18/02/2018

Capítulo 150

Luan



Estava ficando tenso com tanta pressão que Victoria andava fazendo comigo. Ela aparecia em momentos que eu menos esperava e isso me deixava com medo do que ela era capaz, agora mesmo acabei de chegar em casa de mais uma semana de shows, ela estava parada na porta da minha casa, insistiu em entrar na minha casa eu não tive jeito, a van ainda estava parada na rua, esperando que eu entrasse, fiquei na frente dela para que eles não vissem ela. A coloquei para dentro e a encarei furioso.
—O que você quer ainda? - Perguntei furioso.
—Você acha que eu estou de brincadeira não é mesmo? - Ela cruzou os braços.
—Não quero saber das suas brincadeiras, você tem que sumir da minha vida e da vida da Pietra.
—Não vou sumir. Pelo contrário, vou aparecer mais vezes que você imagina. Você tem que acabar com esse casamento.
—Não posso deixar ela desse jeito. Ela está nos últimos meses de gestação. Não tenho motivos para deixar ela.
—Mas ela pode ter motivos para te deixar. Faça ela ter raiva de você e a deixe sozinha.
—O que você tá me falando pra fazer? Trair ela? Eu não posso fazer isso. Eu a amo.
—Foda-se, foda-se que você ama ela. Eu quero ver você e ela sofrer. Ela se alterou.
—O que você ganha vendo a gente separado? - Falei nervoso.
—Não preciso ver. As pessoas.precisam saber que você não dar certo com ninguém, que ninguém consegue o seu amor, do mesmo jeito que eu não consegui.
—Mas Pietra conseguiu, ela conseguiu tudo que nenhuma mulher conseguiu. - Deixei claro que Pietra era a dona do meu coração.
—Mas você vai provar que é diferente. Não importa qual é a verdade. Fique longe dela e eu continuo onde eu estou.
—Não faz isso com a minha família. Pietra vai sofrer mais que o normal. Vai me deixar distante da minha filha, eu não quero isso.
—Pensasse antes de querer uma vida feliz longe de mim.
—Eu queria que você morresse, de verdade. Até antes de você. Aparecer eu estava sendo feliz. Você só me traz infelicidade, tenho nojo de um dia ter gostado de você.
—E eu idem. Estou morta e isso não é legal para mim mas se eu reviver para todos verem, você será infeliz.
Ela saiu pela porta da minha casa me deixando com aquela frase maldita. Eu não queria ser infeliz e nem estragar a minha felicidade de está casado com a mulher dos meus sonhos. Qual é a graça de ser infeliz?
—Quanto você quer pra me deixar em paz? - Falei alto e firme, parado na porta, ela estava bem distante mas parou para me ouvir.
—Nenhum dinheiro compra a dor que eu senti. Mas quero uma boa grana, te dou três dias para conseguir metade do que tem na sua conta pessoal. Nem adianta chiar dizendo que não dar tempo e que é muito dinheiro. Te poupo em acabar com a sua vidinha e você me dar metade do que você tem, uma troca justa não acha?
Eu nunca liguei para dinheiro, mas cada centavo que eu tenho foi batalhado, foi por esforço meu, pelo meu talento. Eu não podia abrir mão do meu dinheiro. E ainda mais três dias? Eu nunca conseguiria pegar tanto dinheiro.
Victória se afastou como um tiro e eu fechei a porta ouvindo passos atrás de mim.
—Amor. Chegou. Estava falando com quem? - Pela sua voz tinha acabado de acordar.
—Estava no telefone. Mas já desliguei. O que faz acordada a essa hora?
—Escutei sua voz. - Ela sorriu de lado.
—Estava com saudades. - Sumi até o degrau que ela estava e terminamos de subir para o quarto.
—Eu também estava. Fez boa viagem?
Ela insistiu em saber sobre meus shows e eu contei. Até perceber que ela dormia novamente.
Tirei minha roupa e fui para o chuveiro, tomei um longo banho pensando em Victória. Estava tão abalado com o que vinha acontecendo.
