me vesti. Soltei os cabelos e esperei que Luan saísse do banheiro e quando ele fez isso, seus olhos foram direto para mim e umedeceu seus lábios.
—Gostou? - Me aproximei dele, ele demorou para responder e sua resposta foi positiva.
—Eu adorei. Isso tudo é para mim?
—Sou toda sua, desde sempre. - Ele envolveu seus braços em minha cintura, me abraçando e alisando meu corpo coberto pelo pano fino da camisola.
Luan não perdeu mais nenhum segundo, e tirou a minha única peça que me cobria e nos amamos, como se não houvesse amanhã.
A gente era perfeito assim, na cama, no amor, na família, quando a gente se unia e nada era capaz de desunir. Podia passar mais 10, 20, 30 anos e o nosso amor continuaria a crescer, junto com os nossos filhos.

Fim.



Vou aproveitar para agradecer todas as minhas leitoras que continuaram aqui, me dando motivos para continuar a escrever, sei que falhei muito em ficar tanto tempo sem postar mas é que às vezes me faltavam incentivo ou até mesmo força de vontade. Mas consegui terminar essa história. Espero que tenham gostado, porque eu amei escrever essa história para vocês.
Não sei se irá ter uma próxima história, eu fiquei tanto tempo sem postar e não quero falhar em parar no meio do enredo, mesmo que a minha paixão é escrever e tocar no coração de vocês.
Mas minhas redes sociais estão aqui para caso eu faça outro blogger ou poste no instagram eu avisar vocês de alguma forma.
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20/07/2018