Sai do banheiro com as minhas mao já enrugavam. Deitei ao lado de Pietra e não consegui dormirdormir, minha madrugada foi longa  para mim, só fui dormir quando o cansaço me venceu.
—Acorda amor. A enfermeira já tá chegando e você dormindo ainda.
—Enfermeira? - Perguntei sonolento.
—É, agora não preciso ir na clínica, vem sempre uma enfermeira aqui.
—Mas tá tudo bem? - Me mexi tentando me concentrar.
—Sim, é só exames de rotina pra ver como nossa bebê está posicionada.
—E continua no lugar certo?
—Ela tá sentada e não é o lugar certo para nascer no parto natural.
—Como assim?
—Ela tá com a cabeça aqui. - Ela apontou logo no topo de sua barriga. —Bem sentadinha. Mas o certo é de cabeça para baixo.
—E ela vai virar sozinha?
—Acho que vai. Se não virar vai ter que fazer cesariana. - Pietra falou um pouco triste.
Ela queria passar pela experiência de ter nossa filha aqui em casa e uma cesariana não seria aqui.
—Vai dar tudo certo, meu amor. - Beijei sua mão. Ela concordou e me apressou a levantar, para poder arrumar o quarto.
Eu ainda estava com sono então fui para o quarto de hóspedes e dormi mais um pouco por lá.
Acordei pouco tempo depois. Desci para comer antes de tomar banho ou fazer minhas higiene.
Cida estava tirando o bolo do forno, esperei que ela desinformasse e me servisse.
—Cida, esse bolo tá delicioso.
—Foi feito com um ingrediente secreto…
—Amor! - Completei a frase dela e ela deu risada. —Pietra tá no quarto? - Perguntei.
—Ela estava conversando com o pai dela desde que a enfermeira foi embora.
—Ah sim. - Sorri de canto.
Terminei de comer e fui levar um pedaço de bolo para minha esposa.
Assim que eu abri e ela viu que eu entrava, tratou de fechar o álbum de fotografias e secar as lágrimas, fingi não ver, mas vi sim.
—Boa tarde amor. - Falei me aproximando, seu rostinho estava vermelho. Me sentei ao seu lado e coloquei o prato em seu colo o copo de café deixei em cima do bidê.
—Boa tarde, mô. - Ela sorriu. —Obrigada, o cheiro desse bolo estava me matando. - Ela comentou dando uma mordida nele.
Eu sorri me levantando, fui tomar banho e fazer minhas higiene. Fui direto para o closet, me vesti e me sentei onde estava antes.
—Cheiroso. - Ela comentou sorrindo.
—Todo seu. - Beijei seus lábios. —O que estava vendo? - Peguei o álbum de fotografias.
—Nada demais. Hoje bateu saudade de quando eu era criança, só isso. Meu pai me relembrou algumas coisas. - Ela suspirou.
—Não precisa ficar triste, meu amor. A gente tem que crescer um dia.
—Eu sei. O que me deixa triste é não ter minha irmã aqui. Ela podia ser minha amiga, mas preferiu alimentar o mesmo ódio que minha mae nutriu por mim.
—Amor, não fala assim, nossa filha sente essas coisas também.
—Mas eu não tenho ódio delas. Eu tenho vontade de voltar no tempo e tentar consertar um monte de coisas que eu podia ter evitado.
—Já parou para pensar que tudo que você fez, o nosso hoje é a consequência?
—Já e é por isso que eu tenho vontade de mudar. Minha irmã podia ser minha amiga.
—Mas e se a gente não estivesse juntos? Você com outro e eu com a Victória até hoje?
—Eu sinceramente não sei. Mas não vivo sem você hoje. Meus pensamentos estão confusos, nem sei o que eu estou falando. Eu nunca viveria sem você, você é a minha metade, é o que completa minha vida e eu te amo por isso. - Ela me beijou com calma.
—Deixa eu te contar uma coisa?
—O que? - Ela me olhou atenta.
Exitei em falar sobre Victória, aquele assunto era demais até para mim.
—Eu amo você. - Suspirei segurando seu rosto em minhas mãos. Ela sorriu alegre para mim e me abraçou como pôde, sua barriga agora impossibilitava ela se fazer algumas coisas.
—Eu te amo muito, mesmo me fazendo esperar pelo noma da nossa filha. Logo ela nasce e sem nome. - Ela mudou de sorridente para uma mulher revoltada comigo, seu marido.
—Eu já decidi… - Mantive meu mistério e ela voltou a me olhar esperançosa.

13/02/2018

Capítulo 149

Narrador


A família de Pietra sempre desunião como é hoje. Na época em que Verônica e Paulo namoravam, a família deles não eram de acordo com o relacionamento deles. A culpa era do relacionamento abusivo que Paulo carregava e que Verônica insistia em dizer que era amor.
A família tentou separar os dois, mas Verônica foi mais esperta e conseguiu pagar o mais caro dos tratamentos para engravidar e por um fim na discussão sobre seu relacionamento com seu amor.
Paulo não teve outra alternativa a não ser assumir a gravidez. Foi  uma discussão e tanta quando descobriram a gravidez, tanto que tentaram fazer um aborto mas Verônica não aceitou.
Conseguindo a fuga, eles conseguiram se casar, Verônica não estava bem no meio de sua gestação e não aceitou os conselhos dos médicos a qual eles insistiam em retirar o feto menos provável de nascer. Ela aguentou até os últimos dias de sua gestação. Nascendo primeiro  sua primeira menina, dando-lhe o nome de Victória, um bebê mais magro, desnutrido e da cor pálido. Verônica decidiu colocar o nome dela de Victória, a garotinha que teria grandes vitórias no decorrer de sua vida. Logo depois do nascimento da sua primeira filha, ela teve uma grande complicação, ela foi desfalecendo e sua segunda filha, Pietra nasceu, chorando bem forte, com os pulmões mais forte do que de sua irmã gêmea.
Os médicos conseguiram reanimar Verônica, dando-lhe mais uma chance em sua vida.
Victória se tornou mais forte a cada dia. E Verônica só prometeu cuidar de suas filhas quando Victória pudesse ir para casa.
Pietra já sofria desde o primeiro momento que nasceu, embora não fosse sua culpa.
Paulo quase nunca presenciava a diferença que Verônica dava as suas filhas, mas sabia que Verônica amava mais Victória do que Pietra e por isso ele tentava ser um pai presente da sua filha “caçula”.
Pietra nunca entendeu essa diferença, achava que não se encaixava na família e nem nas escolhas que sua mãe dava-lhe para escolher. Mas ela era salva pelo seu pai que lhe mostrava o mundo de escolhas e ela escolheu a profissão de seu pai que era muito mais interessante que apenas desfilar para um monte de pessoas ou decorar uma fala.
Ser assessora lhe deu um mundo, lhe deu um grande amor, uma paixão que bagunçou com ela. E mais problemas. Luan não foi um problema, foi a pessoa que ela dividiu não só sua cama mas seu coração, dividiu uma casa, as despesas e sua família, uma linda filha que estava para chegar.
Mas quem disse que a vida é um mar de rosas sempre?
—Victória? - Luan não acreditava no que via. Sua cunhada diante de seus olhos sem crer.
—Luan. Ainda mais bonito agora.
Pietra dormia no sofá, tranquilamente, sequer se incomodava com as vozes de sua irmã e de seu marido.
—Como? O que? Porque? - Ele estava sem fala, obviamente tinha perguntas que não acabava mais rondando em sua cabeça.
—Uma pergunta de cada vez, cunhadinho. - Ela usou o sarcasmo, caminhando até a cozinha. Luan a seguiu com uma certa distância, ele tinha medo de ser um fantasma. Até então ela estava morta. Paulo, seu sogro afirmou isso a ele.
—O que faz aqui? Você não estava morta?
—Morta eu? Eu paguei muito bem ao médico para burlar a minha morte. E ele fez direitinho, teve até um velório para mim. Você foi um cretino que se aproveitou de mim enquanto estava com a minha irmã.