Capitulo 166


Luan



Acordei com um peso sobre o meu corpo, abri meus olhos e percebi que se tratava de Pietra, completamente nua, seu cabelo todo espalhado no colchão e logo me lembrei na noite passada que ela me acordou com um bela surpresa.
Depois de muito tempo velar seu sono, levantei-me com cuidado para não acorda-lá.
Fui tomar banho e vi algumas marcas que Pietra deixou pelo meu corpo, sorri já querendo de novo.
Pedi café da manhã para nós dois e pedi para nos servir na mesa da sala do quarto.
—Amor. - A chamei mexendo em seu pé. Ela sequer se mexeu. Subi na cama, passando uma perna por cima do seu corpo e me sentando sobre sua bunda, sem colocar meu peso sobre ela. —Moreninha, acorda. - Me debrucei e beijei seu ombro nu. —A mesa está posta pra gente comer. - Ela mexeu seus braços, juntando-os com o travesseiro. —Hein amor.
—Bom dia - Ela resmungou e eu sai de cima dela, ela virou o rosto em minha direção e sorriu de olhos fechados.
—Bom dia coisa linda do meu coração. Que bom é ter você na minha cama. Pode ficar a vontade. - Ela riu.
—Palhaço. - Ela beijou meu queixo e eu desviei para beijar sua boca.
—Vem, vamos comer. - Ajudei ela a se enrolar no lençol e comemos em meio aos assuntos do nosso dia a dia. Pietra contou que Bruna estava grávida, fiquei surpreso e feliz com a notícia. Bruna é uma boa mãe e com certeza dará conta de mais uma gravidez.
Pietra acabou lembrando que sua menstruação estava atrasada, o que me deixou em alerta e ansioso para ter uma boa confirmação.
—Cara, isso é bom então. - Falei eufórico. Pietra parecia não entender mas logo entendeu quando liguei para o Roberval pedindo para ele ir até a farmacia e comprar todo o tipo de teste de gravidez.
Ele sem entender nada, atendeu o meu pedido.
—Cara se dois testes derem positivo eu vou ficar maluco. - Suspirei nervoso.
—Você é maluco! - Pietra riu se sentando no meu colo.
—Sou um pai apaixonado. - Beijei sua boca.
—De lerdo não tem nada. Nem eu pensei nessa possibilidade. - Ela suspirou sorrindo.
—Eu to doido pra ser pai outra vez. Dessa vez eu quero um meninão. - Desenrolei o lençol de seu corpo, alisando seu quadril.
—Eu e Bruna grávidas, imagina? - Rimos.
—Ainda bem que eu não moro com a Bruna. Imagina que barra ia aguentar duas grávidas? - Eu ri e Pietra me beliscou.
—Grávidas são uns amores.
—São sim. Os hormônios que me deixa louco. - Ela riu.
—Vou tomar banho. - Ela se levantou, levando o lençol com ela.
—Tá certo, só não faz xixi, precisamos do seu xixi pra fazer o teste.
Ela riu entrando no banheiro.
Comecei a roer minhas unhas e até mesmo o corinho do meu dedo.
Depois de um tempo, Pietra saiu vestida, com um short jeans curto e uma blusa branca meio transparente.
—Nada ainda? - Neguei com a cabeça. —Aff tô apertada pra fazer xixi.
—Espera mais um pou…- Não deu tempo de terminar a frase, ouvimos alguém bater na porta e Pietra foi atender.
—Ai ainda bem! - Ela disse já tomando a sacola da mão do Rober e correu para o banheiro.
—Minha nossa, eu nem sabia que ela estava aqui. - Ele me olhou rindo.
—Eu nem sabia que ela viria nessa madrugada. - Dei de ombro.
—Cadê a minha afilhada?
—No quarto do Paulo.
—Vou contar pra ela que ela vai ganhar mais um irmão. - Ele esfregou as mãos uma na outra.
—Calma ae! Ainda não se sabe. - Apontei para a porta.
—Se Deus quiser vai sair mais um herdeiro Santaninha! - Ele zoou.
—Tomara! - Dei risada.
Roberval saiu para ver Liz, enquanto eu acabava com o meu dedo de tanto roer. Pietra demorava uma eternidade.
—Amor? - Escutei um “hm” dela. —E aí? Fez o teste?
—Fiz.
—E aí? Sai aí pra eu ver.
Escutei a porta ser destrancada e ela saiu com três exames diferentes, num movimento rápido, ela pulou em cima de mim comemorando. Um misto de tensão e ansiedade passou por mim, me deixando emocionado e muito feliz, minha menina grávida outra vez.
—Meu Deus moreninha! Grávida de novo! - Eu a enchi de beijos, Pietra chorou e ficou toda boba, mais uma obra de Deus na minha vida e eu só sabia agradecer.
Rober voltou, dessa vez com minha filha, que estava faminta. Dei banho em Liz enquanto Rober prometia que ele não ia contar a ninguém sobre os exames que ele foi comprar, e já contamos a ele que íamos ser pais novamente, ele não ficou diferente de nós, chorou com Pietra e disse que estava muito feliz por ser o ‘terceiro’ a saber.
Depois de tomada banho, Pietra amamentou Liz e eu fui conversar com Rober, meu peito transbordava de tanta felicidade, era surreal ganhar uma notícia dessas no fim de ano, como estou recebendo agora.
—Bora almoçar daqui a pouco lá no restaurante? Hoje é dia de comemoração.
—Boa ideia. Chama a Carolzinha.
—Deus me livre!
—É a sua ex cara.
—Quero saber dela mais não, tô em outra. - Ele estufou o peito
Acabei rindo.
Acabei tendo uma ideia e dividi com Rober, ele prometeu me ajudar e eu agradeci de montão o meu secretário que era para mim mais que um amigo.
Rober foi embora resolver o que eu planejei e eu fiquei aproveitando o resto da manhã com Liz e Pietra na cama.
Na hora do almoço descemos, esperamos por Roberval e eu aproveitei para dar a papinha a Liz. Ela comeu tudo e Pietra deu o resto do suco que sobrou na mamadeira.
Rober chegou e fizemos o nosso pedido, meu sogro desceu também, junto com a Dani, Well e se juntaram a nós.
Vieram duas fãs até a mim, me pediram foto e eu atendi o pedido, as duas ainda tiraram foto com Pietra.
Depois do almoço, fomos para o quarto novamente, deitei na cama junto com Liz e tirei um cochilo. Quando acordei, Pietra dormia também, agarrada a Liz.
Fui tomar banho e quando voltei chamei Pietra para começar a se arrumar, peguei Liz e fui dar banho nela que chorou por eu ter acordado ela. Mas logo parou depois de eu brincar com ela. Pietra terminou de se banhar e logo amamentou Liz, enquanto eu me arrumava para mais um show.
Pietra deixou Liz como uma princesinha, com um vestido branco todo cheio de babados, com um lacinho vermelho no cabelo e os sapatos combinando com o vestido. E muito cheirosa essa minha princesa.
Pietra não ficou atrás, ficou muito linda com uma saia longa branca e uma blusa da mesma cor amarrada na frente, deixando um decote nada generoso, a sua desculpa era por não poder usar mais uma roupa dessas depois, que o nosso bebê crescer em sua barriga.
Depois de prontos, descemos, já estávamos atrasados. Atendi alguns fãs na porta do hotel e fui direto para van. Liz estava sentadinha no colo de Pietra brincando com o celular, parecia até que entendia do que estava fazendo. Fui o caminho todo trocando beijos com Pietra e brincando com Liz.
Quando chegamos, fiz questão do Wellington levar Pietra e Liz para o camarim primeiro, enquanto eu atendia os meus fãs.  Entrei no camarim procurando por Pietra, Wellington estava com Liz no colo e eu me preocupei.
—Cadê Pietra?
—No banheiro. - Ele me olhou meio perdido, fui até o banheiro mas não foi preciso entrar, ela saiu secando as mãos e a boca.
—Passou mal? - Segurei em sua nuca.
—Bateu um enjôo. - Ela suspirou, ela estava pálida.
—Vem cá, senta aqui. - Levei ela até o sofá.
Wellington me deu a Liz e eu fiquei um bom tempo ao lado de Pietra até ela melhorar e ficar com Liz.
Fui me trocar e fiz o aquecimento, hoje não ia ter atendimento por ter muitos artistas se apresentando hoje.
Não demorou muito para que eu subisse ao palco e começasse meu show.
Pedi que Rober colocasse Pietra e Liz no melhor lugar, que não tivesse tanto barulho para não irritar Liz e confortável para as duas.
Fiz o show completo, homenageei esse show por minha filha e acabei deixando escapar que podia vir um irmãozinho para a minha Liz.
Terminei o show desejando um ano maravilhoso e desci do palco encontrando Pietra, peguei Liz no colo e fomos para o camarim.
Troquei de roupa e saímos do local do show.
—Que carro é esse? - Pietra perguntou quando abri a porta de trás para ela entrar.
—Vamos viajar de carro.
—A gente não vai pelo hotel?
—Não. A gente vai para um hotel fazenda. - Segurei em sua nuca e beijei seus lábios.
—Meu Deus, sério? - Ela sorriu surpresa.
—É sério! Deixa eu colocar Liz na cadeirinha.
—Pediu o carro com cadeirinha? Como planejou tudo isso hoje? Passamos o dia dormindo.
—Roberval não é um secretário, é um anjo!
Pietra riu concordando comigo.
Terminei de colocar Liz na cadeirinha e Pietra se sentou na frente, junto comigo, que fui dirigindo, de acordo com o GPS mandava.
Uma hora mais ou menos depois chegamos no hotel, era de frente para a praia e era uma praia privada.
Subimos para o quarto, deixando nossas malas no quarto e descemos logo para ver os fogos, a praia estava movimentada porém fui até lá para comemorar o novo ano que estava preste a começar.
Nosso primeiro ano em família com Liz e o nosso brotinho que estava no ventre de Pietra.
A contagem foi feita e vimos os fogos iluminar o céu. Abracei minha esposa, beijei o topo da sua cabeça e logo depois beijei a cabeça de Liz. Pietra aproximou seu lábio do meu e nos envolvemos num beijo. Liz resmungou e então paramos, continuando ver o resto dos fogos. Pedi ao um garçom uma garrafa de champanhe e ele trouxe duas taças, o balde de gelo e o champanhe bem gelado. Abri a garrafa e servi Pietra e a mim. Fizemos o brinde e eu desejei que todo esse amor que sentíamos um pelo outro multiplicassem. Só Deus sabe como estou feliz neste começo de ano.
Liz ganhará um irmãozinho ou irmãzinha. Será que é menino ou menina? 
A fanfic está em reta final💔