—Não enganei ninguém. Mas você sim. Fez com que todos acreditassem na sua morte.
—Você. - Ela pegou um pão e recheou de queijo. — Você, fez isso comigo.
Luan retraiu pensando no que ela estava falando.
—Não fiz nada com você e você  sabe disso.
—Sabemos, sim. Mas ninguém mais sabe.
—Do que você está falando?
—Eu posso aparecer para todos verem. Fui uma prisioneira, a mando de Luan Santana. Vivi trancafiada por alguns homens, que me davam água e pão para sobreviver e diziam que Luan estava muito feliz da vida com a minha amada irmã. A qual ele me enganou a vida toda dizendo que me amava mas era ela que ele transava. Você me largou quando não me quis mais e me jogou fora me deixando presa por quase cinco anos. História linda pra acabar com a sua carreira, não é mesmo?
Victória tinha pensado em tudo, até os homens que podiam confirmar que Luan era o culpado da fraude de sua morte. Luan estava numa enrascada.
—O que você quer?
—Não te quero mais. Mas quero que minha irmã sofra. Sofra como eu sofri por amor.
—Ela já sofreu demais.
—Ela se divertiu bastante nos dois anos que ela ficou longe de você, não acho que isso foi sofrimento. Ainda mais depois se jogou nos seus braços, falando que amava você e você caiu  na dela.
—Victória, isso é um absurdo o que você quer que eu faça. - Luan tentava controlar sua respiração nervosa.
Nesse momento, Pietra acordava de seu sono, escutava a voz de Luan mas não estava claro o que ele falava.
—Luan? - Ele ouviu a voz de sua esposa e se tremeu mais ainda.
—Volto a fazer contato, caso não faça o que eu pedi.
Victória abriu a porta dos fundos e saiu, deixandos os cachorros alvoroçados com a presença estranha em seu quintal.

Pietra

Depois que Bruna foi embora, eu me deitei no sofá assistindo uma série, foi tão de repente e eu peguei no sono. Acordei pouco tempo depois com Luan falando, chamei por ele e os cachorros latiram logo em seguida, andei até a cozinha e o encontrei, estava pálido, meio nervoso.
—O que tá acontecendo? - Me referi aos latidos insistentes dos cachorros.
—Estava fazendo um lanche. Quer?
—Falei dos cachorros, estão latindo muito.
—Deve ser algum gato. Deixa pra lá. Quer lanchar?
—Hm Não. Logo é a hora do jantar, não deveria comer agora.
—É tem razão.
—Ficou no quarto até agora?
—Fiquei. Faz tempo que eu não vejo um jogo e me entreti jogando também.
—Hm. Quer jantar agora?
—Estou sem fome.
—Mas não ia lanchar?
—Ia mas não quero mais.
—Pois eu vou. Estou morrendo de fome.
Peguei as panelas e comecei esquentar o meu jantar. Reparei que Luan olhava o tempo todo na janela, esperando por algo.
—Vai no Dudu hoje? - Olhei em seu celular que estava em cima da bancada.
—Eu ia mas não vou mais.
—Por que? - Estreitei os olhos o encarando.
—Estou cansado.
—Mas ficou o dia todo em casa, ficou naquele quarto o dia todo.
—Por isso mesmo. Quero ficar com você. - Ele se aproximou e me beijou.
—Hm tudo bem.
—Falando em Dudu. A Érica se separou dele. - Ele falou devagar.
—É, ela me disse. Ela vem passar o sábado aqui. Então não vou com você viajar.
—Tudo bem. Vou pedir pra minha mãe vir pra cá sexta tá?
—Ainda temos tempo, nossa filha não vai nascer agora.
—Eu sei. Mas você sozinha não confio.
—Em quem? - Cruzei os braços.
—Em você ficar sozinha, e se você precisar de ir para o hospital? Não quero arriscar.
—Estou bem, nossa filha está bem também. Não precisa ficar.preocupado. Já fiquei sozinha muitas vezes.
—Vou pedir pra minha mãe passar as noites aqui pelo menos. - Ele saiu decidido. Suspirei irritada.