15/07/2018

Capitulo 165


Pietra

Logo no dia 26 voltamos para São Paulo, Luan teve que viajar logo a trabalho, ficando até a virada do ano fora, eu entendia o trabalho dele, entendia o quanto era importante estar onde ele está, fazendo tantos shows e ser muito bem lembrado e querido por todos e não importava a faixa etária, sempre tinha a senhora idosa que escutava suas músicas e também tinhas as criancinhas que não podiam ouvir a voz dele que já gostava. Era isso o amor de fã.
E eu não posso me intrometer, é o sonho dele e eu o apoio em tudo.
Mas já não era possível ele vir para casa, achei melhor ir até ele, junto com a nossa Liz.
Arrumei nossas malas e como já tinha planejado na noite anterior, Leo já me esperava no aeroporto me ajudou levando as minhas malas e fomos conversando sobre seu filho e sua esposa que estava grávida.
A viagem foi tranquila, Liz foi o tempo inteiro dormindo e isso foi bom para a sua primeira viagem de avião.
Chegamos no hotel e já era tarde, encontrei com meu pai na hall do hotel, a gente se abraçou, trocamos carinhos de saudade e ele viu sua netinha que dormia em meu ombro.
—Deixa ela comigo, faz tanto tempo que eu não cuido de um bebê. - Ele quase fez bico.
—Tem certeza, pai? - Perguntei apreensiva, eu sabia que meu pai cuidaria bem da minha filha, mas é que criança às vezes dá trabalho e eu não queria que Liz desse trabalho a ele.
—Tenho certeza minha filha. Faz quase trinta anos que eu não cuido de uma criança mas eu me lembro de quando você chorava. - Ele sorriu de lado.
—Você foi o melhor pai do mundo. - Beijei sua bochecha, o deixando vermelho e emocionado ao mesmo tempo.
—Você sempre foi a filha abençoada que eu pedi a Deus. - Ele pegou a minha mão e a beijou. —Agora me deixa com a minha netinha. Ela vai dormir a noite inteira que eu sei, puxou a mãe dela.
—É ela dorme a noite inteira mesmo. - Eu ri.
—Então pronto. Vai namorar um pouco, Luan ontem estava reclamando que não tinha mais tempo para dar uns beijos.
Dessa vez quem ficou vermelha foi eu e meu pai gargalhou baixo para não acordar Liz em meu colo.
—Tudo bem. Pode ficar com ela. Eu só preciso trocar a roupinha dela pra ela dormir melhor.
—Ótimo!
Subimos para o andar do quarto dele e ele indicou qual quarto ele estava.
Assim que entrei, avistei Dani, ela estava na cama e quando me viu abriu um sorriso vindo até nós.
—Pie! Quanto tempo. Olha a Liz! Tá enorme. - Ela pegou Liz que gemeu frustrada mas permaneceu dormindo.
—Está sim.
—Ela veio dormir aqui. - Meu pai anunciou.
—Hmm vai namorar com o maridão. - Dani deduziu e eu fiquei vermelha outra vez.
—Não é isso é que… - Fiquei sem graça.
—Minha filha não namora. - Meu pai fingiu demência e rimos.
Troquei Liz. Meu pai montou o mini berço, colocando-o perto da cama.
—Já pode colocar ela, filha. - Meu pai disse quando terminou de forrar o berço de Liz.
Coloquei-a no berço e me despedi do meu pai e da Dani.
Sabia qual quarto Luan estava e também estava com o cartão para abrir a porta. Assim fiz, mantendo o silêncio, o quarto estava todo escuro, provavelmente Luan dormia. Fechei a porta atrás de mim e coloquei a mala do lado da porta, junto com os meus sapatos que eu já havia tirado para não fazer barulho. Segui para o banheiro, fechando a porta atrás de mim e ligando a luz depois para que ele não acordasse. Me despi e tomei um banho relaxante. Vesti o roupão do hotel e fui até a mala pegar uma lingerie, se bem que eu não tinha a intenção de ficar com ela por muito tempo.
Voltei pro banheiro apenas para me vestir e sai depois que eu apaguei a luz do banheiro.
Com cuidado, subi na cama. Luan estava esparramado na cama e então deitei sobre ele. Aos poucos ele foi despertando por sentir meu pelo sobre ele.
—Pietra? - A voz dele saiu rouca.
—Oi meu amor. - Sai de cima dele e beijei seus lábios.
—Que surpresa boa, meu Deus. - Ele abraçou a minha cintura, tirando todo espaço que tinha entre nós.
—Gostou?
—Eu adorei. - Ele passou a mão por minha cintura descendo, com certeza conferindo a minha roupa. —Ta pelada? - Senti a surpresa em sua voz.
—Estou com calor. - Sussurrei, beijando a sua barba e roçando minha coxa no volume que se formava por dentro do seu moletom.
—Eu aumento mais o trem do ar. - Ele fez menção de levantar da cama mas o impedi subindo por cima dele.
—Não preciso disso. Você sabe… - Rebolei contra seu pênis e ele riu sabendo do que eu falava.
—Então explica uai. Cadê a nossa filha? - Ele mudou de assunto.
—Com meu pai.
—Hmmm então temos o quarto todinho pra gente?
—Por enquanto sim. - Respondi e no mesmo momento Luan nos virou, ficando por cima.
—Então vou aproveitar. - Ele beijou meu pescoço, descendo pelo ombro. Luan puxou meu sutiã para baixo e passou a língua pelo meu mamilo e em seguida mordiscou, fazendo a mesma coisa com o outro, subiu beijando-me na boca, apertando minha bunda.
Ele estava sem camisa e eu podia acariciar todo o meu marido, ele estava tão quente. Desci a minha mão direita até o cós da sua calça e puxei para baixo, ele estava sem cueca, o que me deixava mais sedenta, me sentei e ele ficou sentado em suas próprias pernas, observando-me acariciar seu pênis.
Decidida a saborear seu pau, envolvi minha boca, chupando-o e passando a língua até as bolas, Luan gemeu em resposta, subi colocando de novo na boca, Luan agarrou meus cabelos e impulsionou seu quadril para frente, fazendo seu pau tocar a minha garganta, ele gemeu satisfeito e eu chupei-o mais, passei a masturbar com as mãos, apertando e sentindo-o crescer em minhas mãos.
—Pietra… - Ele se mantinha de olhos fechados. —Se você não parar eu vou gozar. - Ele disse com dificuldades. Eu parei ficando de joelhos e o abracei, beijando sua boca. Ele me pegou no colo me fazendo envolver minhas pernas em seu quadril. Ele me deitou, colocando seu peso no colchão. abriu meu sutiã e desceu por minha barriga até chegar ao cós da minha calcinha, ele puxou a mesma, retirando do meu corpo. Ele voltou beijando meu pé esquerdo, me fazendo rir e ao mesmo tempo desejar que ele chegasse às minhas coxas logo.
—Não me tortura, por favor. - Fiz bico e ele acelerou, beijando meu joelho, já chegando em minhas coxas. Abri minhas pernas deixando Luan ficar entre elas, ele beijou minha coxa e subiu até chegar na minha intimidade, passou a língua nos grandes lábios, abrindo passagem para meu clitoris, pressionando ele, me fazendo gemer, ele passou a chupar, deslizando a língua por toda a minha intimidade, me fazendo xingar e gemer, ao mesmo tempo que eu puxava seu cabelo.
Ele parou quando eu já não respondia pelos meus atos, olhei para ele frustrada mas ao mesmo tempo ansiosa, ele subiu até beijar a minha boca, me fazendo sentir o meu próprio gosto.
Aos poucos ele foi me penetrando, rebolei contra seu pênis para entrar com facilidade. Seus beijos continuaram pelo meu pescoço até meus seios. Ele impulsionou para trás e voltou, fez por várias vezes até atingir uma certa rapidez, parando de vez em quando.
Ele saiu de dentro de mim e eu aproveitei para empurrar ele, que caiu sentado, subi sobre ele, montando e fazendo seu pênis entrar dentro de mim.
Esfreguei-me indo para trás e para frente e rebolando, Luan gemia coisas sem sentidos enquanto agarrava a minha cintura, fazendo que o nosso atrito fosse maior. Subi e desci e rebolei, senti o primeiro jato quente dentro de mim e logo mais dois seguidos. Luan fechou os olhos, enquanto respirava com dificuldades. Aproveitei para beijar seu queixo e pescoço.
—Estava com saudade disso. - Ele envolveu seus braços em minha cintura, colocando meu peso todo sobre ele.
—Vim acabar com essa saudade. - Sorri suspirando. Senti seu pau sair de dentro de mim e acabei gemendo.
Luan correu sua mão pelo meu corpo, até alcançar minha intimidade, ele suspirou quando sentiu minha boceta molhada, eu estava tão sensível, mas queria aquele toque.
Fechei meus olhos, apreciando o toque de seus dedos. Sentia seus dedos se movimentar de cima para baixo, aumentando o atrito, remexi sobre seu corpo, enquanto Luan me dava prazer com seus dedos. Arfei quando senti meu corpo estremecer, Luan intensificou os movimentos e me penetrou dois dedos quando sentiu que eu havia gozado, senti seus dedos entrar e sair, enquanto a outra mão dele agarrava a minha cintura, me impossibilitando de sair de cima dele.
Agarrei seus ombro e rebolei contra a sua mão. Senti meu corpo desfalecer e desabei, sobre Luan, que me abraçou rindo, suspirei me aconchegando sobre ele.
—Te amo minha moreninha safada.
Estava tão cansada que apenas senti Luan puxar a coberta e nos cobrir.

Para quem estava pedindo um hot, está ai o casal mais safado hahaha
E me desculpem a demora, além da falta de criatividade, estava escrevendo uma possível próxima fanfic

19/06/2018

Capitulo 164

Pietra 


Não esperava tão cedo conhecer o parentesco do Luan, éramos tão íntimos mas nunca tocamos no assunto a família que deixamos, as pessoas que eram nossos parentes mas que se afastaram de algum modo. 
Como o Luan tinha uma família tão grande e unida, eu também tinha a minha que infelizmente não faço ideia de onde procurar e nem se querem saber da minha existência.
Assim que chegamos fui bem recebida, a família do Luan é muito calorosa, ganhei muitos abraços e elogios, alguns eu reconheci, foi os que foram ao casamento. E o comentário foi esse, o meu casamento com o Luan e como ele foi incrível. Liz passou de colo em colo, até começar a chorar e Luan a pegar. 
—Ela anda irritada por conta do primeiro dentinho. - Lamentei, olhando com preocupação para Liz no colo de Luan. 
—Essa fase é a mais tensa. O bebê coloca tudo na boca, dar febre. - Glória, tia do Luan comentou. 
—Sim, pior é a falta de apetite. Não quer comer nada. 
—Você é uma mãezona. - Ela sorriu pegando em minha mão. 
—E eu um paizão, só eu pra deixar essa bolinha calminha. - Luan balançava Liz em seus braços, ela olhava atentamente tudo e agora estava mais calma. 
Sua tia riu do jeito do Luan e voltamos a falar sobre o meu momento de ser mãe e como estava sendo. Os tios do Luan chegou o chamando para ver o peixe que pescaram aquela manhã, Luan não pensou duas vezes em ir ver, levando Liz com ele. 
Como era a véspera, a cozinha estava a todo vapor, cada uma preparava algo para colocar na mesa a noite e eu não fiquei sentada olhando tudo, pelo contrário, ajudei bastante e fiz cupcakes, quando Luan soube, ele largou o que estava fazendo e veio ver para crer. 
—Minha nossa! Eu nem acredito. Quanto tempo eu não como um desses. - Ele ia pegar um dos bolinhos mas bati em sua mão o impedindo.  —Ai! Não posso comer? 
—Só mais tarde. 
—Liz tá aguando, deixa eu dar um para ela. - Ele inventou uma desculpa. 
—Liz ou você? - Dei risada. 
—Os dois. - Ouvi a risada das tias dele e de sua mãe que acabara de chegar. 
—Esse meu filho é muito guloso. - Mari se aproximou, cumprimentando todos nós. 
Ela foi se trocar e logo voltou para nos ajudar aqui na cozinha. 
Não sabia que a família do Luan eram tão religiosas, oramos antes de almoçarmos e agradecemos por nos reunirmos hoje. 
Depois de comer me ocupei com Liz, ela precisava de um banho e Luan estava ocupado com os tios e primos dele. Depois que dei banho em Liz, fiz ela dormir, o que me custou mais tempo, ela não queria dormir e estava enjoadinha ainda. Mas depois que ela dormiu, fui tomar um banho, lavei meu cabelo, me vesti e arrumei meu cabelo, eu precisava fazer uma mudança no meu visual, mesmo gostando dos meus cabelos longos. 
Luan entrou no quarto quando eu secava meu cabelo, ele veio todo sorridente e me beijou. 
—Que foi que tá sorrindo atoa? - Dei risada. 
—Fiz uma live, deixei meus fãs tudo curiosos com uma música que eu fiz. - Ele contou como se fosse um garoto que fez sua primeira arte. 
—Coitadas! - Neguei rindo. —Quero escutar também! 
—Na hora certa cê escuta. Agora vou tomar banho, cheirosa. - Ele me abraçou, beijando meu pescoço e se afastou rindo por ter me causado um suspiro.
Terminei de arrumar meu cabelo e comecei a minha maquiagem, essa noite merece uma maquiagem mais elaborada. Vesti-me com um vestido vermelho que escolhi dias antes de vir. Luan Saiu do banheiro enrolado na toalha e quando me viu aprovou o que via. 
—Que gata essa minha esposa. - Me abraçou mas eu mantive minhas mãos em seu peito por estar molhado. 
—Amor você tá molhado. 
—Nem um beijinho no amor da sua vida? - Ele questionou rindo e acabei rindo da sua indignação. Acabei cedendo e dando-lhe um beijo. —To com batom na boca? - Ele perguntou rindo e eu neguei. 
—Não sai assim. Ó. - Passei minha mão nos meus lábios e não saiu o batom. 
—Óia que chique. Quer dizer que eu posso te beijar a noite toda sem borrar o batom. - Ele pressionou seu corpo do meu. —E outras coisas né amor? - Ele desceu a mão até minha bunda e apertou ali. 
—Para de taradisse, estamos em espírito de natal, o nascimento de Cristo. - O empurrei e ele riu de um modo pervertido.
—Pensasse nisso antes de ter escolhido esse vestido vermelho colado. - Ele deu de ombro e tentei formar uma palavra mas realmente, tinha escolhido esse vestido pensando nos pensamentos impróprios do meu marido pervertido e não tinha argumentos, 
Ele riu da minha cara e foi se vestir, e eu terminei de me arrumar. 
Fui até a cama onde Liz dormir, tive que acordar ela, me deitei em seu lado e beijei suas costas, ela sentia cócegas fácil e logo despertou rindo. 
Sem delongas, peguei ela no colo e fui banhar ela. Arrumei ela com um vestido branco com rosas vermelhas, troquei seu brinco, colocando com a pedrinha vermelha, coloquei a colônia, de cheirinho de bebê, coloquei seu sapato vermelho e a deixei sentada na cama enquanto colocava meu salto. 
Luan veio logo pegar Liz. 
—Que gatosa, essa minha filha gente. - Ele brincou com ela. 
—Vamos? - Perguntei. 
—Vamos. - Ele me deu um selinho antes de sairmos do quarto. 
Descemos para sala e Liz foi para o colo de uma das primas de Luan.
Bruna estava lá na área externa arrumando a mesa fui até ela. 
—Pietra! Que gata!! - Ela me abraçou quando me viu. 
—Gata tá você! - Ela estava com um vestido mais curto vermelho e com blazer preto por conta do decote  generoso. 
—Estamos gatas! - Ela corrigiu rindo. —Cadê o Pi? Tanto tempo que eu não vejo esse menino gente.
—Está lá na cozinha, deve tá pegando cerveja. 