Fiz o meu prato e comi na cozinha mesmo.
Naquela noite trocamos algumas palavras, dormimos juntinhos e acordei primeiro que ele.
Os dias se arrastaram assim, até sexta-feira.
Marizete estava aqui em casa, a pedido de Luan. Era completamente desnecessário minha sogra ficar de babá na minha casa. Mas Luan era exagerado e colocou paranóias na cabeça da minha sogra.
—Luan só se preocupa com você, relaxa. - Ela colocou a mão no meu ombro.
Eu decidi relaxar mas manteria ela ocupada, para me deixar em paz por algumas horas no meu quarto.
—Tudo bem. Vou aproveitar meu tempo livre e lavar as roupinhas da minha neném. - Me levantei, fingindo cansaço.
—De jeito nenhum, você vai se cansar demais. Deixa que eu faço isso.
—Tem certeza?
—Tenho. Onde está as roupas?
Mostrei a caixa de roupas que eu tinha ganho de Bruna e as roupas que comprei ou ganhei. Ela se surpreendeu com o tanto de roupa que minha filha já tinha.
Ela foi lavar as roupas e eu fui me deitar no meu quarto. Hoje eu queria que meu dia fosse só assim, deitada sem fazer absolutamente nada.
No outro dia foi mais animado, Érica chegou animando a casa junto com os meninos.
Ela estava decidida a se separar definitivamente de Eduardo, mas quando ficamos só eu e ela a sós, ela se mostrou em dúvida do que ela queria, ela o amava mas não perdoaria uma traição fácil assim. Conversei com ela por horas, fizemos um bolo junto com a Marizete e tomamos um café maravilhoso que Cida fez.
Os meninos estavam tão espertos, corriam pela casa  estavam levados também, Érica brigava com eles sempre e eu tentava me manter séria, era tão diferente ver minha amiga maluca sendo responsável.
No domingo fomos ao shopping, encontramos duas fãs do Luan, pediram foto e eu fui educada falando com elas, Érica até entrou nas fotos, as meninas gostavam dela também.
Fomos ver um filme infantil com os meninos e depois fomos comer no burguer king.
Quando voltamos encontramos um Luan totalmente desesperado.
—Nossa eu achei que você ia vir só amanhã. - Deixei minha bolsa no sofá, indo abraçar ele, ele estava mesmo preocupado.
—Eu ia mas foi cancelado o show de hoje e decidi vir hoje mesmo. Quando cheguei aqui não encontro ninguém logo pensei que alguma coisa tinha acontecido.
Seu coração batia tão forte.
—Ta tudo bem. - Tentei o acalmar.
—Marido preocupado esse. - Erica brincou.
—Tá vendo o que eu fui arrumar? - Brinquei.
—Bom, vou indo pro quarto tá? Vou deixar os pombinhos namorando mas não transem tão alto, tem criança em casa. - Ela pediu levando os meninos com ela.
—Se tivéssemos fazendo isso eu até tentava fazer baixinho mas nem isso. - Luan retrucou me deixando sem graça.
—Como assim Pietra não tá abusando do seu corpinho?
—Olha o barrigão que eu to, Érica. Nem se eu quisesse ia ter sexo.
—Você é boba. Luan dê um jeito.nisso, por favor. Só não gritem. Beijo pessoal.
Ela subiu as escadas rápido, me deixando sem graça na frente de Luan.
—É, tenho que dar um jeitinho. - Ele beijou minha bochecha enquanto fazia carinho na minha cintura.
—Para com isso, eu tô um bola de enorme, não consigo ficar por cima e nem por baixo.
—Amor, relaxa. Vamos dá um jeitinho. - Ele falou tranquilo, pegou minhas coisas e subimos.
—Não vai jantar? - Perguntei observando ele abrindo a camisa.
—Jantei no aeroporto. - Deu de ombro. Ele se aproximou de mim e eu tirei sua camisa.
Ele abriu a calça, tirando os sapatos e os jogando no canto do quarto. Tirou as calças e junto as meias.
—Vem tomar banho?
—Depois eu vou. - Sorri de lado.
Luan foi para o banheiro deixando a porta aberta, deixando seu convite aberto.
Suspirei me sentindo derrotada, queria transar com ele mas minha barriga não me ajudava mais, nem mesmo meu ânimo estava tão grande assim.
Mas decidi pelo menos tomar um banho juntos.
Tirei minha roupa e fui para o banheiro, Luan molhado com o cabelo pingando era demais para mim. Ele sorriu quando me viu. Segurou a minha mão até que eu me aproximasse dele. Ganhei alguns beijos, uns carinhos.
Ele estava se dedicando a me deixar no clima para o sexo igual ele mas eu não podia querer, minha barriga estava bem grande.
—Relaxa amor.- Ele pediu beijando meu pescoço.
Ele me ensaboou me deixando excitada, me enxaguou e fomos para o quarto.
Já seca, eu fui para o closet.
—Ei, tá indo aonde?
—Botar a roupa.
—Dorme pelada hoje.
Revirei os olhos.
—Vem cá. - dei meia volta e fui até ele. Ele tirou a minha toalha e ficou beijando minha barriga. —Sabia que você tá linda com esse barrigão?
—Uma bola é bonita? - Dei risada.
—Olha nunca tinha visto uma bola bonita. Mas você tá de parabéns.
—Bobo. - Dei risada.
—Deita desse jeito, é ainda melhor.
Suspirei indo me deitar, puxei o edredom, Luan ligou o ar e depois de apagar as luzes se deitou atrás de mim. Sua mão repousou na minha barriga, eu sentia seu corpo todinho colado ao meu, sua respiração na minha nuca e seus pés junto aos meus.
Ele descia e subia sua mão, ele tocava meu seio, apertando meu mamilo, meu corpo respondia a todos os seus toques. Ele abriu minhas pernas e deslizou sua mão que antes estava nos meus seios, até a minha intimidade, cheguei a arfar.
—Molhadinha. - Ele sussurrou no meu ouvido e eu fiquei toda arrepiada. Ele brincou com meu clitóris me fazendo gemer, querer gritar e até mesmo chegar ao meu limite, me deixando mais leve.
Me virei para ele para agradecer, sorri maliciosa por sua cueca ter uma abertura e seu pau já estava naquela abertura, peguei nele e fiz um movimento de vai e vem lento, escorreguei mais meu corpo para baixo e fiquei na altura do seu quadril bem próxima ao seu pau. Passei a língua pela cabecinha, sugando-a, dei atenção as suas bolas colocando-as na minha boca, subi lambendo toda a extensão do seu pau até chegar na cabecinha que eu tratei de por na boca e fazer um boquete maravilhoso nele, ele não demorou muito e se derramou nos meus lábios.
Ele me puxou pra cima e colou nossos corpos.
—Eu te amo tanto. - E assim dormimos nus e com essa declaração dele.

Acordei com um grito e me assustei.
—Ai meu Deus! - Érica gritou. Me mexi na cama e dei de cara com ela na porta, com o rosto tampado. —Acabei de ver a bunda branca do seu marido, Pietra. É grande porém não imaginava que é tão branca.
Corri para cobrir Luan, que sequer se incomodou com as vozes, o sono dele estava bem profundo.
—Nossa, você quase me matou de susto, Érica.
Peguei a toalha que estava no chão do quarto e me enrolei.
—Eu que quase morri de susto. - Ela sussurrou bem constrangida.
—O que você queria aqui no meu quarto?
—Cida disse que você tem remédios pela manhã pra tomar e ela disse que você não é de dormir até mais tarde.
—Ah já vou descer. - Suspirei ao perceber que eu prolonguei meu sono.
—Que bunda, hein. - Ela fez cara de aprovação.
—Deixa de taradisse com o meu marido. - Revirei os olhos.
—Eu preciso ir atrás do Dudu. - Ela suspirou cansada.
—Tem mesmo, mas para conversar. Você saiu da casa dele com a cabeça quente.
—Sim. Eu posso deixar os meninos com você? Eu não vou demorar.