—E não para de beber. -- Ela riu. 
—Não mesmo. Chegou só mais tarde por que? - Questionei. 
—Então. - Ela olhou em volta e jogou a bomba. —Tô grávida! - Seus olhinhos marejaram. 
—Mentira? Sério? Meu Deus, Parabéns. - Abracei ela. 
—Sim é sério. Mas ninguém sabe. Só você agora. Por isso eu atrasei para chegar, eu e Breno estamos brigados e não contei a ele ainda. - Suspirou. 
—Brigaram por que? - Ela parou o que estava fazendo e fomos conversar num lugar mais calmo, longe de ouvidos que pudesse escutar a conversa. Ela explicou que o Breno andava afastado de casa, que enrolava ela dizendo que era a trabalho mas que era mentira pois ela verificava com a assessora dele. Fiquei triste por ela, ela não merecia ter o Breno mentindo em relação às saídas dele. Mas fiquei feliz pela gravidez dela, que podia aproximar mais eles dois. 
A gente mudou de assunto e eu fui ajudar ela a organizar a mesa. Quando ficou pronto, chamamos toda a família, para jantarmos, Liz ficou no colo do pai, ela estava elétrica, formando suas letrinhas e eu incentivava a falar mamãe e Luan ria dizendo que ela ia falar primeiro papai. 
Fizemos uma outra oração antes de comermos e logo jantamos, dessa vez acompanhei todos com o vinho, Liz não ia sentir falta do meu leite por essa noite e nem pela manhã, igual fiz da outra vez. 
Já na sobremesa, Luan acabou dando glacé do cupcake para Liz, ela gostou tanto que quando eu insisti para parar de dar, ela chorou, Luan riu e voltou a dar o glacê a ela, que parou de chorar. Menina espertinha.
A noite foi muito boa, estar do lado de quem amamos fazia com que eu ficasse feliz, é bom estar reunida, falando sobre alguma coisa que aconteceu quando Luan era pequeno e suas artes junto com seus tios e primos. 
Liz tornou a dormir e eu decidi levar ela para o quarto, troquei sua roupa e vesti seu pijaminha, a colocando no berço que trouxemos, era um berço pequeno que cabia no porta malas, ótimo para viagens. 
—Estava te procurando. - Luan disse quando me viu no quarto, fiz sinal de silêncio e ele percebeu que se travava de Liz dormindo. — Vamos que eu quero que você conheça um lugar, o meu favorito. - Ele sorriu. 
—Que lugar é esse? - O questionei antes de me aproximar dele. 
—É melhor tirar os saltos. - Ele encarou meus pés. 
Pela primeira vez depois de tanto tempo estava me adaptando ao meus saltos e agora não poderia desfilar com eles. 
Mas troquei os saltos por meus chinelos e segui meu marido que andando até o fim do corredor e abriu uma porta, me puxando para dentro, era um porão pequeno, com uma mesa e uma escada que dava para o teto, ambos estavam empoeirado. 
—Que lugar é esse? - Questionei mais uma vez. Ele sorriu em silêncio e subiu as escadas, empurrou uma porta que dava ao telhado e vi o céu estrelado. Ele desceu. 
—Vamos até o telhado? - Ele perguntou me olhando. 
Ele me ajudou a subir, e eu me sentei perto da portinha, ele subiu logo atrás de mim e se sentou ao meu lado. 
—Aqui é lindo. - Apreciei do que eu via. as árvores e um lago. Fora as estrelas que iluminavam o céu. 
—Eu amo esse lugar. 
—Agora entendo porque é seu favorito. - Deitei minha cabeça em seu peito e ele passou o braço por cima do meu ombro. 
—Agora é mais favorito ainda porque você está aqui. - Ele brincou com o meu cabelo, beijei seu queixo e ele virou o rosto para alcançar meus lábios, um beijo carinhoso aconteceu e deitamos ali, sem se importar com a roupa.
Ficamos em completo silêncio, aproveitando a brisa fresca da noite de verão. Meus olhos pesaram e cheguei cochilar quando Luan decidiu descer e eu fui com ele. 
Ele desceu primeiro e me segurou para não cair mas foi inevitável, escorreguei nos últimos degraus, Luan como já me segurava, me apertou firme a minha cintura para que eu não caísse. 
—Opa! - Ele deu risada pelo meu susto. 
Me virei e me mantive segura em seu ombro, o escorregão foi pequeno mas o susto foi grande, minhas pernas ainda estavam bambas. 
—Se machucou? - Luan me avaliou. 
—Não, foi só o susto mesmo. - Suspirei. Ele me deu um beijo, prendendo-me entre a escada e seu corpo. 
—Que bom que não se machucou. - Dava para ver seu olhar sobre o meu. —Vem vamos sair daqui, tá tudo empoeirado, logo vamos sair daqui espirrando. 
Ele me colocou na frente e seguimos pelo corredor até o nosso quarto. 
Tirei meu vestido, minhas jóias e fui tomar banho. Sai já vestida, com o meu pijama e Luan entrou no banheiro para fazer o mesmo. Voltou pouco tempo depois, enrolado na toalha e vestiu sua cueca ali mesmo, descartando a toalha no chão, olhei brava para ele que a pegou do chão rindo. Foi para o banheiro e logo voltou deitando-se ao meu lado e me abraçando.  
No dia seguinte, acordei com Liz chorando, a peguei e a trouxe para a cama, ainda estava cedo e queria dormir mais um pouco. Ela ficou quietinha entre nós e acabou dormindo também. Algumas horas mais tarde, Luan acordou brincando com Liz, me fazendo acordar com a animação deles logo cedo. 
Hoje não estava com ânimo de levantar da cama, por mais que seja natal. Luan que foi preparar o café da manhã de Liz enquanto eu estava debaixo das cobertas. 
Luan apareceu pouco tempo depois com uma bandeja recheada de coisas gostosas, embora meu corpo não pedisse comida, eu me esforcei para comer um pouco de cada coisa. 
Já de tarde, eu levantei, não aguentei mais ficar na cama, iam se preocupar à toa comigo, Luan já estava preocupado, querendo ir ao hospital, em pleno natal. 
A noite fizemos um brinde a união da nossa família, eles me consideravam da família e isso era lindo. 
A noite fiquei acordada por dormir a manhã inteira. Luan me faz companhia, ele era acostumado a ficar noites em claro e neste momento não era sacrifício. 


09/06/2018

Capitulo 163

Luan


Peguei a rua que dava ao portão grande do condomínio, e acelerei até passar pela cancela. Ia acelerar o carro mas Douglas apareceu, quanta ousadia da parte dele aparecer no meu condomínio assim. 
—O que você está fazendo aqui? - Perguntei antes que ele falasse algo. 
—Estou te procurando, Luan. Eu realmente preciso falar com você. 
—Pois fala então, estou com pressa. 
—Tem algum lugar para conversarmos?
—Cara não tenho nada para falar com você e… 
—Mas eu tenho, po cara vamos a um bar, beber um pouco, conversar, eu preciso me desculpar com você. 
—Outro dia. - Tentei fugir dessa conversa. 
—Outro dia não. Por favor cara. 
Suspirei sem ter mais nenhuma desculpa em mente. 
—Entra ai no carro então. - Ele deu a volta rápido, abriu a porta e se sentou. 
—Obrigado por me escutar. - Ele agradeceu depois que eu dei a partida. 
—Não agradeça a mim. Agradeça a Pietra que me encheu. A propósito, não procure minha esposa para se resolver comigo, ela não tem nada a ver com o que você fez. 
—Eu sei cara. Mas você não me ouviria logo de cara se eu não falasse com ela. Tenho que agradecer a ela também. - Ele falou sorrindo. 
—Não precisa agradecer a ela, eu aviso que você está agradecido! - Tirei seu sorriso do rosto. 
—Luan, não sei porque essa implicância toda cara, você nunca gostou da Victoria… 
—Por incrível que pareça eu gostava dela sim, mas não como eu gosto da Pietra. Foi um momento de curtição. E não era porque ela e eu vivíamos na galinhagem que você poderia me colocar chifres. 
—Isso tudo é por conta do machismo? Puta merda, Luan! - Ele negou e eu apertei o volante em minhas mãos.
—Não machismo, Douglas! Você não foi nem macho e nem homem para vir falar comigo que estava comendo a mulher que eu chamava de namorada. 
—E você ia aceitar bem eu te falando que Victoria estava comigo? Se hoje, depois de tanto tempo você está na defensiva, não aceita as minhas desculpas pelos meus erros. 
—Estou na defensiva por você ter audácia de vir perturbar minha mulher e vir pedir desculpas para mim. É muita cara de pau mesmo. - Neguei sem acreditar. 
—Você a amava? - Olhei rapidamente para ele. 
—Victoria me fez de gato e sapato no tempo em que namorávamos. Ela com certeza precisava de alguém que amasse ela de verdade. 
—Essa não foi a pergunta. 
—E o que isso interessa hoje em dia? 
—Interessa se a sua escolha de hoje em dia afeta o seu afeto pela Victoria…
Aquilo me pegou de surpresa completamente. Mas eu não pude transparecer que estava surpreso com aquilo. 
—Eu quis muito, por muito tempo que eu fosse o cara que Victoria amasse e que eu amasse ela. Mas eu sabia que nada faria diferença, se ela estivesse comigo, ia estar com outro também. E eu não seria o único. 
—Então escolheu ficar com Pietra. 
—Eu não a escolhi, a gente se ama. Ela me amou em segredo desde o primeiro momento que me viu. 
—Você também a amou desde o momento em que viu ela? 
—Não. Naquela época eu não amava ninguém, nem a mim mesmo. Eu apenas gostava da vida de solteiro que eu levava e duas garotas gêmeas na minha casa só me fez imaginar um monte de merdas. Mas com o tempo vi que uma era mas calma que a outra e descartei a possibilidade de qualquer envolvimento com as duas ao mesmo tempo. Eu nem sei porque estou te dizendo isso mas tudo bem. Vou continuar. - Respirei fundo —Com tempo ficando com Victoria foi bom maravilhoso, ficava com ela e mais outras. Ela começou a ditar regras para mim, para que fosse moldado um namoro. Até aí beleza, passei um tempo mas não aguentei e ela não ficava atrás, me traía como ninguém. Até um dia ver mais uma vez Pietra e querer mudar essa vida de solteiro, e daí em diante Pietra foi a pessoa que eu sempre quis na vida. Uma garota de responsabilidade, que me ama. 
—Você ama ela? 
—Amo! 
O que era para ir para um bar, ficou com a gente andando por São Paulo sem rumo. 
—Você não a ama. Você ama o que Victoria tinha, a beleza das duas eram as mesmas mas o de dentro só Vitoria tem. 
—A malícia de ter me feito de corno não é? Cara, estou de saco cheio. Você vem me pedir desculpas mas vem colocar coisa na minha cabeça. Victoria querendo ou não foi meu pesadelo. Foi um passatempo que eu pude ter evitado. Eu gostaria tanto que aquela noite que eu conheci elas e a família delas fosse totalmente diferente. Que eu fosse conversar com a Bruna e a Pietra perto da piscina e que negasse a todo custo ir para o quarto com Victoria. Fico besta como eu poderia ter conhecido a mulher da minha vida melhor, para ficar com a errada.
—A vida ia ser perfeita demais. Talvez eu fosse conhecer Victoria como sua cunhada e não como sua namorada. 
—É sem você me colocando chifres, sem contar que não ia sujar a nossa amizade. 
—O destino é uma merda! 
—Nos enrola e nos faz de bobo. 
—Você gostava da Victoria não é?
—Gostei muito. Quando soube que ela estava viva, eu tive que esperar por seis meses para vir aqui e saber que você não amava ela. 
—A custo de que? Você sabia disso. 
—Não, eu não sabia. Soube que ela morreu na sua casa, você podia ter sido o assassino dela. 
—Nunca faria isso, mesmo desejando que ela estivesse morta mesmo. Sou incapaz de matar uma mosca você sabe disso. - Respirei fundo. 
—Você não a matou porque a casa estava com policiais. - Deu de ombro. 
—Eu pedi para chamarem! Douglas você veio aqui para se desculpar ou para me importunar? Estou de saco cheio com esse assunto. Você sabe disso. Victoria foi o amor da sua vida mas bola pra frente. Você vai achar alguém que te ame. 
—É eu sei. Minha terapeuta me diz isso sempre. 
—Já tendo consultas com terapeuta? Eu também. Essa minha vida não está sendo fácil. - Suspirei. 
—Estou, me faz bem por para fora. Quase surtei quando soube que na verdade Victoria estava viva e não foi me procurar. Talvez ela não gostasse de mim como eu gostava dela. 
—Cara, eu te desejo toda sorte do mundo. Agora vamos beber porque seu mal é falta de ficar bêbado e uma boa trepada. 
Estacionei o carro numa das vagas do bar que eu costumava beber, um lugar calmo porém muito bem frequentado. 
Entramos e eu fiquei na água, estava dirigindo e com certeza hoje eu seria o amigo que ajuda o amigo bêbado. Douglas se animou rápido, logo que virou duas doses de tequila. Conversou com uma mulher e pegou o numero dela, mas não deram em nada, Douglas ficou bem ruim mesmo e eu tive que tirar dele o endereço do hotel que ele estava, foi um pouco difícil descobrir, mas quando soube, levei ele e deixei-o em seu quarto, em segurança. 