—Pode sim, eu cuido deles. - Garanti, ela assentiu e saiu do meu quarto.
Eu fui fazer minhas higiene e quando terminei fui me vestir, deixei Luan dormindo e desci.
—Bom dia. - Falei entrando na cozinha.
—Boa tarde, amiga. - Erica riu e Cida acompanhou meio envergonhada. —Isso foi o sexo de ontem, aposto. - Cida até se retirou da cozinha, mais sem graça ainda.
—Erica, Cida fica sem graça quando falando dessas coisas diante dela, até sai, coitada.
—Oxi por que?
—Porque são intimidade do garoto que ela praticamente criou. Ela trabalhou por anos na casa dos pais do Luan.
—Ah não sabia. Vamos pra sala.que eu quero conversar sobre uma coisa. - Ela se levantou.
—Preciso comer e tomar meus remédios, vai indo pra sala que eu já vou. - Pedi.
Ela foi e eu fiquei preparando meu café até Cida voltar, menos sem graça agora. Falamos sobre o almoço e ela foi preparar. Tomei meus remédios e levei meu prato com o que eu ia comer.
—O que você quer falar?
—Sobre você e o Luan. E ai rolou?
—Ah rolou sim. E Luan é exagerado não tem tanto tempo que não transamos.
—Mas ele estava necessitado.
—Ele vai ter que aguentar né. Vou ficar 40 dias sem sexo e ele vai ter que ficar também. Sem contar que não é só 40 dias, ainda tem antes de nascer porque não vai ser até o final da gravidez transando.
—Eu sei, mas fazer um agrado ao marido não dói.
—Não vou fazer agrado nenhum. Do mesmo jeito que eu ficar sem sexo, ele também vai e ainda vai me mimar muito. - Sorri.

Acordei Luan na hora do almoço e ele desceu mais animado, almoçamos tranquilamente e Érica foi para a casa do Eduardo, enquanto os meninos ficavam aqui em casa.
Luan era muito bobo com os meninos, foi brincar de bola no jardim, depois de muito tempo jogando, cansaram e ficaram deitados vendo o céu escurecer e as estrelas e a lua clarear.
Quando entraram por pedido meu, Luan foi dar banho neles, mas quando vi ele estava tomando banho e os meninos brincando na espuma, tive que ser pulso firme com os meninos e dar banho neles. Quando já estava secando-os, Erica apareceu.
—Oi gente, posso entrar né?
Luan estava no closet se vestindo então deixei que ela entrasse.
—Pode entrar. E ai? - Perguntei interessada.
—Reatei com o Dudu. Ele me disse que a mulher não tá grávida. Demorei tanto pra dizer que voltava porque ele de qualquer jeito me traiu, sabe? Ai ele insistiu tanto, que não tive escolha, eu amo ele e ele me ama.
—Que bom amiga. - Abracei ela. —Vai ficar tudo bem. Você pode ficar aqui até se sentir bem em voltar pra casa.
—Não, eu vou hoje mesmo. Ele quer ver os meninos e os meninos estão com saudade dele também.
—Ta bom então. Olha eles estão bem cansados viu? Brincaram a tarde toda com o Luan, só entraram porque eu insisti mesmo. Eu ia dar o jantar para eles, pode dar se quiser, antes de ir pra casa.
—Ta ok.
Ela chamou os meninos e eles desceram com ela.
Luan saiu do closet já vestido e veio até mim.
—Você vai ser uma ótima mãe. - E me beijou.
—Você também, vai ser um ótimo pai.
Ele abaixou a cabeça e me abraçou.
—Obrigado por confiar em mim.
—Mais ninguém teria capacidade de cuidar de nós, a não ser você.
—Você é perfeita, nunca duvide disso.
—Você é mais. Não se cobre tanto para ser presente aqui em casa e no seu trabalho, você é suficiente do jeito que é.
Ele assentiu.
Descemos para ver Érica. Ela dava o jantar para as crianças, terminando ela insistiu em lavar a louça.
Me despedi dela e das crianças pedindo para que voltassem sempre.

Eu sumi mais apareci, tem alguém ai?