Pietra me encarava séria, depois de me interromper várias vezes, contei como foi a minha noite e ela não se agradou de algumas respostas minhas e nem das insinuações de Douglas. Eu também não gostei mas estou com ela hoje e não trocaria isso por nada desse mundo. 
—Vai aonde? - Perguntei quando ela levantou, pegando Liz e entrando para casa. 
—Liz precisa almoçar. - Ela respondeu simples e entrou. 
Tentei procurar o comentário do Douglas mas eram muitas e então desisti de achar.
Pietra não gostou nada quando eu disse que ia dar mais uma chance ao Douglas e não deixou de me contar isso. 
—Vai querer almoçar também? - Ela apareceu na porta. 
—Vou. - Dei de ombro. 
Peguei as coisas que estavam espalhadas pelo chão e os brinquedos de Liz. Entrei colocando as coisas nos devidos lugares e fui até Liz que estava irritada com a roupa molhada. 
Decidi trocar ela mas a banheira era ainda melhor, entrei com ela depois de cheia. Liz adorava brincar na água, ela parecia um peixinho sorridente. 
—Nossa estava procurando por vocês. A comida já está no prato. - Ela me olhou séria, colocando a mão na cintura.  
—Tá já vou. Vou secar ela. 
—Me dar ela aqui. - Ela pegou a toalha e enrolou Liz quando eu a entreguei a nossa filha. 
Sai da banheira, liberando a água. Esperei que Pietra se afastasse para tirar a cueca e me secar. Enrolei a toalha na cintura e fui atrás de uma roupa para me vestir. 
Desci logo, estava com fome. Pietra já alimentava a nossa filha e comia ao mesmo tempo. 
—Deixa que eu dou a ela, come ai com calma. - Peguei o prato da Liz e passei a dar a comida dela. 
Liz terminou de comer e eu fui atrás do meu prato que Pietra preparou. 
Dessa vez eu comi sozinho, Pietra levou Liz para se limpar, toda vez que comia era uma sujeira que ela fazia. 
Como era a antevéspera do natal, começamos a nos programar, ajudei Pietra a arrumar as malas e deixar a casa organizada. 
Pietra ainda estava chateada mas trocava algumas palavras comigo mas sabia que sua expressão me dizia outra coisa. 
Fiz Liz dormir logo que ela mamou e eu fui atrás de Pietra que falava ao telefone, enquanto pegava uma muda de roupa dentro do closet. 
—O que aconteceu? 
—Eu esqueci completamente de ir a clínica, eles me ligaram agora e eu tenho que ir para lá. 
—Hoje ainda? 
—Sim. Amanhã vamos viajar e minha mãe vai ficar lá achando que eu não lembrei dela. 
—Tudo bem. Eu vou com você. - Ela não disse nada e eu fui me arrumar. 
Em meia hora, já estávamos no carro, Pietra colocava Liz na cadeirinha e a mesma chorava por ter acordado. Pietra distraiu ela com um desenho no celular e então fomos. O caminho todo foi silencioso, de vez em quando eu olhava Pietra através do espelho e dava para ver o quanto estava pensativa. 
Quando chegamos, ela desceu com Liz nos braços e eu a peguei, deixando que Pietra falasse com a diretora da clínica. Elas conversaram durante meia hora, enquanto eu entretia Liz e brincava com ela. 
Logo que Pietra saiu, fomos a visita, Verônica abraçou a filha, as duas se emocionaram bastante. Pietra lamentou não poder estar aqui na véspera e nem no natal. Liz foi para o colo de Pietra para ver a avó, Verônica estava melhor mas não cem por cento recuperada, ainda teria que ficar um bom tempo aqui. E toda vez que Pietra vinha aqui era tristeza e mais tristeza. Eu imaginava o quanto doía ver a própria mãe dentro de uma clínica a base de cuidados 24 horas por dia. 
—A gente já vai, mãe. - Pietra levantou e eu peguei Liz de seu colo que dormia agora. 
—Tá bom querida. Foi bom ver você, Luan. - Ela sorriu para mim. Ela nunca falou comigo e nem eu com ela e isso me pegou de surpresa. 
—Foi bom ver a senhora também, dona Verônica. Um bom natal. - Sorri fechado, sai de perto delas e fui caminhando pelo jardim. Pietra me alcançou minutos depois, ela terminava de secar as lágrimas, abracei ela pelo ombro e seguimos em silêncio até o carro. 
Coloquei Liz na cadeirinha, ela resmungou mas quando terminei de colocar o cinto ela ficou quietinha. 
Me sentei ao lado de Pietra e fiz um carinho nela. 
—É tão difícil deixar ela aqui. 
—Ela vai ficar bem. - Peguei em sua mão e beijei a mesma. 
Fomos o caminho inteiro em silêncio, passamos em um restaurante e jantamos. Já passava das oito da noite quando chegamos em casa. Pietra foi cuidar de Liz e eu fui alimentar os nossos cachorros e fechar a casa. Subi e fui direto para o quarto, tirei minha camisa e vi Pietra entrar, ela estava com o nariz vermelhinho, abracei ela, mesmo ela negando. 
—Eu não quero te perder mas também não queria que você estivesse comigo porque gosta da Victoria. 
—Você sabe que eu amo você. Eu te digo isso sempre para se lembrar que esse sentimento é vivo dentro de mim. 
—Você ficou confuso quando o Douglas te questionou. 
—Eu fiquei surpreso, Pietra. Mas meu amor por você é pela pessoa que você é. Eu amo cada detalhe seu, sou agradecido a Deus por tudo que tenho hoje. Por ter você. E se há alguma sombra de duvidas, eu não sei como te tirar elas. - Me afastei o suficiente para olhar em seu rosto. —Confia em mim, meu amor. E tenho certeza que nunca irá se arrepender. 
Ela me abraçou mais forte, me pedindo desculpas por qualquer sombra de duvidas que ela teve durante esse dia. Perdoei, é claro. Uma das coisas que eu aprendi, é não dormir brigado com a pessoa que eu amo. 
Tomei meu banho primeiro e depois foi a vez dela. Esperei que ela se deitasse, para que então eu dormisse, abraçado ao amor da minha vida.